Live-action de “A Pequena Sereia” supera boicotes, ataques racistas, e ultrapassa a marca dos US$ 500 milhões de dólares nas bilheterias ao redor do mundo, revela a plataforma BoxOffice.
O lançamento nos cinemas sofreu com um alto nível de rejeição realizado por grupos racistas que nunca aceitaram a escalação deHalle Bailey, para o papel de princesa Ariel, por ser uma mulher negra. O estúdio Disney ficou preocupado com um possível prejuízo, que investiu US$ 250 milhões de dólares na produção. Segundo os relatórios, o filme precisa ganhar US$ 560 milhões em todo o mundo antes de gerar lucro.
Com a crescente nas bilheterias, “A Pequena Sereia” se garantiu na quinta posição dos lançamentos mais assistidos do ano, ultrapassando no ranking “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” e “John Wick 4: Baba Yaga”.
“Nosso mecanismo de classificação detectou atividade incomum de votação neste título. Para preservar a confiabilidade de nosso sistema de classificação, um cálculo de ponderação alternativo foi aplicado”, informou o site.
Cada vez mais especialistas negros estão focados em oferecer cuidados específicos para as diferentes tonalidades de pele negra e foi pensando nisso que a dra. Jessica Magalhães, biomédica especializada em cuidados com a pele negra, está lançando o guia sobre “Como Cuidar da Minha Pele Preta”. O primeiro e-Book criado pela especialista pode ser adquirido na plataforma do Hotmart e oferece orientações sobre uma rotina de cuidados “possível, simples e afetiva”.
Imagem: Divulgação
“O livro apresenta uma proposta inovadora, destacando os ativos mais adequados e esclarecendo suas funções específicas. A obra responde a perguntas como “Que tipo de sabonete devo usar?” ou “Quais são os melhores ativos para minha pele preta?”. Ao fornecer informações diretas e descomplicadas, o ebook capacita os leitores a iniciar uma rotina básica de cuidados de maneira simples e eficaz”, explica a especialista.
Entre os tópicos abordados por Magalhães no guia estão assuntos como “surgimento de manchas na pele”, “ressecamento” e “importância dos cuidados”. A especialista, que é conhecida pelo trabalho com pele negra, também procura responder a dúvidas frequentes sobre como deve ser o cuidado com as peles pretas e pardas no dia a dia.
A dra. Jéssica Magalhães explicou a importância de ter um material exclusivamente dedicado para auxiliar nos cuidados com a pele negra. “Ouvimos muitas mentiras perpetuadas e é difícil encontrar quem realmente entenda e nos oriente sobre o que fazer no dia a dia. Conhecendo a nossa pele conseguimos entender como ela reage, porque ela é única. Não acredito que temos hoje outro conteúdo semelhante. Encontramos isoladamente alguns cuidados específicos. O mais fácil é encontrarmos para tipos de pele e idade. Não é fácil conseguir conteúdo que agregue essas informações com o foco na pele preta”, disse.
Além de ser dedicado para pessoas negras, o manual também aborda também os cuidados para a pele a partir dos 40 anos, considerando as necessidades e mudanças que ocorrem na pele com a passagem do tempo.
Nos últimos dias, a marca Gillette achou de bom tom estrear a vulva influenciadora “PPK da Claudia” no Instagram, com um tom de pele um pouco escuro, de cabelo crespo/cacheado que remete aos pêlos pubianos. Mas especialistas e mulheres negras, não se sentiram à vontade ao ver a personagem na internet. “Nunca vi tanto mal gosto e falta de senso numa campanha só. Aliás vi misoginia, machismo, racismo, humor questionável e infantilização da personagem”, escreveu uma internauta no perfil oficial da personagem.
“A ‘PPK da Claudia’ pretende ser divertida, mas debocha das demandas tão urgentes, quanto íntimas de centenas de milhares de mulheres e pessoas com vulva, no país que mais pratica ninfoplastia (ou labioplastia, cirurgia estética na vulva), que trazem em suas genitálias, marcas indeléveis de violências brutais, apenas por serem quem e como são. A jocosidade é um tom utilizado há muito tempo para reduzir as demandas das mulheres e pessoas com vulva, sobretudo negras”, refleteCaroline Amanda, consultora educação e saúde sexual, em entrevista exclusiva ao Site Mundo Negro.
“Assim que vi a campanha, senti um mal estar profundo! Imediatamente me recordei da história de Sarah Baartman, conhecida como Vênus Negra, uma mulher sul africana que foi explorada por anos em espetáculos de zoológico humano entre Londres e Paris. Sarah teve sua vulva exposta por décadas em um museu francês até que seu povo conseguiu recuperar o último fragmento do seu corpo, sua vulva”, relata a também fundadora daYoni das Pretas, a primeira comunidade afro referenciada no Brasil com foco no prazer e bem-viver das mulheres e pessoas com útero.
Caroline Amanda, fundadora da Yoni das Pretas (Foto: Divulgação)
Para a especialista, a vagina influenciadora reforça estereótipos contra mulheres e pessoas negras e causa mal estar por uma memória negativa. “A fragmentação dos nossos corpos para promoção de campanhas no mercado não é inédita e não combate tabus, muito pelo contrário. A PPK da Claudia com tom da Gabriela, Cravo e Canela [livro de Jorge Amado], o cabelo entre crespo e cacheado, não tem nada de inovador, tão pouco inclusivo”.
“Mais do que falar sobre liberdade, nós mulheres e pessoas com vulva, sobretudo negras, precisamos nos atentar ao discurso midiático com base no suposto empoderamento feminino comprometido exclusivamente com novas práticas de consumo”, alerta Caroline. “Clarear, perfumar, depilar, são práticas que nos aproximam cada vez mais de um ideal de vulva que, no fim, apenas as cirurgias íntimas vaginais costumam entregar”.
A educadora sexual reflete sobre o que realmente significa a liberdade feminina, sem que precise reforçar estereótipos com esses tipos de personagens. “Liberdade é expor o desconforto, liberdade é por exemplo fazer uma crítica desta envergadura e saber que posso sofrer represálias porque as empresas que mais nos oprimiram e coisificaram ao longo das últimas décadas e até séculos, são hoje as principais financiadoras de encontros de empoderamento feminino pautado por skin/self care”.
A partir desta terça-feira (27), o perfil de Elza no TikTok traz trechos inéditos de novos videoclipes criados por Inteligência Artificial (IA), entre eles, o single “No Tempo da Intolerância”. Além disso, serão publicadas na plataforma imagens únicas de Elza no estúdio durante o processo de gravação do disco e depoimentos de compositores e colegas artistas da cantora.
O álbum foi gravado em setembro de 2021, com músicas que trazem muitas reflexões contra o governo Bolsonaro e busca por justiça social. Este é considerado um dos álbuns mais políticos da artista.
O perfil de Elza no TikTok é uma grande homenagem para uma das maiores vozes da música brasileira. Todas as faixas do novo álbum também estão disponíveis no aplicativo para os fãs criarem os próprios vídeos com suas músicas favoritas. Ao longo das próximas semanas, a equipe de Elza continuará a publicar novidades por meio do perfil dela.
Além do seu memorável papel como herói da Marvel, o ator integrou produções de grande sucesso, como ‘A Voz Suprema do Blues‘ e a cinebiografia ‘James Brown‘.
Uma lista com 31 famosos revela quem ganhará a estrela. Entre os artistas negros estão Dr. Dre, Toni Braxton, Brandy Norwood e Darius Rucker, na categoria gravação.
Kerry Washington e Sheryl Lee Ralph também serão homenageadas na categoria televisão e o lendário do soul, Otis Redding, que ganhará uma estrela póstuma, como Boseman, por performance ao vivo.
“O comitê de seleção, formado por membros da Calçada da Fama, escolhe cuidadosamente um grupo de homenageados a cada ano que representa vários gêneros do mundo do entretenimento”, disse a presidente Ellen K. “O comitê fez um trabalho incrível ao escolher essas pessoas muito talentosas”, completa.
Os homenageados foram escolhidos entre centenas de indicações, durante uma reunião realizada em 16 de junho.
Foto: Antonio Pitanga/Leandro Tumenas
Anielle Franco/Ricardo Stuckert/PR
Zezé Motta/Reprodução
No dia 30 de junho, o Fórum A Cor da Cultura promoverá o lançamento da nova fase de um projeto de educação antirracista que tem como objetivo promover a valorização e o ensino do patrimônio histórico/cultural afro-brasileiro e indígena na Educação Básica, em apoio às Leis 10.639/03 e 11.645/08. O encontro, que ocorrerá no auditório da Editora Globo, que acontece na cidade do Rio de Janeiro, reunirá importantes personalidades, como artistas, educadores, pesquisadores, representantes do governo e da sociedade. O público poderá assistir o evento ao vivo no canal do Futura no YouTube.
O evento contará com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; da secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação (MEC), Zara Figueiredo; do secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria; do presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues; da cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Cida Bento, além de outros importantes artistas, educadores e pesquisadores das culturas negra e indígena.
Durante o evento, acontecerá a formação de uma Aliança para Promoção da Equidade Racial com a assinatura do protocolo de intenções com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi)/MEC e a Fundação Palmares.
A programação também inclui a participação do ator e diretor Antonio Pitanga e da atriz e fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), Zezé Motta, que devem falar ao público durante a abertura do primeiro painel, intitulado: A cor da cultura.
Além do Fórum presencial, no dia 30, outros dois encontros online, nos dias 4 e 5 de julho, vão acontecer com representantes negros e indígenas. Os encontros têm como principal objetivo escutar as demandas, os desafios e as práticas de quem está atuando na transformação da educação para equidade racial. Este mapeamento de temas, conceitos, projetos, redes e colaborações, a partir do fórum de escuta (mobilização), dará origem a um documento inicial para as produções que serão realizadas (curso online, produção audiovisual, jogos, proposta de formação e acompanhamento de educadores).
O projeto A Cor da Cultura, uma aliança para promoção da educação antirracista, tem desempenhado um papel crucial no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial na Educação Básica. Ao valorizar o patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro e indígena, essa iniciativa busca desconstruir estereótipos e preconceitos, oferecendo uma formação mais inclusiva e diversa para as novas gerações.
Dados estatísticos recentes revelam a importância dessa iniciativa. Segundo levantamentos, a desigualdade racial ainda é uma realidade no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra representa a maioria no país, correspondendo a cerca de 56% da população total. No entanto, quando se trata de acesso à educação de qualidade, a disparidade é evidente.
Segundo o último Censo Escolar, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2022, apesar dos avanços na inclusão, ainda há uma desigualdade na representatividade étnico-racial nos espaços educacionais. Apenas 25% dos estudantes autodeclarados negros frequentam escolas com mais de 80% de estudantes negros, enquanto 51% dos estudantes negros estão matriculados em escolas com menos de 20% de estudantes negros. Essa segregação reflete a necessidade de ações concretas para promover a equidade racial no sistema educacional brasileiro.
Diante desse cenário, as leis 10.639 e 11.645, estabelecidas em 2003 e 2008, respectivamente, determinaram que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados, incluíssem obrigatoriamente o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena em seus currículos e na formação dos professores. O projeto A Cor da Cultura surge com o propósito de valorizar esse patrimônio histórico e cultural, mobilizando educadores e a sociedade para promover as relações étnico-raciais e cumprir as leis mencionadas.
Na sua origem, o projeto foi resultado da parceria entre a Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, o Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), criado pela atriz Zezé Motta, o Ministério da Educação (MEC), a Fundação Cultural Palmares (FCP) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com apoio da TV Globo.
Confira a programação completa
9h30/10h – Café de Boas-vindas
10h/11h – Aliança para promoção da Equidade Racial
Apresentações:
• João Alegria – secretário-geral da Fundação Roberto Marinho
• Zara Figueiredo – secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação
• João Jorge – presidente da Fundação Cultural Palmares
Assinatura do protocolo de intenções – FRM + MEC + FUNDAÇÃO PALMARES
11h/12h30 – Painel 1 – A cor da cultura
Falas de abertura (vídeos):
• Zezé Motta – atriz e fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan)
• Antônio Pillar – diretor audiovisual
• Antônio Pitanga – ator e diretor
Apresentações:
• Wania Sant’Anna – historiadora e pesquisadora de relações raciais e de gênero
• Babalawô Ivanir dos Santos – prof. Dr. e conselheiro estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)
• Edneia Gonçalves – socióloga, educadora e coordenadora da ONG Ação Educativa
• Monica Lima – profª Drª. do Instituto de História da UFRJ
Mediação: Maria Correa – Fundação Roberto Marinho
14h/15h30 – Painel 2 – Para ler o Brasil hoje – Educação antirracista e democracia
Reflexões sobre educação antirracista no Brasil e a democracia e seus impactos na educação
Apresentação artística – Gênesis – Slam
Fala de abertura (vídeo):
• Kabengele Munanga – antropólogo e professor
Apresentações:
• Anielle Franco – ministra da Igualdade Racial
• Kaká Werá – escritor, professor e empreendedor social indígena
• Marize Guarani – professora, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), conselheira do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND) e membro do Parlaíndio
• Cida Bento – cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT)
Mediação: Kenya Sade – jornalista e apresentadora de Variedades no Grupo Globo
15h30/16h – Intervalo
16h/17h30 – Painel 3 – Cultura Afro-brasileira e Indígena
• Sandra Benites – professora, pesquisadora, curadora e atual diretora de Artes Visuais da Funarte, descendente do povo Guarani Nhandeva
• Roseane Borges – jornalista, professora e escritora
• Renata Tupinambá – jornalista, curadora, roteirista e produtora. Criadora do podcast Originárias, o primeiro de artistas e músicos indígenas no Brasil
• Rodrigo França – dramaturgo, ator, diretor, sociólogo e filósofo
Apresentação e mediação: Larissa Luz – cantora, atriz e apresentadora do GNT
No dia 16 de julho, o Festival Wakanda In Madureira vai celebrar um marco significativo: o aniversário de 5 anos. O evento será realizado no emblemático Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, reconhecido como um ponto de encontro importante para a comunidade negra da Zona Norte do Rio de Janeiro. Com início às 14h, o festival oferece uma extensa programação que engloba gastronomia, moda, literatura e, é claro, muita música.
Jonathan Raymundo, bacharel em história e organizador do evento ressalta a importância para a comunidade negra de se ter um lugar como o Wakanda In Madureira. “Este lugar que é muito nosso, espaço e símbolo da nossa presença, beleza e festa. Vamos comemorar nosso aniversário com muita melanina, ancestralidade e afeto”, comemora ele. No evento, empreendedores e empreendedoras afros expõem suas peças e serviços para o público.
Festival Wakanda In Madureira. Foto: Divulgação.
Segundo Jonathan, ‘Wakanda In Madureira’ é um festival que tem como propósito combater o racismo a partir da valorização da cultura negra. Promovendo um espaço seguro para experiências coletivas e individuais que tenham no decolonialismo um catalisador fundamental. “Somos também um grande palco para a arte negra e periférica se apresentar, além de tecer uma grande rede que une público consumidor e afroempreendedores, fazendo circular a economia popular, os símbolos de resistência e de valorização da população negra”, explica.
Como de costume, o Festival também disponibilizará um ambiente para toda família, com o Espaço Quilombinho, que contará com mais de 5 horas de recreação infantil com atividades físicas, lúdicas e afroreferenciadas. “Precisamos abordar as brincadeiras afrocentradas, levar nossa cultura às nossas crianças para não deixar que a ludicidade afro-brasileira seja esquecida. É preciso focar na cultura negra para restaurar o orgulho e o sentimento de amor próprio. É um dia para celebrarmos a nós mesmos e nos ver como realezas”, completa Jonathan.
No Wakanda In Madureira 2023, também será lançado o livro “Iroko: sussurros de memórias, versos de rebeldia”, escrito pelo organizador Jonathan Raymundo.
Após conquistar o Brasil inteiro através da TV e no cinema, Cacau Protásio leva sua alegria aos palcos do país com o espetáculo “100% Cacau”. A produção marca o primeiro stand-up comedy da artista e promete arrancar gargalhadas da plateia com histórias hilárias reunidas ao longo de sua trajetória. A estreia acontece em São Paulo, dia 1º de julho, sábado, às 20h, no Teatro Gazeta, localizado na Avenida Paulista, 900. Os ingressos já estão disponíveis (CLIQUE AQUI).
O formato de stand up comedy não é tão inédito para Cacau. Na verdade, em 2019, pouco antes da pandemia, a atriz se aventurou ao participar de uma apresentação de shows solos de humor. “O Maurício Manfrini, que vocês conhecem como Paulinho Gogó, foi um dos maiores incentivadores. E muita gente colocava pilha, dizia ‘o povo te adora, você vai mandar bem'”, diz ela. “Acreditei e fui. Mas não me acho engraçada. As pessoas acham, então devo ser. Tem gente que chega do meu lado, olha para mim e já começa a rir do nada. Me acho séria. Claro, que me solto mais conforme conheço a pessoa e, depois, já brinco mesmo, faço palhaçada. Mas sou tímida”, revela.
Foto: Janderson Pires.
No novo espetáculo, Cacau Protásio aborda temas como sua infância, família, adolescência e as dificuldades em namoro, revelando seu jeito sapeca de menina. Com suas histórias envolventes, ela cativa a audiência, criando um ambiente leve no teatro que é pontuado por risadas e aplausos espontâneos. Cacau demonstra maestria em seu ofício, proporcionando uma experiência única e divertida para todos.
No palco ela também divide histórias de vida com o marido, o samba e até uma viagem com a mãe para o exterior. Relembra Zezé de Avenida Brasil, Terezinha do Vai Que Cola e Shirley de Família Paraíso.
Com uma sólida carreira teatral, Cacau já brilhou em diversas peças e montagens, incluindo a aclamada “Trair e Coçar é Só Começar”. No mundo do cinema, sua presença também é notável, com participações em filmes de grande sucesso de bilheteria, como “Vai que Cola – O Filme 1 e 2”, “Os Farofeiros” e seu papel marcante como Nega Juju em “No Gogó do Paulinho”. Além disso, ela protagonizou a divertida comédia “Juntos e Enrolados” ao lado de Rafael Portugal.
Serviço: 100% Cacau comCacau Protásio – Estreia dia 1º de julho no Teatro Gazeta.
Temporada: Sábados às 20h e domingos às 19h.
Duração: 60 minutos.
Classificação indicativa: 12 anos
Valor ingresso: R$ 70 (inteira) e R$35 (meia entrada)
Após 40 anos de trabalho no mundo do cinema, Angela Bassettfinalmente será reconhecida com o Oscar, prêmio mais importante do cinema mundial. A atriz foi anunciada como uma das vencedoras do Oscar honorário 2023, que homenageia ‘carreiras extraordinárias e excepcionais’. Anúncio foi feito nesta tarde de segunda-feira (26) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Angela Bassett como Ramonda em ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. Foto: Marvel Studios
“Ao longo de sua carreira de décadas, Angela Bassett continuou a apresentar performances transcendentes que estabelecem novos padrões de atuação”, informou a Academia. Neste ano de 2023, a atriz concorreu ao Oscar pela atuação como Rainha Ramonda no filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’, mas acabou perdendo. Antes, ela só foi indicada ao prêmio em 1994, pela atuação no filme ‘Tina’.
O Prêmio Honorário foi feito para homenagear distinção extraordinária em conquistas ao longo da vida, contribuições excepcionais para o estado das artes e ciências cinematográficas ou serviço excepcional à Academia. Bassett receberá o prêmio em 18 de novembro, durante a cerimônia especial organizada pela Academia.
Amplamente utilizado na área médica como métrica de padrão para classificar pessoas “acima do peso”, o Índice de Massa Corporal (IMC) não deve ser utilizado como única medida de avaliação da saúde pelo preconceito racial enraizado em seu uso, segundo a Associação Médica Americana (AMA).
Segundo o New York Post, o Conselho de Ciência do AMA publicou um relatório na semana passada favorável a uma nova política de avaliação de peso e saúde nos Estados Unidos, desencorajando o uso do IMC com a justificativa de que o índice não leva em consideração as diferenças étnicas e raciais. Além disso, o IMC também não leva em conta a distribuição da gordura pelo corpo e não considera as diferenças entre idade e sexo.
A entidade classificou o índice como “indireto e imperfeito” porque seu uso colabora com a “exclusão racista”. “O IMC não representa apropriadamente as minorias raciais e étnicas”, afirma o documento.
O Índice de Massa Corporal foi desenvolvido pelo matemático belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet, no final dos anos 1800, que determinou que o peso corporal de um “homem normal”seria proporcional a sua altura. O matemático fez esse cálculo com base no “imaginado caucasiano ideal”, no século 19.
Em 1972, a descoberta feita por Quetelet em um estudo composto apenas por homens europeus brancos, foi utilizada como base pelo fisiologista americano Ancel Keys para o cálculo estimado de gordura corporal.
“Nossa AMA reconhece: os problemas com o uso do índice de massa corporal (IMC) como uma medida porque: (a) da eugenia por trás da história do IMC, (b) do uso do IMC para exclusão racista e (c) limites de IMC são baseados no caucasiano ideal imaginado e não consideram o gênero ou a etnia de uma pessoa”, diz o Conselho.
Segundo o AMA, “os sul-asiáticos, em particular, têm níveis especialmente altos de gordura corporal e são mais propensos a desenvolver obesidade abdominal [do que os brancos], o que pode explicar seu risco muito alto de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”. O artigo afirma ainda que, “alguns estudos descobriram que os negros têm menos gordura corporal e maior massa muscular magra do que os brancos com o mesmo IMC e, portanto, podem ter menor risco de doenças relacionadas à obesidade”.
As informações compartilhadas pela Associação Médica Americana reforçam a importância de os especialistas não se basearem apenas no IMC para determinar questões de saúde ligadas à obesidade, considerando que o índice segue um padrão eugenista. A decisão da AMA tem como impulsionar uma mudança no sistema de saúde, com foco em uma abordagem mais inclusiva e abrangente na avaliação da saúde e do peso.