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Prestadores de serviço acusam África Fashion Week de calote

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Foto: Reprodução

São Paulo recebeu em maio a primeira edição do África Fashion Week, evento configurado para conquistar as raízes profundas do sentimento de ser brasileiro, preenchendo uma lacuna histórica e projetando o estilo africano na sociedade brasileira. Uma iniciativa do Instituto Internacional FEAFRO, agora os organizadores do evento estão sendo acusados de não ter pago a equipe que trabalhou na produção, como modelos e recepcionistas.

A informação sobre o possível calote foi compartilhada pelo modelo e casting director, Carlos Cruz, que também trabalhou como vice-presidente do evento. No início da tarde deste domingo, 02, ele publicou uma nota pessoal em seu Instagram para falar sobre assunto, afirmando que recebeu mensagens de pessoas que trabalharam no evento e que não haviam recebido seus pagamentos. “Hoje recebi algumas mensagens de colabores e pessoas que trabalharam no África e gostaria de deixar informado que minha posição no evento não gera poder de responsabilidade financeira e nem de tomada de decisões, eu também fui contratado, minha responsabilidade é limitada.” Ele afirma que foi procurado por recepcionistas e modelos que não tiveram seus pagamentos efetuados no prazo.

Os pagamentos estão atrasados desde a última sexta-feira (30), onde terminava o prazo acordado pelo evento para pagar as empresas fornecedoras que contrataram os funcionários. Segundo a CEO do Instituto Internacional FEAFRO, que organizou a semana de moda, Silvana Saraiva, houve um problema com o recebimento da verba de patrocinadores e o evento não conseguiu cumprir com parte do pagamento realizado às empresas prestadoras de serviço, responsáveis pela contratação das equipes. “Eu não paguei mesmo, não entrou o recurso”, afirmou ela em entrevista para o Mundo Negro.

A CEO do Instituto Internacional FEAFRO contou que deveria receber recursos vindos de Angola, mas que por um problema de câmbio o dinheiro não pode ser enviado. Ela afirma que a verba chegará. “Vai entrar. Porque são duas coisas, se o cliente não mandar o dinheiro, eu consigo vender as máquinas que já estão prontas. Então de qualquer jeito eu vou ter o dinheiro, [porque] ou o cliente paga e eu vou ter dinheiro ou eu vendo as máquinas e vou ter dinheiro de novo, entendeu?”.

Nas redes sociais do próprio evento profissionais que trabalharam no África Fashion Week estão cobrando nos comentários por seus pagamentos. “Paguem e se pronunciem”, cobrou uma pessoa. Outra denunciou “Trabalhamos e não fomos pagos”.

Foto: Reprodução/Instagram

Ao ser questionada se o que precisava agora é que as pessoas que não receberam aguardem um novo prazo, Silvana afirmou que sim e disse que as pessoas poderiam ajudar a ‘sensibilizar os patrocinadores’: “Aguardem o novo prazo e ao contrário de nos detonar nos ajudem a sensibilizar os patrocinadores porque a gente quer fazer a edição de 2024, mas sem ter esses problemas financeiros que tivemos em 2023, na primeira edição. A gente quer ampliar esse evento para que a gente possa envolver as crianças”, falou.

Ela também contou que esperava que as pessoas entendessem a situação: “Eu juro que eu esperava um pouco das pessoas entenderem o que está acontecendo com a gente e talvez fazer esses stories não massacrando a gente, o evento, como se tudo foi ruim porque não foi. Talvez pedindo aos patrocinadores que falassem assim ‘olha, gente, porque que vocês não patrocinaram nosso evento? Porque que vocês, já que vocês patrocinam o São Paulo Fashion Week e vários outros eventos aí, porque que vocês não patrocinam um evento que é pra nós’? Porque isso seria o legal, porque essas empresas deram não pra gente.”, disse.

“[As empresas] Não quiseram nem saber, recurso pequeno, R$ 30 mil, R$ 50 mil, que nos ajudaria a pagar essa conta. Porque, claro, a de convir que eu sou a CEO que cuidei disso, eu acreditei muito nesse discurso de que a gente tem que enfrentar o racismo e que as empresas estavam preocupadas com diversidade e as empresas brasileiras dentro da questão racial, eu acreditei muito nisso. Mas esse compromisso desse jeito que é fazer inclusão do empreendedorismo preto etc. e tal, infelizmente não é um compromisso que existe na real. Eles fazem um trabalho que é muito pontual, nichado, mas não para atender uma massa grande. Porque a gente sabia que não ia ganhar nenhum dinheiro com isso, tanto é que gastamos do nosso bolso e vamos continuar gastando, já perdemos tudo que a gente tinha”, afirma.

Ao falar sobre um novo prazo de pagamento, Silvana afirma que só entenderá a partir de amanhã. “Eu só vou entender prazo a partir de amanhã porque eu vou negociar com todos os meus credores, com todas as pessoas que me devem pra ver que prazo eles me dão e como que eu recebo, porque eu só tenho como pagar essas pessoas a partir de outros processos que eu tô fazendo. Porque esse linchamento digital aí já atrapalhou, por exemplo, de eu vender 20% da marca África Fashion Week para pagar essas contas. Eles não imaginam o quanto que eles estão nos prejudicando e ao rebote se prejudicando, entendeu?”, pontuou.

Silvana justifica que entende que os colaboradores que não receberam precisam entrar em contato com seus contratantes. “Eu até compreendo que eles têm que reivindicar seus pagamentos, mas eles precisam reivindicar isso junto aos seus contratantes. Porque nós fizemos acordos com esses contratantes e estamos conversando com esses contratantes. De pessoal de maquiagem a pessoal que cuidou da segurança”, revelou.

“Só que nós pagamos metade para eles e como eles se organizaram para pagar essa metade a gente não sabe. A gente não sabe nem quanto custa o cachê dessas pessoas, porque a gente contratou a empresa”, afirma Silvana Saraiva.

O África Fashion Week aconteceu entre os dias 25 e 27 de maio no Expo Center Norte, na zona norte de São Paulo.

“Minha história de empreendedorismo nasce do orgulho do meu cabelo”, revela Zica Assis sobre fundação do ‘Beleza Natural’ há 30 anos

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Foto: Divulgação

Antes mesmo da chegada da internet, do acesso massivo a sites e blogs, da existência das redes sociais, Zica Assis começava a movimentar um mercado onde poucas empresas tinham investido. Falar sobre o cabelo de mulheres negras pode ser mexer em uma “ferida” emocional que impactou e ainda impacta a autoestima de muitos de nós.

Ao fundar um pequeno salão no fundo do quintal de casa, no bairro da Muda, região da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, para realizar relaxamento em cabelos crespos, talvez Heloísa Assis não tivesse ideia de que três décadas depois celebraria a expansão nacional do seu trabalho não só com os espaços de beleza, mas com o lançamento de diferentes linhas de produtos que são queridas do público e que hoje valorizam os crespos, os cacheados e os alisados e relaxados.

Foto: Arquivo Pessoal

Atualmente, ela divide a sociedade do seu negócio com o irmão, Rogério Assis e com o marido Jair Conde, que foi o primeiro investidor. O sucesso veio pela criação de uma fórmula super-relaxante, fruto de anos de pesquisa feitos por Zica para encontrar o produto ideal para cachear os cabelos nos anos 90.

A marca foi se atualizando com as mudanças e colaborando com o empoderamento de mulheres crespas e cacheadas ao entender que além dos produtos para relaxamento também era necessário criar linhas para quem desejava valorizar os fios naturais.

Hoje, os espaços do Beleza Natural recebem mensalmente cerca de 100 mil clientes por mês, atendidas por 1.500 colaboradores divididos em 29 unidades de negócios, localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.

Foto: Divulgação

Zica Assis concedeu uma entrevista exclusiva para o Mundo Negro e falou sobre a trajetória que a coloca como uma das principais empresárias negras do ramo da beleza a criar produtos nacionais voltados para o cuidado com o cabelo crespo e cacheado nos últimos 30 anos. “A minha história de empreendedorismo nasce do orgulho que eu tinha do meu próprio cabelo”, ressalta.

Ela reconhece a importância de movimentos liderados por pessoas negras no fortalecimento da autoestima e valorização da estética negra ao longo das três últimas décadas. “As mudanças estão diretamente ligadas à força dos movimentos sociais liderados por pessoas negras e nos frutos que estamos colhendo durante todos esses anos”.

Confira a entrevista completa: 

Mundo Negro – Qual é a importância de promover a autoestima e a valorização da cultura e estética negra por meio do cuidado com os cabelos ?

Zica Assis – A minha história de empreendedorismo nasce do orgulho que eu tinha do meu próprio cabelo. Naquela época, não existiam produtos e serviços especializados e com preço acessível para tratamentos de cabelos cacheados, crespos e ondulados. Hoje, temos uma realidade bem diferente, com o crescimento de novos produtos e serviços voltados para este público, onde o  empreendedorismo negro tem uma parcela importante.

Tenho  muito orgulho de fazer parte desta transformação na vida dessas pessoas que viram na minha história motivos para acreditar que a mudança está, antes de tudo, dentro de cada um de nós. E para mim, a importância está justamente em criar um ambiente onde a gente tenha a liberdade de usar o nosso cabelo como queremos, de termos a autoestima elevada, achar lindo o que vemos no espelho. Porque é essa compreensão e aceitação de quem nós somos nos ajuda a chegar onde queremos.

O nosso cabelo é a nossa coroa! É a nossa história! É poder, é autoestima! É muito gratificante para mim ser reconhecida como pioneira neste segmento e ser uma das pessoas à frente deste movimento.

MN – Ao comparar a aceitação do cabelo crespo há trinta anos e nos dias atuais, quais mudanças percebe entre as pessoas negras?

ZA – As mudanças estão diretamente ligadas à força dos movimentos sociais liderados por pessoas negras e nos frutos que estamos colhendo durante todos esses anos. É um processo contínuo que passa de geração para geração, especialmente no questionamento de estereótipos e padrões de beleza. Esses questionamentos e o nosso trabalho coletivo de empoderamento nos fortaleceu de tal maneira que, hoje, a gente não precisa se submeter a padrões. Não queremos parecer com ninguém, hoje nós somos quem queremos ser!

MN – Mulheres negras têm aberto mão do uso de produtos que promovem a transformação dos fios e  estão valorizando mais a estrutura natural dos crespos. Quais mudanças o Beleza Natural fez para atender esse público?

ZA – Gosto de dizer que nossos institutos são laboratórios vivos, estamos sempre atentos aos pedidos das nossas clientes nos institutos e às observações dos nossos colaboradores, e em busca de inovações para atender o maior número de mulheres negras. Entre outras iniciativas também estão as parcerias com Universidades. Temos muito orgulho de ter um histórico robusto de parcerias com o Instituto BioRio, com a Universidade de Brasília (UnB) e com escolas de Negócios reconhecidas mundialmente, como o MIT. Nos cercamos sempre dos melhores pesquisadores para entender as especificidades de cada curvatura e entregar o que realmente o que nossos clientes desejam.

A junção de todo esse universo – clientes, colaboradores e institutos de pesquisas – resultam em uma constante atualização e renovação dos nossos serviços e das linhas de produtos. Atualmente temos uma variedade de tratamentos que ajudam a cuidar do cabelo crespo, cacheado e ondulado, sejam eles naturais ou com algum ativo de fórmula. Também oferecemos várias opções de coloração, cortes e penteados. Nesses últimos 3 anos, por exemplo, tivemos mais de 40 lançamentos entre produtos e serviços, criados e pensados para atender a todas as crespas e cacheadas.

Tudo isso feito por uma equipe de especialistas que entendem do nosso fio. Também temos no nosso portfólio 80 sku’s com formulações exclusivas e desenvolvidas especialmente para as necessidades dos nossos cabelos.

MN – Colorir os cabelos já foi um problema para muitas mulheres negras pela agressão causada aos fios por conta do processo químico. Fale um pouco sobre a técnica de clareamento exclusiva do Beleza Natural. 

ZA – Uma premissa para a criação de todos os serviços e produtos do Beleza Natural tem como regra número 1 manter a saúde da fibra capilar. E a nossa equipe de Pesquisa e Desenvolvimento realizou diversas pesquisas, buscou tecnologias e após muitos testes, lançamos alguns serviços que possibilitam colorir os cachos e crespos, preservando a curvatura do fio. São diversas opções para quem usa química de transformação ou não.

O bn.LOIROS é um serviço de clareamento associado a um blend protetor e a uma reposição ultra concentrada de queratina, que proporciona todos os cuidados necessários para manter a saúde da curvatura. São quatro opções que a cliente pode escolher: Californiana, com as pontas dos fios iluminadas para um visual bem natural; Ombré Hair, degradê natural com mechas loiras em diferentes alturas; Mechas Iluminadas, ideal para bem busca um clareamento mais sutil por todo o cabelo; e, as Mechas, com o loiro da raiz às pontas para arrasar!

Outro serviço com cores vibrantes e com muito estilo e personalidade é o bn.COLORS. Com uma fórmula especial que se adapta a todas as curvaturas, a coloração está disponível em seis cores ainda mais vibrantes: Laranja, Azul, Rosa, Amarelo, Verde e Vermelho. E, o melhor: com uma tecnologia inovadora que protege enquanto colore, garantindo proteção dos crespos, cachos e ondulados, maciez, melhora na resistência e mantêm as cores mais vivas!

E, mais recentemente, lançamos a nossa coloração definitiva bn.FEST com 16 cores maravilhosas. Ela  possui uma fórmula especial, o que garante o mais alto nível de perfeição de cores, sem danificar o couro cabeludo e os cabelos. Proporcionando resultados fiéis às expectativas, com cobertura perfeita de cabelos brancos e reflexos intensos.

Foto: Divulgação

MN – Uma mulher negra com uma marca relevante que celebra 30 anos é algo que ainda vemos pouco. Quais conselhos você daria para mulheres negras empreendedoras que desejam abrir seus negócios?

ZA – Antes de tudo, temos que acreditar que somos capazes de aprender e realizar. É importante também cercar-se de profissionais que te ajudem e tenham conhecimento em diversas áreas. Porque ninguém faz nada sozinho. Procure, por meio do seu trabalho, ajudar pessoas à sua volta. Não adianta começar um negócio pensando apenas em ganhar dinheiro. Se for bom para o outro a probabilidade de sucesso é grande e o dinheiro virá como consequência.

Nunca perca o olho no olho com o cliente, nunca deixe de ouvir o que ele quer, seus anseios, suas reclamações. Este contato é fundamental. Ao mesmo tempo, não perca o foco do que é realmente o seu objetivo. Ou seja: fique de olho no todo, mas sempre com o foco em seu negócio. Assim você entenderá o caminho a ser percorrido. Busque conhecimento e ame esta atividade verdadeiramente, seja apaixonada pelo que faz! E, mais do que tudo, sonhe alto e nunca deixe de acreditar nos seus sonhos.

MN – Quais são os planos futuros do Beleza Natural para continuar promovendo a autoestima e o empoderamento das mulheres negras?

ZA – Eu sempre penso em crescer mais, aprender mais para poder inovar no Beleza Natural, por isso que a gente constantemente lança produtos e serviços. Eu sou empresária, mas me considero uma empreendedora ainda, estou sempre em busca de novidades e atenta ao que está acontecendo ao meu redor, e não quero perder isso nunca. Eu quero chegar em todo esse Brasil e no mundo. Levar essa autoestima para todas as crespas, cacheadas e onduladas. Só neste mês especial dos 30 anos do Beleza Natural vamos trazer duas novidades. A edição comemorativa do Pentear Explosão de Pérola Negra 1kg. A minha equipe foi buscar esse ativo raro e precioso, e desenvolveu esse finalizador com ação remineralizante que restabelece a elasticidade natural do fio. E a reformulação da nossa profissional bn.PRO, que oferece em casa um cuidado de salão.

Manoel Soares reage a especulações sobre a sua saída da TV Globo: “vamos acionar juridicamente”

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Foto: Divulgação

Desde o anúncio da Rede Globo sobre a saída do Manoel Soares, 44, nesta sexta-feira, 30 de junho, diversos sites veicularam especulações sobre os motivos por trás disso. O apresentador, no entanto, declarou em nota oficial publicada hoje, 1 de junho, que não irá tolerar notícias falsas.

“Lamentável que alguns usem direitos sagrados do jornalismo, como sigilo de fontes, para sustentar absurdos envolvendo meu nome. Vamos acionar juridicamente todos que publicam e replicam essas mentiras para que respondam na justiça pelas suas palavras e ações”, afirmou o ex-apresentador do programa do ‘Encontro com Patrícia Poeta’ e ‘Papo de Segunda’.

Manoel também pede aos fãs que não dêem engajamento a essas notícias, que estão causando tristeza em amigos e familiares e alega o racismo por trás das acusações. “Eu não sou o primeiro nem o último homem com minhas origens que vai ser alvo de ataques dessa forma. Há séculos usam a estratégia de alegar comportamento abusivo para desqualificar homens negros, já vi isso muitas vezes. E meu compromisso de vida é combater o racismo, a desigualdade e injustiças. não poderia ser diferente agora”.

O apresentador também nega qualquer problema com a emissora. “Minha saída em comum acordo com a Globo reflete nossa trajetória juntos, de respeito, profissionalismo e consulta de integridade. Como toda relação trabalhista, esta chegou ao fim e da melhor forma possível, com pagamento integral do contrato, e não com justa causa, como era de se esperar em casos de conduta inadequada. 

E completa: “do ponto de vista pessoal, reafirmo minha gratidão ao Grupo Globo, que fez parte de uma longa jornada que me permitiu sair das ruas de porto alegre e chegar ao lares de milhões de brasileiros para levar uma palavra de conforto e dignidade a tantas pessoas que raramente viram um igual em um espaço tão disputado”.

Para finalizar Manoel ainda reafirma o quanto está indignado com as notícias, mas diz que está tranquilo com a verdade de suas ações. “Sigo com carinho e orgulho da trajetória que me trouxe até aqui e logo nos encontramos nos próximos projetos. O propósito de levar alegria e contar a história deste povo brasileiro segue firme e forte”, finaliza. 

Em nota divulgada pela Rede Globo, Manoel Soares deixou os programas ‘Encontro com Patrícia Poeta’ da TV Globo e do ‘Papo de Segunda’ do GNT, nesta sexta-feira, após seis anos de trabalho na empresa.

Celebrando a Mulher Negra Latino-Americana, Festival Latinidades 2023 acontecerá em 4 capitais do Brasil

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Foto: Divulgação.

O festival Latinidades 2023 marcará a comemoração das 16 edições deste evento que busca ampliar a visibilidade do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil. O festival terá início no Distrito Federal, no Museu Nacional, entre os dias 6 e 9 de julho. Pela primeira vez, o Latinidades seguirá para o Rio de Janeiro em 15 de julho, São Paulo de 21 a 23 de julho e, por fim, Salvador nos dias 29 e 30 de julho. Em breve, serão anunciadas as programações das outras três cidades.

Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (mais de 20 países), o Latinidades é uma iniciativa continuada de promoção de equidade de raça gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.

Idealizado por Jaqueline Fernandes, o Latinidades é um festival multilinguagens que promove diálogos com o poder público, organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e diversos outros grupos. Ele se destaca como um espaço de convergência de iniciativas do estado e da sociedade civil, engajadas no combate ao racismo, sexismo e na promoção da igualdade racial.

A programação inclui as ministras Margareth Menezes e Anielle Franco, além de Beth de Oxum, Carla Akotirene, as artistas Bixarte, Brisa Flow como palestrantes. A influencer e produtora cultural Dandara Pagu e a cantora Flora Matos também fazem parte da programação.

A programação completa e maiores informações sobre ingressos estão disponíveis no site oficial do evento (CLIQUE AQUI).

Séries e filmes com protagonistas negros para as crianças assistirem nas férias

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O mês de julho chegou e com ele as férias escolares! E com isso, muitas vezes, as crianças ficam cansadas das mesmas coisas ou não sabem muito bem o que fazer. Caso você e seus filhos estejam procurando filmes e séries com protagonistas negro para maratonar, o Mundo Negro traz 9 dicas de séries e filmes com protagonistas negros para as crianças assistirem nas férias. Confira:

Reunião de Família (Netflix) – Indicação: Livre

Jade McKellan e sua família se mudam para uma cidade na Geórgia, EUA, para morar com seus avós e recomeçar a vida, já que seu pai é um ex-astro do futebol americano. Ela e sua família, com muito humor, enfrentam os problemas diários e o desafio de recomeçar a vida.

Encanto (Disney+) – Indicação: Livre

Mirabel Madrigal vem de uma família em que as crianças recebem dons mágicos que ajudam a vila prosperar, porém, Mirabel nasceu diferente e precisa descobrir o motivo.Ah, não falamos sobre o Bruno.

Soul (Disney+) – Indicação: Livre

Joe é um apaixonado por jazz que vê sua vida mudar completamente quando vai parar em outro plano e precisa ajudar uma pequena alma. Na sua jornada, ele descobre o real sentido da vida.

Space Jam: Um Novo Legado (Prime Video) – Indicação: Livre

Continuação do primeiro Space Jam, com Michael Jordan, nesta nova aventura do Pernalonga e seus amigos eles se encontram com o astro LeBron James e sua família.

A casa da Raven (Disney+) – Indicação: Livre

Neste spin-off de As visões da Raven (se você já passou dos 20 anos vai conhecer), Raven, que consegue ver o futuro, é mãe divorciada e se junta com sua melhor amiga Chelsea para dar conta dos filhos e viver novas aventuras.

Juca (HBO) – Indicação: Livre

Juca é um spin-off de “Blippi”, e o personagem se aventura nas curiosidades e histórias do Brasil de forma didática para crianças.

O Mundo de Greg (HBO) – Indicação: Livre

Greg e seus amigos vivem aventuras divertidas no selvagem e indômito riacho, lugar onde todas as crianças usam para imaginar um mundo diferente que é dominado por elas.

Spidey e seus amigos espetaculares (Disney+) – Indicação: Livre

Voltado para o público infantil, nossos amigos da vizinhança vivem diversas aventuras e enfrentam diversos inimigos e dilemas que fortalecem o vínculo entre eles.

Abbott Elementary (Star+) – Indicação: 12 anos

Em uma escola pública de Filadélfia, professores dedicados fazem de tudo para que seus alunos contrariem as estatísticas e cresçam na vida.

Rihanna é a primeira cantora a ter 10 músicas com 1 bilhão de streams no Spotify e brinca: “sem álbum novo”

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Foto: James Devaney

Riri bilionária! A Rihanna se tornou a primeira artista feminina a ter 10 músicas com mais de 1 bilhão de streams no Spotify. “Bad Gal billi… sem álbum novo”, brincou a estrela, que lançou o último disco, Anti, em 2016.

Com grandes hits no ranking, o último a marcar esse feito histórico foi a música “FourFiveSeconds“, em parceria com Kanye West e Paul McCartney, lançada em 2015. A música “This Is What You Came For” com Calvin Harris, está no topo das mais ouvidas da artista.

Rihanna é a sexta artista mais reproduzida no streaming e acumula 74,9 milhões de ouvintes mensais. Os outros artistas que conquistaram o mesmo feito bilionário são: The Weeknd, Drake, Bruno Mars, Bad Bunny, Justin Bieber, Ed Sheeran e Post Malone.

Depois de sete anos sem shows, a estrela chegou a se apresentar no SuperBowl neste ano, aumentando as expectativas dos fãs para o anúncio de um novo álbum e turnê, mas ela surpreendeu a todos com o anúncio do segundo filho com A$AP Rocky.

Confira o top 10 de músicas com 1 bilhão de streams:

1 – This Is What You Came For
2 – Work
3 – We Found Love
4 – Diamonds
5 – FourFiveSeconds
6 – Umbrella
7 – Needed Me
8 – Love On The Brain
9 – Love the Way You Lie
10 – Stay

Juiz negro nos EUA, beneficiado por política de cotas, vota contra a aplicação da ação afirmativa em universidades

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Foto: Eric Lee/Bloomberg/Getty Images.

Presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, o Juiz Clarence Thomas votou pelo fim programa de cotas raciais em universidades. A decisão anula o direito de estudantes negros e latinos a ingressarem no ensino superior, levando a raça em consideração como um fator de importância.

Com uma maioria conservadora, seis juízes se opuseram às cotas raciais, enquanto três foram a favor. O voto contrário de Clarence Thomas chamou atenção nas redes sociais, devido ao fato de que, em 1971, ele foi admitido na Faculdade de Direito de Yale, uma das instituições mais renomadas do mundo, como resultado da política de ação afirmativa.

“Mesmo no sul segregado onde cresci, os indivíduos não eram a soma de sua cor de pele”, defendeu Thomas em sua decisão. “Embora esteja dolorosamente ciente da devastação social e econômica que se abateu sobre minha raça e sobre todos os que sofrem discriminação, mantenho a esperança duradoura de que este país viverá de acordo com seus princípios tão claramente enunciados na Declaração de Independência: que todos os homens são criados iguais, são cidadãos iguais e devem ser tratados igualmente perante a lei“.

No final dos anos 1960, diversas universidades adotaram o critério de raça e etnia para corrigir as desigualdades no país, motivadas pela escravidão e posteriormente, a segregação racial.

As universidades norte-americanas estavam sendo acusadas de discriminar alunos que têm ascendência asiáticos e os alunos brancos, favorecendo negros, hispânicos e indígenas. Apesar de cotas raciais serem proibidas nos EUA, as instituições podiam desenvolver métodos para o ingresso de estudantes negros, indígenas e hispânicos.

De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Aconselhamento para Admissão em Faculdades em 2019, apenas 24,6% das universidades afirmaram que a raça influenciava considerável ou moderamente nos processos de admissão.

Do ‘Profissão Repórter’ ao ‘Encontro’: Relembre a trajetória de Manoel Soares na TV Globo

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Foto: Reprodução / TV Globo.

A notícia do desligamento de Manoel Soares da TV Globo, divulgada nesta sexta-feira (30), pegou muitos de surpresa. Como um carismático apresentador do programa matinal ‘Encontro’, ele construiu uma trajetória significativa junto à emissora carioca. A seguir, apresentamos alguns dos momentos marcantes da carreira desse talentoso profissional.

Desemprego e início de carreira

Durante uma entrevista ao podcast PodPah no ano passado, Soares compartilhou uma parte marcante de sua vida, revelando que enfrentou períodos difíceis e chegou a viver em situação de rua após deixar a Bahia e se mudar para o Rio Grande do Sul, no final dos anos 1990. Ele relatou que, devido ao desemprego e às circunstâncias adversas, ele e seu irmão foram deixados sem recursos e acabaram sem ter onde morar.

“O emprego que a gente recebeu caiu e ficamos sem nada. Meu irmão, que foi junto comigo [para Porto Alegre], voltou. Virei morador de rua”, disse ele. “Na zona norte tem um viaduto e eu comecei a dormir ali, deitava ali umas onze da noite, cinco da manhã os caminhões começavam a roncar”, explica. “Fiquei uns quatro meses [na rua]”.

RBS TV

Foto: Reprodução / TV Globo

Após enfrentar os desafios da vida nas ruas, Manoel Soares trilhou um caminho resiliente e diversificado antes de investir na área da comunicação. A oportunidade de entrar no mundo da televisão aconteceu quando Manoel foi contratado para trabalhar num programa de Hip-Hop na TVE. Depois, na RBS TV, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, ele foi contratado como jornalista.

Profissão Repórter e Encontro com Fátima Bernardes

Foto: Reprodução.

Em 2009, Manoel Soares começou a trabalhar no programa ‘Profissão Repórter’. Ele realizou uma série de ações para a atração jornalística até 2016. No ano seguinte, ele passou a trabalhar como repórter do programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’. Depois, de 2019 a 2022, Soares atuou como apresentador do programa ‘É de Casa’.

Encontro

Foto: Reprodução/TV Globo

Em julho de 2022, Manoel assumiu o programa ‘Encontro’ ao lado de Patrícia Poeta. Ele também realizou outros trabalhos paralelos dentro da TV Globo, mas sua presença no matinal da emissora era de grande destaque e referência enquanto comunicador negro. “Fico muito feliz quando algumas pessoas me mandam fotos dizendo que seus filhos acham que são o Manoelzinho e que param na frente da tevê para assistir ao Encontro. Eu acho que isso é algo fundamental“, disse o profissional em 2022.

Manoel Soares deixa a TV Globo

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Foto: Divulgação / TV Globo.

Nesta tarde de sexta-feira (30), a TV Globo anunciou a saída do apresentador e jornalista Manoel Soares da emissora. Sem maiores detalhes, Manoel foi desligado também do canal GNT. Ele apresentava o programa ‘Encontro’, junto com Patrícia Poeta.

O apresentador Manoel Soares, dos programas ‘Encontro com Patrícia Poeta’ da TV Globo e do ‘Papo de Segunda’ do GNT, deixou a Globo nesta sexta-feira”, informou a nota oficial .“Como a apresentadora Patrícia Poeta entra de férias na segunda-feira, até a sua volta o programa das manhãs da TV Globo será comandado por Tati Machado e Valeria Almeida, que já fazem parte do time da atração. No dia 17 de julho, Patrícia Poeta retomará a apresentação do ‘Encontro’, que, depois de um ano no ar com o formato atual, trará novidades. Já o programa ‘Papo de Segunda’ do GNT passará a ser liderado, a partir da semana que vem, por João Vicente de Castro“.

Foto: Reprodução / TV Globo.

Em nota, Manoel não explicou o motivo da saída, mas agradeceu pelos 6 anos de trabalho na Globo. “Estou saindo da TV Globo depois de seis anos, foi um tempo de aprendizados e alegrias, onde cheguei ate a casa de milhares de brasileiros, que pude através de reportagens ajudar pessoas a enfrentar a pandemia, injustiças sociais, despertar homens para paternidade e por aí vai“, publicou ele. “Encerro esse capítulo, mas ainda temos um livro inteiro para escrever com vocês. Aos colegas e amigos que ué ficam meus votos de felicidade. Aos novos que estão chegando, bem vindos a minha vida”.

SESC Carmo, em São Paulo, promove curso sobre literatura africana francófona feminina

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Foto: Freepik

Comumente negligenciadas em detrimento de nomes masculinos, as obras das autoras Awa Thiam, Aminata Sow Fall, Mariama Bâ e Fatou Diome serão apresentadas durante o curso sobre literatura africana francófona escrita por mulheres, ministrado por Dayane Dos Santos Teixeira entre os dias 10 e 24 de julho de 2023, nas segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h, em um curso promovido pelo Sesc Carmo, no Centro de São Paulo.

O curso do SESC Carmo busca, além de introduzir os participantes à riqueza da literatura africana francófona, destacar a biografia e as contribuições dessas autoras femininas muitas vezes negligenciadas.

Durante as aulas, serão abordados diversos tópicos relevantes. O primeiro encontro será dedicado a uma introdução à literatura africana francófona, contextualizando o cenário histórico-social em que essas obras foram produzidas. Em seguida, os encontros subsequentes serão dedicados a cada autora em particular, apresentando suas biografias e discutindo obras-chave.

Mariama Bâ será um dos destaques do curso, e o livro “Une Si Longue Lettre” será objeto de discussão no segundo encontro. Awa Thiam, por sua vez, será abordada no terceiro encontro, com o livro “La parole aux négresses” como foco de análise. Já Aminata Sow será apresentada no quarto encontro, em que o livro “La grève des battùs” será discutido. Por fim, o encerramento do curso será dedicado a Fatou Diome, com a apresentação de sua obra “O Ventre do Atlântico”.

Dayane Teixeira, graduada em Letras pela Universidade Paulista e com formação técnica em Museologia pela Escola Técnica Estadual de São Paulo, será a responsável por ministrar o curso. Além de sua formação acadêmica, Dayane possui ampla experiência em História da Arte, Museologia e áreas afins, o que contribui para uma abordagem enriquecedora e abrangente durante as aulas.

Os interessados em participar do curso podem se inscrever a partir de hoje e até o dia 09/07 através da Central de Relacionamento Digital ou pelo aplicativo para aqueles que possuem Credencial Sesc SP.

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