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Lázaro Ramos anuncia data de estreia do filme ‘Ó Paí, Ó 2’: “Estou numa ansiedade que só”

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Foto: Reprodução / Globo Filmes.

Nesta terça-feira (17), Lázaro Ramos anunciou oficialmente a data de estreia do filme ‘Ó Paí, Ó 2’. A obra vai ser lançada nos cinemas brasileiros dia 23 de novembro. “Baseado na obra do meu amado Bando de Teatro Olodum, nosso filme tem data de estreia, minha gente”, celebrou o ator. “Estou numa ansiedade que só e imagino que vocês também”.

Junto com a data de estreia, um super pôster também foi anunciado. “A gente vai lutar e ainda vai sonhar”, diz o título na imagem de divulgação. O primeiro ‘Ó Paí Ó’ foi lançado em 2007. A história se passa durante o carnaval de Salvador, na Bahia, e apresenta um retrato autêntico e caloroso da cultura e da comunidade local. A trama se desenrola em um animado cortiço, onde diversos personagens compartilham suas histórias e conflitos enquanto se preparam para as festividades carnavalescas.

Primeira brasileira a ganhar um prêmio no Festival de Sundance, Lílis Soares assina a direção de fotografia de ‘Ó Paí, Ó 2’. O longa dirigido por Viviane Ferreira marca o retorno de Lázaro Ramos como “Roque”, ao lado de uma nova geração de personagens. “Acompanhamos a rotina de Roque anos depois do primeiro filme. O cortiço de Joana continua carregado de festas, fofocas e confusões. O bairro se prepara para a festa de Iemanjá, enquanto lida com as polêmicas dos vizinhos“, diz a descrição do novo filme.

Com oportunidades de conexão e bolsas, Ambev anuncia evento exclusivo para profissionais negros

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A Ambev anunciou a 6ª edição do De Portas Abertas, evento que vai acontecer no dia 11 de novembro com o objetivo de promover troca de experiências e apoio para o desenvolvimento e conhecimento de pessoas negras.

O projeto é encabeçado pelo grupo de afinidade étnico racial da companhia, o BOCK – Building Opportunities for Colleagues of all Kinds (Construindo oportunidades para colegas de todas as raças). Ao todo, cinco mil pessoas serão impactadas e 250 bolsas, entre cursos e mentorias, serão ofertadas. As bolsas de estudos serão voltadas para o desenvolvimento pessoal de soft skills e liderança, enquanto o programa de mentoria será para o desenvolvimento profissional.

O encontro acontecerá na sede da Ambev em São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Blumenau (SC) e Porto Alegre (PR), além de outras cidades ao redor do Brasil. A abertura será transmitida para todas as regionais, que posteriormente seguirão com ativações e programações locais. 

A iniciativa, que também faz parte da agenda de inclusão produtiva da companhia, vai reunir líderes negros e profissionais do ecossistema Ambev para falar sobre as áreas, possibilidades de atuação e a evolução cultural da empresa. 

“Em cada edição do De Portas Abertas, queremos criar sentimento de pertencimento nas pessoas, dar apoio e subsídios para o aprendizado contínuo. Sempre ouvimos que ninguém chega lá sozinho e sabemos que podemos levar muita gente para frente. Por isso, acreditamos que mais do que um evento, esse é um espaço para trocas, criar conexões, gerar mais oportunidades e ampliar as discussões sobre a diversidade e inclusão no mercado de trabalho”, afirma Michele Salles, Diretora de Diversidade, Inclusão, Equidade e Saúde Mental da Ambev.

As inscrições para a edição deste ano já estão abertas e estão convidadas a participar todas as pessoas pretas e pardas que tenham interesse em conhecer mais sobre a Ambev e as práticas adotadas pela companhia para a promoção da equidade racial.

LINK PARA INSCRIÇÃO (CLIQUE AQUI)

Mulher aponta racismo estrutural em vitrine de loja que usou manequins brancos segurando bonecos negros: “corpo negro como objeto”

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Foto: Reprodução

Qual a importância de fazer uma leitura social voltada para raça no nosso cotidiano? Para a cientista social, Vânia Rosa, essa é uma tarefa fundamental. Ela fez uma publicação em seu Linkedin para expor uma loja que usou manequins que representavam crianças brancas segurando bonecos negros em sua vitrine no Dia das Crianças. De acordo com Rosa, ela caminhava com o filho de nove anos por um shopping no Rio de Janeiro, quando passou pela loja Alphabeto, de classe média alta, que vende roupas infantis e se deparou com a cena que a fez refletir sobre “o pensamento social Brasileiro e o racismo”. 

No texto publicado pela pesquisadora, ela descreve a cena que viu. “Nessa imagem é possível compreender que os “manequins” brancos representam as crianças ou melhor, os indivíduos que tem direito à infância no Brasil e são considerados crianças. Os “manequins” que podem ser lidos como crianças negras, estão em tamanho menor e representam objetos- bonecos, “brinquedos” das então crianças brancas. Há um manequim negro sem roupa e descalço, a menina estilizada com um óculos bem grande e colorido, tipo exótica pois a lente não permitirá que ela enxergue, o outro está se equilibrando, sendo segurado pelo branco, meio que nas mãos da “criança” branca”.

Ela explica que a imagem foi uma espécie de “gatilho” para ela, que ficou paralisada por alguns instantes ao se deparar com a cena montada na loja. “Meu filho, uma criança negra de 9 anos olhou rapidamente pra mim, sem entender ainda a perversidade do pensamento social brasileiro. As hierarquias impostas e que estão consolidadas na nossa sociedade”.

Ao falar sobre como o racismo se apresenta de muitas maneiras em nossa sociedade, ela lembrou: “O racismo estrutural e institucional está dado… se você se diz antirracista e não entendeu que não é apenas no ato de ser xingado, agredido fisicamente ou verbalmente que sofremos o racismo. Os silêncios, ausências e negação existência é racismo”.

“Não aceitamos mais ficar fixados no lugar de objeto, Lélia González em 1983 já falava sobre corpos negros objetivados. Respeitem a nossa história e memória. Respeitem as nossas crianças e seus direitos à vida e à sua existência”, reforçou.

Publicação da loja com a vitrine que foi alvo de críticas – Foto: Reprodução

Para o Mundo Negro, Vânia pontuou que ainda que a loja tenha feito uma tentativa de ser inclusiva, é importante fazer leituras como a que ela nos trouxe: “Ao olhar para aquela vitrine do shopping, minha cabeça traz a memória do passado, das leituras de Grada Kilomba, de Lélia Gonzalez, Frantz Fanon, em que podemos conhecer como na história do mundo, o corpo negro foi violado, posto no campo da ciência por séculos como objeto de estudo, sem direito a identificação, mulheres negras como objeto de desejo sexual, pessoas negras descalças e sem roupas no mercado de escravizados. Isso foi um gatilho pra mim pois, apesar de ver que houve uma tentativa de uma comunicação inclusiva, se os “manequins” ali postos, representam crianças brancas eles tem um brinquedo na mão que na minha leitura eram crianças pretas, pois o tamanho era muito próximo ao tamanho de uma criança. O objeto, ou brinquedo que representa uma menina preta, está sem roupa e descalça…. isso foi pra mim, a desumanização de corpos negros. Uma construção do pensamento social brasileiro que perpassa o racismo estrutural e institucional”, destacou.

“A loja quis fazer uma comunicação inclusiva, mas quem adesivou as lojas, foi péssimo. Não basta ter uma boa intenção. Precisa ter letramento racial para compreender o lugar do negro na nossa sociedade e o lugar que não queremos ficar, de objetos, seja de desejos sexuais (a hipersexualização do negro) seja de uso, descarte desalmado, desumanizado.

O que diz a loja

Na tarde da última segunda-feira, 16, o Mundo Negro entrou em contato com a loja Alphabeto, que ainda não enviou uma resposta oficial. No Instagram, eles excluíram as publicação que mostra a vitrine apontada por Vânia.

Loja mudou a disposição dos bonecos na vitrine após a publicação de Vânia – Foto: Reprodução/Instagram

‘Numanice’: Ludmilla vende 20 mil ingressos em apenas 20 minutos com show em São Paulo

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Foto: Ygor Marques.

Ludmilla continua arrastando multidões com seu show ‘Numanice’. Nesta segunda-feira (17), a artista conseguiu quebrar seu próprio recorde pessoal de vendas ao esgotar 20 mil ingressos em apenas 20 minutos para a nova edição do espetáculo em São Paulo. O show vai acontecer dia 2 de dezembro, no Centro Esportivo Tietê.

“Não deu tempo nem de avisar sobre o lote extra, esgotou“, disse Ludmilla através do Instagram. “São Paulo, o que foi isso?!?! O recorde de vendas da história da ‘Numanice Tour’ foi batido. A gente não vê a hora de chegar aí e fazer jus a esse dia. Obrigada“. Em junho, também em São Paulo, a cantora esgotou 20 mil ingressos em 30 minutos.

Nas redes, a demanda foi tão grande que os fãs pediram por uma data extra do show. “Abre data extra pro Numanice SP. A gente tá implorando“, escreveu uma usuária. “Ludmilla, anuncia a data extra do Numanice São Paulo logo, porque eu não cheguei nem perto de conseguir comprar o ingresso pro dia 02“, publicou outro internauta.

Alicia Keys é acusada de antissemitismo e de apoiar bombardeio do Hamas após fazer publicação onde cita ‘parapente’ no Instagram

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Foto: Reprodução

A cantora Alicia Keys foi recentemente acusada de antissemitismo e de apoiar o bombardeio de Hamas contra Israel por conta de uma postagem no Instagram. Na última segunda-feira (16), ela publicou um post, que já foi apagado, onde citou “parapente”, o que muitos entenderam como apoio ao grupo Palestino.

Com uma jaqueta verde na foto, ela escreveu a seguinte legenda: “Pergunta: ‘O que você faria se não tivesse medo de nada??? Diga-me a verdade… estou de olho no parapente 👀👀”. 

Muitos entenderam que ela estava apoiando o bombardeio de Hamas ao povo israelense no dia 07 de outubro, onde foram utilizados parapentes para um ataque surpresa. Os internautas também relacionaram a cor da jaqueta com a bandeira do grupo palestino.

Print do TMZ

Alicia Keys deletou o post e foi ao story se desculpar pelo mal entendido. “A postagem que compartilhei anteriormente não tinha nenhuma relação COMPLETA com a recente perda devastadora de vidas inocentes. Meu coração está partido… Rezo e defendo a paz”, escreveu a cantora.

Muitos fãs e amigos de Keys  também relembraram que ela já disse em uma entrevista em 2021 que tem vontade de praticar o esporte parapente. O TMZ também mencionou que ela e o marido, Swizz Beatz, moram próximo de San Diego, que possui um local de parapente bem conhecido.

Preta Gil revela que término do casamento foi antes de descobrir traição: “me abandonou com câncer”

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Foto: Reprodução/De Frente com Blogueirinha

Durante a entrevista no programa ‘De Frente com Blogueirinha‘, na noite desta segunda-feira (16), a cantora e empresária Preta Gil falou abertamente pela primeira vez sobre a traição do ex-marido Rodrigo Godoy com a stylist e ex-amiga Ingrid Lima, que estavam juntos por cerca de sete meses.

A cantora revelou que o casal se separou antes de descobrir a traição porque ele a abandonou com o câncer: “Não cuidou [de mim]. Faço questão de falar isso. Essa é a realidade de várias mulheres”, conta.

“Eu descobri o meu diagnóstico em janeiro, eu me separei dele primeiro antes de descobrir a traição porque ele me abandonou com câncer. Ele saía, eu ficava em casa largada, meus amigos começaram a perceber”, desabafa Preta.

Na época, ela não desconfiava da traição. “Eu falava pra ele: ‘vamos buscar um terapeuta, eu tô achando que está muito pesado pra você o meu diagnóstico. Esse clima aqui em casa está tenso, vai pro pagode com seus amigos, pode ir tomar uma cerveja'”, relembra no programa.

https://www.instagram.com/p/CygYvLDtzgK/

Antes, a cantora acreditava que o casamento estava passava apenas por uma crise. “Óbvio que agora, quando a gente descobre, tudo passa a fazer sentido: aquela atitude, aquele jeito, aquele dia. Mas o que mais me choca nessa história não é a traição. A traição acontece, a gente é humano, é hipócrita ficar falando ‘ai, meu Deus, me traiu’. A traição acontece, a coisa carnal, o que para mim é mais grave é você optar por trair várias vezes, que é o enganar, manipular, esconder”, destaca.

Preta Gil também se defendeu dos comentário que lê nas redes sociais. “Agora na internet tem um povo aí falando: ‘Ai, mulher, supera. Cansou, capítulo de novela repetida’. F*da-se vocês, vocês não passaram pelo que eu passei, não estão aqui na minha pele. Então, assim, vou superar? Vou. Vai chegar esse dia? Vai. Mas é um processo, isso aconteceu tem 7 meses. Na verdade, é isso que você falou. Livramento, essa parte já entendi”.

Veja a entrevista completa:

Adolescente negro suspenso de escola nos EUA por usar dreads terá que frequentar programa disciplinar

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Foto: MICHAEL WYKE/ASSOCIATED PRESS

Após ser suspenso da Barbers Hill High School, escola do Texas, nos EUA, por usar dreads, um estudante negro foi expulso da escola onde estudava e deve cumprir um programa disciplinar de educação alternativa. Darryl George, de 18 anos, foi enviado para um programa escolar alternativo, conhecido como EPIC, no dia 12 de outubro e deve frequentar o programa até o dia 29 de novembro, por “não cumprimento” de regulamentos do campus e da sala de aula, incluindo a “violação da política de vestimenta e aparência”.

A decisão foi informada através de uma carta assinada pelo diretor da escola, Lance Murphy. George deve retornar à sala de aula no 30 de novembro. Segundo informações publicadas pela Associated Press, a família do adolescente não pode contestar a decisão porque o encaminhamento para escola alternativa não é superior a 60 dias, conforme orienta o Código Educacional do Texas mencionado na carta. 

Relembro o caso

Foto: Michael Wyke/AP

A discriminação racial com base em estilos de cabelo voltou à tona no Estado do Texas, nos Estados Unidos, com o recente caso de um estudante negro do terceiro ano da Barbers Hill High School, Darryl George, que foi suspenso por violar o código de vestimenta do distrito por conta do uso de dreadlocks. Os funcionários da escola afirmaram que o cabelo de George ultrapassava as sobrancelhas e os lóbulos das orelhas.

O caso aconteceu na semana passada e segundo a mãe de George, Darresha George, o adolescente de 17 anos usa seus dreads torcidos e amarrados no topo da cabeça. O estudante cumpriu a suspensão e planejava voltar às aulas usando o penteado de rabo de cavalo, ainda que isso resulte no jovem ser obrigado a frequentar uma escola alternativa. Na família de George, o uso de dreadlocks é uma tradição de várias gerações, com profundo significado cultural e religioso. “Nosso cabelo é onde está nossa força, são nossas raízes. Ele tem seus ancestrais presos em seus cabelos e sabe disso”, comentou Darresha.

A mãe do adolescente afirmou que Darryl cultiva seus dreads há quase 10 anos e que a família nunca havia recebido reclamações a respeito dos seus cabelos. A mãe explicou que os cabelos do filho quando estão soltos ficam pendurados acima dos ombros e que não entende como poderiam ter violado o código de vestimenta já que o jovem usava o cabelo preso. “Eu até tive uma discussão sobre a Lei CROWN com o diretor e o vice-diretor”, disse ela. “Eles disseram que o ato não cobre o comprimento do cabelo dele.”

O superintendente distrital, Greg Poole, defendeu a política do código de vestimenta, argumentando que ela é legal e ensina os alunos a se conformarem como um sacrifício que beneficia a todos. No entanto, a aplicação rigorosa dessas políticas está gerando debates e levanta questões sobre os direitos dos estudantes e a necessidade de sensibilidade cultural no ambiente escolar.

Família entrou na justiça contra decisão

O advogado da família, Allie Booker, contestou a afirmação da escola de que o penteado utilizado por Darryl George viola a política do distrito. Ele e a família do estudante apresentaram uma queixa formal à Agência de Educação do Texas e um processo federal de direitos civis contra o governador e o procurador-geral do estado, alegando uma falha na aplicação de uma nova lei que proíbe a discriminação com base em estilos de cabelo.

O processo argumenta que a suspensão contínua de George viola a Lei CROWN do Texas, que proíbe a discriminação com base na textura do cabelo ou penteados protetores associados à raça. A lei entrou em vigor em setembro do ano passado, um dia após George ser suspenso. Greg Abbott, governador do Texas e o procurador-geral Ken Paxton também estão sendo acusados de não fazerem cumprir a Lei CROWN, o que permite ao distrito escolar violar a lei e infringir os direitos constitucionais e estaduais do adolescente.

De acordo com informações publicadas pela Revista Essence, o Distrito Escolar Independente de Barbers Hill tentou devolver o caso ao tribunal estadual, com o argumento de que nenhuma reclamação federal foi feita no processo movido pelos familiares do garoto. Entretanto, a moção foi negada pelo juiz George C. Hanks Jr. do Tribunal Distrital dos EUA em Houston porque não aderiu aos procedimentos judiciais.

Esta não é a primeira vez que a Barbers Hill High School é questionada sobre as políticas que mantém em relação aos cabelos dos alunos. Dois estudantes negros, De’Andre Arnold e Kaden Bradford, já foram orientados a cortar seus locs em 2020. O caso resultou em uma batalha legal, em que um juiz federal decidiu em favor das vítimas, apontando que a política do distrito com relação aos cabelos era discriminatória. O caso teve um papel importante na aprovação da Lei CROWN do Texas e, embora Arnold tenha saído da escola, Bradford voltou ao colégio após a decisão do juiz.

Quilombo MemORÍa: o teatro negro está vivo em São Paulo

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Foto: João Caldas

A mágica do teatro está presente no lindo espetáculo de Quilombo MemORÍa que está sendo apresentado no Teatro Arthur Azevedo, na cidade de São Paulo.

Dois atores em cena: André Santos e Miriam Limma, que traduzem com leveza e alegria temas como ancestralidade, saúde da população negra, respeito entre gerações, aquilombamento e amor pela cultura negra.

O texto de André Santos aborda com delicadeza e um bom ritmo de palco, que nos prende a atenção desde os primeiros gestos. Estamos diante de um jovem dramaturgo que promete bons criativos espetáculos para as próximas gerações.

A relação de intimidade, destreza e empatia entre dois atores André e Miriam é para se destacar. Que atores! Ficaria horas os vendo atuar.

A nova dramaturgia negra que tem se apresentado em São Paulo foge dos estereótipos de violência, dureza e sofrimento. Os temas são sérios, mas tratados com muita leveza, humor e inteligência.

André Santos e Miriam Limma (Foto: João Caldas)

O espetáculo trata da convivência entre a avó e seu neto durante a epidemia da COVID. O neto, num ato de coragem, sequestra a avó de um asilo e a leva para um quilombo, onde os dois passam o tempo a conversar e recuperar a memória.

Se “cada cabeça é um quilombo”, como diz Abdias do Nascimento, “aquilombar-se é o movimento de buscar o quilombo, formar o quilombo, viver em quilombo, sonhar em quilombo, tornar-se quilombo”. Ou seja, aquilombar-se é o ato de assumir uma posição de resistência de uma atitude política e rebelde.

ORÍ é um termo Yorubá que significa: a mente, a cabeça, a inteligência, a alma orgânica, a essência real do ser, uma intuição espiritual e destino.

A memória não é só o armazenamento de informações e fatos obtidos, mas principalmente experiências ouvidas ou vividas. O exercício de resgata-la é um ato de coragem e de resistência.

Com a idade avançada da avó, que começa a perder a memória, o neto a estimula para que ela conte histórias, fábulas africanas e depoimentos sobre sua vida pessoal.

A música do espetáculo com temas africanos, complementa a bela atuação dos dois atores. Músicas que nos levam a imaginação do ambiente de um recolhimento acolhedor, religioso e que nos leva a pensar na ancestralidade africana.

A direção do espetáculo é do ator, dramaturgo Eduardo Silva, mas a produção, figurino, coreografia, som, iluminação é uma criação coletiva negra. Quando você assiste você reconhece e identifica nos detalhes o esforço do conjunto de pessoas em apresentar um espetáculo, que pela complexidade dos temas, consegue entregar um belo resultado.

Eu sempre reverencio o esforço de apresentar um espetáculo teatral, quando é levado por um grupo de profissionais negros me encho de alegria e orgulho. Não deve ter sido fácil montar essa peça de teatro. O número de pessoas envolvidas, a sintonia na escolha dos atores, a juventude de um novo autor. Tudo isso e ainda conseguir espaço na concorrida cidade de São Paulo.

Gostei de ver a pujança e a criatividade do Devo assistir outras vezes, para manter vivo os belos detalhes do texto que recorrem a clássicos da literatura oral africana.

Fico sempre imaginando se as pessoas de ouras cidades terão a chance de ver esse espetáculo. Fico na torcida para que muita gente tenha o mesmo prazer que tive em conhecer essa bela obra.

Serviço: 

Temporada Teatro Arthur Azevedo – Sala Multiuso

Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca

Até 29/10

Apresentações com interpretação em libras: dias 15 e 27/10.

Quintas, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h

Ingressos gratuitos – Retirada uma hora antes do início do espetáculo na bilheteria

Estacionamento no local (sujeito à lotação) 

Duração: 70 minutos

Classificação indicativa: 10 anos

Informações: atendimento@kavantan.com.br

Curta-metragem sobre Marielle Franco será exibido pela primeira vez no RJ, em festival de cinema gratuito

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Foto: Midia Ninja

“Não serei interrompida, vai ter que aturar mulher negra, trans, lésbica, ocupando a diversidade dos espaços”. A voz de Marielle Franco (Presente!) ecoa entre os oito minutos do curta, assinado por Liliane Mutti e Daniela Ramalho, que será exibido no dia 24 de outubro, às 18h, de graça, durante a Mostra FESTin Rio 2023, na Caixa Cultural. O filme, inédito no Rio de Janeiro, conta a emocionante história da viagem dos pais de Marielle Franco a Paris, no esforço de cobrar justiça pela morte da filha.

“Elle, Marielle Franco” é um filme-ensaio, um filme sonoro, narrado por áudios em primeira pessoa de Marielle, como o do trecho do seu discurso de posse como vereadora do Rio sobre não ser interrompida.

No curta, a voz de Marielle alterna com a voz de dor da sua mãe, Marinete, e de seu pai, Antônio. Seus pais foram a Paris, convidados para inauguração do jardim que leva o nome de sua filha, quando pediram justiça para a filha e seu motorista Anderson, brutalmente assassinados.

Elle (Foto: Daniel Zarvos)

“O Elle existe porque Marielle continua existindo em cada um de nós que fazemos do cinema nossa re-existência e lutamos por justiça, por cada vida interrompida pela violência. O filme carrega essa dor, especialmente a dor da família de Marielle. Por isso, optamos por um filme fundamentalmente de arquivo, que traz a Marielle criança, depois se formando na universidade com a bandeira do Brasil, a Marielle tomando posse como vereadora do Rio de Janeiro e discursando na Câmara, com a presença de Indianara e de mulheres trans da Casa Nem. A história dá a dimensão da violência dessa vida interrompida”, destacou Liliane Mutti.

“E ver seu Antonio e dona Marinete, pais de Marielle, narrando a dor da ausência da filha e a sua luta incansável por justiça me dá um nó no peito.Quanto de potência foi arrancada da sua família e de todos nós? São perguntas que ficam sem resposta e o filme tenta trazer a ferida desse silêncio”, afirmou a cineasta.

O Jardim Marielle Franco foi inaugurado por uma iniciativa da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a partir de uma demanda de associações brasilianistas como a RED.br (Rede Europeia pela Democracia no Brasil), a Mulheres da Resistência e a Autres Brésils.

“Elle” já percorreu diversos festivais e circuitos pelo países da Europa, e no Brasil, foi exibido apenas no Festival Rainbow, em Ceará, e DIGO – Festival da Diversidade Sexual, em Goiás.

Sobre a Mostra FESTin Rio 2023

O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) acontece pela primeira vez no Rio de Janeiro. Na programação, 26 títulos, quase todos inéditos na cidade, serão exibidos do dia 17 ao dia 29 de outubro, na Caixa Cultural. A programação conta com debates, oficinas, sessões voltadas para o público infantil e a “Mostra Os Diferentes Sotaques da Lusofonia”. A entrada é gratuita.

A programação completa pode ser conferida no site: festin-festival.com

Halle Bailey está grávida? Internet reage às novas fotos da cantora

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Fotos: Splash News.

A atriz e cantora Halle Bailey se tornou um dos assuntos mais comentados da internet nesta segunda-feira (16). Após rumores de gravidez, a estrela apareceu em Santa Mônica ao lado do namorado, o rapper DDG. As roupas folgadas de Halle levaram o público, nas redes sociais, a questionar mais uma vez a possível gravidez da estrela de ‘A Pequena Sereia’.

Os boatos de gravidez da artista de 23 anos surgiram em agosto, mas até o momento nenhuma confirmação foi feita pela artista ou por seus representantes. “Não é nem que ela tá grávid,a apenas é que o bebê vai nascer a qualquer momento”, declarou uma usuária. “Ela [Halle] quer enganar quem dizendo que não está grávida usando essas roupas????“, escreveu outro internauta.

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