A Namíbia é um dos países africanos com maior destaque global quando o assunto é igualdade de gênero. A Lacuna Global de Gênero é um texto que integra o relatório do Fórum Econômico Mundial. Na versão mais recente do documento, de 2023, Namíbia aparece como o único país africano no top 10, na 8ª posição, ficando à frente do Reino Unido (15º), Espanha (18º), Canadá (30º) e Estados Unidos (43º). O líder é a Islândia e o Brasil ficou na 57ª posição.
De acordo com o relatório, no ritmo atual, seriam necessários 131 anos para alcançar a completa igualdade entre mulheres e homens (identidades não binárias ou outras não foram consideradas). No entanto, até o momento, nenhum país alcançou plena igualdade de gênero.
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Penohole Brock, ex-instrutora namibiana de sensibilidade de gênero, que agora trabalha no Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional aponta alguns dos motivos do bom desempenho do seu país.
“Muitos de nossos ministros são mulheres. Muitos de nossos embaixadores são mulheres. Eu diria que meus colegas de trabalho não enfrentam discriminação no que diz respeito à trajetória profissional – tem sido um ambiente de trabalho muito saudável nesse sentido”, disse Brock em uma entrevista à BBC. A representação, no entanto, é apenas parte da equação.
“A paridade de gênero é um grande passo na direção certa. Mas agora é hora de examinar e analisar: ‘Ok, mas então, pelo que essas vozes femininas estão advogando?'”, disse ela.
Em termos de violência baseada em gênero e assédio sexual, Brock acredita que “ainda há um longo caminho a percorrer”.
O Índice 2021 de Mulheres, Paz e Segurança, por exemplo, colocou a Namíbia em 95º lugar, atrás de outros países africanos, incluindo Maurício, Ruanda, África do Sul e Gana.
Apesar de parecer a mesma coisa, a igualdade de gênero busca garantir que homens e mulheres tenham os mesmos direitos e oportunidades em diversas áreas, incluindo educação, emprego e participação política. No entanto, a violência de gênero persiste como uma manifestação extrema das desigualdades de poder entre os sexos, envolvendo qualquer forma de violência, abuso ou discriminação com base no gênero.
Mesmo sendo poderosas, mulheres ainda estão sujeitas a violência de gênero.
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