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Funcionários que acusaram a porta-bandeira Vilma Nascimento de furto em uma loja no aeroporto de Brasília foram demitidos

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Foto: Reprodução/Instagram

Os funcionários que acusaram a porta-bandeira Vilma Nascimento de furto em uma loja no aeroporto de Brasília foram demitidos após uma apuração interna, segundo nota emitida pela Dufry Brasil. O vídeo que mostra a baluarte da Escola de Samba Portela sendo abordada pela funcionária enquanto retira os pertences da bolsa circulou nas redes sociais após denúncia de Daniella Nascimento, filha de dona Vilma.

A nota divulgada pela loja afirma que após a conclusão de uma averiguação interna demitiu os colaboradores “por quebra dos protocolos da empresa” e que “A diretoria da Dufry esteve com dona Vilma Nascimento e sua filha Danielle para se desculpar pessoalmente pelo constrangimento a que foram submetidas na loja da empresa”.

O caso aconteceu no dia 21 de novembro. Dona Vilma Nascimento e a filha, Daniella Nascimento, estavam no aeroporto de Brasília para pegar o voo de volta para o Rio de Janeiro depois de terem participado de uma cerimônia realizada no Congresso Nacional que homenageou a mulher de 85 anos por seu impacto cultural. As duas entraram na loja para que Danielle comprasse chocolates para levar para o filho e o marido, na hora de sair do local, foram abordadas por uma fiscal da loja. “Comprei os chocolates, paguei e quando estávamos passando novamente pela porta da loja a fiscal Daniela me abordou dizendo que eu peguei produto da loja sem pagar e pediu para acompanhá-la. No meio do caminho ela recebeu informação pelo rádio de que era para revistar a bolsa da minha mãe”, denunciou a filha nas redes sociais.

“Minha mãe ficou surpresa, revoltada e envergonhada pq a revista ainda foi no meio da loja na frente de clientes e outras pessoas. Foi muito constrangedor. Revoltante. Eu fazia perguntas, a fiscal não respondia, pedia para chamar a polícia, polícia não apareceu. Tivemos que ir embora para não perder o nosso embarque, que quase perdermos… corri chorando até o portão 43 da Latam na frente da minha mãe que foi em seguida, devagar por que além de 85 anos de idade, ainda tinha levado um tombo nas vésperas da viagem”, continuou ela.

“Foi um absurdo. Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor”, afirmou Daniella. O vídeo que mostra a abordagem foi amplamente compartilhado.

Na época, a loja emitiu uma nota se desculpando e afirmando que havia afastado os funcionários envolvidos enquanto faria uma apuração interna e classificou o ocorrido como uma “falha nos procedimentos”.

Estudo do IFood, em Salvador, mostra que mulheres negras são mais da metade dos donos de restaurantes da plataforma

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Foto: Arquivo pessoal

O primeiro balanço divulgado pelo programa ‘iFood Acredita’, realizado em Salvador e que visa acelerar o empreendedorismo negro na plataforma,  identificaram por meio do programa que 70% dos empreendedores participantes são mulheres. 

O programa piloto, liberado para restaurantes cadastrados na plataforma e também para aqueles que ainda não utilizam o app como recurso, também constatou que as usuárias possuem idades entre 25 e 44 anos.

O estudo também mostrou que 70% dos empreendedores estão liderando seu próprio negócio pela primeira vez, além de apontar que  78% deles trabalham sozinhos. 

Ao identificar o perfil dos empreendedores inscritos no programa e suas principais dificuldades, a equipe de Equidade do iFood tem reunido esforços para viabilizar melhorias no processo de trabalho deles.

“Estamos muito felizes porque já temos indícios e condições de seguir em “mergulho profundo” nesses próximos meses, entendendo os motivos pelos quais alguns empreendedores, após entrarem no programa, decolam alto, enquanto outros, mesmo com incentivos, não avançam em resultados”, explicou Angel Vasconcelos, diretora de equidade do iFood.

Ainda durante o programa, 83% dos participantes acionaram a consultoria de performance e quase 400 certificados foram emitidos no iFood Decola, para os participantes do programa. 

Nosso objetivo é potencializar os negócios de empreendedores negros, propondo mais visibilidade dentro do aplicativo. Para aprimorar o desempenho na plataforma, oferecemos consultoria de performance, além de treinamentos de gestão e operação pelo iFood Decola, plataforma de educação gratuita do iFood voltada para parceiros”, explica Angel.

A executiva acrescentou que uma linha de crédito facilitada foi disponibilizada para os empreendedores. Através dela, eles conseguem financiamento com tarifas reduzidas como uma forma de apoiar financeiramente seus negócios. 

Necessidade de recorte de gênero 

Em junho deste ano, uma pesquisa divulgada pelo Sebrae com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que mais de 10 milhões de mulheres no Brasil são donas do próprio negócio, e a maioria delas começou a empreender por necessidade.

As maiores responsáveis pelo cuidado, as mulheres podem encontrar no trabalho com alimento, uma forma de equilibrar o trabalho doméstico, que inclui gerir a casa e a vida dos filhos, com o empreendedorismo no ramo alimentício. 

Além disso, são as empreendedoras mulheres que mais investem em educação, de acordo com pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mostrou que mulheres empreendedoras estudam 16% mais que os homens. Com aumento da renda, elas também investem mais na educação dos filhos, o que pode gerar resultados positivos de longo prazo. 

Esse recorte se torna fundamental para entendermos as demandas sociais e, a partir de iniciativas, como a do ‘iFood Acredita’, desenvolver soluções que possam alavancar seus negócios e melhorar a renda delas e, consequentemente,  a de todos os empreendedores.

Lenny Kravitz diz que não se sente reconhecido pela comunidade negra

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Foto: Divulgação

Em uma entrevista recente, Lenny Kravitz compartilhou insights sobre sua relação com os meios de entretenimento afro-americanos, destacando sua notável influência na cena musical ao longo das décadas. Apesar de uma carreira repleta de sucessos, o músico revelou surpreendentemente que nunca foi convidado para eventos significativos, como os da BET ou Source Awards, levantando questionamentos sobre o reconhecimento de suas conquistas.

Kravitz expressou sua surpresa diante da ausência de celebração por parte dessas publicações e organizações, mesmo tendo recebido cobertura da BET anteriormente. Suas palavras sugerem uma frustração específica relacionada a premiações, enquanto ele se mantém descompromissado com esses reconhecimentos, priorizando a experiência musical em vez de honrarias.

Lenny Kravitz (Foto: Reprodução/Instagram)

Nascido em 26 de maio de 1964 em Nova York, Lenny Kravitz é filho do produtor de televisão Sy Kravitz e da atriz Roxie Roker. Sua ascendência diversificada – com raízes judaicas russas por parte de pai e afro-americanas e bahamenses por parte de mãe – influenciou profundamente sua identidade artística. Com uma carreira multifacetada que inclui não apenas música, mas também atuação e design de moda, Kravitz continua a deixar sua marca no cenário cultural global.

Lenny Kravitz, a mãe Roxie Roker e o pai Sy Kravitz (Foto: Reprodução)

Ao longo de uma carreira estelar, Lenny Kravitz conquistou as paradas com uma série de hits inesquecíveis que ecoam seu talento versátil. Canções como “Are You Gonna Go My Way“, “Fly Away“, e “American Woman” solidificaram seu lugar na cena musical internacional. O álbum “Mama Said” trouxe o sucesso “It Ain’t Over ‘til It’s Over“, enquanto “Again” e “Dig In” destacaram sua habilidade de criar músicas atemporais que atravessam gerações. Com uma mistura única de rock, funk e soul, Kravitz continuou a cativar audiências em todo o mundo, deixando uma marca indelével na história da música contemporânea. O lançamento antecipado de seu próximo álbum, “Blue Electric Light“, promete adicionar mais um capítulo à lista de sucessos memoráveis do artista.

Em novo filme dramático, Teyana Taylor é aclamada por interpretar uma mãe que sequestra o próprio filho de um orfanato

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Foto: Divulgação.

Em meados de 2020, Teyana Taylor anunciou a aposentadoria do mundo da música. Certa de que outras portas iriam se abrir, a estrela embarcou numa verdadeira jornada cinematográfica.  “Quando uma porta se fecha, outra se abre”, disse ela à época. Hoje, Taylor celebra a enorme aclamação que está recebendo pelo seu papel principal no filme “A Thousand and One“.

O longa, que estreou em março nos Estados Unidos, acompanha a dramática história de Inez de La Paz (Teyana), que acabou de sair da prisão. Enquanto tenta colocar seu negócio como cabeleireira para funcionar, ela toma a desesperada e ousada decisão de “sequestrar” seu filho de seis anos de um lar adotivo. Com consequências perigosas, Inez acredita que ele estará melhor sob seus cuidados, não os da cidade de Nova York. No Brasil, o longa pode ser visto em plataformas de streaming, como Apple TV e Amazon Prime, através de aluguel.

Foto: Aaron Ricketts/Focus Features.

A atuação de Teyana foi amplamente aclamada pela crítica, vencendo inclusive, o grande prêmio do júri no Festival de Cinema de Sundance 2023. Agora, ela aparece como um dos principais nomes nessa temporada de premiações. “Quando me aposentei e fiz essa caminhada de fé, estava recebendo muitos nãos. Meses depois, recebi esta ligação. Eles sabiam que eu era do Harlem, mas não sabiam se eu tinha talento para atuar“, contou Teyana para a NME. “Quando chegou à minha mesa, eu sabia que estava lutando por isso. O roteiro representava muitas das mulheres da minha vida, [incluindo] minha mãe era solteira. O Harlem não foi apenas uma grande parte disso, mas também representou a resiliência que vi em mim mesma. Eu queria estar nesta história de amor. Eu sabia que era isso. Eu provavelmente teria recusado esse papel se ainda estivesse cantando.”

Teyana relata ainda que o filme deve ser visto como um lembrete de celebração das lutas de mulheres negras. “Aconselho as pessoas a valorizarem mais as mulheres negras. Que divulguem as coisas pelas quais as mães e as mulheres, em geral, passam – especialmente as mulheres negras, que são as menos protegidas vistas e ouvidas. Além disso, precisamos sentir que não há problema em não nos sentirmos fortes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Somos mulheres fortes, mas 90% disso não é por escolha“, pontua ela.

Zendaya estará na CCXP23 no domingo, 3, para divulgar “Duna: Parte 2”

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Foto: Reprodução

A atriz norte-americana Zendaya virá ao Brasil neste final de semana para participar da Comic Con Experience (CCXP23), em São Paulo, que acontece de 30 de novembro até 3 de dezembro. Ela virá acompanhada de Timothée Chalamet para falar com o público sobre o filme “Duna: Parte 2”, protagonizado pela dupla.

Os protagonistas estarão ao lado de Austin Butler, Florence Pugh e do diretor Denis Villeneuve, para compartilhar detalhes sobre a produção e oferecer ao público uma prévia do filme que deve estrear no dia 1 de março de 2024, antes do esperado.

A notícia liberada sobre a antecipação da data de lançamento de “Duna: Parte 2”, que anteriormente aconteceria no dia 15 de março, foi dada após o término da greve em Hollywood, conforme relatado recentemente pela revista Variety.

“Duna: Parte 2” representa a continuação aguardada da adaptação da série de ficção científica de Frank Herbert, composta por seis volumes. O primeiro filme, estrelado por Timothée Chalamet e Zendaya, estreou em 2021, cativando audiências e angariando periodicidade em uma dezena de categorias no Oscar. A produção consagrou-se com seis estatuetas nas categorias de Trilha Sonora Original, Montagem, Efeitos Visuais, Fotografia, Som e Design de Produção.

Inspirações de penteados afros para usar nas festas de fim de ano

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Foto: Theo Wargo/Getty Images

Se você ainda não decidiu qual penteado fazer para celebrar as festividades de Natal e Ano Novo, aproveite que ainda é início de dezembro para escolher e agendar o atendimento com a sua trancista ou cabeleira – período mais concorrido entre os clientes. 

São diversas tendências que estão bombando entre a comunidade negra, desde dreads, tranças, cortes a coloração, para homens e mulheres se inspirarem. Confira a seleção feita pelo Mundo Negro para arrasar, especialmente nas festas:

Coloração platinada

Nesta semana, Beyoncé agitou as redes sociais ao surgir arrasando com o cabelo platinado. Apesar de levantar polêmicas sobre tons de pele, diversas pessoas famosas já aderiram a esse estilo. Com black power ou curto, a atriz Cynthia Erivo, já mostrou que o tom de cabelo não só combina com a pele negra, mas também combina com o cabelo crespo. Lindíssima! 

Foto: Getty Images

Dreads finos para o lado

Sendo dreads removíveis ou de agulha, o estilo nunca sai de moda. O ator Ícaro Silva, referência de moda masculina no Brasil, já usa os dreads finos há algum tempo, e ainda exibe diferentes penteados possíveis para usar em festas, como o simples gesto de colocar o cabelo apenas para um lado. Fica um arraso! 

Foto: Iude Richele

Trança Twist

Escolher o tipo de trança para uma ocasião especial pode ser um dilema para mulheres negras, então, desta vez vamos recomendar o estilo twist. Muito boa pra quem está passando por transição capilar e precisa lidar com as várias texturas dos fios. O tempo de aplicação recomendada é de 2 meses, é possível explorar diversas cores e tamanhos, como esse longo e ruivo usado pela cantora Marvvila, uma das maiores referências de cabelos afros no Brasil, que está sempre diversificando as tranças. Maravilhosa! 

Foto: Reprodução/Instagram

Corte riscado

O corte riscado na lateral é um grande sucesso entre homens e mulheres negras. Simples e prático, diversos famosos e influenciadores mantêm esse estilo que combina para qualquer tipo ocasião, não apenas para festas. O ator John Boyega, por exemplo, quando adere ao corte riscado continua super elegante! 

Foto: Jeff Spicer/ Getty Images

Evento gratuito homenageia Clementina de Jesus com inauguração de grafite e roda de samba em SP

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Foto: Lewy Moraes/Folhapress

Neste Dia Nacional do Samba, 2 de dezembro, um evento gratuito homenageia a grande Clementina de Jesus. A partir das 16h, “Rainha Ginga: 60 anos de glórias” iniciará a programação na Praça Angel Ramires (Bar Pequena Glória), na Vila Mariana, capital paulista, com a inauguração de um grafite com a temática da cantora. A obra vai ocupar um muro de mais de cem metros quadrados, e é assinada por Mateus Bailon e Carolina Murayam.

Em seguida, tem início, também na praça, a projeção do documentário “Clementina“. O filme, elogiado pela crítica, traz depoimentos de Alcione, Nelson Sargento, Hermínio Bello de Carvalho e Ney Lopes. Em 2018 a obra participou da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e do Festival do Rio.

Às 18h00 entra em cena a Batucada das Pretas, grupo de samba liderado por mulheres da Zona Leste de São Paulo. Além de participar de eventos beneficentes e arrecadações de cunho social para as comunidades em que atuam, o grupo fortalece junto à sociedade a discussão sobre a violência contra a mulher e o machismo que persiste no mundo do samba, onde os homens ainda são protagonistas: “Precisamos fazer o debate e o fortalecimento das poucas mulheres artistas que estão à frente dos palcos e das rodas de sambas, principalmente em relação às mulheres pretas”.

Em 2023 completam-se seis décadas que Clementina de Jesus foi avistada na Taberna da Glória (RJ) pelo então jovem Hermínio Bello de Carvalho, que a levaria para o mundo ao participar de grandes shows e da gravação de discos aclamados pelo público e pela crítica,
fazendo da quituteira natural de Valença um dos nomes mais representativos da música brasileira e da ancestralidade presente no samba. Ainda que tardia, sua vida artística foi intensa. Teve a sorte de ser reverenciada em vida por nomes como Pixinguinha, João da
Baiana, Cartola, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Beth Carvalho, Gilberto Gil e Maria Bethania. Rainha Ginga ou Quelé, como ficou conhecida, faleceu em 1987. Hoje, ela teria 122 anos.

Interessante observar a congruência das histórias relacionadas ao nome Glória. O fatídico encontro entre Clementina e Hermínio, como citado, ocorreu no bairro da Glória, na Taberna da Glória. E a praça escolhida para o evento em São Paulo foi revitalizada pelo bar
Pequena Glória, que é também parceiro na realização do evento.

A iniciativa é uma realização independente do selo cultural, Em Nome do Samba, que reaizam ações voltadas à memória e à valorização do samba.

Programação completa:
Rainha Ginga: 60 anos de Glórias
02/12, a partir das 16h00

Onde
Praça Angel Ramires (Bar Pequena Glória – R. Dr. Nicolau de Sousa Queirós, 520 – Vila Mariana)

16h00 / Inauguração de grafite (muro de 100 metros quadrados)

Mateus Bailon https://www.mateusbailon.art/
Carolina Murayama https://carolmurayama.com/

16h30 / Cinema na Praça
Projeção do documentário “Clementina” (Ana Rieper, 2018, 75 min.)

18h00 – 21h30 / Roda de Samba
Batuca das Pretas https://www.instagram.com/batucadadaspretassp/

MC Soffia anuncia o lançamento do primeiro álbum de sua carreira: “It Girl”

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Foto: Yago Mesquita.

MC Soffia está pronta para começar uma nova e grandiosa fase em sua carreira. A artista de 19 anos, que já possui uma longa trajetória no cenário musical, anunciou o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, que recebeu o título de “It Girl”. A novidade chega após o lançamento das faixas  “Espelho Meu” e “Let’s Go”, que irão compor o novo disco.

Com letras poderosas que abordam o empoderamento feminino e batidas envolventes, o lançamento foi dividido em duas partes e as primeiras 6 faixas chegam às plataformas de streaming, via SoundOn, na terça-feira, 12 de dezembro. “It Girl” conta com a participação de grandes vozes femininas do rap nacional e reflete o amadurecimento da jovem artista, que é considerada um dos nomes mais promissores do atual cenário musical.

Soffia iniciou sua carreira no hip hop após participar da oficina “O Futuro do Hip Hop para crianças”, sob a orientação da DJ Vivian Marques. Desde então, tem acumulado uma série de conquistas, desde performances em saraus e escolas até uma atuação memorável na abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. O reconhecimento de MC Soffia vai além das fronteiras brasileiras, com indicações como o prêmio BET Awards da TV americana, homenagens da World Woman Foundation e o prêmio CLAIFF23 no Texas. Internacionalmente, foi convidada a palestrar no Fórum Geração e Igualdade da ONU Mulher em Paris, primeira cantora brasileira a ser indicada no BET Awards.

Fundação Palmares: o machado de Xangô resiste

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Foto: Divulgação

Quiseram nos destruir, nossa história, nossa memória, nossas conquistas. Trabalharam durante quatro anos para apagar a existência da Fundação Cultural Palmares, mas o machado de Xangô resistiu e se impôs. Chegado o final de ano, é o momento de fazer considerações sobre o exercício de contar como tem sido a luta de uma das lideranças mais importantes do país: João Jorge, presidente da Fundação Cultural Palmares.

O Ministério da Cultura tem um dos menores orçamentos do país, e a Fundação Cultural Palmares um dos menores orçamentos do Ministério.

Todos os dias o ex-presidente da Fundação Palmares executava uma maldade administrativa: deslocando funcionários, esvaziando o papel da Fundação, desassistindo as comunidades quilombolas, achincalhando a memória de personalidades negras, não investindo em atividades culturais da comunidade negra e apostando na falida ideia de democracia racial negando o racismo na sociedade brasileira.

A herança deste trabalho quotidiano de ódio à luta do movimento negro, não foi pequena e não poupou nem o símbolo do machado de Xangô, na logomarca da Fundação.

O desrespeito às Ialorixás e aos Babalorixás levou muito sofrimento a todos os religiosos de matriz africana, deixou marcas e cicatrizes que levará muito tempo para serem superadas. Há certas dores que não passam com o tempo, mas são reavivadas pelo tempo.

A direção da Fundação Palmares tem que conviver com estes atos simbólicos que perpassam uma estrutura administrativa de 25 pessoas no total. Sim, a Fundação que tem a responsabilidade de gerir e propor iniciativas da cultura negra para o país mais negro de toda América só tem 25 funcionários.

Fundação Cultural Palmares Diálogos Palmarinos: Ivair Augusto, Vanda Machado, Andressa Camargo e Kananda

Se o presidente Lula e o Congresso Nacional ouvissem o clamor do movimento negro e dos artistas negros do país, dariam um novo sentido para a Fundação: um orçamento que sinalizasse o respeito à população negra do país.

No mês de novembro, a Fundação realizou na cidade de Maceió e na Serra da Barriga os Diálogos Palmarinos na Celebração dos 328 anos de imortalidade de Zumbi e Dandara, realizando, para discutir sobre Patrimônio e Memória e um ato político -cultural no Parque Memorial Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga. Com a participação de lideranças do país inteiro.

Uma ação muito importante da Fundação foi a revogação de atos institucionais (portarias e decretos) que iam contra a missão da Fundação, por exemplo, a portaria que dificultava a auto identificação das comunidades quilombolas e a que excluiu personalidades negras do site da Palmares, dentre outros.

Com recursos muito escassos, a Fundação lançou sete editais de fomento para áreas de música, literatura, mobilidade cultural e quilombolas. E iniciou-se a rearticulação diplomática com países africanos, através do Itamaraty e embaixadas, inclusive realizando viagem para participar no Panafest, em Gana, com uma delegação composta por membros do governo da Bahia, da prefeitura de Salvador.

Um ato importante e a reinstalação da sede da FCP no setor de autarquias para funcionamento da “Casa da Cultura afro brasileira“, ou seja, local onde além de escritórios contenha um centro cultural.

Um gesto simples, de muito impacto e simbólico foi o resgate da logo da Palmares, usando o machado de Xangô, nas peças institucionais. É um novo início, de uma nova era.

Mulheres negras que trabalham com equipes majoritariamente brancas têm menor probabilidade de receber promoção, afirma estudo de Harvard

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Foto: Reprodução

Um estudo recente publicado pela Universidade de Harvard lançou luz sobre os desafios enfrentados por mulheres negras no ambiente de trabalho, especialmente quando inseridas em equipes predominantemente compostas por colegas brancos. A pesquisa divulgada em novembro revelou resultados preocupantes sobre a rotatividade e os baixos índices de promoção dessas mulheres em comparação com seus colegas brancos.

Ao analisar mais de 9.000 novos funcionários em uma empresa de serviços profissionais entre 2014 e 2020, o estudo identificou que as mulheres negras inseridas em equipes com maior número de pessoas brancas enfrentavam maiores dificuldades. Elas eram mais propensas a serem consideradas como profissionais de “baixo desempenho” e, consequentemente, tinham menos chances de receber promoções ou mesmo de permanecer na empresa ao longo do tempo.

Os dados conclusivos do estudo destacam que funcionários negros, especialmente mulheres negras, têm uma probabilidade 32% maior de deixar o emprego nos dois primeiros anos após a contratação em comparação com colegas brancos. Além disso, apresentam uma probabilidade 26% menor de serem promovidos dentro do prazo previsto. Isso representa uma diferença ainda mais acentuada, com um aumento de 51% na rotatividade entre mulheres negras e brancas.

Elizabeth Linos, coautora do estudo e professora associada de Políticas Públicas e Gestão, destacou a relevância das horas faturáveis ​​na empresa como uma métrica crucial para medir o sucesso dos funcionários. Isso impactava as mulheres negras, já que aquelas inicialmente designadas para equipes com uma proporção maior de colegas brancos relatavam menos horas faturáveis, mais horas de treinamento e eram consideradas com mais frequência como profissionais com desempenho fraco, aumentando assim as chances de rotatividade.

Uma análise do estudo revelou que as mulheres negras eram o único grupo demográfico a enfrentar resultados significativamente adversos em promoção e retenção quando inseridas em equipes mais brancas. De acordo com o estudo, homens negros ou mulheres e homens hispânicos, não foram prejudicados da mesma forma que as mulheres negras quando inseridas em equipes majoritariamente brancas. Isso indica uma questão específica enfrentada por mulheres negras neste ambiente de trabalho.

Ao comentar sobre essas descobertas, Linos ressaltou que, embora a sociedade avance na diversificação dos locais de trabalho em algumas áreas, as mulheres negras ainda enfrentam obstáculos adicionais para promoção no ambiente profissional. Ela destacou a necessidade de mais pesquisas sobre como os funcionários brancos podem adaptar seus comportamentos para evitar contribuir para as dinâmicas excludentes de gênero e raciais existentes no trabalho.

Entender esses desafios é fundamental para implementar mudanças significativas no ambiente corporativo. O estudo propõe a necessidade de políticas de intervenção que possam ajudar a mitigar o impacto negativos dos colegas brancos na rotatividade e promoção de mulheres negras. A pesquisa também sugere a importância de políticas de promoção de equidade racial e de gênero para que mulheres negras possam conquistar cargos de liderança, colaborando com mudanças nesse cenário.

 

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