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Festival Ajeum Carioca celebra a culinária de matriz africana no Rio

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Fotos: Agência Globo e Divulgação

O Festival Ajeum Carioca, com o objetivo de celebrar a tradição da culinária de matriz africana, começou na semana passada e segue até 30 de março, reunindo bares e restaurantes das zonas Portuária e Norte do Rio de Janeiro.

A proposta vai além da gastronomia, o evento promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC), busca fortalecer a economia criativa e destacar a importância da segurança alimentar. “Além de estimular a criatividade e o desenvolvimento sustentável, queremos valorizar as heranças socioambientais e culturais que formam a base da culinária afro-brasileira”, explica Tainá de Paula, secretária de Meio Ambiente e Clima.

Os estabelecimentos foram escolhidos por sua conexão com essas raízes, priorizando o preparo artesanal e o uso sustentável dos ingredientes. Durante o festival, os visitantes podem avaliar os pratos, dando notas de 8,5 (regular) a 10 (excelente).

Todos os participantes recebem o “Selo Ajeum Carioca”, um reconhecimento pelo compromisso com a valorização da gastronomia afro-brasileira.

Confira os estabelecimentos para saborear e participar do Ajeum Carioca:

Agô Bar da Encruza: Rua Áurea, 30, Santa Teresa. De quarta a sexta, das 18h à 1h | Sábado e domingo, das 12h à 1h.

Boemia Carioca Samba Bar: Rua João Pinheiro, 174, Piedade. Quarta a domingo, das 17h às 2h.

Borogun Bar: Rua Barão de Cotegipe, 280A, Vila Isabel. Quarta e quinta, das 17h à meia-noite | sexta e sábado, das 17h à 1h30 | Domingo, das 12h às 22h.

Casa Omolokum: Rua Tia Ciata, 51, Saúde. De sexta a domingo, das 13h às 18h.

Casa Savana: Rua Camerino, 62, Centro. Sábado e domingo, das 12h às 16h.

Dida Bar e Restaurante: Rua Barão de Iguatemi, 379, Tijuca. Terça e quarta, das 16h à meia-noite | Quinta a sábado, das 12h à meia-noite | Domingo, das 12h às 18h.

Mojubar: Rua Pedro de Carvalho, 639, Méier. Terça a domingo, das 16h à meia-noite | Sexta e sábado, das 16h às 2h.

Restaurante 2 de Fevereiro: Rua Sacadura Cabral, 79, Saúde. De terça a sábado, das 11h30 às 18h | Domingo, das 8h às 18h.

Influenciadora é condenada a pagar R$ 35 mil por associar enchentes no RS a “terreiros de macumba”

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Foto: Reprodução

A Justiça de São Paulo condenou a influenciadora Michele Dias Abreu a pagar R$ 35 mil de indenização por danos morais a um fundo do governo paulista. A decisão foi proferida após ação civil pública movida pela Associação das Comunidades Tradicionais e de Cultura Popular Brasileira, que acusou a influenciadora de associar as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado à quantidade de “terreiros de macumba” no estado.

Em publicação nas redes sociais, Michele afirmou: “Deus está descendo com a sua ira total. Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos com maior número de terreiros de macumba, mais do que a Bahia (…) Alguns profetas já estavam anunciando em janeiro, fevereiro, sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul devido à… à de Deus”.

O juiz Glauco Costa Leite, responsável pelo caso, destacou que a ação trata dos limites da liberdade de crença e do excesso de proselitismo religioso, que pode configurar discurso de ódio. “A requerida se refere à religião de matriz africana não apenas como inferior, mas especialmente como causadora de uma das maiores tragédias civis do Estado do Rio Grande do Sul em tempos recentes, imputando a seus praticantes a culpa pelo evento”, escreveu o magistrado na decisão. A indenização de R$ 35 mil deverá ser depositada no Fundo de Direitos Difusos do Estado de São Paulo.

Segundo o juiz, as declarações de Michele caracterizam “incitação ao ódio público” contra outras religiões, o que não é protegido pela Constituição Federal. “A ré sequer negou tal fato em sua contestação, pois explanou expressamente que a religião por ela praticada prega a existência de um único Deus e que religiões que cultuam outras entidades não direcionam os seus fiéis para o caminho correto e os colocariam a mercê da ira de Deus”, afirmou Leite em outro trecho da sentença.

Organizações promovem ato contra a violência policial em São Paulo na próxima sexta-feira

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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Na próxima sexta-feira, 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, a Frente Povo Negro Vivo, composta por mais de 100 organizações da sociedade civil, convoca a população para um ato público no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da USP, no Centro de São Paulo. O evento tem como objetivo denunciar a violência policial e de Estado que atinge, de forma desproporcional, a população negra e periférica no Brasil, além de reivindicar o impeachment do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

O manifesto escrito em conjunto pelas organizações, destaca os índices de letalidade policial em São Paulo, evidenciando aumentos significativos. “As chacinas ocorridas na Baixada Santista resultaram na morte de mais de 70 civis. No ano de 2023, 460 pessoas foram mortas pela Polícia Militar de São Paulo. Até novembro de 2024, esse número subiu para 673 vítimas, sendo que a maioria, pessoas negras”, mostra o documento. Os dados refletem um padrão estrutural de violência racial e discriminatória, que tem se intensificado sob a atual gestão pública do Estado.

Antes do ato, no mesmo dia, às 15h, serão protocolados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), por parte dos movimentos negros, periféricos e de direitos humanos, os pedidos de impeachment do governador Tarcísio de Freitas e do secretário Guilherme Derrite. Os deputados Paula Nunes (PSOL) e Eduardo Suplicy (PT), entre outros, estarão presentes para receber a comitiva dos movimentos para o protocolo.

Manifesto e exigências

Entre as principais exigências descritas no manifesto, estão:

  • A exoneração imediata do secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, cujo pedido será protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp);
  • O cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina o uso obrigatório de câmeras corporais com gravação ininterrupta durante operações policiais;
  • A criação de um grupo de trabalho interinstitucional para monitorar indicadores de letalidade policial e garantir transparência nos dados;
  • A implementação de políticas de mediação de conflitos e resoluções conciliatórias, em vez do uso desproporcional da força.

Programação do ato

O ato do dia 21 de março será um momento de luta, resistência e união. A programação inclui:

  • 15h – Protocolo do pedido de impeachment de Tarcísio e Derrite na Alesp, por parte dos movimentos negros, periféricos e de direitos humanos;
  • 17h – Aula Pública Aberta, em frente à Faculdade de Direito da USP, com as presenças de Débora Dias e Luana Vieira (UNEafro Brasil), Regina Lúcia e Milton Barbosa (Movimento Negro Unificado), Simone Nascimento (deputada estadual da Bancada Feminista PSOL/SP) e o professor Ramatis Jacino (UFABC);
  • 18h – Concentração para o ato no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da USP;
  • Ato político – Com a participação de lideranças do movimento negro, familiares de vítimas da violência policial e representantes de organizações sociais.

Marina Silva critica violência política de gênero após fala sobre ‘enforcá-la’: “psicopatas”

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reagiu nesta quarta-feira (19) às declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que, durante um evento no Amazonas na última sexta-feira (14), disse: “Imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”. A fala do parlamentar gerou repúdio e foi classificada pela ministra como uma incitação à violência contra mulheres.

“Com a vida dos outros não se brinca. Quem brinca com a vida dos outros ou faz ameaça aos outros de brincadeira e rindo, só os psicopatas são capazes de fazer isso”, afirmou Marina Silva durante participação no programa Bom Dia, Ministra, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ela ressaltou que a divergência política não pode se transformar em incentivo à violência.

A ministra também associou a declaração do senador a uma postura misógina. “Dificilmente isso seria dito se o debate fosse com um homem. É dito porque é com uma mulher preta, de origem humilde e uma mulher que tem uma agenda que, em muitos momentos, confronta os interesses de alguns”, acrescentou.

Marina Silva destacou que a violência política de gênero é uma realidade constante, mesmo para mulheres em posições de destaque. “Se uma mulher que consegue se tornar governadora, prefeita, deputada, senadora ou ministra sofre violência política de gênero; [sofrem ainda] mais as mulheres de um modo geral, aquelas que não estão em posição muitas vezes de visibilidade”, afirmou.

O episódio ocorreu durante um evento em que Plínio Valério criticava a participação de Marina Silva em uma audiência da CPI das ONGs. A fala do senador gerou reações também no Senado. Nesta quarta, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, usou a sessão plenária para repreender Valério, sugerindo que ele reconsiderasse suas palavras. “Fazer uma referência a essa fala, até mesmo justificar se foi uma fala equivocada”, disse Alcolumbre.

No entanto, o senador amazonense manteve sua posição. “Se você perguntar: ‘você faria de novo?’. Não. ‘Mas está arrependido?’. Não, porque eu não ofendi”, declarou Valério.

Roberta Rodrigues vence ação contra Globo por racismo e assédio moral nos bastidores de novela

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Foto: Divulgação/TV Globo

A Globo foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar indenização de R$ 500 mil à atriz Roberta Rodrigues por racismo institucional e assédio moral durante as gravações da novela “Nos Tempos do Imperador”. A empresa ainda pode recorrer da decisão.

O processo tramita em segredo de Justiça, mas a coluna da Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo teve acesso ao documento. A sentença foi proferida pela juíza Aline Gomes Siqueira, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que reconheceu que o ambiente de trabalho durante a produção da novela foi marcado por práticas de assédio moral e racismo institucional.

Exibida entre agosto de 2021 e fevereiro de 2022, a novela teria contribuído para o adoecimento da atriz, que recebeu diagnóstico de burnout e precisou se afastar das atividades profissionais por cerca de três meses.

A Globo nega as acusações e argumenta que não houve discriminação ou segregação racial nos bastidores da produção. A emissora sustenta ainda que, mesmo após o fim das gravações, Roberta continuou trabalhando em outros projetos da casa e que a empresa adota políticas de inclusão. Procurada pela imprensa, a Globo afirmou que não comenta processos em andamento.

A atriz afirma que ela e outros atores negros receberam tratamento distinto do elenco branco. O caso ganhou repercussão em fevereiro de 2022, quando veio a público que o setor de compliance da Globo havia recebido uma denúncia de racismo nos bastidores da novela. As atrizes Dani Ornellas e Cinara Leal também haviam denunciado o racismo junto com a Roberta Rodrigues.

No mês seguinte, o então diretor artístico da trama, Vinicius Coimbra, foi desligado da emissora após ser acusado de assédio moral. Em entrevista concedida à Folha um ano depois, Coimbra admitiu falhas estruturais, mas afirmou combater a segregação.

O processo também menciona um áudio, revelado pela coluna da Mônica, de uma reunião entre Coimbra e atores negros da novela em setembro de 2021. Na ocasião, a produção enfrentava críticas por uma cena que sugeria “racismo reverso”. A autora da novela se desculpou publicamente após a repercussão negativa.

Na gravação, o diretor alertava sobre possíveis retaliações e mencionava figuras públicas ligadas ao movimento negro. “Assim como você tem a tropa de choque do movimento negro, a Djamila [Ribeiro], o AD Junior, você também tem a tropa de choque do movimento branco, entendeu? Que também vão, a qualquer deslize de vocês, vão deslegitimar as reivindicações, os discursos”, disse Coimbra.

Desde sua estreia, “Nos Tempos do Imperador” foi criticada por “romantizar a escravidão” e apresentar imprecisões históricas. A Globo chegou a contratar uma revisora para avaliar o conteúdo da trama.

Os advogados de Roberta Rodrigues, Carlos Nicodemos e Cinthia Carvalho, não comentaram o caso devido ao sigilo judicial. A atriz pleiteava uma indenização de R$ 10 milhões, mas a juíza fixou o valor em meio milhão de reais.

Luciana Barreto denuncia ataques racistas após comentar fala de presidente da Conmebol

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Foto: Divulgação/TV Brasil

A jornalista Luciana Barreto relatou que está sendo alvo de comentários racistas em uma rede social, após a TV Brasil publicar um vídeo em que ela comenta a fala de Alejandro Domíngues, presidente da Conmebol, que comparou os brasileiros a Chita, um chimpanzé do filme Tarzan

“Muitos desses comentários estão em espanhol, significa que tem muita gente se ancorando na possibilidade de estar fora do país e cometer crime de racismo. Agora, tem muitos brasileiros também cometendo crimes contra mim”, disse a âncora do Repórter Brasil Tarde no Instagram, nesta quarta-feira (19). 

A autora do livro “Discursos de ódio contra negros nas redes sociais” afirmou que vai denunciar os ataques sofridos. “Já estamos tomando as providências legais e o mais importante, ninguém vai me silenciar, não. A gente vai denunciar o racismo até o fim. Lugar de racista é na cadeia”.

Em resposta, a emissora  também se pronunciou contra os comentários racistas: “Nós da TV Brasil repudiamos todo e qualquer ato racista. Premiada, Luciana Barreto, nossa âncora e editora-chefe do Repórter Brasil Tarde, tem um trabalho reconhecido na luta antirracista. A tentativa de intimidação e silenciamento não irá funcionar. Todo nosso carinho e respeito por você, Lu”.

Entenda o caso

Após os recentes casos de racismo, durante uma entrevista na terça-feira (18), o presidente da Conmebol, Alejandro Domíngues foi questionado se ele imaginaria a Copa Libertadores sem os times brasileiros, e ele respondeu que seria como Tarzan sem a Chita.

Em repúdio à fala racista, Luciana Barreto comentou o caso durante sua apresentação na TV Brasil. “Claro que a frase, em um contexto em que os jogadores brasileiros são desumanizados, constantemente chamados de macacos, foi um tiro no pé. Mostra que todo mundo precisa melhorar muito para de fato implementar medidas antirracistas que vão além do discurso. A sugestão, aliás, é estudar o tema. Quem sabe um treinamento antirracista ajude, melhorem. 

As marcas brasileiras estão matando os nossos sonhos

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Foto: Reprodução/Freepik

A notícia do adiamento da Feira Preta para 2026 foi mais que um banho de água fria para qualquer empresário que trabalha com a comunidade negra, incluindo esta pessoa que escreve este texto. Foi uma prova concreta de como projetos afrocentrados foram usados pela publicidade durante a pandemia, na era pós-morte de George Floyd, e de como agora as marcas não se importam mais com a gente.

A edição de 2024 da Feira foi a maior e melhor de todas, ocupando uma área expressiva do Parque do Ibirapuera, um dos espaços mais bonitos da cidade mais rica da América Latina e movimentando cerca de R$14 milhões. Havia público, ativações, atividades culturais, uma área de empreendedorismo pulsante e uma cadeia incontável de pessoas beneficiadas financeiramente com o evento. Seria inimaginável que a Feira Preta não encontrasse apoio de marcas para a edição deste ano em São Paulo. E foi exatamente isso que aconteceu. A Feira será realizada apenas em Salvador, em novembro.

Quando olhamos o recuo da diversidade e inclusão nos EUA, devemos levar em conta que, apesar de péssimo, a população negra lá é minoria. Nada justifica o retrocesso, mas, em termos numéricos, o Brasil tem mais da metade da população formada por pretos e pardos. Ou seja, o corte de investimentos e o enxugamento de áreas de diversidade dentro das empresas impactam a maior parte dos brasileiros.

Se, no final dos anos 90, a falta de investimento se dava por não sabermos o quanto somos, agora, em 2025, ela ocorre pela desimportância de pessoas negras em projetos estratégicos dentro das grandes agências de publicidade. O “They don’t care about us”, do clipe de Michael Jackson em Salvador, se faz presente novamente. Fomos usados para atender às tendências midiáticas globais durante a pandemia, quando a violência contra um homem negro americano se traduziu em uma curta primavera negra, com investimentos nunca antes vistos em projetos para a comunidade negra. Meta, Google e outras empresas criaram e apoiaram vários projetos de empoderamento negro em suas plataformas. O letramento racial era tema frequente em reuniões e eventos corporativos. Agora, essas instituições nem retornam os e-mails das mesmas pessoas que apoiaram antes. Uma violência simbólica que nos faz sentir usados e descartados.

E qual a solução para esse problema? Nos EUA, após o anúncio da redução dos programas de DEI, a Target, famosa rede de varejo, experimentou uma queda notável no tráfego de clientes. Em um período de quatro semanas encerrado em 9 de fevereiro, a empresa registrou uma diminuição de quase 5 milhões de visitas, de acordo com a Insider, enquanto a Costco, que manteve suas iniciativas de DEI, viu um aumento de aproximadamente 7,7 milhões de visitas no mesmo período. Esse movimento foi especialmente evidente entre famílias negras e hispânicas/latinas, que decidiram boicotar uma marca que não reconhece a importância de estratégias de diversidade em seus negócios.

Nosso país é tão irônico nesse sentido que os produtos voltados ao nosso público continuam em ascensão. As marcas de beleza só aumentam a gama de produtos para nossa pele e cabelo, ou seja, elas querem nosso dinheiro. Mas esse aporte financeiro, vindo das nossas compras, não retorna em ações de publicidade para mídias e influenciadores negros. Seus departamentos de DEI continuam sendo reduzidos e o adiamento da Feira Preta em São Paulo é uma das vítimas desse novo momento.

Não falta letramento racial. Inclusive, eu particularmente acho que a falta de conhecimento sobre racismo nunca foi o fator real para a ausência de investimentos em nossos projetos. Os letrados estão aí, ignorando nossa existência, matando empresas que investiram em recursos físicos e humanos, acreditando que a mudança viria para ficar. E o estrago tem como consequência o impacto na geração de empregos, pois sabemos que pequenos e médios empreendedores são os que mais contratam no Brasil.

Nosso consumo tem que ser consciente. Comprar dos nossos é de extrema importância. Entender se a marca que você consome regularmente tem ações de diversidade também precisa ser uma prática na hora de gastar seu dinheiro.

Abra sua geladeira e veja quais são as marcas que estão lá. Quais delas têm ações com enfoque racial dentro da sua agenda de ESG? Essas informações estão disponíveis na maioria dos sites de empresas, na parte institucional.

Quem não pensa em mim e na minha comunidade não merece meu dinheiro. Está na hora de expor e boicotar as marcas que estão matando os nossos sonhos.

Ícone do neo-soul, Erykah Badu anuncia novo álbum de estúdio após 15 anos

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Foto: Jai Lennard/BillBoard

Erykah Badu, eleita a Ícone das Mulheres na Música pela Billboard, revelou em uma recente entrevista à revista que está trabalhando duro em seu primeiro álbum de estúdio em 15 anos. Apesar de dizer que ela não está tão antenada na música quanto costumava ser, seu novo projeto musical está sendo produzido por The Alchemist, um dos nomes mais respeitados do hip-hop atual. 

Seu último álbum de estúdio lançado foi o ‘New Amerykah Part Two (Return of the Ankh)’, e a diva do neo-soul ainda chegou a lançar o mixtape ‘But You Caint Use My Phone’, em 2015.

Ela conta que gosta mais de performar do que de gravar. “Eu faço turnês oito meses por ano nos últimos 25 anos”, diz. “É isso que eu faço. Eu sou uma artista performática. Eu não sou uma artista de gravação. Eu venho do teatro. É a reação imediata entre você e o público e o sentimento imediato. O ponto onde você se torna um organismo vivo e respirando com as pessoas. É para isso que eu vivo. É a minha terapia. E a deles também. Estamos nisso juntos. E eu gosto da ideia de que isso acontece apenas uma vez”, conta. 

No ano passado, a cantora realizou show em dois festivais no Brasil: o Afropunk Brasil, em Salvador, e o Rock The Mountain, em Itaipava (RJ), além de uma apresentação no Espaço Unimed, em São Paulo.

O álbum tem consumido a maior parte do tempo de Badu. Além dos momentos dedicados à família e a outros interesses fora da música — como sua colaboração com a marca Cookies, chamada That Badu.

“Quando eu estava construindo minha casa, eu estava me certificando de que estava construindo rampas para quando eu fosse idosa e não pudesse andar sozinha. Quando eu faço meus exercícios, eu faço exercícios que são propícios para pegar mantimentos e netos e coisas assim”, diz a cantora, hoje com 54 anos, focada em manter seu equilíbrio mental, emocional e físico, garantindo que esteja preparada para o que está por vir.

Novo livro de Midiã Noelle ensina como a comunicação pode ser uma ferramenta poderosa no enfrentamento ao racismo

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Foto: Reprodução/Instagram

A jornalista e mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Midiã Noelle, estreia no mercado editorial com o livro “Comunicação Antirracista”, publicado pela Editora Planeta. A obra, que chega às livrarias como um guia prático, reúne ferramentas para aprimorar práticas discursivas e comportamentais que contribuem para a promoção de uma comunicação que não reforça estereótipos, preconceitos e desigualdades raciais.

Com 16 anos de carreira e atualmente redatora do Plano pela Igualdade Racial do Governo Federal, Midiã Noelle defende que a comunicação é fundamental para garantir dignidade às vidas das pessoas. Em seu livro, ela explora como o enfrentamento ao racismo deve ser baseado no respeito à historiografia africana e afrodiaspórica, utilizando elementos da estética, semiótica e outras linguagens para desconstruir percepções negativas sobre pessoas negras.

“Comunicação Antirracista” não se propõe a ser uma receita pronta, mas sim um instrumento para a articulação de práticas comunicacionais libertadoras. A obra é voltada para um público diverso — brancos, negros, indígenas, amarelos — que compartilham o interesse em ser antirracista. Segundo Midiã, o conceito de comunicação antirracista contempla diversas áreas da comunicação, visando fortalecer o reconhecimento da condição humana e promover uma interlocução mais justa e igualitária.

O lançamento do livro ocorre em um momento de crescente discussão sobre racismo estrutural e a necessidade de práticas antirracistas em diferentes setores da sociedade. Com uma abordagem teórica e prática, Midiã Noelle oferece um material basilar para quem deseja entender e combater o racismo por meio da comunicação.

“Comunicação Antirracista” já está disponível nas principais livrarias do país e em plataformas online.

Jonathan Majors e Meagan Good se casam em cerimônia íntima, diz site

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Os atores Jonathan Majors e Meagan Good oficializaram sua união em um casamento discreto realizado no último dia 18 de março. A cerimônia, descrita como íntima, contou apenas com a presença das mães do casal, que desempenharam papéis centrais no evento. A mãe de Majors, pastora, oficiou o matrimônio, enquanto a mãe de Good atuou como testemunha, de acordo com informações publicadas pela revista Essence.

O noivado do casal havia sido anunciado em novembro de 2024, durante o EBONY Power 100 Gala, evento que coincidentemente marcou também o início de seu relacionamento. Os dois se conheceram em outubro de 2022, no mesmo evento, e, segundo Good, houve uma “conexão instantânea” entre eles. “Não tínhamos ideia de que dois anos depois estaríamos noivos”, declarou a atriz em entrevista à revista Ebony em janeiro de 2024. “Mas tudo mudou naquele dia.”

Os rumores sobre o romance começaram a circular em maio de 2023, quando Majors e Good foram vistos juntos em um cinema em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na época, fontes próximas ao casal afirmaram que eles já eram amigos há algum tempo, mas que o relacionamento havia evoluído para algo mais sério.

O início do namoro, no entanto, foi marcado por desafios. Em junho de 2023, Majors enfrentou uma acusação de agressão e assédio movida por sua ex-namorada, Grace Jabbari. Good esteve ao lado do ator durante as audiências, sendo fotografada de mãos dadas com ele em várias ocasiões. O apoio público da atriz ao então namorado chamou a atenção da mídia e dos fãs.

Apesar das turbulências iniciais, o casal seguiu firme e passou a aparecer juntos em eventos públicos, incluindo tapetes vermelhos. Em março de 2024, Majors e Good compareceram ao 7º almoço anual do African-American Film Critics Association (AAFCA) Special Achievement Awards, onde demonstraram sintonia e afeto. Questionado sobre como estava, Majors respondeu: “Apaixonados… Estamos bem, obrigado por perguntar.” Good complementou: “Estamos ótimos. Deus é bom.”

Majors, conhecido por seus papéis em filmes da Marvel e em Creed III, já havia expressado publicamente sua admiração por Good, comparando-a a Coretta Scott King, esposa do ativista Martin Luther King Jr. “Ela é um anjo. Ela me segurou como… uma Coretta”, disse o ator em entrevista ao Good Morning America em janeiro de 2024. “Sou tão abençoado por tê-la. Acho que a encontrei.”

Good, por sua vez, também não esconde sua admiração pelo marido. Em entrevista ao programa Today, em julho de 2024, ela destacou o apoio mútuo e o respeito como pilares do relacionamento. “Tem sido realmente maravilhoso”, afirmou.

Mais recentemente, o casal foi visto no 55º NAACP Image Awards, realizado em 16 de março. Em conversa com a People, Good falou sobre este novo capítulo de sua vida. “Estou apaixonada, estou em transição, estou me curando, estou crescendo [e] estou ficando animada com o que vem a seguir”, disse. “Estou mais feliz do que nunca em muito tempo.”

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