“Menina bonita, que cor você tem?”, novo livro infantil inspirado em uma história real, conta um episódio de racismo vivido pela filha da autora, Aline Carvalho. Para acolher e empoderar a pequena, a escritora decidiu recorrer à contação de histórias para dialogar sobre a negritude, a importância da diversidade e o respeito às diferenças.
Na narrativa, Giovana é uma garota alegre, extrovertida e inteligente que, depois de um dia comum no colégio, retorna entristecida por causa do comentário de uma professora. Durante uma aula, a educadora afirmou que todas as crianças na sala tinham uma “cor natural”, menos Gi, porque ela tinha cor marrom.
A partir disso, a mãe da protagonista busca reconstruir a autoestima da menina ao narrar a trajetória de seus ancestrais africanos, compostos por reis, rainhas e guerreiros pretos. Ainda explica a importância da diversidade nas pessoas, além de mostrar como essas diferenças são comuns na vida.
Capa do livro “Menina bonita, que cor você tem?”
Então a mamãe explicou que cada um é de uma cor. Mamãe contou para Gi que seus ancestrais vieram da África e que lá, na África, tinham muitos reis, rainhas e guerreiros, todos de pele pretinha (Menina bonita, que cor você tem?, pg. 21)
Com ilustrações de personagens racialmente diversos, produzidas por Xande Pimenta, a obra utiliza diálogos coloquiais e linguagem simples para o público da primeira infância e as crianças em fase de letramento compreenderem a narrativa.
O intuito da autora é tornar “Menina bonita, que cor você tem?” uma ferramenta de conversa entre pais e filhos sobre o enfrentamento de preconceitos e a defesa da pluralidade. O livro também tem sido utilizado por psicólogos para dialogar com crianças que sofreram algum tipo de discriminação.
Ilustração: Xande Pimenta
Aline Carvalho Santos Gonçalves é engenheira de produção, mas após se tornar mãe, começou a produzir histórias para contar aos filhos e publicá-las. Ela também é autora da obra infantil “A Ovelha, O Cachorro, O Gato Preto e o Coelho”.
O livro físico de “Menina bonita, que cor você tem?”pode ser encontrado no site da editora Multifoco e em eBook na Amazon, por R$ 55 e R$ 15, respectivamente.
Mais da metade das capitais brasileiras amanheceram hoje com obras de arte de rua sobre a importância de ter uma mulher negra como ministra no Supremo Tribunal Federal. É a Mostra “Juízas Negras Para Ontem”, que convidou 24 artistas negros a produzirem cartazes que foram distribuídos pelas cidades, transformando as ruas em espaço de exposição democrático, aberto e acessível a todos. As obras a podem ser conferidas e baixadas também no site da exposição.
“Ter uma mulher negra no STF é uma questão de Justiça. Ocupar esse espaço de poder é uma ação de enfrentamento de injustiças históricas e um passo na reparação. Não faz sentido que a suprema corte do poder judiciário nacional não tenha representação equivalente ao que é o povo brasileiro. Desde o período colonial, o Brasil mantém a subalternização e excludência de pessoas negras”, afirma Nina Vieira, diretora de arte que fez a curadoria da mostra e integra o Manifesto Crespo, coletivo que dialoga sobre identidades, gênero e práticas anti-racistas. “As obras que integram esta Mostra não deixam dúvidas que existe uma demanda pulsante na sociedade por mais igualdade de raça e gênero no STF”, completa.
Segundo dados do IBGE, 56% dos brasileiros se identificam como pretos e pardos e quase um terço da população é de mulheres negras (28%). Apesar disso, a mais alta corte brasileira tem permanecido majoritariamente masculina e branca desde sua instalação, em 1891. Nesses 132 anos de existência, o STF teve apenas três ministros negros e três ministras – estas, todas brancas. Nunca um presidente nomeou uma mulher negra para o STF. Essa desigualdade de raça e gênero no Supremo reproduz o que se vê no sistema judiciário brasileiro como um todo: apenas 7% dos magistrados de primeira instância e 2% na segunda instância são mulheres negras.
A recente morte de Mãe Bernardete Pacífico expõe a falta de atenção e cuidado com a população negra, que lidera as estatísticas de pobreza, desemprego, desigualdade salarial, violência, falta de acesso a saúde e a educação, população carcerária e inúmeros outros indicadores de dignidade e qualidade de vida. Como guardiões da Constituição, com poderes até sobre as decisões do Executivo e do Legislativo que desrespeitem a Carta Magna, os ministros do Supremo Tribunal Federal podem ter uma ação muito mais ativa em suas decisões para reduzir desigualdades e injustiças perpetradas pelo racismo estrutural da sociedade brasileira.
Todas as obras que integram a mostra “Juízas Negras para Ontem” foram impressas e afixadas nas ruas, democraticamente apreciadas pela população em geral. Mitti Mendonça, uma das artistas, explica como foi seu processo criativo: “Para a concepção, parti da ideia de ocupar lugares de poder e de decisão, colocando uma mulher negra em uma posição de destaque e em contraponto com uma cadeira vazia, dialogando sobre a importância de termos representantes no STF. A paleta de cores propositalmente remete às da bandeira do Brasil, pois o conjunto estabelece ligação direta com a política, para quem passa na rua já ter essa leitura do que se trata a questão. Além disso, a balança – um dos símbolos da justiça.”
A mostra não é uma ação isolada. No último mês, outras ações de movimentos sociais, celebridades e lideranças políticas também demandaram do Presidente Lula essa indicação.
Confira a seguir a relação de cidades e autores:
ARTISTA
INSTAGRAM
LOCAL DA COLAGEM
A COISA FICOU PRETA
acoisaficoupreta
Maceió / AL
Alcides Rodrigues
amarelografico
Rua Treze de Maio, 772 Bixiga – São Paulo / SP
Alisson Damasceno
alissondamasceno_
Belo Horizonte / MG
Alma Retinta
almaretinta
Madureira, Rio de Janeiro/ RJ
Ariel Farfas
ariel gfarfan
Teresina / PI
Arthur Costa
arthur agc
São Paulo / SP
Ayala Prazeres
potencianaobinaria
Curitiba / PR
Cassimano
cassimanodesign
São Paulo / SP
Daisy Serena
daisy_aserena
Minhocão, São Paulo / SP
Kerolayne Kemblin
dacordobarro
Quilombo Liberdade, São Luís / MA
Larissa Constantino
lariconstantino_
São Paulo / SP
Leticia Carvalho
leticafe
Recife / PE
Manifesto Crespo
manifestocrespo
Feira de São Joaquim, Salvador / BA
Marcela Bonfim
bonfim_marcela
Porto Velho / RO
Michel Cena7
michelcena7
São Bernardo do Campo / SP
Mitti Mendonça
mao negra
Rua dos Andradas, 1079 Centro Histórico, Porto Alegre / RS
Nayò
nayo arte
Largo da Batata, São Paulo / SP
Robinho Santana
robinho_santana
Diadema / SP
Senegambia
senegambia81
Salvador / BA
Sereia Caranguejo
sereiacaranguejo
Manaus / AM
Sheila Signário
photosignario
São Paulo / SP
Thais Devir
devirpassaro
Rio de Janeiro / RJ
Thayná Miguel
thayna miguell
São Paulo / SP
RENFA DF
tulipasdocerrado
Setor Comercial Sul, Quadra 4, Brasília / DF
MINI BIOGRAFIAS DOS CRIADORES
A COISA FICOU PRETA
Gleyson Borges, vulgo a coisa ficou preta, é um artista visual alagoano que cria arte afrocentrada desde 2018, fazendo, através do lambe lambe, intervenções pretas nos muros brancos da cidade.
ALCIDES RODRIGUES
Vive em São Paulo, assina os trabalhos como Amarelo Gráfico, desenvolve projetos de artes gráficas, aplicados estampas de camisetas, murais, publicações e lambe-lambe.
ALISSON DAMASCENO
Artista preto, angoleiro. Transita pelo campo da Arte Contemporânea explorando diversas linguagens. Por meio de ações e objetos busca propor relações entre corpo e presença.
ALMA RETINTA
Nascida em 1995, filha de Andréa Calixto e Renato Alves, neta de Dona Ednéa artesã, a estudante de arquitetura e urbanismo, apaixonada por artes visuais, flores, folhas e estampas, a artista, já encantada pelo mundo das colagens, ingressou no ramo com o objetivo de propagar uma outra realidade visual e sensitiva da população negra, através de sorrisos, corpos expressivos, e principalmente sentimentos, esta ressignifica fotos com novas cores e elementos botânicos.
ARIEL GUEDES FARFAN
Nascido no Recife (PE) e atualmente com 26 anos, Ariel vive em Petrolina (PE). Inicia no cenário artístico do Vale do São Francisco em sua formação no curso de licenciatura em Artes Visuais em Juazeiro (BA). Seu trabalho de pesquisa em arte dialoga com os desafios da contemporaneidade, dentro de suas plataformas e propondo discussões acerca do meio ambiente, relações sociais, de gênero e etnia.
ARTHUR GOMES COSTA Artista visual, diretor de arte e designer gráfico, nasceu e trabalha em São Paulo. Formado em Publicidade e Propaganda, desenvolve identidade visual, publicações gráficas para instituições culturais e exposições de arte. Atualmente lança uma série de gravuras em risografia intitulada “Tradições do Penteado Yorùbá”, pesquisa que reverencia a herança, a origem e os significados de diferentes estilos de penteados com tranças utilizados na cultura afro-brasileira, que hoje conhecemos como trança nagô.
AYALA PRAZERES
Curadora de arte contemporânea, artista visual, figurinista e cenógrafa. Desenvolve no campo da imaginação política pesquisas que tensionam os paradigmas da colonialidade do saber, do ser e do poder numa perspectiva anticolonial. É acadêmica de Artes Visuais pela Universidade Federal do Paraná e atua como curadora independente em instituições culturais internacionais e nacionais. Tendo atuado também como crítica de arte contemporânea no circuito universitário da Bienal Internacional de Curitiba.
CASSIMANO
Pai de Iara Badu, designer e fotógrafo nas horas vagas.
DACORDOBARRO
Manauara, 27 anos, multiartista, trabalha com a poética de imagens de poder incentivando auto estima e pertencimento a partir da arte.
DAISY SERENA
É artista visual, fotógrafa, escritora, mãe, com estudos em Sociologia e Política pela FESPSP. Sua atuação se dá de forma autônoma junto a diversos artistas, coletivos e pautas que lhe fazem sentido no corpo político de mulher negra. É Autora de Tautologias (Padê Editorial, 2016) e participou de diversas exposições e publicações.
LARISSA CONSTANTINO
Larissa nasceu e cresceu em Pernambuco e atualmente mora em São Paulo. Formou-se em Design pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), onde também concluiu o mestrado. Sua pesquisa abordou configurações gráficas em filmes, no grupo de pesquisa Design da Informação do CNPQ. Também passou um ano e meio como estudante visitante na Universidade NSCAD, no Canadá, por meio do programa Ciência sem Fronteiras. Larissa tem mais de 9 anos de experiência em design visual, motion design e ilustração. Atualmente trabalha como designer visual/motion independente.
LETICIA CARVALHO
Nascida em Recife e habitante de Jaboatão dos Guararapes (PE), é facilitadora gráfica desde 2019, designer gráfica, ilustradora freelancer, pintora e grafiteira. Concluiu o curso de
Design Gráfico pelo CCJ Recife em 2015 e desde 2018 é estudante de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
MANIFESTO CRESPO
O coletivo discute o corpo negro em seus diálogos estéticos e políticos. Gerido por mulheres negras, fomenta desde 2010 o trabalho de produtoras periféricas, valorizando a diversidade da equipe, que agrega mães, senhoras, lésbicas, transsexuais, imigrantes e homens. Com ações na Casa Crespa SP, sua atuação também se estende pelo norte e nordeste do Brasil e outros países de Abya Yala. Seus projetos educacionais se estruturam em formato de oficina, roda de conversa, contação de histórias, desfile de moda e exibição de filmes em instituições de ensino, centros culturais e organizações comunitárias.
MARCELA BONFIM
Fotógrafa, é formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), atualmente se dedica ao projeto “(Re)conhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta” – projeto de militância e reflexão das artes visuais, no campo da antropologia visual, sobre a constituição e memória da população negra brasileira na região amazônica.
MICHEL CENA 7
Desenvolveu grande parte de sua produção a partir do arranjo entre as artes plásticas e a poesia e do contato com as ruas de São Bernardo do Campo no ABC Paulista. Suas obras podem ser vistas no espaço urbano de diversas cidades. Já participou de exposições em municípios do estado de São Paulo, na capital e em outros países como Estados Unidos, Austrália, Londres e Portugal. Suas obras estão presentes em acervos de museus brasileiros, entre eles a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Afro Brasil e a Pinacoteca Municipal de São Bernardo do Campo. Participou da publicação/projeto “Enciclopédia Negra”, com exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
MITTI MENDONÇA
Artista têxtil, ilustradora, designer gráfico, escritora e produtora cultural. Participa do circuito latino-americano de feiras gráficas, com publicações independentes, e de exposições em instituições do Brasil e do exterior, como Galeria Ecarta (RS), Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Kunstmuseum Wolfsburg (Alemanha). É Co-idealizadora dos projetos Universo, Moda e Arte (UMA), programa de mentorias para artistas razializados e da Feirá gráfica GARGANTA, encontro de artistas e publicadores independentes, em Porto Alegre. É natural de São Leopoldo-RS, 1990. Tem formação nas áreas de comunicação e design.
NAYO
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas, tem extenso currículo em cursos de formação artística, em exposições e experiências. Através de sua arte, celebra o ser feminino e expressa para o mundo a sua essência, subjetividade e os prismas de sua espiritualidade.
ROBINHO SANTANA
Nascido e criado em Diadema, São Paulo, é um artista visual, pesquisador e músico experimental com formação acadêmica em Design e Fotografia. Sua obra é um diálogo contínuo com a necessidade intrínseca de expressar sua conexão com a vida e a rica cultura de seu povo. Em suas criações, Robinho não apenas se identifica, mas também se dedica a retratar de maneira inclusiva e respeitosa os protagonistas da vida cotidiana nas periferias, contribuindo para uma representação plural e autêntica.
SENEGAMBIA
Criada em 2014 pelo designer e artista gráfico Luang Senegambia Dacach Gueye, a Senegambia resgata temas que começaram a ser investigados pelo artista ainda na sua graduação em design gráfico, no ano de 2003: a cultura religiosa afro-brasileira e o combate ao racismo.
SEREIA CARANGUEJO
Oriundo de Macapá (AP), começou sua carreira acadêmica a partir de 2015, quando ingressou no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá (Unifap), onde se expandiu ainda mais artisticamente e transitou dentre várias vertentes artísticas. Em 2018, após uma experiência artística/espiritual, começou a perceber que as amarras da sociedade prendiam ainda seu corpo de várias formas e principalmente sua relação tão reprimida com o feminino, tendo após isso se buscado e experimentado a vida de uma forma mais livre sem temer o incômodo do outro quanto ao seu corpo. Assim em 2019, se afirmando transgênero, hora não-binário, hora gênero fluído, se experimentando dentro das várias possibilidades de existência e que esse corpo nascido desses ancestrais amazônicos modificando-se através das vestes e da arte. Em 2020 se outorga em Licenciatura em Artes Visuais pela Unifap. Atualmente está cursando a pós de Estudos em Teatros Contemporâneos pelo curso de Licenciatura em Artes Cênicas na Unifap, segue sendo associade à Associação Giramundo e integrando o grupo de Arte e Performance Delas: Ap Delas.
SHEILA SIGNARIO
Mulher negra e moradora da periferia, vem construindo sua história na fotografia clicando os movimentos culturais na periferia da zona sul de São Paulo (Campo Limpo, Capão Redondo, Jd. São Luis, Jd. Ângela). Começou a fotografar em um projeto social “Um Olhar na Favela de Paraisópolis” em 2008 e não parou mais. Atualmente trabalha como fotógrafa e assistente de produção no Espaço Cultural CITA e também desenvolve trabalhos fotográficos autorais.
THAIS DEVIR
Artista, colagista e designer gráfica. Aborda em suas obras questões sobre negritude, pertencimento, tecnologias ancestrais, espiritualidade e afeto. Em suas composições acha importante mesclar todas as suas vivências.
TULIPAS DO CERRADO
Rede que atua com Redução de Danos (RD) e na articulação de uma rede de proteção a profissionais do sexo, trabalhando principalmente com a população de rua e com as profissionais do sexo em situação de rua ou não, trazendo informação e educação em saúde.
Gaby Amarantos é o nome que vem à cabeça quando falamos das belezas do norte e sua cultura tão rica. Ela é um símbolo da valorização na natureza, do pop e de uma estética única. E como uma diva conectada com suas raízes e a saúde do seu corpo e mente ela escolheu a alimentação biogênica para dar aquele zerada no corpo e de quebra ainda perdeu 14 quilos.
“Tirei uns dias pra cuidar da saúde e já emagreci 14k num mergulho na alimentação biogênica. Quem diria que fazer “a xuca” me faria tão bem, sim eu tenho feito enemas, bebido muito suco vivo, comida viva, trilha, caminhadas e me sentido leve e mais conectada comigo e com a natureza. Quero seguir forte e saudável pra poder TREMER e levar a música pop do Norte pelo mundo minhas filhas, mamãe tá acesa e aberta pras coisas lindas que o universo ainda quer me proporcionar”, explica a cantora.
MAS O QUE SERIA A ALIMENTAÇÃO BIOGÊNICA?
Conversamos com o nutricionista Saulo Gonçalves para entender melhor do que se trata essa alimentação que fez Gaby se sentir ainda mais saudável e poderosa.
A alimentação biogênica é aquela o mais próxima possível no seu formato in natura (legumes, verduras, raízes, castanhas…), não podemos dizer que seja uma dieta e sim um estilo de vida ou uma estratégia nutricional. O nome vivo se dá ao ato de germinar as leguminosas dando uma potência e enriquecimento no seu valor nutricional. Sabe quando botamos feijão para plantar no algodão e ele vai crescendo aos poucos? Isso é um feijão germinado, podendo fazer com chia, linhaça, trigo, lentilhas, etc. E por isso o nome VIVO”, explica Saulo.
O nutricionista Saulo Gonçalves – Foto: Reprodução Instagram
Ele detalha a frequência do consumo desse tipo de alimento. “Por ser uma estratégia nutricional e não um plano alimentar, precisa ter cautela e limitar os dias feitos, para não haver nenhum prejuízo nutricional. Lembrando que extremismos e terrorismo na nutrição só geram compulsão alimentar”.
A “xuca” a qual Gaby se refere é um estímulo à função intestinal, tecnicamente chamado de enema. “Quanto ao enema é uma forma mecânica de estimular a vontade de fazer coco, sendo assim uma prática médica e não nutricional”, detalha o nutricionista.
Saulo reforça a ideia de que apesar de ser fácil de se por em prática, consumir apenas alimentos biogênicos, não é a melhor opção.
“O equilíbrio é muito mais interessante. Numa alimentação equilibrada daria facilmente para incluir um suco vivo ou uma salada vida no seu dia a dia”, finaliza.
SUGESTÃO PARA QUEM QUER EXPERIMENTAR ALIMENTOS BIOGÊNICOS
1 – Escolha o que quer germinar: trigo, lentilha, linhaça, quinoa, etc
2- Selecione os grãos de qualidade, sem nenhuma danificação e coloque em um vidro. Cubra com água limpa.
3- Deixe de molho durante a noite (em média 8 horas, algumas sementes podem precisar de mais tempo).
4- Cubra o vidro com um tule e prenda-o com um elástico. Despeje a água. Acrescente mais água limpa e deixe-a escorrer com o vidro inclinado (45º), em um local fresco e sombreado.
5- Lavar bem, de manhã e à noite (em dias quentes, durante a tarde também), retornando ao local inclinado.
6- Algumas sementes já estão prontas para o consumo quando um pedacinho do broto começa a aparecer, como a lentilha e o grão de bico. Outras, precisam gerar broto.
No Brasil desde 2020, o canal Trace passou por mudanças importantes no comando dos negócios. Principal veículo de comunicação audiovisual voltado para cultura afro-urbana do país, mudou o nome de “Trace Brazuca” para “Trace Brasil” e elevou ao cargo de CEO seu então Diretor de Operações, o publicitário Bruno Batista.
Em entrevista exclusiva para o Mundo Negro, o executivo deu um panorama sobre as novidades que a Trace está implementando no Brasil e que incluem o rompimento da parceria com a Globo, além de uma mudança definitiva de sua sede, antes localizada em São Paulo, para Salvador, capital da Bahia. “Além da conexão profunda e direta com o continente africano, Salvador é inegavelmente um epicentro da criatividade no Brasil. Em cada esquina, rua e bairro da cidade, somos imersos na diversidade, riqueza e pluralidade da cultura afro como em nenhum outro lugar do mundo”, afirmou Batista.
Foto: Instagram/Bruno Batista
O executivo também contou que novos nomes devem compor o time nesse novo momento. Ele falou sobre a chegada da stylist Van Nobre, que estreou como apresentadora do programa Bonde Nobre em julho deste ano, além de Caio Muniz, Gerson Saldanha e a influenciadora de Salvador, Karina Ferreira, que já integram o quadro de apresentadores do canal. O CEO também reforçou que “novos nomes devem aparecer em breve”, além de destacar que os profissionais que já trabalharam na Trace Brasil seguem “em proximidade para projetos e produções especiais”.
Confira a entrevista completa com o novo CEO da Trace Brasil, Bruno Batista
Mundo Negro – Bruno, você começou como Diretor de Marketing (CMO) na Trace Brasil e rapidamente assumiu a função de Diretor de Operações (COO) e agora é o novo Diretor Executivo (CEO) da empresa. Pode nos contar sobre essa transição e quais foram os principais desafios que enfrentou ao assumir essas novas responsabilidades?
Bruno Batista – Minha transição na Trace Brasil tem sido uma jornada desafiadora e empolgante. Assumi como CMO, o que me proporcionou uma compreensão profunda da marca, seus desafios, e principalmente do mercado. Na sequência, o cargo de COO trouxe a responsabilidade de gerenciar as operações internas e otimizar nossos processos. Essa bagagem, somada a minha experiência de mais de 15 anos no mercado me capacitaram para assumir como CEO da Trace Brasil. Estou 100% focado em liderar a empresa para toda a sua potencialidade no Brasil. Os principais desafios têm sido a coordenação e reestruturação de nossas equipes e produtos, além do fortalecimento de parcerias estratégicas para garantir que nossa estratégia global esteja alinhada com as demandas e oportunidades do nosso mercado.
MN – A Trace Brasil recentemente passou por uma mudança de nome, de “Trace Brazuca” para “Trace Brasil”. O que essa mudança representa para a empresa e qual é a importância de focar mais intensamente na produção e audiência locais?
BB – A mudança de nome do nosso canal “Trace Brazuca” para “Trace Brasil” reflete nossa busca por uma identidade mais forte e direcionada localmente. Focar na produção e na audiência locais é fundamental para nos conectarmos profundamente com nosso público e para que nosso conteúdo seja cada vez mais relevante e autêntico.
MN – Quais motivos levaram à escolha de Salvador como local para a sede da empresa?
BB – Não há melhor cidade no Brasil do que Salvador para ser a casa da Trace Brasil. Além da conexão profunda e direta com o continente africano, Salvador é inegavelmente um epicentro da criatividade no Brasil. Em cada esquina, rua e bairro da cidade, somos imersos na diversidade, riqueza e pluralidade da cultura afro como em nenhum outro lugar do mundo.
Essa energia criativa única precisa ser celebrada e apresentada ao mundo com autenticidade e legitimidade. É nossa missão dar visibilidade e reconhecimento a dezenas de milhares de pessoas criativas, inspiradoras e resistentes que todos os dias entregam para o Brasil e para o Mundo todo seu potencial em suas mais diversas formas.
Acreditamos que, a partir de Salvador, podemos inspirar outras cidades, empresas e marcas a enxergar e valorizar a cultura preta do Brasil em todo o seu potencial.
MN – A Trace Brasil lançou oficialmente sua nova fase com a transmissão das festividades em comemoração aos 200 anos do Dia da Independência da Bahia. Como essa iniciativa se encaixa na estratégia da empresa e o que podemos esperar em termos de cobertura de eventos no futuro?
BB – A cobertura de eventos certamente continuará sendo uma parte essencial de nossa estratégia, promovendo e oferecendo ao público presente e espectadores identificação, bem estar e sensação de pertencimento. Nos próximos meses, teremos uma série de eventos e transmissões em nosso canal e redes sociais, com destaque para o Trace Awards & Festival que acontecerá em Kigali, Ruanda e será transmitido no dia 22 de outubro para todo o mundo e também para nossas ações como veículo oficial do “Novembro Salvador Capital Afro”, onde estaremos presentes em mais dezenas de eventos e programações que acontecerão na cidade de Salvador em celebração ao mês da consciência negra.
MN – A Trace global completa 20 anos de fundação neste ano. Como a Trace Brasil contribuirá para a celebração desse marco e o que podemos esperar em termos de novidades e expansão da empresa?
BB – O Trace Awards & Festival é o momento máximo de celebração desses 20 anos promovendo e valorizando a cultura Afro-Urbana no mundo. Estamos trabalhando diariamente para uma grande presença do Brasil no evento em Kigali, Ruanda, em outubro deste ano. Teremos uma grande transmissão em português de todo o evento, além de coberturas exclusivas dos bastidores e entrevistas com grandes artistas como Burna Boy, Rema, Yemi Alade, entre outros.
Entre os artistas brasileiros nomeados estão: Ludmilla, Iza, Luedji Luna, Djonga e Léo Santana. Nosso desejo é ter a participação de todos os artistas brasileiros no evento, mas sabemos da complexidade de agendas e estamos no processo de negociação para que tenhamos a participação e apresentação do Brasil presencialmente no Trace Awards em Outubro.
MN – Com relação ao conteúdo, o que veremos de novidade na programação da Trace a partir das mudanças estabelecidas na empresa?
BB – Nossos espectadores podem esperar uma programação mais diversificada, com produções locais que destacam a cultura AfroUrbana. A música, essência do canal, terá um local de destaque com uma programação musical atual e diversificada, incluindo novos talentos. Continuaremos a cobrir festivais e artistas da cultura AfroUrbana, e projetos relacionados a moda, turismo, gastronomia e entretenimento estão em andamento. Além disso, estamos explorando novas parcerias e projetos para ampliar nossa oferta de conteúdo e alcançar um público mais amplo.
MN – Para quem assiste, quais serão as principais mudanças em frente às telas? Quem fica do time antigo?
BB – A Trace é uma plataforma de Cultura Afro-Urbana com três pilares claros: Entreter, Inspirar e Empoderar. Parte importante do nosso papel é abrir as portas para que novos talentos possam aparecer e conquistar seu espaço no mercado de mídia, entretenimento e comunicação. Desta forma, o público pode sempre esperar novos talentos na programação do canal, YouTube e redes sociais. Talentos como Gerson Saldanha, o Gersão, a stylist Van Nobre, Caio Muniz e a influenciadora de Salvador Karisa Ferreira já marcam presença em nossos programas e conteúdos e novos nomes devem aparecer em breve! Em relação aos talentos que já trabalharam com a Trace Brasil, seguimos em proximidade para projetos e produções especiais.
Depois de ser homenageada com o Michael Jackson Video Vanguard Award no ano passado, a rapper Nicki Minaj retorna ao MTV VMA Music Awards 2023 como apresentadora. Ela concorre em 6 categorias nesta edição do prêmio, que acontece na noite desta terça-feira, 12, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Durante sua participação, a artista também deve se apresentar seu novo single “Last Time I Saw You”. A edição deste ano pode dar à Nicki seu quinto prêmio na categoria ‘Melhor Clipe de Hip Hop’ com o vídeo de ‘Super Freaky Girl’.
A cantora ganhou pela primeira vez há 12 anos e depois foi novamente escolhida em 2015, 2018 e em 2022 por “Do We Have A Problem” feat com Lil Baby.Nicki Minaj também concorre nas categorias de Vídeo do Ano, Artista do Ano, Melhor Videoclipe de R&B e Melhores Efeitos Visuais.
A premiação está prevista para começar às 21h, no horário de Brasília. A cerimônia deve ser transmitida pelo serviço de streaming Pluto TV e pelo canal de assinatura da MTV.
Nesta segunda-feira (11), o Instituto de Pesquisa Ipsos divulgou os dados da pesquisa Most Influential Celebrities 2023, que identifica as celebridades mais influentes do Brasil. Um dos destaques é a atriz Clara Moneke, que entrou para a lista pela primeira vez, e Djonga que se destacou em mais de uma categoria.
Para chegar ao resultado, a pesquisa usou nove critérios com diferentes pesos para a realização do ranking. São eles: Confiança e Credibilidade (19%), Alegria e Carisma (9%), Modernidade e Conexão Jovem (19%), Engajamento e Causas Sociais ou Ambientais (6%), Sucesso (18%), Diversidade (5%), Beleza (10%), Hábitos Saudáveis (4%) e Bom Exemplo (10%). Nenhuma celebridade negra ficou no top5 do ranking geral.
O sucesso da novela Vai na Fé continua rendendo frutos para Clara Moneke. A atriz interpretou a Kate, que se tornou uma das personagens favoritas da novela. Ela ficou com a segunda posição da categoria ‘Alegria e Carisma’, atrás apenas da atriz e comediante Tatá Werneck.
Já Djonga é um dos nomes do rap nacional que vem ganhando sucesso além das músicas e se destacou em mais de uma categoria. Na categoria ‘Engajamento e Causas Sociais ou Ambientais’ o rapper e apresentador Emicida ficou com o primeiro lugar, seguido por Mano Brown e Djonga em quarto lugar. A médica, ganhadora do BBB20 e apresentadora, Thelma Assis, também está na lista.
Em diversidade, a cantora Liniker ficou com o primeiro lugar, seguida por Linn da Quebrada. Ludmilla também aparece na lista em sexto lugar e Djonga, pela segunda vez na pesquisa, em quinto.
“A evolução da lista das top10 celebridades mais influentes do Brasil, desde a primeira edição em 2017, reflete três tendências: (1) crescimento do digital como canal de acesso às celebridades – nomes que surgiram e se consolidaram nesse meio ganham cada vez mais espaço; (2) busca por maior “identificação” que se traduz em uma lista mais plural, mais diversa; (3) a busca por relevância – o que essa celebridade fala que me interessa? Nesse sentido, celebridades com credibilidade em temas específicos como finanças, alimentação e auto estima, ganharam relevância” diz Mariana Andrade, gerente sênior da área de Pesquisa de Criatividade e Comunicação da Ipsos e responsável pelo estudo.
A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas, entre 27 de julho e 7 de agosto de 2023, nas cinco regiões do Brasil, e possui uma margem de erro de 2.2 pontos percentuais.
Beyoncé completou 42 anos no dia 4 de setembro, mas o clima ainda é de muita festa! Na noite desta segunda-feira (11), a Queen B compartilhou diversas fotos celebrando o aniversário com a presença dos paisTina Knowles e Mathew Knowles, e do maridoJay-Z.
Tina também publicou a foto junto com a Beyoncé e o Mathew, no momento carinhoso em que eles dão um beijo no rosto da filha. “Recriamos esta foto de 2018 para celebrar nossa primogênita! Gratos a Deus por ainda podermos estar aqui e com saúde para presenciar mais um aniversário”, escreveu hoje (12), no Instagram.
A mãe já havia celebrado o aniversário da filha na data com uma linda declaração nas redes sociais. “Minha filha, minha melhor amiga, minha confidente, agradeço a Deus, por me escolher para ser o navio em que você viajou para chegar a este mundo. Você é um presente raro e precioso para o mundo, não apenas como uma artista genial. Você é um presente por causa do seu lindo coração generoso, do amor que você dá. A graça que você dá, a sabedoria que você mostra”, disse com uma foto antiga da Beyoncé assoprando as velinhas junto com os filhos, ainda pequenos.
Mathew também publicou um texto comemorando mais um ciclo da Queen B e o impacto que ela continua causando no mundo, com a Renaissance Tour. “Além de assistir seu incrível talento exibido com força total no palco, também vejo cada show reunindo pessoas de todos os credos, origens, raças, idades e identidades. É uma visão incrível testemunhar estranhos conversando, dançando, rindo e comemorando juntos em cada show sem julgamento – apenas amor. Beyoncé, você deu ao mundo mais do que um show. Você iniciou um movimento”, celebrou o pai.
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente - Foto de Leticia Santinon
Durante toda a semana, o governo de Belo Horizonte promove a 3ª Semana de Cinema Negra. São mais de 70 filmes internacionais, que contam a história dos cinemas africanos e o diálogo com a população, e nacionais contemporâneos realizados em 2022 e 2023. O festival também conta com oficinas, debates e homenagens a grandes nomes do audiovisual.
Em sua terceira edição, o festival vai acontecer de forma híbrida, com sessões presenciais Cine Humberto Mauro/Palácio das Artes e no Cine Santa Tereza. Já alguns filmes brasileiros estarão disponíveis nas salas de exibição e na plataforma Cine Humberto Mauro Mais.
Nesta edição, os filmes estão divididos em temas: Cinemas Africanos contam suas histórias; 50 Anos de Touki Bouki, Celebrando o Cinema de Djibril Diop Mambéty; Cine-Escrituras Pretas; Cinema Negro e Experimental com Crystal Z Campbell; Sessão Homenagem Maria José Novais Oliveira; 5 Anos de Ponta de Anzol; e Ibejis (Infantil).
Para a idealizadora, Layla Braz, o festival tem como missão criar um espaço de construção de memória que ultrapassa as salas de cinema. “Eu sempre cito a frase de Girish Shambu ‘o mundo é maior e vastamente mais importante do que o cinema’. A gente se utiliza do cinema para alcançar as pessoas e ajudá-las a visualizar diversas formas de existir”.
Um dos destaques do festival, é a homenagem à atriz Ruth de Souza, que faleceu em 2019 aos 98 anos. Na quinta-feira (14) será exibido “Diálogos com Ruth de Souza”, da diretora Juliana Vicente. Logo depois da exibição, acontecerá um debate com as curadoras Cecília Godoi e Rayanne Layssa. “Ruth com seu talento e genialidade quebrou barreiras e construiu uma estrada por onde Juliana Vicente e tantas outras passaram e continuam passando”, comentou a curadora Rayanne.
Outra homenagem é para a produtora mineira Ponta de Anzol Filmes, que completa cinco anos de existência A produtora possui destaque no cenário nacional com seus curtas-metragens e já participou de diversos festivais nacionais e internacionais além de prêmios como BFI Flare: London LGBT Film Festival, Festival de Gramado, Festival de Brasília e Janela Internacional de Cinema do Recife. Em comemoração, será estreado o curta Ramal, de Higor Gomes e que foi premiado como melhor Curta-Metragem no festival Olhar de Cinema em Curitiba.
A Semana de Cinema Negra acontece até o dia 17 de setembro com toda a programação gratuita. A programação completa pode ser conferida no site.
Um forte terremoto atingiu o Marrocos na sexta-feira, 8 de setembro. O tremor é um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos e o mais forte em mais de cem anos, causou abalos na região localizada nos arredores de Marraquexe, atingindo a magnitude de 6,8 de acordo com os serviços de geologia norte-americanos e de 7, conforme informações divulgadas pelo centro de pesquisa científica e técnica do país localizado no norte da África.
Na manhã da última segunda-feira, 11, o Ministério do Interior do Marrocos informou que o número de mortos no país havia subido para 2.862 pessoas e o número de feridos chega a 2.562, mas podem aumentar nos próximos dias, já que as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar nos vilarejos remotos que estando localizados nas montanhas e que foram devastados.
A empresária, Nina Silva, que viajou para o Marrocos para participar do Desert Women Sumnit, um encontro entre mulheres com foco em discussões sobre equidade de gênero, lamentou o ocorrido. “Momento triste e trágico para a população marroquina. Espero que às famílias fiquem em segurança e sejam confortadas nesse momento de tanta dor.”
Nina contou nas redes sociais o que tem acompanhado durante os últimos dias após o terremoto: “Sabemos que no último dia 8 de setembro aconteceu um terremoto em Marrocos, onde eu me encontro. Esse terremoto aconteceu na região de Altos Atlas, que é uma região à sudoeste de Marraquexe. Vocês viram imagens de Marraquexe, a população em desespero nas ruas, isso porque é uma população que não sofre com terremoto frequentemente então não possuem orientação. Além também das estruturas das casas e prédios serem muito, muito antigas. Construídas a barro, a pedra, então realmente o que fazer nessas horas quando não se tem um terremoto dessa magnitude há 120 anos?”
Ela também disse que na região onde está hospedada os abalos foram bem fracos. “Estou bem, na região de Arfoud no deserto do Saara onde me encontro os tremores foram muito leves sem danos ou feridos”, escreveu na legenda.“E os abalos aqui mais a leste a gente sentiu muito, muito fraco e não causaram danos. Mas nas regiões arredores de Marraquexe, principalmente nas províncias, nós tivemos um grande número de pessoas mortas, principalmente nas províncias, mais de duas mil pessoas mortas, mais de mil e quinhentas pessoas feridas”, relatou.
Durante o final de semana, a CEO do Movimento Black Money havia feito uma publicação para comunicar que estava bem e afirmou que volta para o Brasil nesta semana: “Estou bem não houveram danos na cidade de Arfoud onde me encontro, 500km de Marrakesh onde ocorreu o sismo. Até às 05h da manhã daqui não tinha noção que havia mortos e feridos. Uma tragédia as perdas de centenas de vidas, o clima é de tristeza e solidariedade a todas as famílias e todo o povo marroquino pelo impacto do sismo em suas cidades. Agradeço as inúmeras mensagens e telefonemas, todas estamos seguras, seguiremos a programação da nossa imersão e na próxima semana regressarei ao Brasil”.
O Festival Feira Preta, o maior da cultura negra da América Latina, terá grandes mudanças em sua próxima edição. Com o tema “Ser Feliz é a Nossa Revolução”, a 22ª edição será realizada de 03 a 05 de maio de 2024, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e contará com atrações nacionais e internacionais, além de uma ampla programação de atividades.
Com uma proposta inovadora, o festival tem como objetivo criar e enraizar felicidades coletivas, promovendo a celebração das identidades pretas e impulsionando a prosperidade, não só pelo entretenimento, mas também pelo impacto social. Esse novo momento foi pensado com a finalidade de trazer novas experiências e pautar novas construções para o público do evento. Para isso, a equipe da PretaHub, holding do Festival Feira Preta, contou com o apoio de Bárbara Soalheiro, idealizadora da metodologia do MESA, e seu time, para reunir especialistas em festivais, publicidade e entretenimento, que contribuíram com a criação de soluções para escrever juntos esta nova etapa da história do Festival.
O Festival se propõe a estar no mapa dos grandes festivais que acontecem no Brasil e a mudança da estrutura é um marco nesse posicionamento que se fortalece com a presença de artistas renomados. E para viabilizar esta edição, o evento será realizado no modelo freemium, baseado na criação e disponibilização de espaços gratuitos e pagos, ambos com shows de grandes artistas pretos reconhecidos na cena musical, ativações de marcas, feira de empreendedores, palestras e espaço gastronômico.
Segundo Adriana Barbosa, fundadora e idealizadora do Festival Feira Preta, o evento já se reinventou diversas vezes, a partir das mudanças dos cenários sociais, culturais e políticos brasileiros, tendo a questão racial no centro disso. “O Festival Feira Preta foi um dos principais movimentos a pautar o mês de novembro e propor para a comunidade negra um espaço seguro, potente e de celebração. A nossa decisão de ir para o mês de maio tem o objetivo de construir uma outra narrativa para um período onde pouco se fala sobre as potências negras, convocando o mercado a incentivar eventos voltados à comunidade durante todo o ano”, explica Adriana.
Fundado em 2002, o Festival Feira Preta nasceu para a venda de produtos e serviços de empreendedores negros. Ao longo desses 21 anos, mais de 250 mil pessoas, 7 mil artistas, 3 mil empreendedores do Brasil e de outros países da América Latina já passaram pelo evento. No formato online, em 2020 e 2021, foram mais de 65 milhões de views. Ao todo, com as vendas de produtos e serviços de afroempreendedores, o Festival movimentou mais de R$15 milhões diretamente. “O Festival Feira Preta é um lugar onde podemos ser quem desejamos, existir sem medo, ser e nos reconhecermos abundantes. E é por este motivo que reestruturamos nosso festival para se tornar algo ainda maior e possível de experiências, trocas e felicidades coletivas”.
Foto: Venancio
As marcas que estão construindo esta nova edição
O apoio das marcas foi fundamental para essa repaginada do evento que poderá oferecer uma estrutura ainda melhor para o público. “O Festival Feira Preta, bem como todas as iniciativas da PretaHub, tem estimulado as empresas a investir na potencialidade da população negra brasileira, produzindo pesquisas e projetos sobre o consumo deste grupo. São investimentos como esses (das marcas) que aceleram iniciativas para além do ESG, reconhecendo essa população como agente direto na movimentação da economia, bem como entendendo a urgência dos departamentos de marketing a também destinarem seus recursos para potencializar seu impacto”, afirma Adriana.
E novembro, como fica?
Até a data do festival, a PretaHub tem uma série de ações voltadas para a comunidade negra, entre elas estão o lançamento da Plataforma Global de Festivais de Afro Culturas, os reports sobre consumo e economia criativa da população negra, o evento de premiação do Pretas Potências, e o evento SPerifas – voltado ao empreendedorismo e cultura, que acontecerá nos distritos de Perus, Parelheiros, Bela Vista, Itaim Paulista e Vila Maria, regiões que receberam neste ano a jornada formativa empreendedora. Além disso, haverá também uma Rodada de Negócios com os empreendimentos participantes do Programa de Aceleração Afrolab, e a realização das versões pockets da Feira Preta junto a organizações públicas e privadas. “A mudança de data do festival marca o nosso compromisso em pautar os interesses e necessidades da nossa comunidade durante todo o ano, inclusive em novembro”. finaliza Adriana.