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Polícia investiga hipótese de sequestro sobre desaparecimento de Marcelinho Carioca

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Foto: Futebol BR

Visto pela última vez no domingo, 17, o ex-jogador de futebol e ídolo do Corinthians, Marcelinho Carioca, está desaparecido. A polícia de São Paulo está investigando o sumiço arrependido do ex-atleta que havia ido de carro para uma festa em Itaquera, Zona Leste da capital paulista.

Informações obtidas pelo G1 e pela TV Diário revelaram que o veículo pertencente a Marcelinho foi descoberto abandonado nesta segunda-feira (18) na região de Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. A descoberta do automóvel desencadeou a prisão de dois indivíduos nas proximidades, suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento do ex-jogador.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) se pronunciou sobre o caso, informando que, inicialmente, o evento está sendo tratado como um caso de desaparecimento e localização do veículo. A Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil foi acionada para apoiar outras delegacias na investigação, considerando uma das linhas de investigação que aponta a possibilidade de sequestro de Marcelinho.

De acordo com relatos policiais, Marcelinho teria comparecido a um evento musical na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, localizado em Itaquera, antes de desaparecer. Até o momento, não havia informações concretas sobre se ele estava sozinho ou acompanhado quando foi visto pela última vez.

O carro de Marcelinho Carioca será encaminhado para a delegacia de Itaquaquecetuba, enquanto os dois suspeitos detidos serão inicialmente levados para o 50º Distrito Policial (DP), localizado em Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo. Posteriormente, existe a possibilidade de transferência dos suspeitos para a Divisão Antissequestro na capital paulista, onde a polícia pretende averiguar o possível envolvimento deles no desaparecimento do ex-jogador.

Além das delegacias na capital, outras unidades policiais foram mobilizadas para colaborar nas buscas por pistas que possam levar ao paradeiro de Marcelinho.

A Secretaria de Segurança Pública emitiu um comunicado oficial informando que o caso está sendo registrado como “desaparecimento de pessoa e localização de veículo”. O Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais foi acionado para auxiliar na apuração das estatísticas e identificação dos envolvidos, conforme referência no comunicado oficial.

“Dotados de seus privilégios social ninguém quer refletir sobre a sua responsabilidade”, diz Sarah Aline sobre influenciadores que divulgam jogos de azar

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Foto: Reprodução

Após uma reportagem do fantástico, transmitida na noite de domingo, 17, mostrar influenciadores reconhecidos que fizeram publicidade para uma empresa de jogos de azar, outros influencers foram às redes sociais para falar sobre o assunto. A psicóloga e ex-BBB Sarah Aline usou seu perfil no ‘X’ (antigo Twitter), para criticar influenciadores que estão evitando se responsabilizar pela divulgação: “dotados de seus privilégios social ninguém quer refletir sobre a sua responsabilidade”.

Na publicação, a psicóloga lamenta que os influenciadores não se interessem pelo impacto causado pela divulgação de sites de apostas: “A parte mais triste da não responsabilização de tudo relacionado a divulgação de site de aposta é saber o não interesse de compreensão social desse impacto. Existe muita informação social simples que explica facilmente a irresponsabilidade do “se não pode não joga, dinheiro reserva e bla bla bla” E assim, nem precisa de uma intelectualidade social tão aguçada para entender o início das complexidades, quando se fala de Brasil. O que me pega é que de bolso CHEIO e dotados de seus privilégios social ninguém quer refletir sobre a sua responsabilidade!”.

A reportagem que foi ao ar no Fantástico do último domingo, 17, mostrou denúncias e uma investigação feita contra uma casa de apostas online chamada Blaze, que tem entre seus principais jogos divulgados por pessoas famosas, o “Jogo do Aviãozinho”. A Blaze foi denunciada por não pagar prêmios alttos e ainda é investigada por estelionato. Todos os jogos da casa de apostas são ilegais no brasil e a justiça ainda bloqueou mais de R$ 100 milhões, além de determinar que o site seja retirado do ar.

A polícia está investigando os influenciadores que fizeram a divulgação dos jogos de azar e que foram expostos pela reportagem do programa dominical, entre eles estão influenciadores com alcance e milhões de seguidores como Viih Tube, Mel Maia, Juju Ferrari, Rico Melquiades, Mc Kauana e Juju Salimeni.

Pessoas entrevistadas pela reportagem e que jogavam no site contaram que foram prejudicadas contam como foram prejudicadas. “Teve um dia que eu vi que eles estavam pagando bastante, eu falei, vou colocar o valor de R$ 2.800 na plataforma. Eu tive um retorno de 98 mil [reais], quando eu fui tentar realizar o saque desses 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta”, disse uma testemunha que não quis se identificar.

‘The Kitchen’, primeiro longa dirigido por Daniel Kaluuya, ganha trailer e data de estreia

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Fotos: Reprodução/Instagram

A Netflix divulgou hoje (18), o primeiro trailer do filme ‘The Kitchen’, que marca a estreia do astro britânico Daniel Kaluuya (Corra!) na direção. O longa estreia na plataforma no dia 19 de janeiro e em cinemas selecionados no Reino Unido, dia 12 de janeiro.

Kaluuya co-dirigiu o filme com Kibwe Tavares, além de roteirizar junto a Joe Murtagh. Segundo a sinopse, a ficção científica é ambientada em Londres, 2044, o filme narra um futuro onde a distância entre ricos e pobres foi esticada até o limite. Com a história de vida negra num futuro distópico, todas as formas de habitação social foram erradicadas e as classes trabalhadoras de Londres foram forçadas a viver em acomodações temporárias nos arredores da cidade.

‘The Kitchen’ é estrelada por Kane Robinson, Jedaiah Bannerman, Hope Ikpoku Jr, Ian Wright, BackRoad Gee, Cristale, Teija Kabs e Demmy Ladipo.

Após a estreia mundial em outubro, o longa já venceu o prêmio ‘Film Award 2023’ organizado pela Rolling Stone UK e possui 83% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Veja o trailer:

“‘Eu sou a soma de muitos ‘sims’’: Paulo Vieira emociona em discurso ao receber prêmio na categoria ‘Humor’ no ‘Melhores do Ano’ da Globo

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Foto: João Cotta

Destaque na Globo, o humorista e ator, Paulo Vieira foi premiado na categoria ‘Humor’, na noite do último domingo, 17, durante a cerimônia de premiação dos ‘Melhores do Ano’, da TV Globo. No discurso de agradecimento, Vieira relembrou as dificuldades que já passou na carreira, agradeceu as pessoas que lhe deram oportunidade afirmando “Eu sou a soma de muitos ‘sims’ [sic]” e também celebrou os atores negros que fizeram história, como Tony Tornado, Lázaro Ramos e Luiz Miranda.

O humorista Paulo Vieira foi anunciado na noite de domingo, durante a cerimônia do prêmio ‘Melhores do Ano’, transmitida no programa ‘Domingão com Huck’, como grande vencedor da categoria ‘Humor’, que homenageia o ator Paulo Gustavo. Além dele, Rafael Portugal e Fábio Porchat também haviam sido indicados na categoria. Ao ser anunciado, Paulo fez um discurso emocionado sobre sua carreira: “Eu conheci o Rafael Portugal há 10 anos, num teste de um programa muito ruim, e a gente estava tentando entrar no programa ruim, e a gente estava tão ferrado que a gente acabou o teste, a gente saiu do estúdio e eu falei para ele: ‘cara, eu não tenho dinheiro para voltar para casa’, ele falou ‘nem eu’ e a gente voltou para pedir um dinheiro para o dono do programa”, lembrou.

O humorista também lembrou o trabalho com Fábio Porchat e pontuou: ‘Eu sou a soma de muitos ‘sims'”. Paulo Vieira também direcionou seus agradecimentos à esposa Ilana Sales e lembrou a experiência que viveu durante uma viagem à Nigéria: “Eu fui agora pra Oyo, na Nigéria, e me disseram lá que um homem só se torna um grande homem quando monta nos ombros dos seus ancestrais, eu montei e quero dizer que daqui eu vejo um caminho lindo para todos nós”.

Em seguida, ele mencionou alguns dos atores negros que construíram uma trajetória na emissora, como Tony Tornado, Lázaro Ramos e Luiz Miranda, que estavam presentes na cerimônia: “Quero agradecer a todas as pessoas que vieram antes de mim, e aqui eu estou falando de Lázaro Ramos, de Luiz Miranda, de Tony Tornado. Muito obrigado a todos vocês que fizeram antes, a todos os atores que construíram essa empresa. Muito obrigado”, disse.

Lenny Kravitz sobre escrever a música ‘Road to Freedom’ para o filme ‘Rustin’: “Eu pude sentir o espírito da minha mãe”

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Foto: Emma McIntyre/Getty Images

A história de Bayard Rustin, um ativista negro e gay que liderou a luta pelos direitos civis nos EUA dos anos 60, protagonizado por Colman Domingo, estreou recentemente na Netflix e na semana passada, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro, por Melhor Ator em Filme de Drama e Melhor Canção Original por ‘Road to Freedom‘ (Caminho para a Liberdade, traduzido em português), de Lenny Kravitz.

Em entrevista ao IndieWire, o músico relatou que ao assistir uma versão inicial do filme, foi muito fácil aceitar o desafio de escrever a interpretar a canção. “A primeira coisa que senti foi: ‘Minha mãe iria querer que eu fizesse isso’”.

Segundo o Kravitz, sua mãe e atriz Roxie Roker, era colega de artistas negros importantes como Maya Angelou, Miles Davis e Ella Fitzgerald, então cresceu cercado por pessoas que “usavam sua arte, em muitos casos, para promover a causa”, afirmou. “Eu pude sentir o espírito da minha mãe. Pude sentir o espírito da minha família e apenas das pessoas em geral que estavam naquele movimento. Senti o espírito de Bayard Rustin. Colman Domingo incorporou esse personagem com muita graça, humildade, força, vulnerabilidade e paixão. Então, eu pensei, ‘Sim, estou a bordo’”, contou.

Lenny Kravitz e mãe Roxie Roker (Foto: Getty Images)

O vencedor do Grammy admitiu que a princípio não conhecia a história de Rustin, “o que imediatamente me mostrou que havia um problema, porque cresci em uma família que era muito ativa no Movimento dos Direitos Civis. Minha mãe e seus amigos e todas aquelas pessoas dos anos 60 estavam envolvidos em tudo isso”.

Apesar do músico ter aceitado este projeto, ele detalhou como é difícil criar uma música original para grandes filmes.“Eles querem que eu escreva a música, e é para ontem, como sempre. E não estou acostumado a trabalhar dessa maneira porque faço música principalmente sozinho”, explicou. “Eu trabalho de acordo com minha agenda. Entrego os álbuns quando os entrego e estou pronto. Então, agora temos que fazer isso… [mas] não sou um artista que normalmente senta para escrever. Sou uma antena, então gosto de captar o que devo receber. Então, portanto, não estou forçando”, completou.

Após três semanas do processo de criação sob a direção de George C. Wolfe, Kravitz concluiu a música, que se tornou muito pessoal para ele. “Cresci indo à igreja com minha avó, meu avô e minha mãe, ouvindo música gospel e cantando em corais, então esta sou eu. Este sou eu. Combinação de gospel, soul, R&B com um pouco de rock and roll. Isso é o que é ‘Road to Freedom’.”

Clique aqui para ler a entrevista completa!

Após relatar episódio racista, Jojo Todynho registra boletim de ocorrência: “estou estudando para fazer as coisas valerem pela Lei”

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Foto: Reprodução/Instagram

O que era para ser apenas um dia de diversão para Jojo Todynho, 26, terminou com ela registrando um boletim de ocorrência contra um episódio racista. Na noite deste sábado (16), a cantora relatou nas redes sociais ter sofrido racismo enquanto fazia compras na feira da Beira-Mar, em Fortaleza (CE). 

Jojo diz que se negou a fazer uma propaganda quando foi ofendida. “Veio uma senhora e falou para mim: ‘Você pode ir na loja que vou te dar um presente e você me marca no instagram?’. Eu falei para ela: ‘Não, obrigada, quero não’. Ela falou assim: ‘Esses pretos são todos arrogantes’. Aí eu terminei de pagar o que eu estava pagando e fui falar com ela, está gravado aqui no meu telefone”, explicou.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, Jojo aparece discutindo com a mulher logo após ela ter escutado a ofensa. Rapidamente, surgiram outros comentários de pessoas com comentários iguais aos que a cantora relata ter escutado: “É preta e é arrogante”.

https://twitter.com/popchartpc/status/1736224056293077390

“Quem quer respeito, se dá ao respeito. Eu só discuti, mas em uma dessas, se meto a mão na cara… Porque com racista tem que ser assim. Eu disse que vim passear, não sou obrigada a aceitar produto”, disse em vídeo gravado no Instagram. “Todo mundo que estava presente viu o que ela fez. Tem gente que vai defender ela, mas assim, eu não abaixo a cabeça pra ninguém, para as pessoas entenderem que racistas não passarão e que as pessoas tem que entender que não é porque ela está com 50,40,60 anos que ela está livre pra falar o que ela quiser. Ela vai falar o que quiser dentro da casa dela, comigo não”, acrescentou.

A cantora disse que a administradora da loja lhe pediu desculpas. No entanto, a Jojo informou que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) contra a mulher. E a acusada também abriu um boletim contra a artista por calúnia. “Falei para ela que não a chamei de preta, jamais. Até conversei com ela, mas ela está sempre muito exaltada, não consegue conversar de jeito nenhum”, se pronunciou.

Jojo não divulgou o nome da loja e da acusada nas redes sociais. Após registrar o boletim, ela apareceu em novos vídeos chateada com a situação e afirma que buscou “a melhor forma” de fazer Justiça. “Eu estou estudando para fazer as coisas acontecerem pela Lei”, disse.

“Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”: exposição no Museu da Diversidade Sexual celebra mulheres negras e indígenas

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Fotos: Reprodução/Instagram

Museu da Diversidade Sexual (MDS), localizado na capital paulista, inaugurou nesta semana, 14 de dezembro, a exposição “Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”, que ficará em cartaz até 11 de março de 2024. A mostra é um convite a se pensar a cultura das religiões de matrizes afro-brasileiras com um recorte sensível de gênero, raça, sexualidade e o papel das mulheridades africanas. A entrada é gratuita.

Com curadoria da multiartista A TRANSÄLIEN e de Khadyg Fares, pesquisadora do MDS, a exposição reúne obras de quatro artistas mulheres: May Agontinmé, Ani Ganzala, Leaħ e Adeloyá OjúBará. As obras apresentadas exploram a estética e a simbologia das Yabás, orixás femininas da religião do Candomblé, a partir de diferentes perspectivas, como a fotografia, a pintura, a escultura e o audiovisual.

“A exposição ‘Xirê das Yabás’ é uma importante oportunidade para refletirmos sobre a potência das mulheres negras e indígenas na construção de nossas identidades e culturas”, afirma A TRANSÄLIEN. “As Yabás são representações de força, beleza e fertilidade, e suas histórias são fundamentais para nos inspirarem e nos fortalecerem”, completa.

“A exposição é uma celebração da vida, da diversidade e da resistência”, destaca Khadyg Fares. “Ela nos convida a mergulhar no universo mágico e ancestral das religiões de matrizes afro-brasileiras”, acrescenta.

Para o diretor do Instituto Odeon, Carlos Gradim, que faz a gestão do MDS, a exposição é um marco importante para o Museu. “Essa mostra é um exemplo da potência da arte para promover a reflexão crítica e a transformação social”, afirma. “Ela é um convite a todos e todas a conhecerem e valorizarem a cultura afro-brasileira”, completa.

Serviço

Exposição “Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”

Funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 18h

Entrada gratuita todos os dias
Endereço: Avenida São Luis, 120

O impacto da Inteligência Artificial na comunidade negra

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Crédito: Freepik

Texto: Alder Paulo Lima

O assunto do momento é Inteligência Artificial! IA é uma força transformadora em diversos setores, mas seu impacto pode ser sentido de maneira desigual se não houver uma abordagem cuidadosa em relação aos recortes raciais. A interseção entre IA e recorte racial destaca desafios significativos: o reconhecimento de pessoas negras nas soluções com IA aplicada e oportunidades para promover equidade por meio da educação digital.

Mas existem algumas reflexões importantes a se fazer quando falamos sobre tecnologia e recorte racial, como por exemplo: já que somos, mais de 50% da população brasileira, por que não somos muitas vezes convidados a sentar nas mesas de debates quando tange a possível regulação e legislação da mesma? Daí percebemos que o acesso à educação digital e as novas tecnologias que incluem essas chamadas “TECNOLOGIA DE PONTA” como a IA, não chegam ao nosso alcance! Sendo assim é IMPRESCINDÍVEL discutirmos sobre INTERAÇÃO ENTRE IA, RECORTE RACIAL e EDUCAÇÃO DIGITAL. 

Ao promover a diversidade na criação de tecnologias, capacitando indivíduos com habilidades digitais e promovendo a conscientização, podemos trabalhar coletivamente para moldar um futuro onde a IA contribua para a equidade e não para a disparidade.

Isso porque os algoritmos de IA são treinados com conjuntos de dados que refletem, em grande parte, os preconceitos existentes na sociedade. Isso pode resultar em sistemas que reproduzem e perpetuam viés racial, prejudicando minorias. Por exemplo, em sistemas de reconhecimento facial, a precisão pode ser menor para indivíduos de determinados grupos étnicos.

Presença de viés algorítmico destaca a necessidade de uma revisão constante dos modelos de IA. É imperativo que os desenvolvedores e cientistas de dados considerem a diversidade em seus conjuntos de treinamento, a fim de criar sistemas mais justos e inclusivos.

Mas aí vem a pergunta: como combater esses vieses que afetam a população preta?

A EDUCAÇÃO DIGITAL 

A educação digital emerge como um catalisador para enfrentar esses desafios. Ao capacitar indivíduos com habilidades em IA, programação e pensamento crítico, a sociedade cria uma força de trabalho mais consciente e capaz de moldar a tecnologia de maneira ética. Iniciativas que promovem a inclusão e diversidade no ensino de tecnologia contribuem para reduzir disparidades, capacitando comunidades historicamente sub-representadas.

Precisamos nos conscientizar sobre os impactos da IA nos recortes raciais. Precisamos desenvolver uma compreensão crítica das implicações sociais, permitindo que as pessoas participem “da criação, do desenvolvimento” e influenciem políticas relacionadas à IA.

Para isso, a colaboração entre governos, setor privado, organizações sem fins lucrativos e comunidades é essencial para abordar os desafios complexos associados à IA e o recorte racial. Incentivar parcerias que promovam a igualdade de oportunidades na educação digital é crucial para construir um futuro mais inclusivo e equitativo.

Diretor de ‘A Cor Púrpura’, Blitz Bazawule diz que o maior desafio do novo filme foi não parecer redundante: “reimaginação radical”

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Foto: Reprodução ; Warner Bros. Pictures.

Como reimaginar uma obra tão consagrada? Essa foi a pergunta central que trilhou o caminho de Blitz Bazawule em seu trabalho como diretor do novo filme ‘A Cor Púrpura’, que estreia em janeiro no Brasil. Em entrevista para o The Hollywood Reporter, o artista contou que o maior desafio ao longo do processo foi em como evitar a redundância na nova adaptação musical, isso porque já existe o livro cânone de Alice Walker, a peça musical e o primeiro filme, que se tornou um marco, lançado em 1986.

“Durante todo o processo, o desafio era: como não ser redundante? Para um material que foi explorado dessa forma, com o que você realmente vai contribuir? Esse foi o meu maior desafio. Assim que encontrei a ideia deste espaço imaginativo, então se tratou de quais são os elementos que vão nos ajudar a explorar melhor? E alguns deles eram visuais, alguns deles eram sonoros“, contou Blitz que também compôs canções originais para o filme.

O diretor comenta que o novo filme vai explorar como as pessoas lidam com traumas e abusos. “Na verdade, são os problemas que estão na cabeça das pessoas, tentando descobrir como sair. Cresci perto de muitas pessoas assim, lidando com traumas, algumas da minha família. Então eu soube muito rapidamente que esse caminho abriria muitas oportunidades para realmente contribuirmos com o cânone“, contou ele.

Mas o apoio do estúdio e de produtores como Oprah, foi fundamental para a recriação do longa. “[A Cor Púrpura] é um marco cultural tão grande que, se você não tem nada real para contribuir, é melhor não tocar”, diz ele. “Mas tive sorte de o estúdio e meus produtores estarem abertos a uma reimaginação radical desde o primeiro dia.”

A história de ‘A Cor Púrpura’ se desenrola no início do século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie, uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta.

Sarau Preto celebra 10 anos com evento no Museu de Arte do Rio e show de Mart’nália em homenagem a Gilberto Gil

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Foto: George Cambeiro

O Sarau Preto, projeto idealizado pelo cantor e compositor carioca Mombaça, completará uma década de existência e vai celebrar seu aniversário no próximo domingo, 17 de dezembro, das 11h às 22h, no Museu de Arte do Rio (MAR), localizado no Centro do Rio de Janeiro. A entrada no evento é gratuita até às 18h para pessoas com ingressos, que devem ser adquiridos através do Sympla (CLIQUE AQUI).

Com atrações como Roda de Jongo e Roda de Samba, o Sarau Preto realizará um show especial de Mombaça ao lado de Mart’nália, para homenagear o cantor e compositor Gilberto Gil relembrando clássicos como “Esotérico”, “Palco” e “Punk da Periferia”, além das parcerias de sucesso da dupla, como “Chega”, “Pretinhosidade”, “Tava por aí” e “Entretanto”.

O Sarau Preto destaca-se por sua proposta inclusiva e antirracista, com um elenco quase exclusivamente formado por artistas e profissionais negros. Em cada edição, um artista ou personalidade negra é homenageado pelo conjunto de sua obra.

“O Sarau Preto surgiu da necessidade de dar visibilidade à produção cultural negra. O evento visa se tornar um espaço para todas as idades, destacando a diversidade da cultura negra, com rodas de conversa, exposições de artistas plásticos, gastronomia e muito mais.”, afirmou Mombaça.

O evento terá uma programação diversificada, incluindo atividades antes da abertura dos portões do MAR. Um destaque será uma grande roda de capoeira, jongo, Tambor de Crioula e dança afro, conduzida pelo Movimento Cultural Zé Tambozeiro, liderado pelo Mestre Camaleão, das 10h às 11h, em frente ao museu.

Além disso, diversas personalidades contribuirão para tornar o evento ainda mais especial. O ator e produtor cultural Djimmy Chagas contará histórias africanas e afro-brasileiras para as crianças. A poetisa, filósofa e psicanalista Viviane Mose recitará um texto exclusivo para o Sarau Preto.

O evento contará também com a presença do poeta Jorge Magnum, que apresentará um texto inédito, expressando sua realidade cotidiana e buscando na poesia uma forma de libertação para seu povo negro.

Entre as atrações estão apresentações de jongo pelo grupo AFROLaje, roda de samba promovida pelo famoso bar da Lapa Beco do Rato, além de um baile comandado pela DJ Bieta e a participação do rapper, DJ e ativista cultural Shackal com seu projeto “Resenha da Solidariedade”.

Exposições de produtos de empreendedores negros, a presença do Papai Noel Preto e a oportunidade para 10 artistas negros, moradores de periferias e vinculados a instituições públicas ou bolsistas de instituições particulares, se apresentarem também fazem parte do evento.

O evento terá rodas de conversa sobre temas relevantes para a comunidade negra, abordando justiça antirracista, direitos e políticas públicas para a população negra, saúde e uso da força estatal, entre outros assuntos pertinentes.

A apresentação do evento será realizada por Lica Oliveira, ex-apresentadora da Globo e ex-atleta olímpica, que proporcionará uma visão geral do Sarau Preto e conduzirá discussões sobre o sexismo e o racismo estrutural nas relações sociais e profissionais da mulher negra.

Confira a programação completa

10h às 11h

  • Cerimônia de abertura do evento com roda de capoeira, jongo e celebrações, na entrada do MAR

11h às 12h

  • Contação de histórias infantis com Djimmy Chagas no palco Pilotis.

12h às 13h

  • Roda de conversa 1 no auditório (12h às 13h): “Por uma justiça antiracista”. Curadoria: Dra Elisiane Santos, Procuradora MPT.

13h às 15h

  • Roda de conversa 2 no auditório (13h às 14h): “Por que e por quem sangram as mulheres? – O seximo e o racismo estrutural como mecanismos limitantes da mulher negra nas relações sociais e profissionais”. Curadoria: Lica de Oliveira.
  • Apresentação de Roda de Jongo (que ocorre no chão, com interação do público). (13h30 às 14h20).
  • Roda de conversa 3 no auditório (14h às 15h): “As cores do uso da força estatal – qual a cor de quem manda, quem mata, quem morre e quem aplaude?” Curadoria: Coronel Ubiratan Ângelo.
  • Intervalo: rapper Shackal e Tropa da Solidariedade (batalha de rimas) (14h30 às 15h).

15h às 16h30

  • Microfone aberto (artistas selecionados pelo instagram @saraupreto.festival)
  • Roda de conversa 4 no auditório (15h às 16h): “Entre a genética e a sociedade: como fomentar saúde pro povo preto?”. Curadoria: Dr. Fleury Johnson

16h30 às 18h

  • Roda de Samba – Beco do Rato (bloco 1) no palco Pilotis.

18h às 18h30

  • DJ Bieta. 

18h30 às 19h30

  • Roda de Samba – Beco do Rato (bloco 2) no palco Pilotis.

19h30 às 20h

  • DJ Bieta. 

20h às 22h

  • Show Mombaça e Mart’nália – Tributo a Gilberto Gil. (abertura: Viviane Mosé e Jorge Magnum).
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