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Finalista do Prêmio Jabuti, “Rastros de Resistência”, de Ale Santos, ganha nova edição revista e ampliada

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O livro “Rastros de Resistência: Histórias de Luta e Liberdade do Povo Negro”, do escritor e pesquisador Ale Santos, finalista do Prêmio Jabuti, acaba de ganhar uma nova edição, revista e ampliada, pela HarperCollins. A obra, que integra o Clube de Leitura da ONU, chega às livrarias com histórias inéditas, reforçando o papel central de personalidades negras no movimento abolicionista e na resistência à escravidão.

Ale Santos, considerado um dos principais nomes do afrofuturismo na literatura brasileira, é conhecido por destacar em sua obra figuras históricas do movimento negro muitas vezes apagadas pelos registros oficiais. Na nova edição, ele resgata trajetórias como a de Benjamim de Oliveira, tido como o primeiro palhaço negro do Brasil; Tereza de Benguela, líder quilombola e símbolo do feminismo negro; e Chico da Matilde, o Dragão do Mar, que se recusou a transportar escravizados em sua jangada durante a abolição no Ceará.

Com mais de vinte narrativas impactantes, “Rastros de Resistência” reposiciona esses personagens no lugar que deveriam ocupar nos livros de História: o de heróis.

Meritocracia e População Negra: Não é sobre onde começamos, mas sobre como somos tratados quando chegamos lá

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Texto: Liliane Rocha

Costuma-se questionar o mérito e a ideia de meritocracia a partir do argumento dos pontos de partida. Afinal, como acreditar que existe mérito em uma corrida em que largamos de posições tão distintas? Enquanto uns nascem cercados pelas melhores condições de educação, saúde e moradia, outros enfrentam, desde o início, a precariedade e a exclusão. Como acreditar em meritocracia se negros e brancos, homens e mulheres, partem de pontos tão distintos e enfrentam desafios tão diferentes ao longo da jornada?

No entanto, ao longo da minha trajetória, compreendi que o problema não está exclusivamente na largada — está, sobretudo, no ponto de chegada. É quando alcançamos o topo, quando finalmente rompemos as barreiras e conquistamos reconhecimento, que a falácia da meritocracia se revela de forma ainda mais brutal para pessoas negras, mulheres, LGBTQPIAN+, pessoas com deficiência e outros grupos historicamente marginalizados. Afinal, mesmo depois de vencer todos os desafios, seguimos sendo tratados de forma extremamente desigual pelos motivos mais fugazes — pela cor da pele, pelo gênero, pela orientação sexual.

Sim, quando chegamos ao primeiro lugar, quando alçamos o pódio! Quando finalmente hackeamos o sistema e, a despeito de tudo e todos, chegamos ao topo para o momento tão aguardado regozijo após a jornada do herói — é nesta hora que a ausência da meritocracia se torna ainda mais contundente para grupos historicamente minorizados. Pois neste momento, fica evidente que seguimos lidando com o racismo, o machismo, a LGBTfobia, a despeito dos nossos feitos, por mais grandiosos que sejam. Portanto, não é somente sobre onde começamos, mas sobre como somos tratados quando finalmente chegamos.

É lá, quando você já tem toda a formação, reconhecimentos, experiência e renda, que fica evidente o quanto continuará sendo tratado ou tratada de forma extremamente excludente, única e exclusivamente por causa de alguma característica sua, que segue e seguirá sem ser socialmente aceita.

Por isso, a meritocracia, por exemplo, não alcança e talvez jamais venha a alcançar pessoas negras em um país pautado no racismo estrutural como o Brasil. Como eu tenho dito por aí, eu também acreditei na meritocracia! Como uma mulher negra, de origem de baixa renda, que viveu a primeira infância na extrema pobreza, acreditei que quanto mais eu estudasse e trabalhasse, mais próxima eu estaria da igualdade plena, do respeito inalienável, da segurança. 

Hoje, com Mestrado e MBA na Fundação Getúlio Vargas, 20 anos de atuação como executiva em grandes empresas, dez deles a frente da minha própria consultoria, sei que a meritocracia não existe. Continuo, por exemplo, enfrentando tratativas desiguais em relação a colegas brancos quando envio propostas para as grandes empresas. A depender do estabelecimento, sendo seguida por seguranças. E sendo acusada indevidamente de não pagar a conta no estabelecimento mesmo com a nota fiscal em mãos.

Recentemente, tivemos um exemplo notório e contundente do que estou falando: a Feira Preta, idealizada e liderada por Adriana Barbosa. Embora a Adriana seja uma empreendedora social reconhecida nacionalmente e internacionalmente, e a Feira Preta tenha movimentado  em 2024 cerca de R$ 14 milhões entre empreendedores, artistas, veículos de comunicação e cadeia produtiva, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando aproximadamente 600 empregos temporários, o evento não conseguiu o patrocínio necessário para ser realizado em 2025 na cidade de São Paulo. 

Quer mais resultados? A Feira Preta teve 350 inserções na imprensa, dez milhões de visualizações orgânicas nas redes sociais e uma inovação: um festival brasileiro integralmente reproduzido no metaverso, alcançando mais de cinco mil pessoas no mundo.  Como diz a Mari Lemos, líder de comunicação da Feira, o “impacto incontestável na comunicação, no aspecto econômico das contratações e na dimensão simbólica e material de um time sobretudo preto e pardo.”

Pois bem, se todos fôssemos realmente reconhecidos exclusivamente pelos nossos méritos, e não pela cor de nossas peles, pelos nossos sobrenomes ou pela família na qual nascemos, a Adriana Barbosa certamente teria sido exitosa na captação para a realização do projeto.

Alguns poderiam argumentar que estamos passando por uma crise econômica, outros, que os acontecimentos dos Estados Unidos têm influenciado o Brasil, mas pergunto: quais grandes eventos liderados por executivos e empreendedores brancos estão também sendo postergados por falta de patrocínio este ano?

Me parece que, no limite, quando o cenário de alguma forma fica mais controverso, os primeiros a serem jogados para fora são justamente aqueles e aquelas aos quais sempre houve algum tipo de relutância na inclusão. Neste sentido, mais uma vez podemos entender que o mérito é uma ilusão. E você, em quem você e a sua empresa vão investir neste ano?

Cantora britânica Jorja Smith anuncia apresentação em São Paulo e show no AFROPUNK

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A britânica Jorja Smith desembarca no Brasil em 2025 com uma série de apresentações, incluindo um show solo no dia 31 de outubro, no Espaço Unimed, em São Paulo. Os ingressos estarão disponíveis a partir de 8 de maio, exclusivamente pela Tickets For Fun. Além disso, a cantora estará em Salvador para se apresentar no APFROPUNK Brasil.

A apresentação na capital paulista marca a estreia da turnê “falling or flying” e promete uma experiência mais intimista, centrada no repertório do aclamado álbum homônimo lançado em 2023. Nele, Jorja transita entre soul, R&B, UK garage e jazz, consolidando sua voz poderosa e sensibilidade lírica.

Além do show em São Paulo, a cantora integra os line-ups de dois importantes festivais: o Rock the Mountain, no Rio de Janeiro, e o AFROPUNK Brasil, que acontece nos dias 8 e 9 de novembro no Parque de Exposições, em Salvador. A edição deste ano do AFROPUNK também terá BK’, Liniker, Péricles, BaianaSystem, ÀTTØØXXÁ, Budah, Núbia convida Muzenza, DJ Boneka e DJ Umiranda. Os ingressos para o festival já estão à venda.

Atriz Mary Sheyla denuncia racismo em supermercado no RJ: “a gente não pode achar normal”

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Foto: Reprodução/Instagram

A atriz Mary Sheyla, 45, relatou ter sido vítima de racismo em uma unidade da rede Supermercados Mundial, no Rio de Janeiro, no último sábado (3). Em vídeos publicados nas redes sociais nesta segunda-feira (5), ela afirmou ter sido seguida por um segurança durante todo o tempo em que fazia compras com o marido e as duas filhas.

Conhecida por papéis nas novelas “Todas as Flores” e “Elas por Elas”, da TV Globo, Mary atribui a abordagem ao perfil racial da família. “Isso é normal? Normal seria se não fosse atrás de mim, mas de todo mundo que estava naquele mercado. Só quem passa na pele sabe”, relatou.

Ela também comentou sobre como foi educada desde criança a não abrir nenhum produto no supermercado. “Nunca fiz isso e nunca deixei as minhas filhas fazerem. Não é meu até que eu pague. Então me respeitem”, disse.

Em entrevista CNN, Mary disse que deve registrar boletim de ocorrência após não receber retorno da empresa. “Eu acho importante fazer um barulho para que isso não se repita. O que foi feito não é normal, a gente não pode achar normal, admissível, porque não é.”

Apesar de reconhecer o papel dos seguranças, a atriz defende treinamento adequado para que abordagens não sejam discriminatórias. “O cidadão tem direito a fazer o trabalho dele, mas não pode constranger o outro, né? Temos que ser educados. Não é assim que funcionam as coisas”.

Procurado pela reportagem do Mundo Negro, o Supermercados Mundial ainda não se manifestou.

Sob comando do chef Kwame Onwuachi, Met Gala 2025 serve pratos com sabores afro-diaspóricos

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Chef Kwame Onwuachi (Foto: Getty Images)

Depois das grandes celebridades passarem pelo tapete azul do Met Gala na noite desta segunda-feira, 5 de maio, no Metropolitan Museum of Art, a responsabilidade pelo jantar ficou nas mãos do chef Kwame Onwuachi, vencedor do James Beard Award e dono de algumas das cozinhas mais aclamadas de Nova York e Washington.

Sob uma exigente orientação da anfitriã e editora-chefe da Vogue, Anna Wintour — que proibiu o uso de alho, cebola e cebolinha no cardápio por não gostar das especiarias, Onwuachi elaborou um menu que encantou os convidados.

A rapper Megan Thee Stallion quebrou a tradicional proibição de celulares e compartilhou com seus seguidores no Instagram algumas das entradas: pão de milho coberto com caviar e rolinho de lagosta branca trufada. Ela fez um vídeo junto com a rapper Doechii e a jogadora de basquete Angel Reese avaliando as comidas que pareciam estar deliciosos.

De acordo com a Vogue, garçons circularam com bandejas de prata servindo os já famosos bolinhos de frango crocante e hambúrgueres de frango ao curry, uma reinterpretação dos bolinhos de cabra afro-caribenhos presentes nos restaurantes Tatiana (em Lincoln Center) e Dogon (em Washington, D.C.). Para a sobremesa, uma versão do “Cosmic Brownie”, o nostálgico e irresistível do Tatiana.

Recém-nomeado ao Time100 e com um novo projeto a caminho em Las Vegas, Onwuachi, nascido no Bronx, foi a escolha ideal para a noite que celebrou o tema “Superfine: Alfaiataria em Estilo Negro”, uma edição dedicada ao protagonismo da moda negra masculina. Para a ocasião, o chef apostou em um visual preto sofisticado e uma coroa cravejada de joias assinada pelo designer de moda nigeriano Ugo Mozie.

“Eu queria realmente capturar a cultura negra em todos os seus elementos. Da diáspora ao Caribe, ao sul dos Estados Unidos, até mesmo aos bairros de Nova York”, declarou Onwuachi à BET.

O jantar seguiu essa linha com pratos como salada de mamão ao molho piri piri, frango assado ao estilo crioulo com arroz e ervilhas, couve grelhada com bacon e pão de milho finalizado com manteiga de mel e curry — uma verdadeira jornada de sabores que homenageou a ancestralidade e a inovação da culinária afro-americana contemporânea.

Inscrito faz comentário racista contra o rapper Borges em live com influenciador Felca

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O rapper Borges foi vítima de racismo durante uma live do influenciador Felca, realizada na segunda-feira (6). Um espectador enviou uma mensagem paga — que é destacada no chat e lida por um robô — chamando o artista de “mac*co”. O comentário criminoso foi removido, e o autor, banido do canal.

A transmissão permitia que os espectadores pagassem para ter suas mensagens exibidas em destaque. Foi nesse espaço que o insulto racista foi publicado, deixando tanto Borges quanto Felca visivelmente sem reação por alguns segundos. Pouco depois, o youtuber se pronunciou, afirmando que tomará “as medidas legais cabíveis” e garantindo o banimento permanente do autor da ofensa. O rapper não se pronunciou sobre o ocorrido em suas redes sociais.

Durante a live, Borges mencionou que não faria uma parceria musical com Luísa Sonza ao lembrar que a cantora “Já teve problema com negros”. A fala faz referência a um episódio ocorrido em 2018. Na ocasião, a cantora foi acusada de racismo após pedir água a uma mulher negra, confundindo-a com funcionária de um estabelecimento em Fernando de Noronha. O caso foi resolvido por meio de um acordo em 2023.

Mackenzie diz estar apurando fatos e que aluna encontrada desacordada será ouvida em ‘ambiente pedagógico’ após recuperação

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⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas sensíveis e deve ser lido com cautela

O Colégio Presbiteriano Mackenzie afirmou que prestou atendimento imediato a uma aluna de 15 anos hospitalizada após ser encontrada desacordada no chão do banheiro da instituição no dia 29 de abril, mas negou ter conhecimento prévio de supostos casos de racismo, homofobia e bullying sofridos pela adolescente. A mãe da estudante, no entanto, diz que já havia alertado a escola sobre as agressões em 2024. O colégio afirmou ainda que “a aluna será ouvida assim que estiver em condições de se pronunciar no ambiente pedagógico”.

Em nota enviada ao Mundo Negro, o Mackenzie declarou que a jovem, do 9º ano, foi socorrida por um bombeiro civil e pela médica pediatra da escola, sendo encaminhada à Santa Casa em ambulância do colégio, acompanhada pela coordenação pedagógica. A instituição ressaltou que “Em respeito à aluna e à sua família, optamos por não alimentar especulações. Todo o acompanhamento está sendo conduzido com responsabilidade, cuidado e discrição, diretamente entre as partes envolvidas”, afirmando que “a orientação educacional e a psicóloga escolar, que já acompanhavam a aluna e sua família, seguem prestando suporte” .

O colégio alega que “não é possível afirmar quais foram as causas do evento” e que aguarda a recuperação da estudante para ouvi-la. Sobre as acusações de bullying, racismo e homofobia, um assessor da escola disse ao Mundo Negro que “não sabe de onde surgiu” o tema. A mãe da adolescente apresentou à reportagem um e-mail enviado à escola em agosto de 2024, no qual relatava que a filha era xingada de “lésbica preta” e “cigarro queimado” e que chorava diariamente antes das aulas.

Acompanhamento pós-ocorrência

O Mackenzie afirmou que, após o incidente, direção e coordenação acolheram a mãe presencialmente e que uma psicóloga foi enviada ao hospital no mesmo dia. A família, porém, reclama da falta de apoio para transferir a jovem – internada em uma ala psiquiátrica da Santa Casa ao lado de pacientes que estão em estado grave e em fase terminal.

Leia a nota na íntegra:

O Colégio foi surpreendido com uma aluna do 9º ano que foi encontrada precisando de auxílio no banheiro do Mackenzie. O primeiro atendimento foi realizado pelo bombeiro civil, juntamente com a médica pediatra do colégio. A aluna foi encaminhada à Santa Casa pela ambulância do próprio colégio, acompanhada pela coordenação pedagógica e pela pediatra. O contato e o apoio à família têm sido contínuos.

A orientação educacional e a psicóloga escolar, que já acompanhavam a aluna e sua família, seguem prestando suporte. A direção e a coordenação acolheram a mãe presencialmente minutos após o ocorrido, nos dias seguintes e continuam acompanhando a situação de perto.

Nos últimos dias, algumas ilações sobre o episódio têm sido divulgadas, muitas delas desprovidas de fundamento. Em respeito à aluna e à sua família, optamos por não alimentar especulações. Todo o acompanhamento está sendo conduzido com responsabilidade, cuidado e discrição, diretamente entre as partes envolvidas.

Não é possível afirmar quais foram as causas do evento. Trata-se de uma adolescente que goza de todo o respeito, dignidade e consideração por parte do Colégio, assim como todos os nossos alunos. Internamente, estamos apurando todas as informações que possam elucidar a ocorrência. A aluna será ouvida assim que estiver em condições de se pronunciar no ambiente pedagógico.

Onde buscar ajuda

Se você estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda imediata, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está à disposição. O CVV oferece um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, disponível para qualquer pessoa que precise conversar. Para falar com um voluntário, você pode enviar um e-mail, acessar o chat pelo site ou ligar para o número 188. O atendimento é confidencial e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, o CVV, em parceria com o UNICEF, disponibiliza um canal de escuta exclusivo para adolescentes entre 13 e 24 anos chamado “Pode Falar”. Este serviço, também anônimo, é voltado para adolescentes que precisam de acolhimento e desejam conversar sobre suas dificuldades. O atendimento pode ser feito via chat online ou WhatsApp. Para mais informações sobre horários de atendimento, consulte o site.

Lisa, do BLACKPINK, gera polêmica no Met Gala com lingerie que teria rosto de Rosa Parks

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A internet está acusando a cantora de K-pop Lisa, do grupo BLACKPINK, de aparecer no Met Gala 2025 usando um conjunto da Louis Vuitton: meia-calça preta e um body de renda com detalhes que, segundo fãs, trazem o rosto da ativista dos direitos civis Rosa Parks (1913-2005) bordado na região íntima.

Segundo a Vogue, os retratos estampados no body da cantora tem relação direta com uma colaboração artística prévia entre a Louis Vuitton e o pintor norte-americano Henry Taylor. Os retratos foram criados por Taylor, artista conhecido por suas obras que retratam figuras marcantes da cultura negra e da história contemporânea. Esta não é a primeira vez que a Louis Vuitton, sob a direção criativa de Pharrell Williams, incorpora os trabalhos do artista em suas peças. Durante o desfile masculino primavera-verão 2024 da marca, Taylor foi convidado a bordar os mesmos retratos em ternos e acessórios, em uma coleção que celebrou a interseção entre moda e arte. Na ocasião, as estampas foram aplicadas de forma mais discreta, em paletós e bolsas.

Nas redes sociais, a possível homenagem dividiu opiniões. Enquanto alguns usuários elogiaram a suposta referência, outros criticaram a escolha de colocar uma figura histórica da luta antirracista em uma peça íntima: “Acabei de descobrir que Lisa tem Rosa Parks bordado em sua ROUPA ÍNTIMA”, escreveu um usuário no X. Outro questionou: “Por que Lisa está com Rosa Parks nas calças? Uma das mulheres históricas que lutaram contra o racismo”. A Louis Vuitton afirmou que o corpo do look foi confeccionado em tule com motivos que replicam elementos da obra de Taylor, mas não detalhou quais personalidades foram retratadas. O tema deste ano, “Superfine: Alfaiataria em Estilo Negro”, celebrou a intersecção entre tradição e inovação na moda.

Até o momento, nem a cantora nem a Louis Vuitton se pronunciaram sobre a polêmica.

Rihanna revela gravidez do terceiro filho durante o Met Gala

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Foto: Miles Diggs

Vem aí o terceiro baby Fenty! Conhecida por transformar atrasos em entradas triunfais, Rihanna surpreendeu os fãs antes mesmo de chegar ao Met Gala deste ano. Com um look de duas peças da Miu Miu, a empresária revelou ao exibir a barriga, a terceira gravidez com o seu companheiro A$AP Rocky, co-anfitrião do evento, na noite desta segunda-feira (5).

Em 2022, o casal teve seu primeiro filho, RZA. Em 2023, Rihanna anunciou a segunda gravidez, do Riot Rose, durante a sua apresentação no Super Bowl. Naquele ano, o público também viu ela desfilar no Met Gala com um deslumbrante vestido branco Valentino com capuz e flores tridimensionais. Enquanto Rocky, apostou em um paletó estruturado, gravata skinny, jeans e kilt.

A cantora e empresária já havia confirmado que gostaria de ter mais filhos. “Não sei o que Deus quer, mas eu tentaria ter mais de dois. Eu tentaria ter uma menina. Mas é claro que se for outro menino, será outro menino”, disse em entrevista à Interview em abril de 2024.

“Víamos a moda da mesma forma. Víamos a criatividade da mesma forma. Acabávamos frequentando os mesmos círculos. E, além disso, quando crescemos, acabamos apoiando as marcas, os produtos e a criatividade um do outro o tempo todo. Eu usava as roupas dele, ele aparecia nos meus lançamentos. Mas foi só no final de 2019 [que nosso relacionamento se tornou romântico]”, falou sobre a relação com o rapper.

Começa julgamento de Diddy por tráfico sexual; rapper pode ser condenado a prisão perpétua

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Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images

O julgamento do magnata da música Sean “Diddy” Combs, 55, teve início nesta segunda-feira (5), em Nova York, com a seleção do júri. Entre as principais testemunhas está a cantora Cassie Ventura, 38, ex-namorada do artista, que acusa o rapper de tê-la submetido a uma década de abusos físicos, psicológicos e sexuais.

Combs também responde na Justiça por tráfico sexual e conspiração para cometer crime organizado, acusação comumente associada a casos envolvendo a máfia. Segundo a Promotoria, o produtor teria liderado uma rede criminosa que coagia vítimas a participar de orgias movidas a drogas, sob ameaças e uso de violência. Ele nega todas as acusações e sustenta que as relações foram consensuais.

Detido desde 2024, Diddy teve a liberdade sob fiança negada em diversas ocasiões. A Promotoria afirmou recentemente que ofereceu um acordo de culpa ao réu, recusado por ele. Se condenado, o artista poderá ser sentenciado à prisão perpétua.

Cassie foi a primeira a expor publicamente os abusos do ex-parceiro. Em 2023, ela entrou com uma ação civil na qual relatou ter sido estuprada por Combs em 2018 e obrigada a manter relações sexuais sob efeito de drogas e intimidação física por mais de dez anos. Embora o processo tenha sido encerrado fora dos tribunais, a expectativa é que a artista seja uma das peças-chave da acusação.

Parte das acusações contra Combs se apoia também em um vídeo de 2016, registrado por uma câmera de segurança de hotel, que mostra o rapper agredindo Cassie. O material foi parcialmente aceito como prova pelo juiz Arun Subramanian. A agressão teria ocorrido após uma das festas promovidas pelo acusado, conhecidas como freak-offs — sessões de sexo coletivo sob coação, frequentemente registradas em vídeo e envolvendo profissionais do sexo.

Além de Ventura, outras três vítimas devem depor, mas só uma delas optou por revelar a identidade. A acusação formal foi apresentada após uma operação policial nas residências de luxo de Combs em Miami e Los Angeles. As argumentações iniciais do julgamento estão previstas para começar em 12 de maio.

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