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Harlem é renovada para terceira temporada no Prime Video

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Foto: Reprodução

Os fãs de Harlem já podem comemorar. O Prime Video anunciou ontem, 6, que a série estrelada por Meagan Good, Jerrie Johnson, Grace Byers e Shonique Shandai será renovada para a terceira temporada no streaming. A produção ainda não tem data de estreia prevista.

A notícia sobre a renovação da série, criada por Tracy Oliver que também atua como produtora executiva, chega após o sucesso do lançamento da segunda temporada que teve sua estreia em fevereiro deste ano.

Harlem é ambientada em Nova Iorque e o roteiro é centrado na amizade de quatro mulheres negras, Camille (Meagan Good), Tye (Jerrie Johnson), Quinn (Grace Byers) e Angie (Shonique Shandai), que compartilham suas histórias, dramas, relacionamentos, sonhos e carreiras. A série é uma produção conjunta entre Universal Television e Amazon Studios.

“O ‘Harlem’ continua a contar histórias escandalosamente hilárias através da perspectiva desses personagens exclusivamente especiais. Os fãs podem esperar mais risadas, humor e comentários culturais da mente brilhante de Tracy Oliver e do elenco incrível, Meagan, Grace, Jerrie e Shoniqua.”, afirmou Vernon Sanders, chefe de televisão do Amazon MGM Studios, ao comentar a renovação da terceira temporada.

Nas redes sociais, a atriz, Meagan Good celebrou a renovação da terceira temporada de Harlem publicando um vídeo com cenas das quatro personagens e com a frase: “As rainhas do Harlem estão voltando para sua tela”, na legenda.

Beyoncé celebra o sucesso de “Renaissance – A Film By Beyoncé”: “Emocionada e encorajada pelas críticas incríveis”

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Foto: Reprodução

Na noite de quinta-feira, Beyoncé emocionou seus fãs ao compartilhar um vídeo tocante em suas redes sociais, comemorando a estreia mundial do “Renaissance – A Film By Beyoncé”. O documentário oferece uma visão íntima e exclusiva dos bastidores da prestigiada Renaissance World Tour. Na publicação, Beyoncé trouxe imagens da première, além de celebrar as críticas positivas que o filme vem recebendo.

A obra cinematográfica dirigida pela diva conquistou o primeiro lugar nas bilheterias dos Estados Unidos, marcando um feito notável para um documentário que retrata os bastidores de uma turnê tão monumental. Além disso, a produção está sendo aclamada pela crítica, atingindo uma nota de 100% no Rotten Tomatoes, o conhecido agregador de críticas cinematográficas.

Beyoncé agradeceu à equipe e à AMC, responsável pela distribuição do filme, apoiando o árduo trabalho e dedicação na realização do projeto. “Em uma legenda emocionante no Instagram, ela dedica seus sentimentos sobre a produção do filme, descrevendo a intensidade do trabalho realizado em um curto período. “Eu praticamente dormi durante as sessões de edição, correção de cores e mixagem”, revelou o artista.”Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz por causa do curto tempo de volta. Eu praticamente dormi nas sessões de edição, cor e mistura. A corrida contra o tempo continuou a fim de tirar este filme tão rapidamente. Mas valeu tanto a pena todo o trabalho”, disse.

Ela também apresentou sua admiração pela resposta positiva do público e agradeceu pelo apoio dos fãs. “Estou impressionada com a manifestação de amor da minha Colmeia. E UAU! Estou tão emocionada e encorajada pelas críticas incríveis!!! Adoro ver toda a gente vestida com as suas lewks mais opulentas nos cinemas. Os desafios mudos ainda acontecem, mesmo no teatro!! Vocês estão a dar cabo de mim. Por favor, mantenha essa energia a funcionar. Mal posso esperar para ver o que mais vocês fazem”.

Além disso, o artista destacou a importância de lançar o filme no Dia Mundial da AIDS, em memória de seu tio Johnny, que faleceu em decorrência da doença, ressaltando a relevância emocional por trás dessa escolha. “Rezo para que continue a fazer algo que vos levante a todos da forma como começar a levantar-me”, expressou ela.

Beyoncé também também falou sobre a resposta positiva das pessoas que não acompanhavam seu trabalham ou que só agora conheceram sua história: ‘Também adoro ver as tacadas positivas de pessoas que não eram meus fãs ou ainda não conheciam a minha história. As pessoas que não tinham interesse em ver os meus shows que agora ganharam uma compreensão e respeito mais profunda por tudo o que é preciso para ser uma mulher RENAISSANCE”, destacou.

A estrela da música finalizou a legenda agradecendo aos fãs pelo apoio incondicional que impulsionou o filme ao topo das bilheterias: “Humbilmente agradeço-lhe. ‘Nós conseguimos’. Temos o filme #1 no país! E um 💯 no Rotten Tomatoes 🍅🥹 E é graças a você e ao seu apoio!”

‘Vidas Descartáveis’: documentário inédito na GloboNews retrata a escravidão moderna

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Foto: Globo/ Divulgação

Desde 1995, mais de 60 mil trabalhadores brasileiros foram resgatados de situações de trabalho análogo à escravidão. Estima-se que ainda existam cerca de 370 mil trabalhadores submetidos a tais práticas no Brasil, último país a abolir a escravidão no continente. O documentário ‘Vidas Descartáveis’, que será exibido pela primeira vez na GloboNews no próximo sábado, dia 9, às 23h, se debruça sobre duas delas: a escravidão moderna em áreas rurais e a exploração de mão de obra imigrante na indústria têxtil da maior cidade do país.   

Dirigido pelos cineastas Alexandre Valenti e Alberto Graça, o longa é uma espécie de road-movie e percorre do Norte do Brasil à selva urbana de São Paulo, passando por Brasília, para mostrar essa triste realidade. Produzido pela MPC Filmes em parceria com a Globo Filmes e a GloboNews, ‘Vidas Descartáveis’ registra os desdobramentos da escravidão escutando diversas partes envolvidas no processo.

“Colocamos a câmera na frente da humanidade desses explorados, em primeiro plano porque tudo está nos olhos deles e sua dignidade nos atinge apesar do horror vivido. Também buscamos acompanhar o trabalho de homens e mulheres que lutam para quebrar as cadeias da impunidade e trazer justiça a essas pessoas que tiveram suas vidas tidas como descartáveis”, contam os diretores.  

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o trabalho escravo moderno gere, no mundo, uma receita anual de US$ 150 bilhões aos seus exploradores, chegando a ser três vezes mais rentável do que no período do tráfico legal.  

Ypê é acusada de racismo após campanha com escultura de mão negra; marca diz que remete ao Mãozinha da Família Addams

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Foto: Reprodução/Leitor Bahia Notícias

A marca de produtos de limpeza Ypê, gerou polêmica ao instalar escultura de uma mão negra segurando um limpador multiuso na Avenida Oceânica, área nobre de Salvador (BA), como peça promocional. Após a marca ser acusada de racismo, a Prefeitura de Salvador retirou a peça, nesta terça-feira (5).

Em nota enviada ao jornal Metro1, a empresa Química Amparo, dona da Ypê, disse que “repudia qualquer tipo de manifestação preconceituosa e racista”. Além disso, também afirmou que a escultura remete ao “icônico personagem norte-americano Mãozinha, de ‘A Família Addams‘, baseado no filme dos anos 90″, lançado em outubro nos comerciais da marca. E completou: “A ativação itinerante faz parte da ação de comunicação que contemplava além da escultura do personagem, totem eletrônico com pôster da campanha e ambientação em abrigo de ônibus. A exposição também passou por São Paulo e Campinas e já foi encerrada”.

A repercussão negativa veio a tona nas redes sociais, quando a professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Bárbara Carine, se manifestou contra a escultura, que segundo ela, é um “estereótipo escravagista de manutenção de pessoas negras em espaços subalternizados socialmente”. Em vídeo, a escritora ainda afirmou que por se tratar de uma área nobre, “obviamente não ia ser a mão da dondoca branca” para segurar o produto.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da capital baiana foi responsável pela remoção da escultura e afirmou em nota que repudia estereótipos racistas e trabalham “sempre pelo combate à discriminação e pela construção de políticas públicas externas para a igualdade racial”. Já a secretária municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, celebrou a remoção nas nas redes sociais. “Racistas em Salvador não passarão!!! Removida”, escreveu.

“Justiceiros” brancos arquitetam “limpeza de Copacabana” e a gente já sabe no que vai dar

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Fotos: Reprodução

Fazer parte de um grupo minoritário e viver no Brasil tem ficado cada dia mais perigoso. A nova, é que depois de uma onda de assaltos em Copacabana, região nobre do Rio de Janeiro, um grupo de moradores, quase todos brancos, decidiram formar um grupo de “justiceiros”. O objetivo é caçar suspeitos de assaltos na região. Nós, que somos negros, já sabemos no que vai dar. Eu conto ou vocês contam?

A ideia presente no conceito do racismo institucional é a de que as instituições são racistas, porque a sociedade é estruturalmente racista. Em resumo, as instituições refletem a sociedade. Deste modo, podemos pensar no judiciário e nas forças de segurança como instituições impregnadas de indivíduos moldados pelas forças de uma sociedade fundamentalmente racista.

O que quero dizer é que qualquer formação de instituição por membros de uma sociedade estruturalmente racista vai dar em mais reprodução de racismo. Neste caso, falamos da instituição do linchamento, do justiçamento que, alias, é ilegal. O nome disso é grupo paramilitar, ou milícia. A branquitude acrítica, aquela que negligencia o racismo, tende a se orientar por repelir e punir o diferente. Afinal, Narciso acha feio o que não é espelho. Qualquer pessoa negra, principalmente homens negros, que vá caminhar por Copacabana será entendida como uma possível suspeita.

Vale muito lembrar o caso de Matheus Ribeiro, o jovem que foi acusado de roubar a própria bicicleta elétrica por um casal de pessoas brancas. Por um acaso, Mateus é negro. Por “coincidência” este “equívoco” aconteceu em um bairro da zona sul do Rio, o Leblon. Infelizmente, Quando se é negro, inverte-se a ordem do processo penal. Aqui, você é culpado até que você mesmo prove o contrário.

Um outro ponto que devemos levar em consideração é que as pessoas tendem a generalizar pessoas negras. Se uma pessoa negra se envolve em um assalto como autor, para os brancos todo negro será um potencial assaltante. Somando isso ao sentimento punitivista racista do brasilieiro médio, teremos algo parecido com o período dos linchamentos no sul dos EUA durante a segregação racial. Obviamente, esta ação criminosa ganhou apoio e diversos adeptos. Pessoas que sabem que, por serem brancas, estão fora do estereótipo procurando pelos milicianos.

Aliás, devemos nos atentar às formas de se falar em raça sem mencionar a raça. Quando se fala em “cidadão de bem” e “suspeitos/bandidos” há uma dictomia entre negro/branco, assim como “asfalto/ favela”. Uma dicotomia que se materializa nos dados estatísticos como, por exemplo, na maior parte da população carceraria ser formada por negros. Materializa-se no número expressivo de vítimas negras da violência policial. Estas estatísticas são resultado de um processo histórico que construiu os negros como inimigos do bem estar dos brancos.

Parece clichê, mas, provavelmente, estamos diante de mais um caso de pele alva caçando pele alvo. O cenário não é nada bom. Se a polícia militar, que é uma das forças de segurança legalizada, comete diversos erros contra nosso povo, imagine do que serão capazes os grupos militares que agem à margem da lei. 

Gag City: Viral nas redes sociais, fãs de Nicki Minaj criam cidade fictícia em IA para celebrar o novo álbum da rapper

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Uma trend viral criada pelos fãs de Nicki Minaj chamou atenção da internet nesta quarta-feira (6). Os chamados barbz produziram uma cidade fictícia em IA chamada de ‘Gag City’ para celebrar o lançamento do aguardado disco ‘Pink Friday 2’, que será lançado nesta sexta-feira, 8 de dezembro. “Esse álbum vai ser a melhor coisa que vai sair em 2023 e vai estabelecer bases completamente novas e inatingíveis”, publicou Nicki, sem modéstia, nas redes sociais.

No Twitter /X, a novidade foi parar entre os assuntos mais comentados da rede social, com pessoas criando diversos avatares inseridos em locais temáticos totalmente rosas e com referências aos projetos de Minaj. Para a Vogue, a rapper declarou que em seu novo disco, vai voltar aos tempos do trabalho que a alçou à fama, o ‘Pink Friday’, lançado em 2010.

“Para este álbum, voltei ao antigo plano de jogo. Estou lutando pelas garotas que nunca pensaram que poderiam vencer”, diz ela. “A ideia de que dizer algo assim poderia dar esperança às pessoas – essa perspectiva otimista é algo de que acho que me afastei”.

Casada há 19 anos, Sheryl Lee Ralph mantém relacionamento à distância com o marido: “nos vemos a cada duas semanas”

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Foto: Michael Kovac / The Hollywood Reporter.

Em nova entrevista para o site Entertainment Tonight, Sheryl Lee Ralph revelou que mantém um relacionamento à distância com o marido Vicent Hughes, que é senador estadual da Pensilvânia. “Somos casados há 19 anos, mas estamos juntos há 21. Meu marido, como senador, está sempre em sua capital [Harrisburg, Pensilvânia], então não sei que mágica as pessoas pensam que vamos fazer”, disse Sheryl se referindo aos questionamentos que surgiram nas redes sociais sobre seu relacionamento.

A atriz vencedora do Emmy contou que as pessoas sempre se surpreendem quando ela conta um pouco mais sobre seu casamento duradouro. “Nos vemos em média a cada duas semanas. E todo mundo que questiona isso eu digo: ‘adivinha? Ainda somos casados!'” A dupla se casou em 2004.

“Em primeiro lugar, 20 anos, para manter esse casamento, vocês têm que ficar juntos algum tempo”, disse Sheryl. “Vincent não pode deixar o estado da mesma forma que eu posso deixar o meu estado. Na verdade, em 20 anos que estamos juntos, vou dizer que meu marido talvez tenha me visitado na Califórnia, talvez, 25 vezes. Eu estou na Filadélfia a cada duas semanas”, conta ela.

Em 2022, Ralph conquistou um Emmy como melhor atriz coadjuvante em série de comédia por sua atuação brilhante em “Abbott Elementary”, tornando-se apenas a segunda mulher negra a alcançar esse feito na categoria. Sua trajetória de sucesso inclui também a marcante participação no aclamado programa “Moesha” de 1996 a 2001. Originária dos palcos da Broadway, a atriz recebeu uma indicação ao Tony Award por seu papel como Deena Jones em “Dreamgirls” de 1981.

Em novo processo, Diddy é acusado por ‘estupro coletivo’ de jovem de 17 anos ; rapper nega alegações

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Foto: Reprodução.

[ALERTA DE GATILHO]

Um novo processo aberto nesta quarta-feira (6) e divulgado pela revista Rolling Stone, revelou que Diddy, seu agente Harve Pierre e um terceiro homem não identificado supostamente “estupraram coletivamente” uma garota de 17 anos dentro de um estúdio de gravação, na cidade Manhattan, Nova York, em 2003. A acusação relata que a ação aconteceu depois que a jovem foi traficada através das fronteiras estaduais portando “grandes quantidades de drogas e álcool”.

Essa é a quarta mulher a acusar Diddy de agressão sexual ao longo das últimas três semanas. A nova denúncia de 14 páginas alega que a adolescente foi alimentada com uma grande quantidade de intoxicantes enquanto Diddy, Pierre e o terceiro homem batiam nela “incessantemente” e apalpavam seu corpo. O arquivo do processo, obtido pela Rolling Stone, apresenta várias fotos supostamente tiradas dentro do estúdio, local onde ocorreu a ação, incluindo uma imagem onde a adolescente está sentado no colo do rapper. 

Diddy. Foto: Reprodução.

O processo, que inclui um “aviso de gatilho” em letras vermelhas brilhantes na capa, alega que a adolescente estava perdendo e recuperando a consciência diversas vezes enquanto os homens realizam o estupro coletivo. O documento acusa ainda Diddy de praticar intensas “operações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.

O advogado Douglas H. Wigdor entrou com o novo processo em nome da adolescente. Ele alega que Diddy, Pierre e o terceiro réu não identificado “atacaram uma adolescente vulnerável do ensino médio como parte de um esquema de tráfico sexual que envolvia fornecê-la com álcool e transportá-la em um jato particular para a cidade de Nova York“. O advogado relata ainda que “a depravação desses atos abomináveis ​​deixou, não surpreendentemente, cicatrizes na jovem para o resto da vida”. 

Nas redes sociais, Diddy se manifestou, negando todas as acusações. “Ao longo das últimas semanas, fiquei em silêncio enquanto assisti pessoas tentando assassinar minha imagem, destruir minha reputação e meu legado”, declarou o rapper. “Alegações doentias foram feitas contra mim por indivíduos que estão buscando por dinheiro fácil. Deixe me, dizer: Eu não fiz nenhuma dessas coisas horríveis que foram alegadas. Eu vou lutar pelo meu nome, minha família e pela verdade”.

Elza Soares, Mãe Sylvia de Oxalá e Milton Santos estão entre as personalidades negras que serão homenageadas com esculturas em São Paulo

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Foto: Denise Ricardo

A Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo revelou os resultados da consulta pública que define os nomes das personalidades negras que serão homenageadas com novas esculturas permanentes na cidade. A votação que aconteceu entre os dias 10 e 25 de novembro, permitia ao público escolher três nomes entre catorze indicados, utilizando a plataforma Participe+.

Os selecionados pela população para receberem uma homenagem são: a Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá, a cantora Elza Soares, Chaguinhas (cabo condenado à morte que inspirou o nome do bairro da Liberdade), a filósofa e escritora Lélia González e o geógrafo Milton Santos. Além desses, outros nomes fizeram parte da votação, como Abdias do Nascimento, Grande Otelo, Mussum, Dandara, Ruth de Souza, Tereza de Benguela, Laudelina de Campos Melo, Iracema de Almeida e os irmãos Rebouças.

A Secretária de Cultura, Aline Torres, destacou a relevância dessa ação, ressaltando que do acervo de 390 esculturas públicas da cidade, apenas cinco prestaram homenagem às pessoas negras. “Entre 2021 e 2022, inauguramos mais cinco estátuas e, com esta consulta, estamos muito felizes porque pudemos escolher outras cinco homenagens a personalidades que as pessoas se identificam”, completa. “Portanto, passaremos de cinco para 15 esculturas”.

Nos últimos dois anos, a Secretaria Municipal de Cultura já inaugurou cinco novas estátuas que homenageiam personalidades negras de destaque, como o atleta olímpico Adhemar Ferreira da Silva, a escritora Carolina Maria de Jesus, a sambista e precursora do carnaval paulistano Deolinda Madre (Madrinha Eunice), além do icônico baluarte do samba paulista Geraldo Filme e o ícone da música Itamar Assumpção.

Vanessa Rocha e Danilo Parah: dois chefs cariocas em ascensão com receitas que exaltam brasilidades e ancestralidade

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Fotos: Divulgação

Texto: Bruno Calixto 

Há muito mais em comum entre os chefs cariocas Vanessa Rocha e Danilo Parah do que o CEP onde eles cozinham: a ensolarada Ipanema, na zona Sul do Rio. Tem a ver com arte, inteligência, ancestralidade e compromisso com a essência do Brasil. 

Vanessa Rocha é dona de um sorriso generoso, um talento irretocável para elaborar pratos com receitas brasileiras e da cozinha do Maria e o Boi, que completou dez anos. É dela o menu 100% Brasil da casa em Ipanema, habilidade que herdou dos dois avôs: um cozinheiro de mão cheia de comida de terreiro e o outro pescador. Trajetória similar a do chef – de sorriso igualmente largo e talento ímpar -, Danilo Parah, chef do Rudä, também de Ipanema, a revelação do ano pelo Jornal O Globo e pela revista Veja Rio.

Mas não é apenas o CEP cobiçado que une estes dois cozinheiros de mão cheia. Vanessa e Danilo são suburbanos, crias da zona Oeste carioca, que carregam em suas elaborações ancestralidade e afrofuturismo, contribuindo com o legado da culinária preta e trilhando um novo horizonte na gastronomia brasileira.

Vanessa Rocha (Foto: Divulgação)

Vanessa é nascida e criada em Pedra de Guaratiba. O avô por parte de mãe era descendente de indígena e pescador, “de uma cultura Caiçara de pesca, de fogo a lenha, de ter galinha e galo no quintal, a gente pegava ali os ovos.”

Por parte de pai veio a herança afro-brasileira, ele era pai de santo famoso, de Campo Grande, “de onde vem a minha ancestralidade, que reúne sabores riquíssimos, a maioria incorporada à culinária brasileira. Assunto que a chef domina.

O Maria foi Bib Gourmand do Guia Michelin em 2020 e pertence ao grupo Pabu, dos chefs Erik Nako, Luiz (Petit) Santos e Cristiano Lanna, além do restaurateur André Korenblum. Vanessa estreou por ali um menu que vai de cordeiro com barbecue de caju ou com aipim, cebola, couve frita, azeitonas, alho assado e muito azeite. Ainda seguindo viagem Brasil afora, a chef cruza o Cerrado para servir releitura do macarrão de comitiva sul-matogrossense (R$ 65), com rabada, linguiça toscana defumada e pimenta de cheiro para trazer aquela acidez que o paladar merece. Outra novidade – essa vem dando o que falar – é o Pirarucu de Santarém (R$ 76), escoltado por vinagrete de feijão manteiguinha que vem do Pará.

Nos bastidores, Vanessa é chamda de “Mamuska”, apelido carinhoso que remete àquela bonequinha de origem russa que abriga uma boneca menor, outra, e outra, e outra… Por trás do brinquedo  tem um significado muito bonito. As grandes cuidam das pequenas, como em uma família. Uma vocação para poucos que ousam em, por meio do seu trabalho, tornar a vida das pessoas mais feliz. 

Danilo Parah (Foto: Divulgação)

Gastronomia social e familiar no DNA

Danilo Parah vem de Campo Grande, onde via a mãe e a avó cozinharem “divivinamente bem”. Deu no que deu. Ex-aluno da ONG Gastromotiva, rodou o mundo e cozinhas estreladas e hoje é um dos chefs mais festejados, expoente da nova cozinha brasileira contemporânea. Entenda por isso reunir, mesclar e fuçar o que há de melhor na culinária genuinamente nacional. Não à toa, lidera uma das empreitadas do Grupo Trëma, que mantém ainda o Mäska (também sob a liderança dele), Ízär, e Mimolette. “Tudo foi criado com o intuito de extrair do produto o máximo de sabor que ele pode entregar”, diz o chef.

Ele já atuou ao lado de Claude Troisgros e Mauro Colagreco, no Sul da França, e onde herdou a técnica francesa. Mas apenas isso, de resto, tudo em seu trabalho é brasileiro. Faz chouriço e atum curados na brasa, polvo com jambu, cogumelos grelhados com purê de abóbora e – para delírio de todos – sobrecoxa de frango prensada e laqueado com barbecue de goiaba, concassé de quiabo, purê de batata cremoso e roti de limão. Traduzindo, o bom e velho frango com quiabo. 

“O bom tá na simplicidade”, diz. “Cuidar de cada detalhe para que o todo fique em harmonia. Escolher o produto, pensar no ingrediente, escolher louça, tudo que compõem esse universo de montar o menu é uma pequena fração do todo. são muitas mãos, são várias pessoas pensando em cada detalhe… é muita deliberação, muita conversa sobre os pratos e muitos testes antes de chegar no resultado final. o coletivo é o que importa.” O segredo do chef? “Tá na pimentinha!”

Em suma, Vanessa e Danilo estão a serviço da experiência afetiva. Impossível não perceber os sinais. Ambos trazem a memória, suas origens. Coisas da mãe, dos avós, dos negros…

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