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Câmara Municipal de São Paulo decide nesta terça-feira sobre cassação do vereador Camilo Cristófaro por falas racistas

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Foto: André Bueno/CMSP

Na tarde de hoje, 19, a Câmara Municipal de São Paulo deve decidir o destino do vereador Camilo Cristófaro, do partido Avante. Ele está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar em razão de um áudio vazado durante uma sessão da CPI dos Aplicativos, na qual proferiu uma frase racista. Este caso marca pode um momento emblemático, pois é a primeira vez na história da cidade que um vereador enfrenta a cassação por racismo.

O episódio que desencadeou a ação contra Camilo Cristófaro ocorreu em maio de 2022, quando ele estava participando remotamente da sessão da CPI dos Aplicativos. Durante a transmissão, o vereador foi ouvido proferindo a seguinte frase: “Não lavar a calçada é coisa de preto.” As repercussões imediatas foram de choque e indignação, levando a um subsequente pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar.

O julgamento, que acontece após quase um ano e cinco meses do incidente, está agendado para as 15h desta terça-feira e será acompanhado de perto por organizações e indivíduos que lutam contra o racismo. A mobilização nas redes sociais, liderada pela campanha ‘Racismo Não é Brincadeira’, teve um impacto significativo na decisão de abrir o processo de cassação. Em 24 de agosto, a metade dos vereadores que compõem a Corregedoria da Câmara de Vereadores votou favoravelmente à abertura do processo.

A decisão de cassação não ocorre em um vácuo legal. Recentemente, a Lei 14.532/2023 entrou em vigor, equiparando a injúria racial ao crime de racismo e tipificando a conduta como racismo recreativo. Isso tornou o comentário de Camilo Cristófaro sujeito a sanções mais rigorosas, tornando o julgamento ainda mais significativo em relação ao combate ao racismo.

Hoje, a organização Sleeping Giants Brasil está liderando a campanha nas redes sociais com a hashtag ‘CASSAÇÃO CRISTÓFARO JÁ’, com o objetivo de pressionar os vereadores a votarem a favor da cassação. O caso de Cristófaro destaca a importância de enfrentar atitudes racistas em todas as esferas da sociedade e destaca a necessidade de responsabilização daqueles que perpetuam o preconceito racial.

Em um contexto mais amplo, no início de 2023, os registros de denúncias de crimes raciais em São Paulo aumentaram alarmantes 720%. Esses dados são um lembrete sombrio da dura realidade que a população negra de São Paulo enfrenta diariamente, destacando a urgente necessidade de ações concretas para combater o racismo e promover a igualdade.

Chris Rock fez terapia com as filhas após tapa de Will Smith no Oscar, revela a atriz Leslie Jones, amiga do comediante

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Foto: MICHAEL SIMON/STARTRAKSPHOTO.COM

O incidente entre Will Smith e Chris Rock durante a cerimônia do Oscar de 2022 continua a ser assunto entre amigos dos artistas. Desta vez, a atriz e comediante Leslie Jones foi quem comentou o assunto e afirmou em entrevista à revista People sua decepção com o momento. Ela revelou que o tapa de Will em Chris afetou profundamente o comediante.

“Isso me deixou tão furiosa”, disse Leslie Jones em entrevista. “Você não sabe que eu iria pular no meu carro e rolar até lá. Eu estava tão brava em muitos níveis.”, destacou. A atriz enfatizou que o incidente não apenas causou constrangimento a Chris Rock, mas também teve um impacto sério em sua família. “Isso foi humilhante. Isso realmente o afetou”, lembrou. “As pessoas precisam entender que as filhas dele, os pais dele, viram isso. Ele teve que ir ao aconselhamento com suas filhas.”, revelou a artista. Rock é pai de Lola, de 21 anos, e de Zahra,  que tem 19 anos.

Foto:  KEVIN MAZUR / GETTY

Leslie e Chris são amigos de longa data. Foi ele quem sugeriu que Leslie Jones fizesse um teste para o programa “Saturday Night Live” e ajudou a abrir portas para sua carreira. Além disso, ele escreveu o prefácio de seu novo livro de memórias, intitulado “Leslie F*cking Jones”. 

Durante a entrevista, ela também disse que preferia que o incidente tivesse uma resolução diferente, especialmente porque o Oscar é um evento de alcance global. “Por muito tempo eu fiquei brava”, confessou. “Chris Rock fez uma piada de merda. Eu também conheço o Will… eu pensei, você não conseguiu lidar com isso depois? Este é o Oscar. O mundo inteiro está assistindo.”.

Jones sugeriu que Will Smith poderia ter feito mais para corrigir a situação quando subiu ao palco para receber o prêmio de Melhor Ator por seu trabalho em “King Richard”. Ela acredita que ele poderia ter dito: “Eu não deveria ter feito isso. Traga Chris para fora. Não posso aceitar o Oscar agora porque isso foi muito errado.”

Em seu especial de comédia da Netflix, lançado em  março deste ano e intitulado “Indignação Seletiva”, Chris Rock fez piadas sobre o episódio e explicou por que não reagiu imediatamente naquela noite. “Muita gente pensa ‘Chris, por que você não fez nada de volta, por que você não fez nada de volta naquela noite?'”, disse ele no final do show. “Porque eu tenho pais, é por isso. Porque eu fui criado. Eu tenho pais e sabe o que meus pais me ensinaram? Não lute na frente dos brancos!”

Quando o incidente do Oscar aconteceu, a mãe de Chris Rock, Rosalie comentou: “Quando ele deu um tapa em Chris, ele deu um tapa em todos nós”, disse ela. “Ele realmente me deu um tapa. Porque quando você machuca meu filho, você me machuca.”, afirmou ela.

Estudantes de medicina praticaram blackface durante importunação sexual contra as atletas

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Foto: Reprodução

Nos últimos dias, o caso dos ex-estudantes de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro), no interior de São Paulo, repercutiu nas redes sociais pelo chamado “punhetaço”, durante o torneio universitário Copa Calo, que ocorreu entre abril e maio deste ano. Os vídeos começaram a viralizar só no último final de semana e a Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito nesta segunda (18) para investigar o caso de importunação sexual durante o jogo feminino de vôlei entre as equipes da Unisa e da medicina de São Camilo. 

Mas ainda há outro agravante para este crime que os internautas notaram nos vídeos: os universitários fizeram blackface para cometer atos obscenos, uma prática historicamente racista originada nos Estados Unidos.

“Não bastasse o ato machista e criminoso que estudantes da Unisa fizeram contra jogadoras de vôlei, eles ainda estavam pintados de preto. Esse racismo também precisa ser denunciado, junto com a misoginia. Esperamos que respondam por tamanho absurdo. Simplesmente horrendo!”, publicou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) nas redes sociais, nesta terça-feira (19).

“Agora não me surpreende imagens em baixa resolução que deixem dúvidas se são homens negros porque ninguém cita o fato de que são brancos pintados de preto”, também criticou hoje, a deputada estadual Monica Seixas (PSOL-SP)

Em vídeos que circulam na internet, mostram os estudantes de medicina com shorts abaixados e tocando os genitais ao lado da quadra, onde jogavam as atletas de vôlei feminino, para simular a masturbação. Só após a repercussão do caso, a Unisa decidiu expulsar todos os envolvidos neste caso, na noite de ontem.

Antes dos internautas perceberem que também havia o crime de racismo neste caso, ex-jogadora de vôlei a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, havia se manifestado no Twitter ontem.

“Ser mulher, principalmente negra, no esporte é ter que lidar com violências diárias que tentam a todo custo nos retirar desses espaços. O comportamento dos alunos que invadiram o jogo do time de vôlei feminino da Universidade Santo Amaro é uma violência que não é isolada, e precisa ter responsabilização dos autores. Somos facilmente atacadas em público, em espaços que deveriam ser seguros para nós. Precisamos também criar mecanismos eficazes para segurança e proteção para as mulheres e enfrentar a violência de gênero. Não recuaremos! O esporte feminino continuará avançando!”, escreveu.

Filme sobre Claudinho e Buchecha destaca fé, alegria, superação e deveria passar em Hollywood

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Foto: Angelica Goudinho

Após mais de 20 anos do falecimento de Claudinho, o Brasil ganha a oportunidade de assistir uma das cinebiografias brasileiras mais bonitas e sensíveis sobre a dupla de funk que estourou no final dos anos 90.

O longa ‘Nosso Sonho’, mostra o íntimo de Claudinho e Buchecha, até então desconhecido pelos fãs, que dá margem para inúmeras reflexões sobre o que é ser um jovem negro, periférico, cantor de funk, dentre tantas outras camadas que envolve pertencer a uma família e uma comunidade negra brasileira.

Além da nostalgia de reviver os grandes sucessos como ‘Nosso Sonho’, ‘Rap do Salgueiro’, ‘Fico Assim sem Você’, há algo que eu gostaria de destacar, que é sobre como essa amizade era tão bonita, sem medo de ser feliz. Dois jovens negros, que desde a infância tinham muito cuidado e zelo um pelo outro. Trocavam conselhos, se abraçavam, davam boas risadas e arriscaram tudo para seguirem o sonho de serem artistas, representando o Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).

Vinicius “Boca de 09” e Gustavo Coelho fazem Claudinho e Buchecha na infância (Foto: Divulgação)

Claudinho faleceu em 2002, em um acidente de carro. Então, não vou esconder o quão fiquei preocupada em como seria abordado o falecimento do cantor, afinal, não somos feitos só de dores. Mas esse é um filme sobre dois jovens que se superaram apesar dos desafios. Eu não finalizei o filme pensando pensando nos momentos tristes (apesar de ter chorado muito), eu terminei o filme com os aprendizados que o artista deixou sobre a importância de ter fé e alegria para viver.

Em entrevista ao Mundo Negro, o Buchecha revelou como esse jeito sempre otimista do Claudinho o influenciou na vida. “Isso foi mudando alguma coisa dentro de mim, mesmo sem eu perceber. É um antídoto, uma autodefesa que não sei explicar, mas chegou até mim e eu absorvei muito. Mudou a minha forma de crer, de ver a vida e resiliência”.

Lucas Koka Penteado e Juan Paiva foram feitos para esse filme. Outros dois jovens negros, periféricos e artistas, e que também são amigos. Com certeza, todas essas características, fortaleceram para uma química natural entre eles. “Essa amizade que a gente tem é real. Quando ele passava na TV ele já era meu amigo, ele só não sabia. E em 2017 ele descobre e aceita, que é o mais importante”, brinca Lucas.

Juan Paiva e Lucas Koka Penteado como Claudinho e Buchecha (Foto: Angelica Goudinho)

Mas para mergulhar nesses personagens de um filme biográfico, eles precisaram estudar muito, inclusive interpretar com a famosa língua presa do Claudinho. “Buchecha nos convidou para ir até a casa dele, tomar um café da manhã, e a partir daí, a pesquisa começou. Ele nos convidou para entrar no universo pessoal dele, junto com a família, confiou na gente. Contou vivências dos anos 80, 90, que foi enriquecedor pra gente”, contou Juan.

Assim como disse o diretor Eduardo Albergaria: “essa história já deveria ter sido contada”. E completa: “Estamos falando de 20 anos, desde a passagem do Claudinho. É uma história de representatividade, que atravessa o Brasil como um todo. Eu falei para a Tatiana Tiburcio (atriz que interpreta a Mãe do Buchecha): ‘eu não posso errar, eu preciso de ajuda’. Eu espero ter feito justiça por uma história tão importante”. 

‘Nosso Sonho’ estreia no dia 21 de setembro, quinta-feira, e temos oportunidade de lotar as salas de cinema com um filme que fala de pessoas com realidades tão parecidas com as nossas e se inspirar. Como a dupla já cantava: “Nossa história vai virar cinema e a gente vai passar em Hollywood”, e deveria mesmo.

Estudante negro é suspenso de escola no Texas, nos EUA, devido à discriminação racial baseada em seu cabelo

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Foto: Michael Wyke/AP

A discriminação racial com base em estilos de cabelo voltou à tona no Estado do Texas, nos Estados Unidos, com o recente caso de um estudante negro do terceiro ano da Barbers Hill High School, Darryl George, que foi suspenso por violar o código de vestimenta do distrito por conta do uso de dreadlocks. Os funcionários da escola afirmaram que o cabelo de George ultrapassava as sobrancelhas e os lóbulos das orelhas.

O caso aconteceu na semana passada e segundo a mãe de George, Darresha George, o adolescente de 17 anos usa seus dreads torcidos e amarrados no topo da cabeça. O estudante cumpriu a suspensão e planejava voltar às aulas usando o penteado de rabo de cavalo, ainda que isso resulte no jovem ser obrigado a frequentar uma escola alternativa. Na família de George, o uso de dreadlocks é uma tradição de várias gerações, com profundo significado cultural e religioso. “Nosso cabelo é onde está nossa força, são nossas raízes. Ele tem seus ancestrais presos em seus cabelos e sabe disso”, comentou Darresha.

A mãe do adolescente afirmou que Darryl cultiva seus dreads há quase 10 anos e que a família nunca havia recebido reclamações a respeito dos seus cabelos. A mãe explicou que os cabelos do filho quando estão soltos ficam pendurados acima dos ombros e que não entende como poderiam ter violado o código de vestimenta já que o jovem usava o cabelo preso. “Eu até tive uma discussão sobre a Lei CROWN com o diretor e o vice-diretor”, disse ela. “Eles disseram que o ato não cobre o comprimento do cabelo dele.”

O superintendente distrital, Greg Poole, defendeu a política do código de vestimenta, argumentando que ela é legal e ensina os alunos a se conformarem como um sacrifício que beneficia a todos. No entanto, a aplicação rigorosa dessas políticas está gerando debates e levanta questões sobre os direitos dos estudantes e a necessidade de sensibilidade cultural no ambiente escolar.

O Distrito Escolar Independente de Barbers Hill estabelece diretrizes que incluem a proibição para alunos do sexo masculino de manter cabelos que ultrapassem as sobrancelhas, lóbulos das orelhas ou a parte superior da gola de suas camisetas, conforme especificado em seu manual do aluno. Além disso, o manual diz que todos os alunos devem manter seus cabelos ‘limpos’, ‘bem-cuidados’, com um estilo geométrico e sem cores ou variações não naturais. Importante destacar que a escola não possui um código de vestimenta específico com uniformes.

A discriminação sofrida pelo adolescente desencadeou uma série de debates sobre a discriminação contra o cabelo de pessoas negras nas escolas e no local de trabalho, especialmente considerando a recém-promulgada Lei CROWN do estado, que entrou em vigor em 1º de setembro. A lei, cujo acrônimo significa “Criar um mundo respeitoso e aberto para cabelos naturais,” tem o objetivo de proibir a discriminação racial baseada na textura do cabelo ou penteados protetores, incluindo afros, tranças, dreadlocks, torções. O Texas é um dos 24 estados que adotaram uma versão da Lei CROWN, enquanto uma versão federal foi aprovada na Câmara dos Representantes no ano passado, mas não passou no Senado.

Os dreads têm uma significância cultural profunda, representando uma conexão com a história, a herança e até mesmo a espiritualidade. Candice Matthews, ministra nacional da política da Nova Nação dos Panteras Negras, afirmou que “Dreadlocks são percebidos como uma conexão com a sabedoria, não é uma moda passageira e não se trata de chamar atenção. O cabelo é a nossa ligação com a nossa alma, a nossa herança e a nossa ligação com Deus.”

Historicamente, tranças e outros estilos de cabelo desempenharam papéis cruciais na comunicação e identidade nas sociedades africanas, servindo para identificar a filiação tribal, estado civil e até como pistas de segurança e liberdade para aqueles que foram capturados e escravizados.

Após a abolição da escravidão, o cabelo afro-americano tornou-se uma questão política, já que os padrões de beleza eurocêntricos continuaram a perpetuar o estigma profissional e social para aqueles que não aderiam a eles. Embora a Lei dos Direitos Civis de 1964 tenha proibido a discriminação racial, os desafios persistem.

O caso de Darryl George não é o primeiro confronto do Distrito Escolar Independente de Barbers Hill com um estudante negro em relação ao código de vestimenta. Em 2020, um caso anterior envolveu um estudante que também foi instruído a cortar seus dreadlocks para continuar frequentando a escola. A determinação gerou polêmica e repercutiu nacionalmente.

Iza, Thiaguinho e Djavan são indicados ao Grammy Latino 2023

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Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (19), o Grammy Latino anunciou os indicados a edição de 2023, que acontece no dia 16 de novembro. Entre os brasileiros indicados, estão Iza, Thiaguinho, Djavan e Planet Hemp.

A cantora Iza, que lançou recentemente seu álbum Afrodhit, foi indicada ao prêmio de “Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa” com a música ‘Fé’. As músicas ‘Da Favela Pro Asfalto’, da ÀTTØØXXÁ e Carlinhos Brown, e ‘Distopia’, do Planet Hemp e Criolo, também foram indicados a categoria. A categoria foi anunciada pela Liniker, primeira pessoa trans a ganhar um Grammy Latino no ano passado.

Ludmilla, ganhadora do Grammy de “Melhor Álbum de Samba/Pagode” do ano passado, foi a responsável por anunciar a categoria este ano. Entre os indicados, estão ‘Meu nome é Thiago André (Ao Vivo)’, do Thiaguinho, ‘Negra Ópera’, do Martinho Da Vila, e ‘Resenha do Mumu’, do Mumuzinho.

Em “Melhor Canção em Língua Portuguesa”, Djavan foi indicado ao prêmio com a música ‘Num Mundo de Paz’. Criolo também foi indicado com a música ‘Algoritmo Íntimo’, feat com Ney Matogrosso.

O artista Djavan e o grupo Planet Hemp são os únicos brasileiros indicados em mais de uma categoria. Djavan também foi indicado ao “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira” com ‘D’ e Planet Hemp ao “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa” com ‘Jardineiros’.

Xênia França, com ‘Em Nome da Estrela’ e Hodari, com ‘Hodari’ estão entre os indicados ao “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”. Gaby Amarantos foi indicada ao “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa” com ‘TecnoShow’.

A 24ª edição do Grammy Latino acontece no dia 16 de novembro pela primeira vez em Sevilha, na Espanha.

Vídeo de pessoas dançando Taylor Swift na Pedra do Sal viraliza e gera debate sobre embranquecimento de espaços negros

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Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (18), viralizou um vídeo de um grupo de pessoas dançando ‘Blank Space’, da Taylor Swift, na Pedra do Sal, espaço considerado um dos points da comunidade negra do Rio de Janeiro e um dos principais locais de samba. O momento acabou gerando revolta e debates sobre embranquecimento nas redes sociais. 

https://twitter.com/choquei/status/1703613537933836543

No vídeo, pessoas brancas e negras estão fazendo passinhos, famosos nos baile charmes, ao som de Taylor Swift. Para muitas pessoas, o acontecido não foi nada demais, mas para outros é mais um sinal de que espaços negros estão se embranquecendo.

A pesquisadora Naomi Nicolau, relembrou em seu X que o local se chama “Pedra do Sal” por causa do período de escravidão em que o espaço era um ponto de descarregamento de sal. “Ressaltando que há menos de 200 anos, se o escravo deixasse cair uma saca de sal do seu Senhor, levava chibatadas e ficava exposto na pedra pra ficar de exemplo”, comentou a pesquisadora.

https://twitter.com/kampbelldabxd/status/1703790730626453573

Para muitos, esse é mais um sinal do embranquecimento que é debatido há algum tempo. Seja a música ou a presença de diversas pessoas brancas nesses locais (que não é proibida), o acontecimento foi visto como parte de um movimento de apagamento da história de resistência desses espaços e símbolos da comunidade negra.

No domingo (17), em São Paulo, o monumento da Deolinda Madre, conhecida como Madrinha Eunice, símbolo da resistência negra e que mantém viva a história do bairro, foi desrespeitado por um evento geek. A produção do evento montou o palco encostado na escultura.

Black Wall Street: nova série mostra como os moradores reconstruíram comunidade negra após Massacre de Tulsa

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Foto: Divulgação

Como ficou uma das comunidades afro-americanas mais prósperas dos Estados Unidos, após um dos massacres mais terríveis desde a escravidão? É o que vai mostrar a nova série documental “Rebuilding Black Wall Street”, apresentado e produzido pelo ator Morris Chestnut, em parceria com a Oprah Winfrey Network (OWN), canal de televisão norte-americano.

Com estreia prevista em 19 de setembro, em seis episódios, a série irá exibir a resistência da comunidade negra após o Massacre de Tulsa em 1921, no Distrito de Greenwood, mais conhecido como Black Wall Street, no estado de Oklahoma.

Em Black Wall Street, muitas famílias afro-americanas se uniram para criar uma comunidade próspera, com muitas empresas, bancos, teatros e lojas de sucesso. Mas, em 31 de maio de 1921 e no dia seguinte, uma multidão destruiu aquele distrito no que foi considerado o incidente mais horrível de terrorismo racial desde a escravidão. Estima-se que 300 pessoas morreram, mais de 1.200 casas foram destruídas e pelo menos 60 empresas e edifícios comunitários foram totalmente queimados. 

Apesar do passado assustador, a série irá abordar como os moradores sobreviventes lutaram diariamente para manter a memória viva, e hoje, seus descendentes, continuam a jornada para a reconstrução de Tulsa, mantendo a comunidade próspera e resiliente.

“Rebuilding Black Wall Street” estreia na OWN na sexta-feira, 29 de setembro às 21h ET/20h CST, horário de Washington, D.C. Por enquanto, não há previsão de lançamento no Brasil.

Veja o trailer:

Fonte: Essence

Drake utiliza imagem de Halle Berry sem permissão e atriz se manifesta: “Desrespeitoso, ele pediu e eu disse não”

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Foto: AARON M. SPRECHER / AFP

Drake lançou nesta última semana seu novo single ‘Slime You Out’, em parceria com SZA. Acontece que a imagem de divulgação da música traz Halle Berry coberta num líquido verde. Neste último domingo (17), a atriz utilizou as redes sociais para compartilhar seu descontentamento com o rapper canadense. Berry diz que ele utilizou sua imagem sem permissão.

“Ele fez com que o pessoal dele ligasse para o meu pessoal e eu disse não. Não gostei daquela imagem de slime no meu rosto associada à música dele. E ele escolheu fazer isso de qualquer maneira! Você percebe… isso é desrespeitoso. Não é legal!”, desabafou a atriz numa interação com fãs.

Apesar de possuir Halle na foto utilizada por Drake, a imagem original pertence à plataforma Getty Images. Mesmo assim, Berry não concordou com a atitude do rapper e explicou seu ponto de vista. “Porque ele me perguntou e eu disse não, é por isso. Por que perguntar se você pretende fazer o que quer fazer!? Isso foi um ‘fod*-se’ pra mim. Nada legal. Entende?”, escreveu ela no Instagram. “É uma questão de princípios e integridade. Estou muito feliz por muitos de vocês entenderem isso”.

Apesar da polêmica, Drake não comentou sobre o assunto. Berry voltou a mencionar que se sentiu extremamente decepcionada. “Quando as pessoas que você admira o decepcionam, você tem que ser uma pessoa melhor e seguir em frente!”, escreveu ela.

Baco Exu do Blues se pronuncia após show conturbado em Pernambuco: “eu não estou bem”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

O cantor Baco Exu do Blues utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (18) para responder às críticas que recebeu pelo show no festival Wehoo, em Pernambuco. Com uma hora de atraso, fãs relataram que Baco aparentava estar abatido e cansado durante a apresentação. “Eu não estou bem. Estou me esforçando para entregar o melhor possível para vocês, mas não estou bem”, publicou Baco. “Desculpa a todo mundo que tem carinho por mim e ama minha música. Eu vou melhorar, estou me cuidando. Espero que entendam”, completou.

Na internet, vídeos de Baco no festival Wehoo mostram o rapper tendo dificuldades com as letras de suas próprias canções. Apesar do desabafo do artista, ainda não se sabe o motivo exato que levou Baco a afirmar que não está se sentindo bem.

Nos comentários da publicação de Baco, fãs desejaram melhoras ao rapper. “Tira um tempo pra você, se cuida, se cure. Isso é muito importante, não podemos nos forçar a ficar bem para agradar os outros. Temos que ser honestos com nossa própria dor“, escreveu o influenciador Levi Kaique. “Todos nós temos problemas e ninguém sabe o que se passa na vida de baco, problemas, desavenças e afins“, escreveu outro usuário.

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