A versão polonesa do programa “Your Face Sounds Familiar” está sob investigação interna após uso de blackface para imitação de Beyoncée Kendrick Lamar, em competição onde os participantes se caracterizam como artistas para apresentações.
O cantor Kuba Szmajkowski e a atriz Pola Gonciarza escureceram as peles para a personificação dos artistas, prática historicamente racista originada nos Estados Unidos, ao performarem as músicas “Humble” de Lamar e “If I Were a Boy” de Beyoncé. Szmajkowski ainda venceu a competição no último sábado (9), valendo 10.000 PLN (R$ 11.421).
Kuba Szmajkowski (Fotos: Reprodução)
Desde a exibição do episódio, os fãs têm criticado os autores da prática de blackface nas redes sociais, mas ambos continuam com as publicações das caracterizações abertas ao público e não se pronunciaram a respeito.
Nesta terça-feira (12), a produtora Endemol Shine Poland emitiu um comunicado para o The Guardian, afirmando estar “muito surpresa” com a reação negativa. “A intenção de cada estrela que atua no show, assim como de toda a equipe de produção, é recriar a performance original da maneira mais precisa, ao mesmo tempo que homenageia o artista original”, completa.
Pola Gonciarza (Fotos: Reprodução)
Já um porta-voz da Benjiay Group, empresa da qual a produtora faz parte, disse ao The Hollywood Reporter, que lamenta o ocorrido. “Contradiz os valores globais do nosso grupo. Uma investigação interna subsequente está em andamento e as medidas apropriadas serão tomadas.”
Essa não é a primeira vez que o programa polonês entra em polêmica sobre blackface. No ano passado, o ator Tomasz Ciachorowski escureceu a pele para interpretar Kanye West. Na versão tcheca do programa, os participantes foram proibidos de fazer esse tipo de apresentação.
Em uma declaração apaixonada feita no Instagram, o ator e diretor Lázaro Ramos celebrou os 19 anos de casamento com a atriz Taís Araújo. Na publicação, Ramos compartilhou imagens de momentos vividos juntos pelo casal: “19 momentos do nosso mundinho para celebrar o dia de hoje”, escreveu ele.
“Estamos completando 19 anos de casamento e é incrível o quanto eu continuo te amando cada dia mais, mozinho.”, escreveu carinhosamente o diretor de “Um ano inesquecível: Outono!”. Ele celebrou a parceria com Taís e mencionou os dois filhos do casal: “Celebro o nosso amor, nossa parceria, nossos humores, nossa vida e nossos lindos frutos, João e Maria. Todos os dias nos escolhemos, renovamos nossos votos, nos reconstruímos e recasamos. Eu amo dividir essa vida com você e amo a gente”.
A atriz publicou um reles para celebrar a data ressaltando que o casal não é perfeito e que acredita no que é real. “19 anos…muita histórias, inúmeras conquistas, algumas crises, pq nada é perfeito. Aliás, a gente não acredita na perfeição. A gente acredita no que é real, no processo, no caminho e na construção. E a gente também acredita no desejo e no sonho. A gente deseja ficar junto e a gente sonha junto. E eu? Eu desejo vc e desejo realizar meus sonhos ao seu lado, mozinho. Feliz 19 anos e obrigada por ser esse companheiro tão incrível! Te amo!”.
Os dois se conheceram em 2004 nos Estúdios Globo. Na época, Taís gravava a novela ‘Da Cor do pecado’, em que fazia a protagonista, e Lázaro Ramos gravava a série ’Sexo Frágil’. Após o fim da gravação da novela, a atriz foi passar uma temporada nos Estados Unidos e quando voltou iniciou o romance com Lazinho. Eles se casaram e 2005. Juntos, os dois são pais de João Vicente, de 11 anos, e Maria Antonia, de 7.
Na última semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizaram o desembargador de Santa Catarina, Jorge Luiz Borba, e sua esposa Ana Maria Gayotto de Borba a se reencontrarem com Sonia Maria, após as acusações de manter a mulher de 50 anos em situação análoga a escravidão por 30 anos. Ela também voltou a morar com a família.
Segundo as informações do Defensor Público Federal William Oliveira, que tentou um habeas corpus para impedir a decisão do STJ, o reencontro entre o desembargador e Sonia aconteceu no dia 6 de setembro, um dia antes da decisão do STF.
Sônia Maria de Jesus, mulher negra de 50 anos, possui deficiência auditiva desde a infância e nunca foi ensinada libras, a lingua brasileira de sinais. Após denúncias em junho, o Ministério Público do Trabalho realizou uma busca na casa do desembargador e resgatou Sônia, que foi levada para um abrigo para mulheres vítimas de violência.
Segundo os depoimentos de três ex-funcionárias, Sônia era tratada como uma “escravinha” e os cachorros eram mais bem tratados do que ela. Ela também não possuia um quarto dentro da casa.
Até a decisão do STF e do STJ, ela estava tendo aulas de Libras, língua portuguesa, artes e educação física e estava demonstrando um aprendizado rápido.
Segundo a defesa do desembargador, ela sempre foi tratada como membro da família e negou todas as acusações de trabalho escravo. A defesa também afirmou que tentou ensinar libras para ela quatro vezes sem sucesso.
Na decisão do STJ, Sônia teria condições de tomar suas próprias decisões de se queria ou não voltar para a casa do desembargador. “Enquanto pessoa maior e capaz, e não ao Estado, a atribuição de escolher se deseja ou não voltar a ver Ana Maria Gayotto de Borba e Jorge Luiz de Borba, podendo optar, se assim desejar, por retornar ao lar que anteriormente habitava, caso seja constatada sua vontade inequívoca de assim fazê-lo”, escreveu o ministro relator do caso.
Sônia optou por voltar e desde a semana passada vive com a família do desembargador.
Nesta semana, o Metrópoles revelou que conseguiu depoimentos da família da biológica. Sua mãe, Deolina Ana de Jesus, passou anos procurando Sônia e dizia que era sua “missão de vida”. Ela deixou a filha com a sogra do desembargador, Maria Leonor Gayotto, por conta da violência doméstica, mas logo depois perdeu o contato com ela. Deolinda morreu em 2019.
A informação foi revelada pelas irmãs biológicas, que foram encontradas pela equipe de auditores e procuradores do Trabalho com ajuda da Defensoria Pública da União, ela é a mais velha de seis filhos. Suas irmãs querem contato com Sônia e se sentem revoltadas com tudo que ela passou.
A decisão de Mendonça também causou um climão entre ele e o Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Almeida chegou a mandar um email para o ministro do STF em que dizia que o caso de Sônia tem “fortes indícios de versões contemporâneas de escravidão”.
O e-mail acabou incomodando André Mendonça, que transformou o e-mail em petição, abrindo, na prática, um novo processo no STF sobre o caso e cobrou explicações de Silvio Almeida.
São Paulo acaba de reconhecer o dia 20 de novembro, data que lembra a morte do líder do maior quilombo das Américas, Zumbi dos Palmares, como um feriado estadual. A informação foi publicada no Diário oficial da União na manhã desta quarta-feira, 13.
Celebrada no Brasil desde os anos 70, a data já é considerada feriado em alguns municípios de São Paulo e agora se torna oficialmente um feriado no calendário estadual após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionar o Projeto de Lei nº 370/2023, do Deputado Teonilio Barba (PT), instituindo o dia 20 de novembro como Dia Estadual da Consciência Negra e tornando-o um feriado.
O Dia da Consciência Negra também é considerado um feriado nos Estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro e em cerca de 1260 municípios brasileiros.
No texto do projeto, o deputado afirma que: “O estabelecimento do Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro, nos moldes atuais, deve ser considerado, sim, um avanço, mas o estabelecimento desta data como feriado nacional é de grande relevância para que essa parcela da sociedade, que representa mais da metade de nossa população, receba mais um aceno público e oficial de sua importância para o Brasil”.
Além de ressaltar que “A data também serve para debater a importância do povo e da cultura africana no Brasil, com seus respectivos impactos políticos no desenvolvimento da identidade cultural brasileira, seja por meio da música, da política, da religião ou da gastronomia entre várias outras áreas que foram profundamente influenciadas pela população negra”.
O Dia da Consciência Negra lembra o falecimento de Zumbi dos Palmares, líder de maior quilombo das Américas, o Quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, aos 40 anos, depois de ser entregue as tropas do bandeirante Domingos Velho, que organizou um ataque ao quilombo, destruindo sua sede.
Zumbi tornou-se o líder de Palmares aos 25 anos e comandou o lugar com grande resistência.
Com apresentação de Nicki Minaj e o funk sendo representado, na noite desta terça-feira (12) aconteceu o MTV Video Music Awards (VMA), em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Mesmo SZA e Nicki sendo um dos artistas negros com mais indicações, cada uma levou para casa um VMA.
SZA, que tinha seis indicações no total, levou apenas o prêmio de Melhor R&B, com seu hit ‘Shirt’, mas a cantora não compareceu a premiação. A apresentadora da noite e indicada a cinco prêmios, levou para casa o prêmio de Melhor Hip-Hop, com ‘Super Freaky Girl’. Doja Cat ganhou em Melhor Direção de Arte, com ‘Attetion’ e Ice Spice como Artista Revelação. Beyoncé e Kendrick Lamar passaram a premiação em branco.
O hit viral ‘Calm Down’, do artista Nigeriano Rema com Selena Gomez, que se tornou a primeira música africana a bater 1 bilhão de streams no Spotify nesta semana, ganhou o prêmio de Melhor Afrobeats. Essa foi a primeira edição que a categoria foi inserida.
O Brasil e o funk também estiveram presentes no VMA. Karol G, vencedora do prêmio Melhor Colaboração do Ano, se apresentou no palco da premiação e cantou ‘Tá OK Remix’, do Kevin O Chris, com participação da cantora. Ele comemorou nas redes sociais.
Além da apresentação de funk da Karol G, Anitta também levou seu segundo VMAs em Melhor Latino com ‘Funk Rave’
Mas não foi uma noite apenas para o funk, a cultura Hip-Hop e seus 50 anos também foram celebrados na premiação. Nicki Minaj performou seus hits ‘Itty Bitty Piggy’ e ‘Red Ruby Da Sleeze’, Lil Wayne também subiu ao palco para cantar ‘A Milli’.
O rapper e empresário Diddy além de apresentar em celebração aos 50 anos do Hip-Hop, também foi homenageado pelo VMA com o prêmio Ícone Global.
Confira a lista completa do VMA 2023:
Vídeo do Ano
Doja Cat – Attention
Miley Cyrus – Flowers
Nicki Minaj – Super Freaky Girl
Olivia Rodrigo – Vampire
Sam Smith & Kim Petras – Unholy
SZA – Kill Bill
Taylor Swift – Anti-Hero
Artista do Ano
Beyoncé
Doja Cat
Karol G
Nicki Minaj
Shakira
Taylor Swift
Música do Ano
Miley Cyrus – Flowers
Olivia Rodrigo – Vampire
Rema & Selena Gomez – Calm Down
Sam Smith & Kim Petras – Unholy
Steve Lacy – Bad Habit
SZA – Kill Bill
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Videoclipe Latino
Anitta – Funk Rave
Bad Bunny – Where She Goes
Eslabon Armado & Peso Pluma – Ella Baila Sola
Grupo Frontera & Bad Bunny – un x100to
Karol G & Shakira – TQG
Rosalía – Despechá
Shakira – Acróstico
Artista Revelação
GloRilla
Ice Spice
Kaliii
Peso Pluma
PinkPantheress
Reneé Rapp
Melhor Colaboração do Ano
David Guetta & Bebe Rexha – I’m Good (Blue)
Post Malone & Doja Cat – I Like You (A Happier Song)
Diddy ft. Bryson Tiller, Ashanti, Yung Miami – Gotta Move On
KAROL G & Shakira – TQG
Metro Boomin ft. The Weeknd, 21 Savage, Diddy – Creepin’ (Remix)
Rema & Selena Gomez – Calm Down
Melhor Videoclipe de Pop
Demi Lovato – Swine
Dua Lipa – Dance the Night
Ed Sheeran – Eyes Closed
Miley Cyrus – Flowers
Olivia Rodrigo – Vampire
P!NK – Trustfall
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Videoclipe Hip-Hop
Diddy ft. Bryson Tiller, Ashanti, Yung Miami – Gotta Move On
DJ Khaled ft. Drake & Lil Baby – STAYING ALIVE
GloRilla & Cardi B – Tomorrow 2
Lil Uzi Vert – Just Wanna Rock
Lil Wayne ft. Swizz Beatz & DMX – Kant Nobody
Metro Boomin ft. Future – Superhero (Heroes and Villains)
Nicki Minaj – Super Freaky Girl
Melhor Videoclipe Rock
Foo Fighters – The Teacher
Linkin Park – Lost (Original Version)
Red Hot Chili Peppers – Tippa My Tongue
Måneskin – The Loneliest
Metallica – Lux Æterna
Muse – You Make Me Feel Like It’s Halloween
Melhor Videoclipe Alternativo
Blink-182 – Edging
Boygenius – The Film
Fall Out Boy – Hold Me Like a Grudge
Lana Del Rey ft. Jon Batiste – Candy Necklace
Paramore – This Is Why
Thirty Seconds To Mars – Stuck
Melhor Videoclipe R&B
Alicia Keys ft. Lucky Daye – Stay
Chlöe ft. Chris Brown – How Does It Feel
Metro Boomin ft. The Weeknd, 21 Savage, Diddy – Creepin’ (Remix)
SZA – Shirt
Toosii – Favorite Song
Yung Bleu & Nicki Minaj – Love In The Way
Melhor Videoclipe K-Pop
Aespa – Girls
Blackpink – Pink Venom
Fiffty Fifty – Cupid
Seventeen – Super
Stray Kids – S-Class
Tomorrow X Together – Sugar Rush Ride
Melhor Videoclipe de Afrobeats
Ayra Starr – Rush
Burna Boy – It’s Plenty
Davido ft. Musa Keys – Unavailable
Fireboy DML & Asake – Bandana
Libianca – People
Rema & Selena Gomez – Calm Down
Wizkid ft. Ayra Starr – 2 Sugar
Melhor Videoclipe pelo Bem
Alicia Keys – If I Ain’t Got You (Orchestral)
Bad Bunny – El Apagón – Aquí Vive Gente
Demi Lovato – Swine
Dove Cameron – Breakfast
Imagine Dragons – Crushed
Maluma – La Reina
Melhor Fotografia
Adele – I Drink Wine
Ed Sheeran – Eyes Closed
Janelle Monae – Lipstick Lover
Kendrick Lamar – Count Me Out
Miley Cyrus – Flowers
Olivia Rodrigo – Vampire
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Direção
Doja Cat – Attention
Drake – Falling Back
Kendrick Lamar – Count Me Out
Megan Thee Stallion – Her
Sam Smith & Kim Petras – Unholy
SZA – Kill Bill
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Direção de Arte
Boygenius – The Film
Blackpink – Pink Venom
Doja Cat – Attention
Lana Del Rey ft. Jon Batiste – Candy Necklace
Megan Thee Stallion – Her
SZA – Shirt
Melhores Efeitos Visuais
Fall Out Boy – Love From the Other Side
Harry Styles – Music for a Sushi Restaurant
Melanie Martinez – Void
Nicki Minaj – Super Freaky Girl
Sam Smith & Kim Petras – Unholy
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Coreografia
Blackpink – Pink Venom
Dua Lipa – Dance the Night
Jonas Brothers – Waffle House
Megan Thee Stallion – Her
Panic! at the Disco – Middle of a Breakup
Sam Smith & Kim Petras – Unholy
Melhor Edição
Blackpink – Pink Venom
Kendrick Lamar – Rich Spirit
Miley Cyrus – River
Olivia Rodrigo – Vampire
SZA – Kill Bill
Taylor Swift – Anti-Hero
Melhor Apresentação “Push” do Ano
Agosto 2022: Saucy Santana – “Booty”
Setembro 2022: Stephen Sanchez – “Until I Found You”
Outubro 2022: JVKE – “golden hour”
Novembro 2022: Flo Milli – “Conceited”
Dezembro 2022: Reneé Rapp – “Colorado”
Janeiro 2023: Sam Ryder – “All The Way Over”
Fevereiro 2023: Armani White – “GOATED”
Março 2023: Fletcher – “Becky’s So Hot”
Abril 2023: Tomorrow X Together – “Sugar Rush Ride”
“Menina bonita, que cor você tem?”, novo livro infantil inspirado em uma história real, conta um episódio de racismo vivido pela filha da autora, Aline Carvalho. Para acolher e empoderar a pequena, a escritora decidiu recorrer à contação de histórias para dialogar sobre a negritude, a importância da diversidade e o respeito às diferenças.
Na narrativa, Giovana é uma garota alegre, extrovertida e inteligente que, depois de um dia comum no colégio, retorna entristecida por causa do comentário de uma professora. Durante uma aula, a educadora afirmou que todas as crianças na sala tinham uma “cor natural”, menos Gi, porque ela tinha cor marrom.
A partir disso, a mãe da protagonista busca reconstruir a autoestima da menina ao narrar a trajetória de seus ancestrais africanos, compostos por reis, rainhas e guerreiros pretos. Ainda explica a importância da diversidade nas pessoas, além de mostrar como essas diferenças são comuns na vida.
Capa do livro “Menina bonita, que cor você tem?”
Então a mamãe explicou que cada um é de uma cor. Mamãe contou para Gi que seus ancestrais vieram da África e que lá, na África, tinham muitos reis, rainhas e guerreiros, todos de pele pretinha (Menina bonita, que cor você tem?, pg. 21)
Com ilustrações de personagens racialmente diversos, produzidas por Xande Pimenta, a obra utiliza diálogos coloquiais e linguagem simples para o público da primeira infância e as crianças em fase de letramento compreenderem a narrativa.
O intuito da autora é tornar “Menina bonita, que cor você tem?” uma ferramenta de conversa entre pais e filhos sobre o enfrentamento de preconceitos e a defesa da pluralidade. O livro também tem sido utilizado por psicólogos para dialogar com crianças que sofreram algum tipo de discriminação.
Ilustração: Xande Pimenta
Aline Carvalho Santos Gonçalves é engenheira de produção, mas após se tornar mãe, começou a produzir histórias para contar aos filhos e publicá-las. Ela também é autora da obra infantil “A Ovelha, O Cachorro, O Gato Preto e o Coelho”.
O livro físico de “Menina bonita, que cor você tem?”pode ser encontrado no site da editora Multifoco e em eBook na Amazon, por R$ 55 e R$ 15, respectivamente.
Mais da metade das capitais brasileiras amanheceram hoje com obras de arte de rua sobre a importância de ter uma mulher negra como ministra no Supremo Tribunal Federal. É a Mostra “Juízas Negras Para Ontem”, que convidou 24 artistas negros a produzirem cartazes que foram distribuídos pelas cidades, transformando as ruas em espaço de exposição democrático, aberto e acessível a todos. As obras a podem ser conferidas e baixadas também no site da exposição.
“Ter uma mulher negra no STF é uma questão de Justiça. Ocupar esse espaço de poder é uma ação de enfrentamento de injustiças históricas e um passo na reparação. Não faz sentido que a suprema corte do poder judiciário nacional não tenha representação equivalente ao que é o povo brasileiro. Desde o período colonial, o Brasil mantém a subalternização e excludência de pessoas negras”, afirma Nina Vieira, diretora de arte que fez a curadoria da mostra e integra o Manifesto Crespo, coletivo que dialoga sobre identidades, gênero e práticas anti-racistas. “As obras que integram esta Mostra não deixam dúvidas que existe uma demanda pulsante na sociedade por mais igualdade de raça e gênero no STF”, completa.
Segundo dados do IBGE, 56% dos brasileiros se identificam como pretos e pardos e quase um terço da população é de mulheres negras (28%). Apesar disso, a mais alta corte brasileira tem permanecido majoritariamente masculina e branca desde sua instalação, em 1891. Nesses 132 anos de existência, o STF teve apenas três ministros negros e três ministras – estas, todas brancas. Nunca um presidente nomeou uma mulher negra para o STF. Essa desigualdade de raça e gênero no Supremo reproduz o que se vê no sistema judiciário brasileiro como um todo: apenas 7% dos magistrados de primeira instância e 2% na segunda instância são mulheres negras.
A recente morte de Mãe Bernardete Pacífico expõe a falta de atenção e cuidado com a população negra, que lidera as estatísticas de pobreza, desemprego, desigualdade salarial, violência, falta de acesso a saúde e a educação, população carcerária e inúmeros outros indicadores de dignidade e qualidade de vida. Como guardiões da Constituição, com poderes até sobre as decisões do Executivo e do Legislativo que desrespeitem a Carta Magna, os ministros do Supremo Tribunal Federal podem ter uma ação muito mais ativa em suas decisões para reduzir desigualdades e injustiças perpetradas pelo racismo estrutural da sociedade brasileira.
Todas as obras que integram a mostra “Juízas Negras para Ontem” foram impressas e afixadas nas ruas, democraticamente apreciadas pela população em geral. Mitti Mendonça, uma das artistas, explica como foi seu processo criativo: “Para a concepção, parti da ideia de ocupar lugares de poder e de decisão, colocando uma mulher negra em uma posição de destaque e em contraponto com uma cadeira vazia, dialogando sobre a importância de termos representantes no STF. A paleta de cores propositalmente remete às da bandeira do Brasil, pois o conjunto estabelece ligação direta com a política, para quem passa na rua já ter essa leitura do que se trata a questão. Além disso, a balança – um dos símbolos da justiça.”
A mostra não é uma ação isolada. No último mês, outras ações de movimentos sociais, celebridades e lideranças políticas também demandaram do Presidente Lula essa indicação.
Confira a seguir a relação de cidades e autores:
ARTISTA
INSTAGRAM
LOCAL DA COLAGEM
A COISA FICOU PRETA
acoisaficoupreta
Maceió / AL
Alcides Rodrigues
amarelografico
Rua Treze de Maio, 772 Bixiga – São Paulo / SP
Alisson Damasceno
alissondamasceno_
Belo Horizonte / MG
Alma Retinta
almaretinta
Madureira, Rio de Janeiro/ RJ
Ariel Farfas
ariel gfarfan
Teresina / PI
Arthur Costa
arthur agc
São Paulo / SP
Ayala Prazeres
potencianaobinaria
Curitiba / PR
Cassimano
cassimanodesign
São Paulo / SP
Daisy Serena
daisy_aserena
Minhocão, São Paulo / SP
Kerolayne Kemblin
dacordobarro
Quilombo Liberdade, São Luís / MA
Larissa Constantino
lariconstantino_
São Paulo / SP
Leticia Carvalho
leticafe
Recife / PE
Manifesto Crespo
manifestocrespo
Feira de São Joaquim, Salvador / BA
Marcela Bonfim
bonfim_marcela
Porto Velho / RO
Michel Cena7
michelcena7
São Bernardo do Campo / SP
Mitti Mendonça
mao negra
Rua dos Andradas, 1079 Centro Histórico, Porto Alegre / RS
Nayò
nayo arte
Largo da Batata, São Paulo / SP
Robinho Santana
robinho_santana
Diadema / SP
Senegambia
senegambia81
Salvador / BA
Sereia Caranguejo
sereiacaranguejo
Manaus / AM
Sheila Signário
photosignario
São Paulo / SP
Thais Devir
devirpassaro
Rio de Janeiro / RJ
Thayná Miguel
thayna miguell
São Paulo / SP
RENFA DF
tulipasdocerrado
Setor Comercial Sul, Quadra 4, Brasília / DF
MINI BIOGRAFIAS DOS CRIADORES
A COISA FICOU PRETA
Gleyson Borges, vulgo a coisa ficou preta, é um artista visual alagoano que cria arte afrocentrada desde 2018, fazendo, através do lambe lambe, intervenções pretas nos muros brancos da cidade.
ALCIDES RODRIGUES
Vive em São Paulo, assina os trabalhos como Amarelo Gráfico, desenvolve projetos de artes gráficas, aplicados estampas de camisetas, murais, publicações e lambe-lambe.
ALISSON DAMASCENO
Artista preto, angoleiro. Transita pelo campo da Arte Contemporânea explorando diversas linguagens. Por meio de ações e objetos busca propor relações entre corpo e presença.
ALMA RETINTA
Nascida em 1995, filha de Andréa Calixto e Renato Alves, neta de Dona Ednéa artesã, a estudante de arquitetura e urbanismo, apaixonada por artes visuais, flores, folhas e estampas, a artista, já encantada pelo mundo das colagens, ingressou no ramo com o objetivo de propagar uma outra realidade visual e sensitiva da população negra, através de sorrisos, corpos expressivos, e principalmente sentimentos, esta ressignifica fotos com novas cores e elementos botânicos.
ARIEL GUEDES FARFAN
Nascido no Recife (PE) e atualmente com 26 anos, Ariel vive em Petrolina (PE). Inicia no cenário artístico do Vale do São Francisco em sua formação no curso de licenciatura em Artes Visuais em Juazeiro (BA). Seu trabalho de pesquisa em arte dialoga com os desafios da contemporaneidade, dentro de suas plataformas e propondo discussões acerca do meio ambiente, relações sociais, de gênero e etnia.
ARTHUR GOMES COSTA Artista visual, diretor de arte e designer gráfico, nasceu e trabalha em São Paulo. Formado em Publicidade e Propaganda, desenvolve identidade visual, publicações gráficas para instituições culturais e exposições de arte. Atualmente lança uma série de gravuras em risografia intitulada “Tradições do Penteado Yorùbá”, pesquisa que reverencia a herança, a origem e os significados de diferentes estilos de penteados com tranças utilizados na cultura afro-brasileira, que hoje conhecemos como trança nagô.
AYALA PRAZERES
Curadora de arte contemporânea, artista visual, figurinista e cenógrafa. Desenvolve no campo da imaginação política pesquisas que tensionam os paradigmas da colonialidade do saber, do ser e do poder numa perspectiva anticolonial. É acadêmica de Artes Visuais pela Universidade Federal do Paraná e atua como curadora independente em instituições culturais internacionais e nacionais. Tendo atuado também como crítica de arte contemporânea no circuito universitário da Bienal Internacional de Curitiba.
CASSIMANO
Pai de Iara Badu, designer e fotógrafo nas horas vagas.
DACORDOBARRO
Manauara, 27 anos, multiartista, trabalha com a poética de imagens de poder incentivando auto estima e pertencimento a partir da arte.
DAISY SERENA
É artista visual, fotógrafa, escritora, mãe, com estudos em Sociologia e Política pela FESPSP. Sua atuação se dá de forma autônoma junto a diversos artistas, coletivos e pautas que lhe fazem sentido no corpo político de mulher negra. É Autora de Tautologias (Padê Editorial, 2016) e participou de diversas exposições e publicações.
LARISSA CONSTANTINO
Larissa nasceu e cresceu em Pernambuco e atualmente mora em São Paulo. Formou-se em Design pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), onde também concluiu o mestrado. Sua pesquisa abordou configurações gráficas em filmes, no grupo de pesquisa Design da Informação do CNPQ. Também passou um ano e meio como estudante visitante na Universidade NSCAD, no Canadá, por meio do programa Ciência sem Fronteiras. Larissa tem mais de 9 anos de experiência em design visual, motion design e ilustração. Atualmente trabalha como designer visual/motion independente.
LETICIA CARVALHO
Nascida em Recife e habitante de Jaboatão dos Guararapes (PE), é facilitadora gráfica desde 2019, designer gráfica, ilustradora freelancer, pintora e grafiteira. Concluiu o curso de
Design Gráfico pelo CCJ Recife em 2015 e desde 2018 é estudante de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
MANIFESTO CRESPO
O coletivo discute o corpo negro em seus diálogos estéticos e políticos. Gerido por mulheres negras, fomenta desde 2010 o trabalho de produtoras periféricas, valorizando a diversidade da equipe, que agrega mães, senhoras, lésbicas, transsexuais, imigrantes e homens. Com ações na Casa Crespa SP, sua atuação também se estende pelo norte e nordeste do Brasil e outros países de Abya Yala. Seus projetos educacionais se estruturam em formato de oficina, roda de conversa, contação de histórias, desfile de moda e exibição de filmes em instituições de ensino, centros culturais e organizações comunitárias.
MARCELA BONFIM
Fotógrafa, é formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), atualmente se dedica ao projeto “(Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta” – projeto de militância e reflexão das artes visuais, no campo da antropologia visual, sobre a constituição e memória da população negra brasileira na região amazônica.
MICHEL CENA 7
Desenvolveu grande parte de sua produção a partir do arranjo entre as artes plásticas e a poesia e do contato com as ruas de São Bernardo do Campo no ABC Paulista. Suas obras podem ser vistas no espaço urbano de diversas cidades. Já participou de exposições em municípios do estado de São Paulo, na capital e em outros países como Estados Unidos, Austrália, Londres e Portugal. Suas obras estão presentes em acervos de museus brasileiros, entre eles a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Afro Brasil e a Pinacoteca Municipal de São Bernardo do Campo. Participou da publicação/projeto “Enciclopédia Negra”, com exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
MITTI MENDONÇA
Artista têxtil, ilustradora, designer gráfico, escritora e produtora cultural. Participa do circuito latino-americano de feiras gráficas, com publicações independentes, e de exposições em instituições do Brasil e do exterior, como Galeria Ecarta (RS), Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Kunstmuseum Wolfsburg (Alemanha). É Co-idealizadora dos projetos Universo, Moda e Arte (UMA), programa de mentorias para artistas razializados e da Feirá gráfica GARGANTA, encontro de artistas e publicadores independentes, em Porto Alegre. É natural de São Leopoldo-RS, 1990. Tem formação nas áreas de comunicação e design.
NAYO
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas, tem extenso currículo em cursos de formação artística, em exposições e experiências. Através de sua arte, celebra o ser feminino e expressa para o mundo a sua essência, subjetividade e os prismas de sua espiritualidade.
ROBINHO SANTANA
Nascido e criado em Diadema, São Paulo, é um artista visual, pesquisador e músico experimental com formação acadêmica em Design e Fotografia. Sua obra é um diálogo contínuo com a necessidade intrínseca de expressar sua conexão com a vida e a rica cultura de seu povo. Em suas criações, Robinho não apenas se identifica, mas também se dedica a retratar de maneira inclusiva e respeitosa os protagonistas da vida cotidiana nas periferias, contribuindo para uma representação plural e autêntica.
SENEGAMBIA
Criada em 2014 pelo designer e artista gráfico Luang Senegambia Dacach Gueye, a Senegambia resgata temas que começaram a ser investigados pelo artista ainda na sua graduação em design gráfico, no ano de 2003: a cultura religiosa afro-brasileira e o combate ao racismo.
SEREIA CARANGUEJO
Oriundo de Macapá (AP), começou sua carreira acadêmica a partir de 2015, quando ingressou no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá (Unifap), onde se expandiu ainda mais artisticamente e transitou dentre várias vertentes artísticas. Em 2018, após uma experiência artística/espiritual, começou a perceber que as amarras da sociedade prendiam ainda seu corpo de várias formas e principalmente sua relação tão reprimida com o feminino, tendo após isso se buscado e experimentado a vida de uma forma mais livre sem temer o incômodo do outro quanto ao seu corpo. Assim em 2019, se afirmando transgênero, hora não-binário, hora gênero fluído, se experimentando dentro das várias possibilidades de existência e que esse corpo nascido desses ancestrais amazônicos modificando-se através das vestes e da arte. Em 2020 se outorga em Licenciatura em Artes Visuais pela Unifap. Atualmente está cursando a pós de Estudos em Teatros Contemporâneos pelo curso de Licenciatura em Artes Cênicas na Unifap, segue sendo associade à Associação Giramundo e integrando o grupo de Arte e Performance Delas: Ap Delas.
SHEILA SIGNARIO
Mulher negra e moradora da periferia, vem construindo sua história na fotografia clicando os movimentos culturais na periferia da zona sul de São Paulo (Campo Limpo, Capão Redondo, Jd. São Luis, Jd. Ângela). Começou a fotografar em um projeto social “Um Olhar na Favela de Paraisópolis” em 2008 e não parou mais. Atualmente trabalha como fotógrafa e assistente de produção no Espaço Cultural CITA e também desenvolve trabalhos fotográficos autorais.
THAIS DEVIR
Artista, colagista e designer gráfica. Aborda em suas obras questões sobre negritude, pertencimento, tecnologias ancestrais, espiritualidade e afeto. Em suas composições acha importante mesclar todas as suas vivências.
TULIPAS DO CERRADO
Rede que atua com Redução de Danos (RD) e na articulação de uma rede de proteção a profissionais do sexo, trabalhando principalmente com a população de rua e com as profissionais do sexo em situação de rua ou não, trazendo informação e educação em saúde.
Gaby Amarantos é o nome que vem à cabeça quando falamos das belezas do norte e sua cultura tão rica. Ela é um símbolo da valorização na natureza, do pop e de uma estética única. E como uma diva conectada com suas raízes e a saúde do seu corpo e mente ela escolheu a alimentação biogênica para dar aquele zerada no corpo e de quebra ainda perdeu 14 quilos.
“Tirei uns dias pra cuidar da saúde e já emagreci 14k num mergulho na alimentação biogênica. Quem diria que fazer “a xuca” me faria tão bem, sim eu tenho feito enemas, bebido muito suco vivo, comida viva, trilha, caminhadas e me sentido leve e mais conectada comigo e com a natureza. Quero seguir forte e saudável pra poder TREMER e levar a música pop do Norte pelo mundo minhas filhas, mamãe tá acesa e aberta pras coisas lindas que o universo ainda quer me proporcionar”, explica a cantora.
MAS O QUE SERIA A ALIMENTAÇÃO BIOGÊNICA?
Conversamos com o nutricionista Saulo Gonçalves para entender melhor do que se trata essa alimentação que fez Gaby se sentir ainda mais saudável e poderosa.
A alimentação biogênica é aquela o mais próxima possível no seu formato in natura (legumes, verduras, raízes, castanhas…), não podemos dizer que seja uma dieta e sim um estilo de vida ou uma estratégia nutricional. O nome vivo se dá ao ato de germinar as leguminosas dando uma potência e enriquecimento no seu valor nutricional. Sabe quando botamos feijão para plantar no algodão e ele vai crescendo aos poucos? Isso é um feijão germinado, podendo fazer com chia, linhaça, trigo, lentilhas, etc. E por isso o nome VIVO”, explica Saulo.
O nutricionista Saulo Gonçalves – Foto: Reprodução Instagram
Ele detalha a frequência do consumo desse tipo de alimento. “Por ser uma estratégia nutricional e não um plano alimentar, precisa ter cautela e limitar os dias feitos, para não haver nenhum prejuízo nutricional. Lembrando que extremismos e terrorismo na nutrição só geram compulsão alimentar”.
A “xuca” a qual Gaby se refere é um estímulo à função intestinal, tecnicamente chamado de enema. “Quanto ao enema é uma forma mecânica de estimular a vontade de fazer coco, sendo assim uma prática médica e não nutricional”, detalha o nutricionista.
Saulo reforça a ideia de que apesar de ser fácil de se por em prática, consumir apenas alimentos biogênicos, não é a melhor opção.
“O equilíbrio é muito mais interessante. Numa alimentação equilibrada daria facilmente para incluir um suco vivo ou uma salada vida no seu dia a dia”, finaliza.
SUGESTÃO PARA QUEM QUER EXPERIMENTAR ALIMENTOS BIOGÊNICOS
1 – Escolha o que quer germinar: trigo, lentilha, linhaça, quinoa, etc
2- Selecione os grãos de qualidade, sem nenhuma danificação e coloque em um vidro. Cubra com água limpa.
3- Deixe de molho durante a noite (em média 8 horas, algumas sementes podem precisar de mais tempo).
4- Cubra o vidro com um tule e prenda-o com um elástico. Despeje a água. Acrescente mais água limpa e deixe-a escorrer com o vidro inclinado (45º), em um local fresco e sombreado.
5- Lavar bem, de manhã e à noite (em dias quentes, durante a tarde também), retornando ao local inclinado.
6- Algumas sementes já estão prontas para o consumo quando um pedacinho do broto começa a aparecer, como a lentilha e o grão de bico. Outras, precisam gerar broto.
No Brasil desde 2020, o canal Trace passou por mudanças importantes no comando dos negócios. Principal veículo de comunicação audiovisual voltado para cultura afro-urbana do país, mudou o nome de “Trace Brazuca” para “Trace Brasil” e elevou ao cargo de CEO seu então Diretor de Operações, o publicitário Bruno Batista.
Em entrevista exclusiva para o Mundo Negro, o executivo deu um panorama sobre as novidades que a Trace está implementando no Brasil e que incluem o rompimento da parceria com a Globo, além de uma mudança definitiva de sua sede, antes localizada em São Paulo, para Salvador, capital da Bahia. “Além da conexão profunda e direta com o continente africano, Salvador é inegavelmente um epicentro da criatividade no Brasil. Em cada esquina, rua e bairro da cidade, somos imersos na diversidade, riqueza e pluralidade da cultura afro como em nenhum outro lugar do mundo”, afirmou Batista.
Foto: Instagram/Bruno Batista
O executivo também contou que novos nomes devem compor o time nesse novo momento. Ele falou sobre a chegada da stylist Van Nobre, que estreou como apresentadora do programa Bonde Nobre em julho deste ano, além de Caio Muniz, Gerson Saldanha e a influenciadora de Salvador, Karina Ferreira, que já integram o quadro de apresentadores do canal. O CEO também reforçou que “novos nomes devem aparecer em breve”, além de destacar que os profissionais que já trabalharam na Trace Brasil seguem “em proximidade para projetos e produções especiais”.
Confira a entrevista completa com o novo CEO da Trace Brasil, Bruno Batista
Mundo Negro – Bruno, você começou como Diretor de Marketing (CMO) na Trace Brasil e rapidamente assumiu a função de Diretor de Operações (COO) e agora é o novo Diretor Executivo (CEO) da empresa. Pode nos contar sobre essa transição e quais foram os principais desafios que enfrentou ao assumir essas novas responsabilidades?
Bruno Batista – Minha transição na Trace Brasil tem sido uma jornada desafiadora e empolgante. Assumi como CMO, o que me proporcionou uma compreensão profunda da marca, seus desafios, e principalmente do mercado. Na sequência, o cargo de COO trouxe a responsabilidade de gerenciar as operações internas e otimizar nossos processos. Essa bagagem, somada a minha experiência de mais de 15 anos no mercado me capacitaram para assumir como CEO da Trace Brasil. Estou 100% focado em liderar a empresa para toda a sua potencialidade no Brasil. Os principais desafios têm sido a coordenação e reestruturação de nossas equipes e produtos, além do fortalecimento de parcerias estratégicas para garantir que nossa estratégia global esteja alinhada com as demandas e oportunidades do nosso mercado.
MN – A Trace Brasil recentemente passou por uma mudança de nome, de “Trace Brazuca” para “Trace Brasil”. O que essa mudança representa para a empresa e qual é a importância de focar mais intensamente na produção e audiência locais?
BB – A mudança de nome do nosso canal “Trace Brazuca” para “Trace Brasil” reflete nossa busca por uma identidade mais forte e direcionada localmente. Focar na produção e na audiência locais é fundamental para nos conectarmos profundamente com nosso público e para que nosso conteúdo seja cada vez mais relevante e autêntico.
MN – Quais motivos levaram à escolha de Salvador como local para a sede da empresa?
BB – Não há melhor cidade no Brasil do que Salvador para ser a casa da Trace Brasil. Além da conexão profunda e direta com o continente africano, Salvador é inegavelmente um epicentro da criatividade no Brasil. Em cada esquina, rua e bairro da cidade, somos imersos na diversidade, riqueza e pluralidade da cultura afro como em nenhum outro lugar do mundo.
Essa energia criativa única precisa ser celebrada e apresentada ao mundo com autenticidade e legitimidade. É nossa missão dar visibilidade e reconhecimento a dezenas de milhares de pessoas criativas, inspiradoras e resistentes que todos os dias entregam para o Brasil e para o Mundo todo seu potencial em suas mais diversas formas.
Acreditamos que, a partir de Salvador, podemos inspirar outras cidades, empresas e marcas a enxergar e valorizar a cultura preta do Brasil em todo o seu potencial.
MN – A Trace Brasil lançou oficialmente sua nova fase com a transmissão das festividades em comemoração aos 200 anos do Dia da Independência da Bahia. Como essa iniciativa se encaixa na estratégia da empresa e o que podemos esperar em termos de cobertura de eventos no futuro?
BB – A cobertura de eventos certamente continuará sendo uma parte essencial de nossa estratégia, promovendo e oferecendo ao público presente e espectadores identificação, bem estar e sensação de pertencimento. Nos próximos meses, teremos uma série de eventos e transmissões em nosso canal e redes sociais, com destaque para o Trace Awards & Festival que acontecerá em Kigali, Ruanda e será transmitido no dia 22 de outubro para todo o mundo e também para nossas ações como veículo oficial do “Novembro Salvador Capital Afro”, onde estaremos presentes em mais dezenas de eventos e programações que acontecerão na cidade de Salvador em celebração ao mês da consciência negra.
MN – A Trace global completa 20 anos de fundação neste ano. Como a Trace Brasil contribuirá para a celebração desse marco e o que podemos esperar em termos de novidades e expansão da empresa?
BB – O Trace Awards & Festival é o momento máximo de celebração desses 20 anos promovendo e valorizando a cultura Afro-Urbana no mundo. Estamos trabalhando diariamente para uma grande presença do Brasil no evento em Kigali, Ruanda, em outubro deste ano. Teremos uma grande transmissão em português de todo o evento, além de coberturas exclusivas dos bastidores e entrevistas com grandes artistas como Burna Boy, Rema, Yemi Alade, entre outros.
Entre os artistas brasileiros nomeados estão: Ludmilla, Iza, Luedji Luna, Djonga e Léo Santana. Nosso desejo é ter a participação de todos os artistas brasileiros no evento, mas sabemos da complexidade de agendas e estamos no processo de negociação para que tenhamos a participação e apresentação do Brasil presencialmente no Trace Awards em Outubro.
MN – Com relação ao conteúdo, o que veremos de novidade na programação da Trace a partir das mudanças estabelecidas na empresa?
BB – Nossos espectadores podem esperar uma programação mais diversificada, com produções locais que destacam a cultura AfroUrbana. A música, essência do canal, terá um local de destaque com uma programação musical atual e diversificada, incluindo novos talentos. Continuaremos a cobrir festivais e artistas da cultura AfroUrbana, e projetos relacionados a moda, turismo, gastronomia e entretenimento estão em andamento. Além disso, estamos explorando novas parcerias e projetos para ampliar nossa oferta de conteúdo e alcançar um público mais amplo.
MN – Para quem assiste, quais serão as principais mudanças em frente às telas? Quem fica do time antigo?
BB – A Trace é uma plataforma de Cultura Afro-Urbana com três pilares claros: Entreter, Inspirar e Empoderar. Parte importante do nosso papel é abrir as portas para que novos talentos possam aparecer e conquistar seu espaço no mercado de mídia, entretenimento e comunicação. Desta forma, o público pode sempre esperar novos talentos na programação do canal, YouTube e redes sociais. Talentos como Gerson Saldanha, o Gersão, a stylist Van Nobre, Caio Muniz e a influenciadora de Salvador Karisa Ferreira já marcam presença em nossos programas e conteúdos e novos nomes devem aparecer em breve! Em relação aos talentos que já trabalharam com a Trace Brasil, seguimos em proximidade para projetos e produções especiais.
Depois de ser homenageada com o Michael Jackson Video Vanguard Award no ano passado, a rapper Nicki Minaj retorna ao MTV VMA Music Awards 2023 como apresentadora. Ela concorre em 6 categorias nesta edição do prêmio, que acontece na noite desta terça-feira, 12, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Durante sua participação, a artista também deve se apresentar seu novo single “Last Time I Saw You”. A edição deste ano pode dar à Nicki seu quinto prêmio na categoria ‘Melhor Clipe de Hip Hop’ com o vídeo de ‘Super Freaky Girl’.
A cantora ganhou pela primeira vez há 12 anos e depois foi novamente escolhida em 2015, 2018 e em 2022 por “Do We Have A Problem” feat com Lil Baby.Nicki Minaj também concorre nas categorias de Vídeo do Ano, Artista do Ano, Melhor Videoclipe de R&B e Melhores Efeitos Visuais.
A premiação está prevista para começar às 21h, no horário de Brasília. A cerimônia deve ser transmitida pelo serviço de streaming Pluto TV e pelo canal de assinatura da MTV.