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Nos EUA, população negra tem mais expectativas de vida em territórios com mais médicos negros, revela estudo

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Foto: Freepik

Nos Estados Unidos, condados com mais médicos negros, a população negra consegue viver mais, revela pesquisa publicada na última sexta-feira (14), no JAMA Network Open. A nova análise reforça a importância de aumentar a diversidade na medicina para acabar com as disparidades raciais de saúde entre os pacientes.

Mais de 1.600 condados foram analisados para a pesquisa. A equipe revelou que a expectativa de vida aumentou cerca de um mês para cada aumento de 10% em médicos negros de atendimento primário. Para os pesquisadores, os dados são significativos, já que a diferença na expectativa de vida entre americanos negros e brancos é de quase seis anos.

A expectativa de vida é mais longa, mesmo em territórios com apenas um médico negro. “Que um único médico negro em um condado possa ter um impacto na mortalidade de toda uma população é impressionante”, disse Monica Peek, médica de cuidados primários e pesquisadora de equidade em saúde da UChicago Medicine, que escreveu um editorial que acompanha o novo estudo.

“Isso valida o que as pessoas em igualdade de saúde têm dito sobre todas as maneiras pelas quais os médicos negros são importantes, mas ver o impacto no nível da população é surpreendente”, completa.

“Isso está aumentando a necessidade de uma força de trabalho médica mais diversificada”, disse Michael Dill, diretor de estudos da força de trabalho da Associação Americana de Faculdades de Medicina e um dos coautores do estudo.

Outros estudos também já haviam apontado que pacientes negros ficam mais satisfeitos com os cuidados de saúde, quando são tratados por médicos negros, são mais propensos a receber cuidados preventivos e tendem a concordar com os as recomendações médicas, como realizar exames de sangue e vacina contra a gripe.

Fonte: Stat News

Público do BBB 23 critica saída de Sarah Aline e levanta debate sobre racismo e privilégio

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Foto: Reprodução

No último paredão do Big Brother Brasil 23, a sister Sarah Aline foi a 15ª eliminada com 58,20%. Após as últimas eliminações, todas negras, o público do BBB 23 começou a criticar a edição e especular “manipulação”. Os últimos negros que restam no programa são Alface (Ricardo), Domitila, que está no paredão, e Aline.

Mesmo com os últimos acontecimentos da casa e as duras críticas que Bruna Griphao vem sofrendo aqui fora, quem saiu foi Sarah, com 58,20%. Isso acabou gerando debates nas redes sociais sobre o programa estar “protegendo” alguns participantes. Segundo a enquete do UOL – que não possui influência direta com a votação oficial – indicava que quem seria a eliminada seria Bruna.

https://twitter.com/podeparealyty/status/1647795917888552960

Nas últimas semanas, muitas atitudes da Bruna Griphao repercutiram negativamente fora do programa. A participante já foi acusada de racismo por supostamente ter feito música para Sarah Aline, pela agressividade que tratou o Cezar Black e por xingar outros participantes negros de urubu.

Desde a eliminação de Cezar Black, que foi o 14º eliminado, muitas pessoas da comunidade negra começaram a desistir do programa e questionar o programa de manipulação. Nas postagens do nosso Instagram @sitemundonegro os seguidores estão comentando que pararam ou estão parando de assistir para evitar gatilhos e indignação.

https://www.instagram.com/reel/Cq_oZazLmFS/
Foto: reprodução

Por coincidência, desde que Fred Nicácio voltou e falou sobre um “Big Black Brasil” todos os participantes que sairam foram negros: Gabriel, Marvvila, Nicácio, Black e agora Sarah. Todos eles também eram do Quarto Fundo do Mar.

Foto: Reprodução/BBB23

Com as fortes críticas que Bruna e as meninas do Quarto Deserto vem sofrendo, o público relembrou quando Karol Conká, participante do BBB 21, sofria fortes críticas igual a Bruna e saiu com uma das piores rejeições da história do programa.

https://twitter.com/dajusilveira/status/1647799096827080704

Também relembraram do BBB 19, que a ganhadora Paula von Sperling também foi acusada de racismo e levantou o debate sobre representatividade no programa.

Falta poucos dias para o final do Big Brother Brasil 23 e Aline Wirley, Ricardo Alface e Domitila são os únicos negros que restaram no programa. Será que eles permanecem até a final?

Prima de Mc Sabrina afirma que a cantora tem esquizofrenia e pede que fãs não acreditem na declaração da família

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Foto: Reprodução/Instagram

Após a publicação de uma nota de esclarecimento no perfil de Mc Sabrina, feita na noite de ontem (16) para informar ao público o que aconteceu com a pioneira do funk, Adaulayne, prima da cantora, foi às redes sociais para rebater as informações. A familiar afirma que Sabrina Luísa de Souza recebeu diagnóstico de esquizofrenia: “Eu sei disso não é porque alguém me disse, mas porque o médico, quando a gente foi lá no pinel com ela, a diagnosticou com esquizofrenia”, afirmou.

Adaulayne ainda pediu que o publico não acreditasse no que foi dito na nota de esclarecimento publicada no perfil de Sabrina. “Não acreditem em tudo que vocês leem, não acreditem em tudo que vocês veem no perfil dela porque é caô”, disse a prima da funkeira que também fez um apelo pedindo ajuda para outros cantores de funk.

De acordo com a nota, Sabrina Luísa de Souza “foi diagnosticada com transtorno de bipolaridade ao qual a mesma está em tratamento no SUS”, nos comentários com a publicação da nota, escrita em terceira pessoa, o público questionou o motivo de a funkeira não ter ido aos stories ou ter feito um vídeo para mostrar que estava bem, em seguida, ela apareceu nos stories afirmando que deve voltar aos palcos: “estarei voltando aí com tudo”.

A informação sobre o suposto sumiço de Mc Sabrina veio à público após a mobilização iniciada no último sábado (15), pela cantora Pocah, que publicou uma trhead no Twitter falando sobre o assunto. De acordo com Pocah, havia notícias de que a funkeira estava em “cárcere privado” e passando por uma “depressão”.

A nota emitida no perfil de Sabrina também rebate as acusações de cárcere, “Viemos por meio desta, esclarecer que as acusações caluniosas de “cárcere privado, e dopar “ a Mc Sabrina ( Sabrina Luísa de Souza ) não procedem”, e destaca que a funkeira tem realizado atividades físicas diárias: “A mesma também realiza atividades físicas diárias próximo a sua residência”.

Após a publicação do vídeo da prima da cantora, a família compartilhou nos stories um laudo médico que aponta que ela foi diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar no dia 18 de novembro de 2022. O laudo ainda orienta que Mc Sabrina estava “Sem previsão de alta e sem condições para o exercício de atividades laborativas”. 

Foto: Reprodução/Instagram

Em seu Twitter, Mc Carol se solidarizou com a situação de Mc Sabrina: “sobre relacionamentos abusivos, problemas c equipe de trabalho no passado, usurpação, problemas familiares… Chega um ponto que a mente não aguenta, e é aí que nos interditam e tiram tudo o que é unicamente nosso! Desejo forças e melhoras p/ Sabrina e que ela consiga vencer”

Marsai Martin relata retirada de cisto ovariano aos 18 anos: ‘dor não é normal’; Especialista destaca cuidados ginecológicos

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Foto: Reprodução

A atriz e produtora de apenas 18 anos, Marsai Martin deu seu relato sobre a remoção de um cisto no ovário que tinha o tamanho de uma pequena toranja: “Finalmente, aos 18 anos, decidi fazer uma cirurgia para removê-lo e aliviar a dor que estava sentindo”, contou Martin em artigo publicado na revista Women’s Health. Em suas redes sociais, ela compartilhou uma publicação em que mostra a cicatriz do procedimento cirúrgico realizado para retirada do cisto.

A estrela de Black-Ish fez um relato importante sobre como descobriu, com apenas 14 anos, que as intensas dores que sentia durante o período menstrual não eram normais. E alertou para a dificuldade de acesso ao diagnóstico, principalmente quando se trata de meninas e mulheres negras, que sofrem mais com as disparidades sociais.”Em dezembro de 2022, abri minha conta no Instagram e fui “ao vivo” para compartilhar uma experiência de saúde difícil e assustadora. Eu havia sido diagnosticada com um cisto ovariano quatro anos antes e, finalmente, aos 18 anos, decidi fazer uma cirurgia para removê-lo e aliviar a dor que estava sentindo. Na época, não consegui encontrar nenhuma informação de pessoas que estivessem passando pela mesma coisa”, revelou.

A atriz conta que resistiu em buscar ajuda médica por um bom tempo. “Antes do meu diagnóstico, eu pensava que a dor incapacitante do período e as fortes náuseas que eu sentia todos os meses durante o meu ciclo eram normais. Então, eu resisti em ir ao pronto-socorro por causa da minha dor menstrual por anos”, disse. “Mas meus sintomas pioraram muito quando fiz 14 anos. Todo mês, no primeiro dia do meu ciclo , eu sentia dores terríveis e náuseas. Isso afetou meu trabalho, minha vida social – tudo. Eu estava tão doente que não conseguia sair de casa.”, continuou ela. A retirada do cisto aconteceu no final do ano passado, quando ela fez 18 anos.

Dra. Cecília Oliveira Pereira – Ginecologista e Mastologista do Grupo Ifé Medicina/Foto: Reprodução

A ginecologista e mastologista, dra. Cecília Pereira, que explica que “Em pacientes jovens [o cisto] é um achado benigno na grande maioria dos casos, tendo, na verdade, como possível complicação, a torção ou ruptura na dependência do tamanho da lesão”.
A médica explica que a maioria das pacientes jovens é assintomática, mas é preciso prestar atenção nos sintomas. “No caso de lesões maiores, pode ocorrer dispareunia (dor na relação sexual), cólicas mais intensas no período menstrual, aumento da frequência urinária, aumento do volume menstrual, e em caso de torção, dor abdominal intensa”.

Sobre o caso específico da atriz Marsai Martin, a ginecologista explica que “Cistos de até 5cm cm quando assintomáticos, tendem a desaparecer sozinhos ou com tratamento apenas medicamentoso. No caso da Marsai Martin, devido ao tamanho, a proposta deve ser cirúrgica na maioria dos casos, pelo risco de torção”.

No caso de jovens e adolescentes, a dra. Cecília afirma que os fatores de riscos associados ao desenvolvimento de cistos ovariano “são bem variados” e incluem “histórico familiar, uso de medicamentos para estimular a ovulação, ou simplesmente o estímulo hormonal do ciclo menstrual”.

A dor intensa e a dificuldade de manter a rotina de atividades foi o alerta para que Marsai Martin buscasse auxílio médico especializado. A dra. Cecília recomenda que as mulheres mantenham uma rotina de cuidados ginecológicos em dia. “Sentir dor é algo comum, mas só pode ser considerado normal quando descartamos outras possibilidades patológicas. A mulheres devem ter sua rotina ginecológica sempre em dia, pois alguns sintomas atípicos podem levantar a suspeita médica da necessidade de investigação”, reforça a médica.

“Vai relegar minha história a um mês?”; Morgan Freeman critica “Mês da História Negra” e uso do termo “afro-americano”

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Foto: Reprodução/Instagram

Em uma entrevista para o jornal inglês, The Times, o ator Morgan Freeman (85), fez críticas ao uso do termo “afro-americano” e ao “Mês da História Negra”, celebrado nos Estados Unidos durante todo mês de fevereiro. “O Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar minha história a um mês?”, teria dito o ator.

Em outro trecho da entrevista, que tinha como objetivo divulgar o filme “A Good Person”, lançado no final de março nos EUA, o ator afirmou que o uso do termo “afro-americano” é um “insulto”: “Também ‘afro-americano’ é um insulto. Não concordo com esse título. Os negros tiveram títulos diferentes desde então e não sei como essas coisas pegam tanto, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maioria dos negros nesta parte do mundo são mestiços. E você diz África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa.”

Morgan contou que Sidney Poitier foi uma inspiração para ele enquanto crescia. “Falei com Sidney há muito tempo. Ele disse: ‘Eu queria ser como você’.” O ator, que só começou a ganhar papéis de destaque aos 52 anos, ainda confessou que o homem que ele gostaria de ser é Denzel Washington. “Porque ele está fazendo o que eu queria fazer.”  

Freeman destacou os avanços que grupos minorados têm conquistado nas telas. “Geracionalmente, porém, acho que estamos avançando aos trancos e barrancos… LGBTQ, asiáticos, negros, brancos, casamentos inter-raciais, relacionamentos inter-raciais. Todos representados. Você vê todos eles na tela agora e isso é um grande salto.” 

As falas do ator sobre questões raciais costumam causar polêmica desde que um vídeo de 2009, editado, passou a ser usado como justificativa para deslegitimar a luta contra o racismo. Na entrevista daquele ano, o ator diz “que a questão do racismo era simplesmente pararmos de nos tratar por bancos ou negros e sim por quem somos, pessoas, cada uma com sua identidade”.

IZA, Camilla De Lucas e outras famosas mostram a beleza e a importância dos cabelos naturais

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Foto: Ernna Cost ; Reprodução.

Nesta semana, a influenciadora Camilla de Lucas, 28, revelou o resultado de sua transformação após o período de transição capilar. A artista apareceu com um belíssimo black power, reafirmando a beleza de seus fios crespos. Assim como Camilla, a cantora IZA, 32, também faz questão de mostrar a importância e a beleza seu cabelo natural afro.

“Eu fazia relaxamento, usava aquelas coisas que todas as meninas crespas e cacheadas já usaram. Fazia isso e escova. Depois de um tempo, comecei a fazer só isso porque comecei a gostar dos cachos. E aí percebi que eu ficava me enganando”, disse IZA em entrevista ao Gshow ainda em 2019. A artista conta que durante muitos anos utilizou produtos químicos no cabelo, mas que com o passar dos anos encontrou a beleza em seus fios. “A gente escuta muita coisa, dá muito ouvido para a opinião dos outros. Quando você se ama e alguém vier dizer que o seu cabelo é ‘feio, ruim ou esquisito’, você vai falar: ‘Está louco, né, meu amor? Eu sou maravilhosa’. A gente acaba aprendendo a rebater essas coisas porque você sabe quem você é, sabe o valor que você merece, sabe que sua cotação é dólar, meu amor!”, completa a cantora.

A própria IZA defende seu cabelo crespo como um ato político. “Foi o primeiro momento de resistência e ele foi muito necessário”, ela diz. Outra celebridade que reafirma a importância do cabelo natural é Taís Araujo, 44. A atriz faz questão de classificar seus fios como um ato de orgulho. “Vivo de orgulho do meu cabelo crespo, afinal compreendi, já não retrocedo’. Cabeça erguida, queixo pra cima e nenhum passo pra atrás. Quem vem?!”, escreveu Taís numa publicação através das redes.

A falta de representatividade de cabelos naturais, em especial cabelos crespos, na TV, no cinema e na mídia, construiu uma imagem prejudicial para a auto estima de mulheres negras no Brasil. Inúmeras são as campanhas publicitárias que ainda hoje não exploram a beleza dos fios naturais. Essa falta de representatividade foi o que fez a cantora Marvvila não se sentir atraente. “Levei anos para entender que o meu cabelo era bonito. Porque, até então, desde criança até adolescente, eu fazia ‘relaxamento’ no cabelo. Ninguém achava bonito o ‘black’. Não existia isso. Eu, realmente, não me achava bonita. Quando crescia um pouquinho da minha raiz, eu ficava desesperada. ‘Preciso relaxar, preciso relaxar [o cabelo]’. Aí eu falei: ‘Cara, quero conhecer o meu cabelo'”, disse Marvvila em sua passagem pelo Big Brother Brasil.

A construção imagética de personalidades como IZA, Taís Araujo e Camila de Lucas é importante porque causa um impacto construtivo nas gerações mais jovens. Ao verem representações de beleza e aceitação de seus cabelos na mídia e nas redes sociais, as crianças e adolescentes negras podem desenvolver uma autoestima mais saudável e sentir-se orgulhosas de sua aparência natural. Isso pode ter um efeito poderoso e positivo na construção de identidade e na formação de uma imagem positiva.

Onde está Mc Sabrina? Pocah mobiliza web em busca de respostas para o sumiço da pioneira do funk

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Fotos: Reprodução/Instagram

A cantora Pocah está mobilizando a web para encontrar a Mc Sabrina, pioneira do funk. “Há anos mando mensagem pra Mc Sabrina e não tenho respostas. Procurei algumas pessoas próximas e as notícias não são nada boas, papo de ‘cárcere privado’, ‘depressão’ e até ‘estado vegetativo”‘, disse na tarde deste sábado (15).

Na terça-feira (11), a Pocah revelou que tinha sonhado com a cantora, dona dos hits “Dessa vez”, “Bonde passando”, “Implacável”, “Ela Joga o Cabelo”, mas hoje ela trouxe a público tudo o que sabe até o momento sobre a Sabrina. “Uma das pioneiras do nosso funk ‘desaparece’ e ngm tá falando nada. POR QUÊ???”, questiona.

As últimas publicações da funkeira foi em setembro de 2022 e janeiro de 2021. Um comentário em destaque na última foto também deixou os fãs preocupados. “MC Sabrina está sendo mantida em cárcere privado e sendo dopada em clínicas psiquiatras de forma descabida pelo falso pastor Aguinaldo, padrasto dela”.

A vereadora Verônica Costa (PL) e dona da equipe de som “Furacão 2000“, apareceu em um vídeo no Tik Tok, em junho 2022, ao lado da delegada Gabriela Von Beauvais, para divulgar que a Polícia Civil do Rio de Janeiro estava dando início a investigação do desaparecimento da Mc Sabrina.

De acordo com o portal Metrópoles, a parlamentar afirmou que soube do caso através do ex-marido e ex-empresário da cantora, Dj Júnior da Providência, que já havia feito diversas acusações graves contra o padrasto de Sabrina. Em junho de 2022, o artista fez um vídeo afirmando que também abriu um boletim de ocorrência porque estava sendo ameaçado de morte, após dizer no podcast ‘Papo de Cria’, tudo o que a ex sofria com a família. 

“Sem as testemunhas a polícia não está conseguindo investigar o caso. Precisamos fazer uma corrente para que as testemunhas se apresentem para depor e para que a gente entenda o que está acontecendo com a Sabrina. Precisamos das testemunhas para ajudá-la”, disse Verônica Costa para o Metrópoles. Já a Polícia Civil, disse ao portal apenas que o “inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça”.

Para mobilizar cada vez mais as autoridades e os veículos de comunicação, Pocah lançou a campanha #FreeMcSabrina no Twitter e diversos fãs e artistas estão aumentando a visibilidade do caso.

Luciano Huck e João Vicente fazem vaquinha para entregador vítima de racismo, mas ativista destaca falta de justiça social

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Fotos: Reprodução/Instagram

O apresentador Luciano Huck, 51, e o ator João Vicente de Castro, 40, estão mobilizando uma vaquinha com o objetivo de arrecadar R$ 190 mil para Max Ângelo dos Santos, 36, que foi agredido pela ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, no último domingo (9). Em menos de 24 horas, a arrecadação já atingiu mais de 100 mil. O valor será usado para que ele e sua família comprem a própria casa.

Max ficou desempregado durante o auge da pandemia de Covid-19 e as entregas por aplicativo se tornaram sua principal fonte de renda. Pai de três filhos e sem moto, ele relatou que pedala no mínimo 12 horas por dia na zona sul do Rio de Janeiro, podendo chegar a 16 ou 18 horas.

Embora a vaquinha ajude Max a comprar a casa própria, o ativista Antonio Isuperio publicou um vídeo com reflexões direcionadas a essas ações para vítimas de violência racista. “É muito importante que pessoas brancas se posicionem em situações de racismo e contribuam para essa narrativa antirracista no Brasil. [mas] Quando a gente não compreende, de fato, como funciona a estrutura, a gente pode atrapalhar a narrativa do antirracismo”, inicia o vídeo. 

https://www.instagram.com/p/CrD9XwDAGPl/

“Se a gente não lutar por justiça social, a situação do Max não vai mudar. Ele só está tendo essa reação do sistema, porque escancarou de fato uma situação que é muito comum no Brasil. Se tirar o Max dessa situação – com todo o apoio que ele merece, e que é o mínimo que o sistema deveria fazer -, não deveria contar com a ajuda de pessoas físicas, porque a gente sabe que grande maioria das pessoas que vão realmente se mobilizar para fazer a essa reparação pro Max, são pessoas negras. Essa reparação deveria ser feita só por pessoas brancas”, destaca Isuperio.

“A gente pode retirar ele novamente, mas já já ele vai estar nessa situação de novo. “Várias pessoas estão nessa situação de novo, e a gente não fala de uma situação individual, é coletiva”, completa.

Outro ponto levantado pelo ativista, é como a visão do ‘branco salvador’ é colocado com mais protagonismo do que a violência racista. “‘Razões para Acreditar’, é uma das páginas que mais atrapalham o discurso antirracista no Brasil porque ela favorece o discurso do branco salvador, que não contribui em nada para a justiça social”, reflete sobre a página que também está promovendo a vaquinha. “Pode parecer bonitinho e completamente colaborativo, mas é só fantasia capitalista”, finaliza.

Em meio a mais polêmicas na produção, o filme ‘Blade’ deve iniciar as gravações em maio

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Foto: Divulgação

Uma nova atualização do reboot de ‘Blade‘ tranquilizou os fãs nesta sexta-feira (14). O filme da Marvel Studios deve iniciar as gravações em 30 de maio, de acordo com o insider Daniel RPK.

Estrelado pelo premiado ator Mahershala Ali, a produção também anunciou nesta semana, a escalação da atriz Mia Goth para o elenco. O longa do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) deverá ser gravado em Atlanta.

Em março, o jornalista Jeff Sneider especulou em seu podcast ‘The Hot Mic‘, que o filme estava com problemas na pré-produção e poderia ser adiado novamente, culpabilizando o ator principal. “Blade conseguiu um novo diretor em novembro. Aqui estamos nós, cinco meses depois, ainda sem atualização sobre o elenco… Vê onde quero chegar com isso? Mahershala Ali, duas vezes vencedor do Oscar, essas pessoas querem que as coisas sejam feitas de uma certa maneira, certo? E eles carregam o peso para conseguir o que querem, e isso às vezes causa atrasos”, disse.

‘Blade’ foi anunciado oficialmente na San Diego Comic-Con 2019, mas já teve a produção adiada mais de uma vez. Primeiro, devido à pandemia de Covid-19, que começou no ano seguinte ao anúncio. E em setembro de 2022, houve a saída de Bassam Tariq da direção e Beau DeMay do roteiro.

Dois meses depois, a Marvel anunciou novos nomes na equipe: Yann Demange, diretor da aclamada série ‘Lovecraft Country‘, assumiu a direção do reboot e Michael Starrbury, famoso pelo trabalho da série ‘Olhos que Condenam‘. assumiu o roteiro, que precisou começar do zero.

Com previsão de lançamento em 6 de setembro de 2024, as mudanças adiaram em quase um ano, em relação a primeira data divulgada.

Estrela do espetáculo “Dolores – Minha composição”, Rosana Maris ressignifica Dolores Duran

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Foto: Águeda Amaral/Reprodução

Texto: Ivair Augusto Alves dos Santos

Em São Paulo fomos brindados com o espetáculo teatral “Dolores – Minha composição”, que registra a vida de uma das mais importantes cantoras e compositoras negras da história da música brasileira: Dolores Duran (1930-1959). Um espetáculo de dramaturgia e atuação de Rosana Maris, com a direção de Luiz Fernando Marques. Que beleza, muita emoção.

Ficamos durante o espetáculo inteiro nos perguntando por que não falamos mais dessa mulher negra, que era uma intelectual, brilhante letrista, com uma sensibilidade inigualável. Dolores Duran é hoje ainda a compositora mais gravada do país. Um prodígio, um gênio, dessas personalidades difíceis de explicar, que faleceu precocemente aos 29 anos.

Rosana Maris fez uma majestosa, singela e bela interpretação. Como é lindo ver a garra de uma atriz negra em ação. Nos enche de orgulho e admiração. Fico imaginando o quanto essa mulher deve ter trabalhado para escrever esse texto e convencer os produtores da viabilidade do espetáculo sobre Dolores Duran.

As novas gerações não têm a dimensão da grandeza, da beleza daquela mulher, muito à frente do seu tempo, autodidata, poliglota. Muito jovem tornou-se independente economicamente. Aos 18 anos, começou a cantar nas mais badaladas casas noturnas cariocas, para manter sua família.

Uma mulher corajosa, que viveu intensamente seus amores, namorou com quem quis, trabalhou com quem gostava, não tinha medo de ser feliz e de se apaixonar, isso na década de 1950.

Com belos versos, criou um gênero coloquial e feminino de cantar o amor que ficou na história das mais belas canções brasileiras, como a música “A noite do meu bem”:

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda a beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Dolores Duran, para sobreviver no mundo da música, enfrentou e superou diversas situações de racismo, mas nunca se permitiu não amar quem quer que seja.

Ella Fitzgerald, durante sua passagem pela bela cidade do Rio de Janeiro, nos anos 1950, entusiasmou-se com a interpretação da cantora brasileira para a canção My Funny Valentine, dizendo que foi a melhor que já ouvira.

Compôs as músicas “Se é Por Falta de Adeus, “ Por Causa de Você” e “Estrada do Sol” em parceria com Tom Jobim. Foi também parceira de Chico Anysio, Edson Borges e tantos outros

Hoje fica difícil citar um artista que não tenha regravado as músicas de Dolores Duran: Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Wilson Simonal, Marisa Monte. Cauby Peixoto, Elizeth Cardoso, Martinho da Villa, Angela Ro Ro, entre tantos outros.

O mais importante do espetáculo “Dolores – minha composição” é o resgate histórico da compositora, da mulher que adorava a noite e que serviu de referência para as cantoras brasileiras e de muita inspiração para as mulheres negras. Parabéns, Rosana Maris, pela defesa da memória de nossa ancestralidade.

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