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Como as empresas podem (e devem!) garantir a renda digna e equilibrar a disparidade salarial?

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Foto: Backgrid.

Por Priscilla Arantes, Gerente de Comunicação – Sistema B | Co-fundadora do IPPA | Colunista do site Mundo Negro

De trabalhos análogos à escravidão aos salários milionários dos CEOs: como as empresas podem (e devem!) garantir a renda digna e equilibrar a disparidade salarial? A desigualdade social e a injustiça econômica têm sido temas centrais nas discussões políticas e sociais nas últimas décadas, apesar da visibilidade para essas questões, são as poucas resoluções. Voltar a atenção prioritária para a importância da renda digna e a gravidade da disparidade salarial é fundamental, uma vez que afetam diretamente a qualidade de vida das pessoas e perpetuam a desigualdade. Este artigo, pretende destacar a importância da renda digna, os impactos da disparidade salarial e apresentar medidas que as empresas podem adotar para combater essa desigualdade.

Foto: Getty Images.

A renda digna é um conceito fundamental para garantir que todas as pessoas possam viver com dignidade e ter acesso a uma vida decente. Isso implica em assegurar que todos tenham condições de suprir suas necessidades básicas, como alimentação adequada, moradia digna, cuidados de saúde, educação de qualidade, transporte acessível e oportunidades de lazer. Uma renda digna é essencial para romper o ciclo de pobreza e promover a inclusão social.

A disparidade salarial é um fator-chave que impede a conquista da renda digna. A diferença nos salários entre diferentes grupos de pessoas, como gênero, raça e origem social, perpetua a desigualdade e restringe o acesso a oportunidades. A discriminação salarial com base no gênero e na raça é particularmente prejudicial, pois amplia ainda mais as lacunas socioeconômicas e dificulta o avanço desses grupos na sociedade.

A disparidade salarial pode ter várias causas, que muitas vezes se entrelaçam e se reforçam mutuamente. A discriminação sistêmica e consciente é uma delas, na qual as pessoas são mal remuneradas com base em características como gênero ou raça, independentemente de suas habilidades e qualificações. A desigualdade educacional também é uma realidade, uma vez que oportunidades de educação limitadas impactam negativamente a capacidade das pessoas de acessar empregos bem remunerados. Além disso, fatores como o acesso limitado às redes profissionais e oportunidades de carreira, falta de licença parental remunerada e negociação salarial desigual também contribuem para a disparidade salarial.

E, no Brasil, quando o recorte é social, sabemos que os corpos racializados são os mais vulneráveis. Estudo da Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial, realizado no segundo trimestre de 2022, mostra que o salário médio de uma mulher negra no Brasil equivale a 46% do ganho de homens brancos. Os números são assustadores e desencadeiam uma série de impactos sociais negativos atrelados à escassez, colaborando efetivamente para que a desigualdade se perpetue.

Essa responsabilidade é coletiva. Políticas públicas são fundamentais para subsidiar mudanças efetivas em diferentes segmentos sociais. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo para manter uma família de 4 pessoas teria de ser em torno de R$6.600, o piso da remuneração base no Brasil hoje é menos 20% do valor necessário, R$1302. O pior poder de compra dos últimos 20 anos.

Para a cesta básica, ainda de acordo com o DIEESE, o aumento do poder de compra do salário mínimo foi de 46%, entre 2003 e 2018. De 2019 até abril deste ano, caiu para 26%. Se tomarmos o período em que a política de valorização do salário mínimo vigorou, o crescimento do poder de compra do salário mínimo havia sido de 56%, antes da queda, no governo anterior.

E as empresas, o que estão fazendo para se aliar aos compromissos que equilibram o lucro, redução das desigualdades e desenvolvimento sustentável? Porque apesar da crise instaurada no Brasil nos últimos anos, não foi raro o crescimento econômico e individual de CEOs de grandes empresas. Apesar da pandemia e do crescimento lento da economia, em média, o salário dos executivos aumentou em torno de 30%.

Em uma triste contrapartida, também não foram raros os casos de trabalhos análogos à escravidão que vieram à tona recentemente, mas que sempre aconteceram. Somente neste ano, até março, 523 vítimas de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas. As informações são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A materialização extrema da disparidade salarial, que colaboram para a perpetuação da desigualdade.

As empresas têm um papel fundamental na promoção da igualdade salarial e na criação de condições para uma renda digna. Guiadas pelos conceitos de governança, responsabilidade corporativa, as organizações se comprometem a seguir princípios elevados de transparência, responsabilidade e desempenho sustentável. Isso envolve a adoção de práticas que promovem a tomada de decisões éticas, a inclusão de múltiplos stakeholders e a gestão responsável dos recursos naturais. Sob esses direcionamentos, destaquei algumas medidas de baixa complexidade que as organizações podem adotar para combater a disparidade salarial e se comprometer com o combate à desigualdade social.

Adotar políticas de transparência salarial, divulgando as faixas salariais e critérios de remuneração. Isso ajuda a identificar discrepâncias salariais injustificadas e promove uma cultura de equidade. E, como manutenção e acompanhamento, realizar revisões periódicas das estruturas salariais, ajustando e adequando para garantir a igualdade salarial para funcionários em funções similares, independentemente de gênero, raça ou outras características protegidas.

Outra medida fundamental é a implementação de políticas de contratação e promoção inclusivas, buscando ativamente a diversidade e a representatividade em todos os níveis da organização. Isso inclui a adoção de práticas de recrutamento imparciais, a criação de programas de mentoria e desenvolvimento profissional para grupos sub-representados e a promoção de oportunidades de crescimento e progresso na carreira para todos os funcionários.

Investir em programas de educação e treinamento para conscientizar seus funcionários sobre a importância da igualdade salarial e combater os vieses inconscientes que podem contribuir para a disparidade salarial. Isso pode incluir workshops, treinamentos online e outras iniciativas que promovam a compreensão e ação em prol da igualdade salarial. Além dos salários, as empresas devem revisar e ajustar seus benefícios e políticas de apoio para garantir que sejam justos e abrangentes. Isso pode incluir benefícios como licença parental remunerada, assistência à educação, programas de bem-estar, creches no local de trabalho, entre outros.

Essas políticas internas ajudam a reduzir as disparidades e fornecem suporte adicional aos funcionários que precisam. E por último, as empresas devem estabelecer mecanismos de monitoramento contínuo para garantir a igualdade salarial e o cumprimento das políticas de remuneração. Isso pode envolver a criação de comitês de diversidade e inclusão, realização de auditorias salariais regulares e a divulgação transparente de informações sobre as práticas salariais da empresa.

A renda digna e a disparidade salarial são questões complexas e interligadas que afetam a justiça econômica e social. As empresas têm um papel crucial na promoção da igualdade salarial e na criação de condições para uma renda digna. Existem ferramentas e organizações que subsidiam a intencionalidade das organizações que buscam equilíbrio econômico e social, o Sistema B Brasil, o Pacto pela Igualdade Racial e o Pacto Global, são algumas delas que tem o propósito de construir de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo.

Por que mulheres ainda enfrentam desafios para equilibrar a maternidade com o trabalho?

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Foto: Freepik ; Reprodução.

Por Kelly Baptista, Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora e membro da Rede de Líderes Fundação Lemann.

Mesmo com os avanços na igualdade de gênero e na legislação trabalhista, muitas mulheres ainda enfrentam desafios significativos ao equilibrar a maternidade e suas carreiras profissionais. 

A ideia de que a maternidade é uma sentença para a carreira das mulheres existe e talvez, por isso, esse tema seja tão recorrente nas empresas. Infelizmente, há fundamento para a crença do fim de carreira para mulheres em maternidade: metade das mulheres grávidas são demitidas em até dois anos após a volta da licença-maternidade.

Ainda precisamos contar com alguns fatores que dão indícios de que ser mãe pode ser um problema para algumas mulheres, dependendo da empresa que estão: 

Desigualdade salarial: A disparidade salarial entre homens e mulheres ainda existe, e a maternidade pode agravar essa diferença, já que as mães precisam tirar licença-maternidade ou reduzir suas horas de trabalho, muitas mulheres negras, não conseguem viver esse momento já que que compõem a base da pirâmide social, e ocupam os cargos de serviço doméstico, deixando os seus e  suas casas para cuidar dos filhos das classes mais altas.

Estigma e discriminação: As mães podem enfrentar estigma e discriminação no local de trabalho, como serem vistas como menos comprometidas com suas carreiras ou serem preteridas para promoções e oportunidades de desenvolvimento profissional.

O nível de ocupação (o percentual de pessoas trabalhando em relação às que estão em idade de trabalhar) de mulheres que se identificam como pretas ou pardas com crianças até três anos de idade foi de 49,7% em 2019. Entre mulheres brancas, o percentual ficou em 62,6%, isto é explicado pelo baixo percentual de crianças em creches, que não ofertam vagas suficientes em especial na periferia.

Cultura do “presenteísmo”: Em alguns ambientes de trabalho, a cultura do “presenteísmo” (estar presente no escritório por longas horas) ainda prevalece, o que pode ser especialmente desafiador para as mães que precisam equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, vale ressaltar que no Brasil, o trabalho doméstico emprega cerca 5,9 milhões de mulheres. Deste total, 66% são negras, residem em regiões periféricas e não dispõem de proteção trabalhista, ou seja, precisam estar nos postos de trabalho para sobreviverem.

Observando estes cenários, são inegáveis os impactos na saúde mental, já que a tripla jornada, isolada de redes de apoio, somada à tentativa de corresponder às expectativas de dar conta de todas essas tarefas, leva as mulheres negras a vivenciarem a frustração, o cansaço extremo, irritabilidade e altos níveis de estresse. 

Discutir e abordar esses desafios é crucial para promover a igualdade de gênero e racial apoiar as mulheres que desejam ter sucesso tanto na maternidade quanto em suas carreiras profissionais. Ao continuar falando sobre esse assunto, podemos aumentar a conscientização, promover mudanças nas políticas e práticas no local de trabalho e incentivar uma divisão mais igualitária das responsabilidades familiares entre homens e mulheres e sociedade.

Escola primária dos EUA proíbe poema de Amanda Gorman, lido na posse de Joe Biden; Poetisa ainda foi confundida com Oprah Winfrey

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Foto: Reprodução

A  escola primária Miami-Dade County, na Flórida, nos Estados Unidos, baniu o poema “The Hill We Climb”, ou  ‘A colina que escalamos’ em tradução livre, da poetisa e ativista Amanda Gorman. Ela ficou conhecida por declamá-lo durante a posse do presidente Joe Biden, ocorrida em 2021.

Informações publicadas pelo jornal The Miami Herald apontam que a obra de Amanda foi banida depois que o pai de dois alunos contestou a permanência de seu poema e de outros livros como “O ABC da história negra”, “Crianças cubanas”, “Países em destaque Cuba”, e “Com amor para Langston”. O homem alegou que as obras fazem referência à teoria racial crítica ou à ideologia de gênero. No documento que pedia a remoção do poema de Amanda, foi escrito que a autora da obra era Oprah Winfrey.

Em seu Instagram, Amanda criticou a retirada de seu poema e criticou o número crescente de escolas que estão proibindo livros. Para ela, a atitude é uma censura. “Então eles proibiram meu livro para leitores jovens, me confundiram com Oprah, não especificaram a que partes da minha poesia eles se opõem, recusam-se a ler comentários e não oferecem alternativas… Proibições desnecessárias de livros como essas estão em ascensão, e devemos revidar”, disse.

“De acordo com a ALA, 40% mais livros foram desafiados em 2022 em comparação com 2021. Além do mais, muitas vezes tudo o que é preciso para remover essas obras de nossas bibliotecas e escolas é uma única objeção. E vamos ser claros: a maioria das obras proibidas são de autores que lutaram por gerações para chegar às estantes. A maioria dessas obras censuradas são por vozes queer e não-brancas”, denunciou a jovem.

Vini Jr. será homenageado pela Camara Municipal do RJ com Medalha Pedro Ernesto

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Foto: Reprodução/Instagram

O jogador Vini Jr. Deve receber a Medalha Pedro Ernesto, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem ao jogador, aprovada na última quinta-feira (25), é um “reconhecimento por seu posicionamento na luta antirracista dentro e fora dos estádios”. 

A proposta de homenagear Vini foi feita pela vereadora Monica Cunha, que atua como presidente da Comissão Especial de Combate ao Racismo. “Nós gostaríamos de estar dando essa medalha por reconhecimento do enorme talento do Vinicius, mas infelizmente, vamos mais uma vez falar de racismo”, lamentou a vereadora. “Que essa medalha sirva de motivação para que não só ele como tantos outros, denunciem e se posicionem contra toda e qualquer violência. Racismo é crime e vamos lutar contra ele até o fim”, concluiu. 

Vinicius Júnior foi alvo de ataques racistas no jogo do último domingo (21), entre Real Madrid Valencia, na Espanha. O brasileiro foi hostilizado por torcedores e jogadores rivais e levou um mata-leão do também jogador Hugo Duro.

Após o jogo, Vini Jr. se posicionou em suas redes sociais, denunciando que o caso não ocorreu apenas uma vez e criticando a falta de posicionamento da La Liga. “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi, hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, lamentou o jogador no Instagram.

Na quarta-feira (24), Javier Tebas, presidente da La Liga, se desculpou publicamente com o jogador por comentários que criticavam a postura de Vinicius Junior diante do caso de racismo sofrido durante a partida entre Real Marid e Valencia. Em uma entrevista ao ESPN, Tebas disse que não era intenção dele parecer que estava atacando o jogador.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, afirmou também que a La Liga deve ser notificada e investigada sobre os ataques racistas que o jogador vem sofrendo. “O Vinicius tem sido xingado, ontem [domingo] tomou um mata-leão. E a gente vê no Brasil especificamente, como os casos de racismo se resolvem, infelizmente. E a gente não quer que isso chegue a uma escala muito maior que já chegou. Isso é um basta”, disse a ministra, durante a coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (22). 

Domitila Barros conhece Taís Araujo em Cannes e se emociona: “Minha inspiração”

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Foto: Reprodução/Instagram

A ex-BBB Domitila Barros, 38, conheceu Taís Araujo, 44, em Cannes, na França, na manhã desta sexta-feira (26), e publicou uma foto nas redes sociais. “TaisEntendendo? Eu cresci assistindo e admirando ela e nunca sonharia que na minha primeira vez em Cannes iria encontrar com ela e dizer: Amiga o encontro veio. A maior eh ela: @taisdeverdade”, escreveu emocionada no Instagram.

“E no que isso afeta Domitila Barros??? 😂 Finalmente usando esse meme. Domi, mirmã, adorei te conhecer, mesmo que rapidinho. Minha família tá falando que a gente se parece. E aí? As cacheadaxxx são parecidas? “, perguntou a atriz no Twitter. “Nos vemos no Rio❤️”, completou Taís em um comentário.

Esse encontro já era esperado pelos fãs desde abril, quando a Taís respondeu o pedido de amizade da Miss Alemanha no programa Mais Você. “Meu sonho sempre foi trabalhar na Globo e ser amiga de Taís Araújo”. Araújo respondeu: “Domi, mirmã! Vi agora seu video! Ó, o contrato só o RH da firma pode te dar, mas bora ser amigas?? Você é grandona! Parabéns por sua trajetória de vencedora!”.

“Minha inspiração eh bem assim”, escreveu a ativista social nos stories do Instagram, depois do encontro de hoje. Em seguida, também publicou um vídeo: “É normal a pessoa querer chorar depois que a pessoa conhece uma pessoa tão… que é linda e que você sempre só conhecia quando era pequena, assim, e que te inspira? Porque assistindo eu pensava, como é que faz para ser Taís? Tô emocionada. Hoje de noite vou receber o prêmio e poder ter realizado esse sonho agora me deixa emocionada”, disse.

Domitila foi eleita influenciadora global de 2023, na categoria sustentabilidade, pelo World Influencers Association e receberá o prêmio hoje a noite, em Cannes.

Angela Davis, Conceição Evaristo e Anielle Franco participam de congresso na UFBA em julho

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Foto: Reprodução

No mês de julho, acontece o XVIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), na Universidade Federal da Bahia. Com o tema “A Literatura Comparada e a invenção de um Mundo Comum”, o evento terá a presença ilustre de Angela Davis, Conceição Evaristo e Anielle Franco.

O congresso internacional acontece dos dias 10 a 14 de julho na Universidade Federal da Bahia (UFBA) com a presença de pesquisadores de diversos lugares do mundo, como EUA, Nigéria e Itália. 

O evento conta com diferentes mesas-redondas nos quatro dias, mais diversos simpósios temáticos, voltados para raça, gênero, ancestralidade e interseccionalidade e suas conexões com a literatura. 

Angela Davis, um dos nomes mais aguardados, vem representando a Universidade da Califórnia, EUA. Ela é escritora, filósofa e um dos principais nomes da história mundial dos direitos da comunidade negra e feminismo. Ela estará presente no dia 11 na Mesa 4, com o tema “Abolicionismo. Feminismo. Já?”, junto com Gina Dent, também da Universidade da Califórnia, e Denise Carrascosa, pesquisadora da UFBA.

Em 2019, a ex-pantera negra esteve em São Paulo e no Rio de Janeiro para lançar seu livro “Uma Autobiografia” e também participar de um seminário promovido pelo Sesc São Paulo. Em 2022, Davis participou do podcast “Mano a Mano”, do Mano Brown. 

A escritora, ativista brasileira e um dos principais nomes da literatura brasileira, Conceição Evaristo, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também estarão presentes no Congresso. Elas estarão presentes na conferência de abertura, no dia 10, com o tema “O radical projeto estético, político e ético das mulheres negras para a invenção de um mundo comum.”

As inscrições para participar do congresso e receber o certificado de presença já estão encerradas, mas a universidade estará aberta para assistir as mesas. As informações completas e a programação completa estão no site da Abralic.

Das Pretas lança cartilha para orientar adultos na educação antirracista com as crianças; baixe aqui

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Edinalva Souza, analista de Finanças da Nivea e Priscila Gama, CEO do Das Pretas (Foto: Divulgação/Das Pretas)

Em parceria com a Nivea, o Instituto Das Pretas, por meio do projeto Escola de Elisas, lançou a cartilha de educação antirracista e letramento racial, na noite desta quarta-feira (24), em Vitória, (ES), com a presença de mães, avós, tias e responsáveis por crianças negras e não-negras, além de jornalistas, influenciadoras e educadoras negras. (Baixe aqui)

“A cartilha é para formar pessoas adultas. Ela não é a solução para os problemas, mas é uma ferramenta para auxiliar nesse processo. Para responsáveis e cuidadores que querem começar, mas não sabem por onde. Ou para pessoas que já estão no caminho e querem dar continuidade e conhecem alguém com alguma dificuldade e querem lhe indicar [a leitura]”, explicou Luana Loriano, diretora e Head de Educação do Das Pretas. 

Criada em 2022,  a Escola de Elisas é um projeto que tem como objetivo o letramento racial e de futuros de meninas negras de 8 a 12 anos por meio da literatura, e agora também propõe a cartilha como uma importante ferramenta neste processo. 

Equipe do Instituto Das Pretas no lançamento da cartilha antirracista – sentadas na frente, estão Luana Loriano e Priscila Gama (Foto: Divulgação/Das Pretas)

“Eu gosto da proposta da cartilha como uma ferramenta facilitadora. Ela não tem a pretensão de resolver todos os nossos problemas sobre letramento antirracista, mas chama as pessoas para participarem. Lembrando que a gente tem o compromisso de letrar o outro, como a gente tem o compromisso de letrar nesse espaço plural e colaborativo. É um chamado para reconhecermos as nossas humanidades, falar de negritude, mas também puxar a orelha e falar de branquitude”, explica a CEO do Instituto das Pretas, Priscila Gama.

Pela garantia da promoção de uma educação antirracista para crianças, a Nivea se comprometeu a investir com 100% dos lucros das vendas da edição especial do Nivea Creme #OToqueQueTransforma para a Escola de Elisas. Os cremes de lata, já se encontram disponíveis para venda em todo o país, com quatro versões de ilustrações e mensagens, como “Você é importante”, “Estamos juntos nessa”, “Eu te amo” e “Conte sempre comigo”.

“É um material muito rico e necessário para conversarmos com as nossas crianças. Fiquei muito honrada em assinar o posfácio desse material”, disse Edinalva Souza, analista de Finanças da Nivea e integrante do Grupo de Afinidade Abrace Nossa Cor, um coletivo interno com colaboradores de diversas áreas. “Quando a empresa se envolve, investe e realmente faz, a gente consegue ver a diferença no dia-a-dia, nas pessoas. É um cuidado além da pele”. 

Parte da equipe do Das Pretas e Nivea, jornalistas e influenciadoras reunidas no lançamento (Foto: Divulgação/Das Pretas)

Para a líder da Agenda de Propósito da Nivea, Ligia Annunziato, todas essas ações fortalecem as crianças para um futuro melhor. “A gente parte das crianças e amplia agora para mães e cuidadoras. Então a gente leva letramento [racial], leva conhecimento, para que tenha mais respeito, que as crianças cresçam com autoestima”, diz. 

Baixe aqui a cartilha em PDF!

Lupita Nyong’o comenta rumores de namoro com Janelle Monáe: “ela tem um magnetismo”

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Foto: Getty Images.

Lupita Nyong’o entende por quê as pessoas pensam que ela e Janelle Monáe já namoraram. Há alguns anos, houve rumores de que as duas estrelas estavam em um relacionamento. “Ela tem um magnetismo que eles obviamente estavam captando. Ela é tão enigmática”, disse Nyong’o à Rolling Stone. “As pessoas têm curiosidade sobre pessoas enigmáticas. Eu não estava surpresa. E não me importo de ser associado a ela de qualquer forma“.

Nyong’o, conheceu a Monáe no MET Gala 2013, um dos maiores eventos de moda do planeta. “Este mundo ainda é extremamente novo para mim e inacreditável”, lembrou Nyong’o. “(Janelle) veio até mim e me deu o abraço mais real. Acho que podemos ter balançado com a música. Ela estava tipo, ‘Estou tão orgulhosa de você e apenas obrigada por ser você'”, disse a artista.

Janelle Monáe e Lupita Nyong’o. Foto: Getty Images.

Lupita revelou que Monáe fez questão de manter abertas as possibilidades de comunicação. “Em algum momento, (Janelle) me pediu meu telefone, colocou o número dela e disse: ‘Vamos manter contato’. Ela disse: ‘Eu realmente quero dizer isso. Se precisar de alguma coisa, estou aqui para ajudá-lo’”, disse Nyong’o.

A dupla permaneceu próxima, embora a estrela de “Pantera Negra” diga que Monáe mantém uma aura de mistério. “Só porque você é um amigo próximo dela não significa que você saiba tudo sobre ela”, disse ela. “Acho que é isso que a torna interessante como artista“. Ainda para a Rolling Stone, Monáe se manifestou sobre a maneira de como prefere lidar com a percepção pública de sua vida amorosa. “Tenho uma política e um acordo comigo mesmo – essa é uma parte da minha vida que quero manter privadaPosso falar sobre minha identidade, posso falar sobre minha sexualidade. Posso falar sobre todas as coisas de Janelle Monáe sem ter que entrar em detalhes. Você sabe o que eu quero dizer? Não é necessário”, completou a cantora.

Jojo Todynho vai comandar reality “Rio Shore” da Paramount+ e MTV

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Foto: Laura Campanella

Jojo Todynho foi anunciada pelo Paramount+ e a MTV como a nova Boss da terceira temporada do reality “Rio Shore”, que estreia dia 15 de junho, quinta-feira, primeiro no Paramount+ e às 21h na MTV. A cantora e empresária deve ocupar o posto de Rico Melquíades, vencedor de “A Fazenda 13”.

“Chega de bossa nova!”, determina Jojo no vídeo promocional divulgado hoje pelos canais e que mostra o elenco, formado por Cristal Felix, Guilherme Evaristo, Juliana Casaes, Maryane Valim, Matheus Novinho e Ricardo Salusse. A nova temporada também acrescenta mais seis participantes ao reality que é considerado um dos mais polêmicos. Helena Steigner, Japa, Leo Carvalho, Matheus Miranda, Thiago Hippólito e Triz Valença são os novos nomes a integrar o time de Shore. 

Popular mos Estado Unidos, a franquia Shore é conhecida como um dos formatos de maior sucesso da MTV no mundo, com versões em países como: México, Polônia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

O Rio Shore acompanha um grupo de jovens de diferentes regiões do Rio de Janeiro e que convivem por um período enquanto fazem festas, vivem romances, amizades e dramas. 

Ministério do Meio Ambiente sofre desmonte e Marina Silva lamenta: “estamos vivendo um momento difícil”

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Foto: Agência Brasil

Nos últimos dias o Ministério do Meio Ambiente vem sofrendo ataques que podem impactar o futuro da pasta. Nesta quinta-feira (25), durante a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ministra Marina Silva disse que “estamos vivendo um momento difícil”. 

“Nós estamos vivendo um momento difícil, está difícil para todo mundo. Este é o momento das árvores fortes se colocarem na frente para proteger o que é essencial”, afirmou a ministra.

O ministério de Marina Silva, e também o Ministério dos Povos Indígenas, da Sônia Guajajara, vem perdendo forças no Congresso e fortes críticas de ruralistas ligados ao governo.

“Não está fácil, mas a melhor forma de contribuir é estando aqui, permanecendo aqui para que a gente possa fazer as grandes transformações que o Brasil precisa”, disse a ministra.

“Vamos continuar dialogando até o momento da decisão final, que é no plenário. Obviamente que o diálogo interno está acontecendo. É um momento difícil para o nosso governo e uma parte do Congresso quer impor ao governo eleito do presidente Lula o modelo de gestão do governo Bolsonaro”, complementou.

Entenda o caso

O embate entre Marina Silva e o governo teve início com a Petrobras que pretende explorar petróleo e gás natural na foz do Amazonas, mas foi negado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama, alegando falta de segurança ambiental do projeto. O que causou uma crise entre a ministra Marina Silva e o governo, principalmente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Já na quarta-feira (24) o Ministério do Meio Ambiente sofreu um “desmonte” da pasta, como uma resposta direta ao conflito. Uma Comissão Mista aprovou uma Medida Provisória, que define uma nova estrutura para o governo de Lula e tira poderes do ministério da Marina. A MP ainda precisa passar pela Câmara e pelo Senado.

Segundo a Medida, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Política Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR), sai da responsabilidade do MMA e vai para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O CAR é um registro obrigatório para propriedades rurais para controle das áreas desmatadas e também era um dos principais meios da Marina de combater a grilagem e o desmatamento. 

O Ministério dos Povos Indígenas também foi atacado e sofreu uma perda de poderes. A comissão mista também aprovou a mudança da gestão da demarcação das terras do Ministério dos Povos Indígenas para voltar para o Ministério da Justiça. 

A Câmara dos Deputados também aprovou um requerimento de urgência para votar o marco temporal das terras indígenas.

“Não gostamos de ver o que está acontecendo no Congresso. Não é bom para ninguém, inclusive para o Congresso, agronegócio e sobretudo para os avanços que alcançamos ao longo de mais de quatro décadas”, disse Marina na posse.

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