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A tecnologia 3D utilizada em filmes foi criada graças ao trabalho de uma cientista negra: Valerie Thomas

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A tecnologia 3D foi transformadora para o mundo dos cinemas e a responsável por iniciar os primeiros passos no desenvolvimento de um dispositivo capaz de produzir imagens em três dimensões foi uma mulher negra: Valerie Thomas.

Nascida em 8 de fevereiro de 1943, Valerie Thomas cresceu em Maryland, nos Estados Unidos, e desde cedo mostrou um interesse pelo mundo da ciência e da tecnologia. Ela estudou física na Universidade de Morgan State e começou sua carreira na NASA em 1964, onde trabalhou como matemática e engenheira de dados.

Foi durante seu tempo na NASA que Valerie Thomas começou a explorar os princípios da óptica e a desenvolver dispositivos que usavam ilusões visuais para criar a sensação de profundidade em imagens. Seu trabalho mais notável foi o desenvolvimento do Illusion Transmitter, um dispositivo que usava a propagação de luz para criar imagens tridimensionais.

Valerie Thomas aos 80 anos. Foto: Sahar-Coston.

Hoje, aos 80 anos, a cientista diz que se orgulha da carreira que construiu. “Quando comecei, tive que escrever programas para computadores – nunca tinha visto um computador antes na minha vida, exceto em filmes de ficção científica. Tomei a decisão de aprender tudo o que pudesse sobre computadores, por dentro e por fora. Sempre quis aprender e descobrir as coisas sozinha”, contou Valerie em entrevista para o Oprah Daily. “Na NASA, tive muitas oportunidades. Estar em um ambiente onde todos são inteligentes foi muito gratificante. Eu gostava de trabalhar em coisas que não tinham sido feitas antes e de ficar responsável por algumas dessas coisas“.

Em 1976, Thomas participou de um seminário científico onde se deparou com uma exposição que demonstrava uma ilusão usando uma lâmpada. Usando espelhos côncavos, a exposição enganava o espectador fazendo-o acreditar que uma lâmpada estava brilhando mesmo depois de ter sido desenroscada do soquete. Isso inspirou a cientista, que começou a fazer experiências com espelhos planos e côncavos. Enquanto o primeiro teria um reflexo sobre um determinado objeto que pareceria estar atrás do vidro, o segundo teria um reflexo que na verdade estaria na frente do vidro, produzindo uma ilusão tridimensional. Foi isso que formou a base da tecnologia 3D. Quatro anos depois, em 21 de outubro de 1980, Thomas obteve a patente do Illusion Transmitter, dispositivo que a NASA usa até hoje.

Valerie Thomas em 1979. Foto: Reprodução.

Embora o Illusion Transmitter não tenha sido diretamente usado em filmes 3D, ele foi um precursor importante para muitas das tecnologias que tornaram o cinema 3D possível. O dispositivo de Thomas demonstrou como a luz poderia ser manipulada para criar a ilusão de profundidade, um conceito fundamental por trás da tecnologia 3D.

A verdadeira revolução na indústria de filmes 3D ocorreu décadas depois, com o desenvolvimento de câmeras 3D estereoscópicas e tecnologia de projeção. No entanto, Valerie Thomas desempenhou um papel essencial ao explorar as possibilidades da óptica e abrir caminho para inovações futuras.

Além de suas realizações na NASA, Thomas também é uma defensora da educação e incentiva as jovens a seguirem carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Ela se aposentou da NASA em 1995, mas seu legado como pioneira na exploração da óptica e suas contribuições para o campo da tecnologia 3D se tornaram referência no mundo todo.

Filme “Marte Um”, de Gabriel Martins, será destaque na Abertura do ‘Griot – IV Festival de Cinema Negro Contemporâneo’, em Curitiba

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Foto: Embaúba Filmes/Divulgação

Premiado no Brasil e internacionalmente, o filme “Marte Um” do diretor Gabriel Martins será a atração de destaque na abertura do Griot – IV Festival de Cinema Negro Contemporâneo. O evento acontecerá de 12 a 18 de outubro de 2023, na região central de Curitiba, no Paraná, e promete ser uma celebração da riqueza do cinema negro contemporâneo no festival que terá como tema “Tempo de Ajeum”.

Além da exibição do filme, que abrirá o evento, o festival terá sete dias de sessões e atividades que envolvem laboratório de desenvolvimento de roteiro, oficinas e mesas temáticas. Além disso, a Cartografia Filmes, realizadora do evento, se comprometeu em estruturar uma programação diversa com foco na produção de cinema com realização e protagonismo de pessoas negras. 

As oficinas deste ano contam com a potência, estudo e desenvolvimento da documentarista e pesquisadora Lilian Solá Santiago, da atriz, diretora, professora, dubladora e apresentadora, Rejane Faria e da diretora artística do festival Griot, Bea Gerolin. Os estudos serão sobre um mergulho na produção de roteiro para documentário, atuação e criação de presença cênica e construção de conceitos de direção de arte e composição de cenários.  Os interessados em participar das formações presenciais devem se inscrever até o dia 30 de setembro através do formulário online (CLIQUE AQUI)  

Premiação especial de até R$ 10 mil para o filme vencedor

A Mostra Competitiva de Curtas Brasileiros possui uma premiação especial de R$10 mil reais em serviços de pós-produção para o filme vencedor na categoria Melhor Filme. Segundo a coordenadora de Curadoria e Programação do festival, Kariny Martins, “os 14 filmes que compõem a Mostra Competitiva do IV Griot, se encontram e se colidem, formando um conjunto de filmes singulares que nos levam a pensar quais cinemas negros são possíveis. Quais narrativas podem se sobrepor a um mundo fundado em símbolos que, para nos permitir avançar, precisam ser revistas e reimaginadas?”.

O tema deste ano, “Tempo de Ajeum”, concentra-se no processo de construção que é o cinema negro contemporâneo. Representando o fazer constante e cotidiano que se escreve em cada obra e em cada pessoa que contribui para a criação cinematográfica, “Ajeum” é uma palavra que vai além de simplesmente se alimentar. Ela representa a integração entre aqueles que compartilham o alimento, a energia e o sujeito. Segundo a espiritualidade iorubana, acredita-se que absorvemos um pouco do axé (energia vital) de tudo o que comemos, seja de forma concreta ou simbólica.

“Tempo de Ajeum é um chamado, um pedido de atenção para o que colocamos dentro da gente, um olhar para a espiritualidade como maneira de reconexão e inspiração. É também uma reverência ao alimento, à terra, à natureza, e a tudo de nutritivo e potente que saem deles”, explica a diretora artística do festival, Bea Gerolin.

O IV Festival de Cinema Negro Contemporâneo Griot não apenas celebra o cinema negro, mas também se esforça para tornar a experiência acessível a todos. Para a comunidade local, o festival oferecerá transporte especial, passando por bairros periféricos, para facilitar o acesso aos cinemas onde as exibições ocorrerão. Além disso, algumas sessões e bate-papos serão traduzidos em Libras (Língua Brasileira de Sinais), garantindo a inclusão da comunidade surda.

Para aqueles que não serão exibidos em Curitiba durante o festival, algumas sessões de filmes estarão disponíveis online, permitindo que a participação do cinema negro contemporâneo seja apreciada em todo o Brasil.

Na ONU, presidente do Gana exige pagamento de reparações pelas injustiças históricas do comércio transatlântico de escravizados

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Foto: AP Photo / Richard Drew

Durante Assembleia Geral das Nações Unidas, na última quarta-feira, 20, o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, fez exigências referentes ao pagamento de reparações pelas injustiças históricas cometidas pelo comércio transatlântico de escravizados no país. 

O chefe de Estado destacou que este é o momento de trazer à tona a discussão sobre as reparações, enfatizando que o mundo por muito tempo evitou enfrentar as consequências perigosas do comércio de escravos que moldou as nações europeias e os Estados Unidos: “É hora de considerar abertamente que grande parte da Europa e dos Estados Unidos foram construídos a partir da vasta riqueza colhida do suor, das lágrimas, do sangue e dos horrores do comércio transatlântico de escravos”, declarou o presidente ganense.

Ele enfatizou que embora nenhum montante de dinheiro pudesse realmente compensar os horrores do comércio de escravos, o pagamento de reparações serviria como um ato simbólico de justiça e reconhecimento. Akufo-Addo argumentou que milhões de africanos “produtivos” foram submetidos a trabalho sem compensação, e que as nações envolvidas no comércio transatlântico de escravizados têm a responsabilidade moral de enfrentar o seu passado.

“É verdade que as gerações atuais não são as que se envolveram no comércio de escravos, mas esse grande empreendimento desumano foi patrocinado e deliberado pelo Estado, e os seus benefícios estão claramente entrelaçados com a arquitetura econômica atual.”, reforçou.

Esta não é a primeira vez que o presidente do Gana aborda a questão das reparações. No ano anterior, ele já havia manifestada a necessidade de intensificar as discussões sobre o tema. Além disso, ele apelou às nações europeias envolvidas no comércio de escravos para que formalmente se desculpassem pelos danos causados ​​e instou a União Africana a envolver a diáspora africana na busca por acessórios e justiça.

O comércio transatlântico de escravos, que afetou milhões de africanos, é considerado a maior migração forçada da história e uma das mais desumanas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Durante um período de 400 anos, o êxodo de africanos se manteve por muitas partes do mundo, deixando um legado de dor e sofrimento, sendo Gana um dos pontos de partida para muitos dos escravizados na África Ocidental.

Ayodele Cia. de Dança apresenta “Abayomi – uma agricultora!” no Theatro Municipal de São Paulo

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Foto: Reprodução

O ballet da Ayodele Cia. de Dança vai ocupar o Theatro Municipal de São Paulo. Na próxima terça-feira (26), a companhia de dança vai apresentar o espetáculo “Abayomi – uma agricultora!”.

Ambientado na África, o espetáculo traz em dois atos a história da mãe Djene-ba e sua filha Abayomi que vivem na África do Oeste e após uma morte ocorrida na família que abalou e inconformou a todos elas são obrigadas a deixar a aldeia onde viviam, partindo para o exílio.

A apresentação dura 2h40min, com um intervalo entre os atos, e conta com a participação de 12 bailarinas e 7 bailarinos, todos artistas negros da companhia.

A Cia é um fruto do trabalho do professor de balé e preparador corporal Milton Kennedy, que tinha como objetivo dar protagonismo negro no cenário do balé e da dança. 

“Abayomi – uma agricultora!” será gratuita e os ingressos estarão disponíveis no site do Theatro Municipal a partir do dia 23 de setembro, às 12h. O projeto foi contemplado pela 3° Edição do Edital de Apoio à Cultura Negra para a cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

Gaby Amarantos celebra indicação ao Grammy Latino: “Um movimento que é preto, periférico e pop da Amazônia”

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Foto: Sarah Leal.

Nesta semana, Gaby Amarantos foi indicada ao Grammy Latino, maior prêmio de música mundial. A artista foi reconhecida na categoria de ‘Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa’ com o disco ‘TecnoShow’. Nas redes sociais, Gaby celebrou, fez uma série de publicações e se emocionou com a conquista. Ao MUNDO NEGRO, a artista comentou sobre o impacto desse reconhecimento.

Capa do disco ‘TecnoShow’. Foto: Divulgação.

A importância dessa indicação pra mim é a valorização de um movimento Tecnobrega/Tecnomelody que é primo do funk, que tem esse estigma dos movimentos que são pretos e periféricos, assim como o samba, como o jazz e o blues, que no início são marginalizados pela burguesia e pelo próprio povo, mas quando tem uma chancela como a do Grammy Latino faz com que as pessoas percebam o quanto esses movimentos são importantes”, diz a cantora.

E quando o assunto é a valorização da música, Gaby mostra que ainda precisa lutar pelo respeito à cultura do norte. Recentemente, ao participar de um programa na rádio Nova Brasil FM, a artista teve que ouvir que suas canções do disco ‘Tecnoshow’ não se “enquadravam aos ouvidos do público. “Na hora eu fiquei tão sem reação que eu falei: ‘Não acredito que eu estou aqui falando sobre um movimento tão importante e essas pessoas não querem tocar a música desse movimento’”, disse Amarantos.

Lançado em dezembro de 2022, o ‘TecnoShow’  celebra a cultura do Tecnobrega no Brasil, com diversas referências à trajetória da cantora nortista. Gaby diz que já se sente vitoriosa com a indicação ao prêmio. “Independente dessa chancela do Grammy, pra mim, é esse movimento que é preto, periférico, pop da Amazônia, que vem ganhando cada vez mais espaço e a partir do TecnoShow as pessoas vão poder se conectar mais a essa Amazônia que não é só floresta mas que é trilha sonora, experiência de vida“, conta a cantora.

Foto: Divulgação.

Para Gaby, existe uma peculiaridade muito forte na música afro indígena que ela produz. Uma arte que também possui influência da ancestralidade preta.”Eu sinto isso muito presente nas batidas do Tecnobrega, na identidade visual das aparelhagens, na presença da Amazônia, na fauna, na flora, nessa música que é pop e feita na Amazônia”, destaca a artista. “Ela é muito presente no poder, na potência, na vibração, na batida, quando a gente vê os povos indígenas celebrando para guerrear e para defender o bate pé na terra, é o bate pé da aparelhagem, do bumbo do tecnobrega e tem também a malemolência que a gente tem enquanto povo preto desse país”.

Artista independente e reconhecida no Brasil inteiro, Gaby também diz que a indicação ao Grammy Latino mostra que a Academia Latina de Gravação está reconhecendo a força do Tecnomelody. “Me sinto muito vitoriosa porque só a chancela de uma premiação como essa serve para a gente tirar cada vez mais esse estigma que é tão criminalizatório de tudo que a periferia preta brasileira, ainda mais a nossa que é afro indígena faz, e mostrar que o Grammy está reconhecendo isso como um movimento cultural importante, um movimento contra fluxo, fora do eixo, que furou a bolha das gravadoras e fez com que artistas como eu através da internet pudessem produzir seus conteúdos”, conta a cantora. “Eu sou uma artista independente. Eu sou uma artista que me banco, que junto com minha equipe consigo produzir conteúdos maravilhosos sem ninguém investindo além de mim. Eu sou a CEO. Eu acreditei no meu trabalho primeiro.

O Grammy Latino acontece no dia 19 de novembro e Gaby diz que já está se preparando para representar muito bem o Brasil na cerimônia. “Quero preparar um look especial, chegar e causar o impacto visual que também é peculiar do movimento da música pop da Amazônia, que está presente em nossa grandiosidade”, finaliza ela.

Justiça proíbe Intercept Brasil de falar sobre o assassinato de Mãe Bernadete

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Foto: Reprodução / Intercept Brasil.

Nesta sexta-feira (22), o Intercept Brasil foi proibido de falar sobre o assassinato de Mãe Bernadete. O Tribunal de Justiça da Bahia, por meio do juiz de primeira instância George Alves de Assis foi responsável por realizar a proibição. O veículo tinha publicado uma reportagem sobre a luta da líder quilombola contra grandes empresários.

Nos últimos seis anos, além de lutar contra a especulação imobiliária no quilombo Pitanga dos Palmares, localizado em Simões Filho, Mãe Bernadete também buscava justiça pelo seu filho, Flávio Gabriel Pacífico, de 36 anos, mais conhecido como Binho do Quilombo, que também foi brutalmente assassinado por defender seu território.

Mãe Bernadete foi assassinada a tiros em seu terreiro no dia 17 de agosto. A ação foi realizada por bandidos armados que invadiram o local, amarraram pessoas e executaram a ialorixá.

Foto: Reprodução/@oliviasantana65.

O Intercept classificou a decisão da Justiça como censura. Além de não poder citar o autor da ação e não poder mais falar sobre o assunto, o veículo também foi obrigado a retirar do ar a reportagem que esmiuçava a luta de Mãe Bernadete no quilombo Pitanga dos Palmares. “O Intercept Brasil discorda veementemente da decisão e está recorrendo. A determinação viola a Constituição brasileira e a liberdade de imprensa vigente no país“, informou o veículo em nota. “Somos uma redação sem fins lucrativos, financiada pelos leitores, nós precisamos que a nossa comunidade se una e nos ajude a derrotar mais esta tentativa de intimidação”.

Em outro trecho da nota, o Intercept declarou que vai continuar lutando na Justiça para reverter a decisão. “De acordo com a nova decisão de George Alves de Assis, não podemos falar nada a respeito do caso. Nem mesmo podemos nos referir ao autor da ação judicial“, continuou a nota do veículo. “Consideramos essa decisão absurda e ilegal. Nossos advogados estão recorrendo neste momento para que nosso direito de informar seja respeitado. E estamos lutando também pelo seu direito à informação. Essa é uma luta que envolve todos nós”.

A luta de Mãe Bernadete

Após o assassinato de Binho, Mãe Bernadete começou a lutar para descobrir quem matou o seu filho e levantou a bandeira publicamente contra a implatação do aterro. Em junho de 2022, a líder quilombola relatou em vídeo gravado durante uma audiência no Ministério Público Federal, que sofria “ameaças dia e noite” e cobrou pela investigação da Polícia Federal.

“O assassinato do meu filho foi federalizado e não temos resposta. É um absurdo isso, gente. Mas não pense que estamos parados não, viu?… É uma grande vergonha. Meu filho lutou pelo povo dele. Morreu lutando. Foi no dia que ele tava indo para resolver um problema da Naturalle. Ele morreu lutando. E nós não temos resposta”, disse em vídeo apurado pelo The Intercept.

Em dezembro de 2017, quando a Polícia Civil da Bahia ainda investigava o caso, Leandro da Silva Pereira foi detido preventivamente, mas depois solto sem ser indiciado. A reportagem do The Intercept teve acesso às imagens do dia do crime, entregue para as Polícia Civil e Federal, e afirma que é possível identificar a placa do carro usado para levar os criminosos até o líder quilombola e identificar o motorista. Até o hoje o caso não foi solucionado e se junta à investigação da execução de Mãe Bernadete, que também foi federalizado.

Vende comida no delivery, mas não sabe como se destacar? iFood promove Masterclass com foco em empreendedores negros

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Foto: Reprodução

No Brasil, existem mais 14 milhões de empreendedores negros movimentando cerca de R$ 2 trilhões na economia do país anualmente, o que torna indispensável a criação de programas e iniciativas que visam fortalecer o trabalho dessas pessoas para que seus negócios possam prosperar. Seguindo essa perspectiva, na próxima terça-feira, 26 de setembro, às 16h, o iFood realiza a Masterclass “Como melhorar a visibilidade e alavancar seu desempenho no delivery”. 

O evento, ministrado pelo Experxt iFood, Marcelo Soares, é voltado para empreendedores negros e tem entre seus objetivos, oferecer dicas reais e diretas sobre visibilidade no App e como melhorar os desempenhos no delivery, através de exemplos reais. A masterclass será transmitida no canal do YouTube iFood para Parceiros (CLIQUE AQUI) e também abordará os desafios enfrentados pelos pequenos restaurantes no dia a dia, oferecendo orientações sobre como atuar para buscar a prosperidade.

O Masterclass iFood é uma série de eventos econômicos realizados pela empresa para dar visibilidade a líderes negros que estão fazendo a diferença em suas respectivas áreas. Essas sessões de treinamento têm abordado tópicos essenciais para empreendedores, fornecendo dicas práticas para melhorar a visibilidade no aplicativo e aprimorar o desempenho nas entregas.

De acordo com Angel Vasconcelos, diretora de ações do iFood, a iniciativa está em linha com o compromisso de promover a equidade e o respeito à diversidade cultural, fortalecendo a presença  dos empreendedores negros na economia do país: “Incentivar o crescimento dos negócios de empreendedores negros, maioria no Brasil, fortalece o respeito à diversidade cultural espalhada pelos quatro cantos do país.”

As iniciativas também fazem parte de um esforço contínuo do iFood para promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil, impulsionando o empreendedorismo e diminuindo as desigualdades no país. Como parte desse compromisso, o iFood continuará a oferecer suporte e oportunidades para os empreendedores negros em todo o Brasil.

Simone Biles anuncia seu tão aguardado retorno às competições internacionais de ginástica

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Foto: Jon Durr/ USA Today

Os fãs da ginástica ao redor do mundo podem comemorar, pois o retorno mais aguardado do esporte foi oficialmente confirmado. Simone Biles, uma das ginastas mais talentosas da história, está pronta para competir novamente com a equipe americana no Mundial de Ginástica, que acontecerá  em Antuérpia, na Bélgica, de 30 de setembro a 8 de outubro deste ano.

Aos 26 anos de idade, Biles não competiu internacionalmente desde os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, quando tomou uma decisão de se afastar da competição para cuidar de sua saúde mental. Naquela ocasião, ela conquistou o bronze depois de disputar as finais da trave e desistir de competir nos outros aparelhos e no individual geral. 

O retorno de Biles tem sido aguardado com grande expectativa, mas existe um cuidado e descrição, tanto por parte dela quanto da federação americana de ginástica. Biles fez uma volta triunfal, vencendo o US Classic, campeonato americano que classifica as ginastas para competição nacional do esporte, no dia 7 de agosto, em Chicago, nos Estados Unidos.

No US Classic, realizado em Chicago, ela conquistou o título no individual geral com uma pontuação impressionante de 59.100 pontos, garantindo assim seu lugar no Worlds Selection Camp feminino, uma competição classificatória para o Mundial. No final de agosto, ela teve uma nova vitória, no Texas, garantindo seu oitavo título nacional e tornando-se a única americana a se classificar para seis campeonatos mundiais de ginástica, um feito notável após dois anos longe das competições.

Embora todos esses sucessos recentes tenham tido uma expectativa em torno de seu retorno, Biles evitou confirmar sua presença tanto no Mundial quanto nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 nas últimas semanas, mantendo tudo em suspense até agora. Desde os desafios enfrentados em Tóquio, a ginasta norte-americana tem adotado uma abordagem de “um passo de cada vez”. Ela tem priorizado sua saúde mental, buscando terapia e dedicando um período sabático para focar em sua vida pessoal, incluindo seu casamento com o jogador de futebol americano Jonathan Owens, que aconteceu neste ano.

“Desta vez estou fazendo isso por mim… Acredito um pouco mais em mim, só de voltar aqui e recomeçar os primeiros passos. Trabalhei muito comigo mesma, ainda faço terapia semanalmente e tem sido muito emocionante vir aqui e ter a confiança que tinha antes”, afirmou Biles após seu retorno na classificação nacional nos EUA.

O desempenho de Simone Biles nas duas competições recentes sugere que a ginasta americana, que já possui 25 medalhas em campeonatos mundiais, incluindo 19 de ouro, é bastante esperado. No seu primeiro retorno após uma ausência de dois anos, ela já realizou a execução de saltos de alta complexidade, incluindo um duplo mortal carpado de costas, que pode até receber seu nome se por realizado com sucesso na Bélgica.

Arena BlackRocks reúne diversos profissionais negros em evento gratuito para palestras, mentorias e oficinas

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Foto: Freepik

São Paulo se prepara para receber, neste sábado, 23, mais uma edição do Arena BlackRocks, que terá como tema “AFROFUTURISMO: A sua caminhada é tão importante quanto a sua chegada”. O evento é gratuito e será híbrido, sendo transmitido ao vivo para todo o Brasil e presencialmente no Centro Cultural São Paulo, localizado no bairro do Paraíso, em São Paulo.

A programação começa às 14h e contará com três espaços: o Arena, com palestras voltadas para startups, Espaço Luís Gama, com debates sobre IA, saúde e comunicação, e o Espaço Tebas, que centralizará a programação voltada para tecnologia e inovação.

Entre os destaques do evento, será o Painel Afrofuturismo e a Comunicação, com a presença da Silvia Nascimento, CEO e Head de Conteúdo do Mundo Negro, que abordará o tema com Mill Muller, fundador do Instituto de Cinema e Audiovisual Negro e Larissa Carvalho, fundadora do Negrê. O painel será mediado pela jornalista Luana Souza.

As inscrições já estão abertas e os interessados em acompanhar a programação podem fazê-la até no próprio dia do evento, 23 de setembro, no site: arenablackrocks.com.br

Encerramento com Banda Didá

A banda baiana Didá – que em iorubá significa “poder da criação” – fará o show de encerramento. O grupo de Samba Reggae, composto por mulheres de diferentes gerações, já fez colaborações com grandes artistas como o feat de Cardi B e Anitta, no clipe do hit Me Gusta, além de Daniela Mercury, Caetano Veloso e Shakira, entre outras estrelas da música nacional e internacional.

Estudo aponta que 29,2% da população negra brasileira nunca consultou um dentista

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A plataforma Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra) divulgou dados alarmantes sobre a saúde bucal da população brasileira, revelando profundas disparidades entre brancos e negros. Os números, atualizados até 2019, pintam um retrato preocupante do acesso à saúde bucal no país.

De acordo com o levantamento, 29,2% da população negra brasileira nunca havia ido ao dentista ou não se consultou com um profissional há mais de três anos. Em contrapartida, entre os brasileiros brancos, esse índice é significativamente menor, com 20,1% relatando falta de acesso aos cuidados odontológicos.

A discrepância se estende ao âmbito dos planos de saúde e odontológicos, com apenas 21,7% da população negra possuindo algum tipo de cobertura até 2019, enquanto entre os brancos esse número era de 40%. Essa disparidade no acesso aos serviços de saúde bucal pode ter sérias consequências a longo prazo para a população negra.

A pesquisa também destacou a percepção negativa da saúde bucal entre os adultos negros, com 34% deles relatando uma visão desfavorável de sua condição bucal. Essa porcentagem foi inferior entre os brancos, mais uma vez sublinhando as desigualdades que persistem no setor de saúde.

Além dos cuidados odontológicos, a pesquisa abordou a falta de acesso a exames de visão e auditivos. Os dados revelam que 43,9% dos adultos negros nunca fizeram um exame de vista ou não o realizaram há mais de dois anos, enquanto entre os brancos, esse número foi de 36,1%. Um dado particularmente preocupante é que 24,2% das crianças negras menores de dois anos não realizaram o teste da orelhinha, um exame crucial para detectar problemas de audição em recém-nascidos. Comparativamente, apenas 12% das crianças brancas não tinham passado por esse exame.

O presidente do conselho deliberativo do Cedra, Hélio Santos, enfatizou a magnitude dessas disparidades, afirmando que os dados demonstram claramente a existência de um “abismo entre brancos e negros” no acesso à saúde no Brasil. Ele também destacou que a pandemia da COVID-19 pode ter agravado essa situação e acentuado as desigualdades raciais em saúde, ressaltando que o “racismo sistêmico” também está presente na área da saúde, como em outras esferas da vida brasileira.

É importante ressaltar que todos os dados do levantamento estão limitados ao ano de 2019. Marcelo Tragtenberg, membro do conselho do Cedra, esclarece que esses dados representam as informações mais recentes das pesquisas nacionais de saúde e escolares, realizadas em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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