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Primeira edição da Olimpíada de Afrodiversidade do Brasil está com inscrições abertas para públicos de todas as idades

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No Dia da Consciência Negra, 20, acontece no Brasil, a primeira Olimpíada de Afrodiversidade (OBAFRO). Gratuita e online, a prova reúne questões de História, Sociologia e Literatura focadas no tema da Afrodiversidade, contendo obras de personalidades negras, história dos povos africanos e casos contemporâneos.

A prova acontece em uma única fase e pode ser realizada por pessoas de todas as idades e em todo o país, além disso, os interessados podem se inscrever até o dia 19 de novembro através do site oficial: www.obafro.com. O resultado da prova será divulgado no dia 14 de janeiro.

A OBAFRO foi criada pela Comissão de diversidade da Prep Olimpíadas, reconhecido como o maior projeto social dedicado a olimpíadas científicas no Brasil, e para a primeira edição já conta com 7 mil inscritos e 36 escolas parceiras que inscreveram seus alunos para participar do teste. 

“A participação em olimpíadas científicas tem um grande potencial de melhorar o desempenho dos alunos na escola e os temas dessas competições variam muito. Os alunos se mostraram esperançosos com os rumos que essa temática pode ter na escola. Muito pouco é falado sobre história da África, normalmente o ensino tradicional foca na história da Europa e do Brasil. Queremos mudar isso!”, explicou Millena Xavier Martins, Presidente e Fundadora da Prep Olimpíadas e uma das colaboradoras do Comitê de Diversidade Organizador da primeira edição da OBAFRO. 

A Olimpíada de Afrodiversidade tem entre seus principais objetivos promover a conscientização e a promoção da igualdade racial na sociedade, criando um espaço inclusivo para discutir e entender questões relacionadas à raça e à diversidade.

O Brasil está descobrindo a potência do protagonismo negro nas telas 

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Fotos: Paramount+; Globo; e Divulgação

Novelas, filmes, séries… no que diz respeito ao protagonismo negro nas produções brasileiras no audiovisual em 2023, eu, particularmente, começo a me sentir representada. Claro que ainda há muito o que melhorar, mas estou encerrando esse ano bem feliz com a quantidade de produções que destacaram nossa comunidade negra.

A começar pela novela de sucesso ‘Vai na Fé’ com Clara Moneke, Samuel de Assis, Sheron Menezzes, Bella Campos, entre todos os outros do elenco que nos representaram de forma tão brilhante, a ponto que vimos muitos comentários de internautas que voltaram a assistir as novelas graças a esse elenco e roteiro potentes, incluindo uma representação tão simbólica e respeitosa dos povos de terreiro e dos orixás.

‘Vai na Fé’ também mostrou como a representatividade negra, além de atrair o interesse público, também é do interesse para negócios. Ela se tornou a novela com maior faturamento na história da TV Globo, ao conquistar ao todo, 15 patrocinadores e 60 ações publicitárias, ultrapassando o recorde do fenômeno de 2012, ‘Cheias de Charme’.

Foto: Divulgação/ TV Globo

Com ‘Amor Perfeito’ e ‘Terra e Paixão’, pela primeira vez a Globo exibiu todas as novelas com protagonistas negros. O feito histórico em horário nobre na TV aberta ainda ganhou destaque internacional, como no jornal britânico The Guardian.

Quanto ao cinema, em especial neste mês de novembro, estamos prestes a vivenciar um momento grandioso. ‘Ó, Pai Ó 2, estrelado por Lázaro Ramos, estreia no dia 23. A partir deste dia, teremos três filmes nacionais com protagonismo negro. Os outros dois que já estão em cartaz, são duas cinebiografias potentes: ‘Mussum, O Filmis’, protagonizado por Ailton Graça e Yuri Marçal, e ‘Nosso Sonho’, estrelado por Juan Paiva e Lucas Penteado

O filme sobre o humorista e sambista Mussum, lançado no dia 2 de novembro, fez história ao se tornar a maior estreia do cinema brasileiro em 2023, arrecadando cerca de R$ 640 mil, além de já ter faturado R$ 2 milhões no primeiro final de semana. Já o longa sobre a dupla Claudinho e Buchecha, ‘Nosso Sonho’, até o momento, é o filme brasileiro mais assistido do ano, somando 450 mil espectadores, segundo a última atualização da produção, divulgada no dia 31 de outubro. 

Foto: Angelica Goudinho

As séries brasileiras deste ano também não ficam para trás. ‘Histórias Impossíveis‘ da TV Globo trouxe grandes reflexões negras, indígenas e LGBTQIAPN+, e no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, será exibido o último episódio, estrelado por Leandro Firmino e Neusa Borges, o especial ‘Falas Negras‘.

Nos streamings, tivemos o grande sucesso da série ‘Cangaço Novo‘ com Alice Carvalho e Thainá Duarte, original Prime Video. Além de estrear no topo no Brasil, a produção também estreou entre as 10 mais assistidas em diversos países africanos, como Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali e Moçambique.

Além disso, em breve nós também teremos a oportunidade de acompanhar a série da Paramount+ ‘Anderson Spider Silva’,  que contará a vida do lutador que se tornou um dos mais importantes atletas do mundo, com estreia marcada para 16 de novembro na plataforma de streaming. 

Foto: Globo/Manoella Mello

Peço desculpas se não mencionei aqui alguma produção brasileira com protagonismo negro lançada neste ano, mas pela primeira vez, perdi até o fôlego ao pensar em cada uma. Claro que ainda precisamos de avanços para que haja cada vez mais produções com protagonismo negro e sem estereótipos, bastidores com profissionais do audiovisual negro, mais investimentos público ou privado no setor, mas a comprovação da representatividade com bons resultados e faturamento pode ser o caminho para que a gente alcance esses objetivos.

Novembro Negro também é sobre auto-cuidado: Mundo Negro realiza evento em parceria com Pinterest e Sephora Brasil

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Foto: Divulgação

Quais temas são possíveis abordar durante o Mês da Consciência Negra? Durante o evento exclusivo realizado pelo Mundo Negro em parceria com o Pinterest e apoio da Sephora Brasil, realizado na tarde desta sexta-feira (10), houve um encontro especial para tratar de beleza, decoração e bem-estar. 

“Hoje está sendo um dia histórico pra gente, trazendo um outro tom com um pouco de mais leveza, sofisticação e beleza pro Dia da Consciência Negra, no escritório da Pinterest aqui em São Paulo, numa tarde gostosa, abrindo o Mês da Consciência Negra”, disse Silvia Nascimento, CEO e Head de Conteúdo, ao iniciar o evento.

“Esse ano a gente teve a oportunidade de aproximar essa relação com o Mundo Negro. Pra gente é um prazer quando a pessoa diz: eu só entro no Pinterest pra salvar imagens. É tudo o que eu preciso saber porquê dá margem pra gente aprofundar muito conhecimento”, diz Larissa Santos, gerente de parceiros estratégicos e editores na América Latina da empresa, em bate-papo com a Silvia.

Além de trazer a sua experiência em particular até se tornar uma liderança na empresa de rede social, o bate-papo destacou as ferramentas importantes que trazem a sensação de pertencimento para a população negra, como: a opção de escolha do tom de pele entre as peles negras e a escolha dos diferentes tipos de cabelos crespos e cacheados. 

Logo em seguida, os convidados foram presenteados com um turbante cada, para participarem da oficina especial com Michelle Fernandes, CEO da Boutique de Krioula

Além das ações externas, a Sephora Brasil também tem se comprometido com a diversidade interna da equipe. Marcele Gianmarino, Gerente de Diversidade na empresa, revela que atualmente, “74% da Sephora é formada por mulheres. Em cargos de liderança, a gente está falando que 12% são pessoas negras e 33% são mulheres negras”.

Para promover uma tarde especial, a Sephora realizou uma oficina de maquiagem com o Kennedy, que deu dicas valiosas para diferentes tipos de pele negra, além de também dar diversos mimos para cada um presente. 

Para encerrar o evento, o arquiteto Gabriel Rosa trouxe ainda mais leveza ao abordar as melhores dicas para decoração de casas, seja ela própria, aluga, para quem atua em home office, tem filhos, e afins. Tudo para melhorar o desempenho necessário de cada tipo de casa e pessoa. 

Do início ao fim, os convidados ainda tiveram o prazer de saborear o buffet da Chef Aline Chermoula, que preparou todos os quitutes e bebidas, com muita sofisticação.

Pais denunciam caso de racismo contra o filho: “Tudo que eu quero é uma escola que fosse boazinha comigo”, diz criança

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Foto: Reprodução/Instagram

ALERTA GATILHO!

Celebridades e autoridades políticas estão se mobilizando contra mais um caso de racismo sofrido por uma criança de 7 anos na instituição de ensino Fundação Fito, localizada em Osasco, na Grande São Paulo, denunciado pelos pais Aline Gabriel e Fernando Gabriel, nas redes sociais.

Em vídeo publicado nesta sexta-feira (11), os pais deram detalhes da perseguição que vem ocorrendo com o filho desde o primeiro dia de aula na escola. “Ele tinha que ser deixado numa ala destinada às peruas escolares, que busca ele, e a professora deixou ele em uma outra recepção, praticamente na saída da escola, onde meu filho poderia ter saído pela saída principal da escola e ido embora”, relata o pai, que só soube porque o filho mais velho, que estuda na mesma escola, viu o irmão sozinho e com medo e o levou até a ala certa e segura. Depois do ocorrido, os pais relatam que foram até a coordenação e eles disseram que não iria mais se repetir.

Além da denúncia da negligência com a falta de cuidado com ele, o filho, sendo o único o aluno negro da sala, os pais detalham a omissão da professora com relação aos bullyings, exclusão dos alunos e da própria professora durante brincadeiras e atividades pedagógicas, isolamento social com consentimento da professora e coordenação. As denúncias também incluem a marginalização contra uma prima do menino da mesma escola, que ao tentar questionar a professora pelo o isolamento dele, foi acusada de assédio moral, na ausência de um responsável.

Tudo que eu quero é uma escola que fosse boazinha comigo, que os anos fossem mais legais, que ninguém fosse falar do meu time, tudo isso acontece lá na perua, na escola, na sala. Em qualquer lugar da escola parece que acontece isso. Eu quero mudar de escola”, diz a criança para a mãe, em uma das conversas divulgadas por ela.

Todo o contexto racista afetou o estímulo e aprendizagem da criança, o que também levou a professora na insistência de que ele fosse um menino atípico, um diagnóstico já refutado pelos profissionais.

Aline e Fernanda também contam que houve uma reunião com a diretora Silvia, a vice-diretora Sueli, com a coordenadora Daniele, a professora Laís e o psicólogo Carlos. Com todo o despreparo relato pelos profissionais, nesta sexta-feira, foi anunciado o afastamento da criança.

Comovida pelo caso em que foi marcada, repercutido entre famosos, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) se pronunciou na publicação da cantora Luedji Luna. “QUE ABSURDO! Medidas serão tomadas”, afirmou. 

O vereador Emerson Osasco (Rede), também se manifestou no post da mãe Aline. “Estou revoltado e me solidarizo com todo esse horror que vocês estão passando. Irei juntos com vocês cobrar medidas urgentes”. 

Na manhã deste sábado (11), a mãe Aline anunciou que ela e o pai irão ao Conselho Tutelar para denunciar o racismo na escola contra o filho. Já a Fundação Fito publicou nas redes sociais uma nota de esclarecimento. Leia na íntegra:

A FUNDAÇÃO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE OSASCO – FITO, vem a público esclarecer que está consternada com os fatos relatados em relação ao nosso aluno.

Informamos a todos que já conversamos com a família e estamos apurando todo o ocorrido.

A Fundação repudia veementemente qualquer ato de racismo ou conduta discriminatória em nossa escola, e reforça o seu compromisso em combater com todo rigor qualquer suspeita ou indício deste tipo de conduta.

Ressaltamos que trabalhamos com afinco para promover um ambiente inclusivo, acolhedor e respeitoso sempre, para todos os alunos e servidores, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Atuação de Viola Davis como vilã do novo filme ‘Jogos Vorazes’ é aclamada pela crítica: “ela domina todas as cenas”

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Foto: Lionsgate,

O novo filme da franquia Jogos Vorazes, ‘A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes’ estreia no próximo dia 15 de novembro, mas as primeiras análises sobre a obra já estão chegando na internet. No longa, Viola Davis dá vida à personagem Dra. Volumnia Gaul, grande vilã responsável pela 10ª edição dos Hunger Games.

As primeiras críticas tecem elogios à Davis e apontam a performance da atriz EGOT como a melhor do filme. “Ela domina todas as cenas, uma verdadeira estrela que incorpora os elementos de Panem”, destacou a Editora do site Beyond The Trailer, Grace Randolph. “Davis conquista o cenário com uma grande vilã”, publicou o site Marshable.

“O elenco de apoio também traz seu melhor jogo, especialmente Viola Davis, que se compromete totalmente com a mentora distorcida que acredita que a humanidade, em sua essência, é sombria e depravada“, escreveu o site Polygon. “Davis engole cenário como se ela estivesse morrendo de fome no deserto há uma década”, escreveu o The Messenger.

‘A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes’ se passa muitos antes antes dos eventos da primeira saga de ‘Jogos Vorazes’, seguindo as aventuras do jovem Coriolanus (Tom Blyth). Lutando contra seus instintos tanto para o bem quanto para o mal, Snow parte em uma corrida contra o tempo para sobreviver e revelar se acabará se tornando um pássaro canoro ou uma cobra.

Grammy 2024: SZA, Jon Batiste e Janelle Monáe concorrem ao título de ‘Álbum do Ano’; confira todos os indicados negros

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Foto: Getty Images ; GQ Magazine.

Nesta sexta-feira (10), a Academia de Gravação anunciou os indicados para a 66ª cerimônia do Grammy, premiação de música mais importante do mundo. O maior destaque ficou com a cantora SZA e seu aclamado disco ‘S.O.S.’, que acumulou 9 indicações ao título, incluindo ‘Álbum do Ano’ e ‘Música do Ano’. A norte-americana Victoria Monét, que se apresenta no AFROPUNK Bahia no próximo dia 18 de novembro, também foi um dos destaques, recebendo 7 indicações ao prêmio.

Além de SZA, Jon Batiste com o ‘World Music Radio’ e Janelle Monáe com o ‘The Age of Pleasure’ também concorrem ao prêmio principal de ´Álbum do Ano’. Pela primeira vez, o Grammy também apresentou a categoria de ‘Melhor Performance de Música Africana’, que incluiu o sucesso viral ‘Water’, da artista sul-africana Tyla.

Álbum do Ano

“World Music Radio,” Jon Batiste
“The Record,” Boygenius
“Endless Summer Vacation,” Miley Cyrus
“Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd,” Lana Del Rey
“The Age of Pleasure,” Janelle Monáe
“Guts,” Olivia Rodrigo
“Midnights,” Taylor Swift
“SOS,” SZA

Gravação do Ano

“Worship,” Jon Batiste
“Not Strong Enough,” Boygenius
“Flowers,” Miley Cyrus
“What Was I Made For?” from “Barbie,” Billie Eilish
“On My Mama,” Victoria Monét
“Vampire,” Olivia Rodrigo
“Anti-Hero,” Taylor Swift
“Kill Bill,” SZA

Música do Ano

“A&W” — Jack Antonoff, Lana Del Rey & Sam Dew, songwriters (Lana Del Rey)

“Anti-Hero” — Jack Antonoff & Taylor Swift, songwriters (Taylor Swift)

“Butterfly” — Jon Batiste & Dan Wilson, songwriters (Jon Batiste)

“Dance the Night” (From “Barbie the Album”) — Caroline Ailin, Dua Lipa, Mark Ronson & Andrew Wyatt, songwriters (Dua Lipa)

“Flowers” — Miley Cyrus, Gregory Aldae Hein & Michael Pollack, songwriters (Miley Cyrus)

“Kill Bill” — Rob Bisel, Carter Lang & Solána Rowe, songwriters (SZA)

“Vampire” — Daniel Nigro & Olivia Rodrigo, songwriters (Oliva Rodrigo)

“What Was I Made For?” [From the Motion Picture “Barbie”] — Billie Eilish O’Connell & Finneas O’Connell, songwriters (Billie Eilish)

Artista Revelação

Gracie Abrams

Fred Again

Ice Spice

Jelly Roll

Coco Jones

Noah Kahan

Victoria Monét

The War and Treaty

Melhor Álbum de R&B

“Girls Night Out,” Babyface
“What I Didn’t Tell You (Deluxe),” Coco Jones
“Special Occasion,” Emily King
“Jaguar II,” Victoria Monét
“Clear 2: Soft Life EP,” Summer Walker

Melhor Performance de Música Africana

“Amapiano,” Asake and Olamide
“City Boys,” Burna Boy
“Unavailable,” Davido featuring Musa Keys
“Rush,” Ayra Starr
“Water,” Tyla

Neusa Borges e Leandro Firmino estrelam ‘Falas Negras’, especial para o Dia da Consciência Negra

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Foto: Globo/Manoella Mello

Cercada de mistério, reflexões, toques de suspense e humor, ‘Histórias Impossíveis’ encerra sua temporada com o impactante episódio ‘Levante’, no especial ‘Falas Negras’, que vai ao ar na TV Globo, após ‘Tela Quente’, no dia 20, Dia da Consciência Negra.

Criadora e roteirista da antologia, Grace Passô agora também embarca na interpretação da personagem Janaína, protagonista da trama. Assim como Grace, Janaína é uma roteirista negra que ingressa em um novo projeto audiovisual. Seu encontro com o restante da equipe de autores – todos brancos – se dá em uma imersão realizada em uma fazenda no Interior, herança da época colonial da família do chefe do projeto. 

Desde a recepção de Janaína, fica claro o estranhamento que sua presença causa, tanto na forma como os demais roteiristas se relacionam com ela, quanto pelo comportamento misterioso dos funcionários da fazenda, como Benê (Neusa Borges) e Justino (Leandro Firmino). Uma série de acontecimentos atípicos tem início quando Pedro (Guilherme Fontes), o líder da sala de roteiro, desaparece sem explicações. Mas a investigação de Janaína a leva a descobertas inimagináveis sobre o verdadeiro propósito da fazenda e dos planos de seus funcionários.

Neusa Borges e Leandro Firmino (Foto: Globo/Manoella Mello)

A trama de ‘Levante’ se desenrola até um fechamento surpreendente, que leva a discussões sobre os estereótipos criados para personagens negros ao longo da história do audiovisual, mostrando o quanto a desconstrução de preconceitos e estigmas é um processo em curso na sociedade como um todo.

“Indubitavelmente, logo chegamos nas questões de representação e como a mídia retratou seus personagens negros por anos. Então, começamos a achar que existia nisso uma espécie de sátira, uma visão que podia ampliar ao seu limite tudo que queríamos dizer. Estávamos fazendo uma obra que se propunha a ter ‘Histórias Impossíveis’, então nos permitimos ir longe nos aspectos de gênero para contar uma história sobre uma roteirista e personagens”, explica Jaqueline Souza, criadora da série. “É uma reflexão difícil, mas nós acreditamos no potencial de fazê-la com as viradas que a ficção permite, embalada com convenções do terror e suspense, para alcançar um grande público”, completa.

“O episódio é sobre as imagens que foram construídas da população negra no audiovisual nacional, mas também sobre a urgência de ampliar a presença negra nas salas de desenvolvimento e na direção, sem contar a diferença que faz ter parcerias atentas e executivos sensíveis nos espaços de decisão. Não um, mas vários, em todas as etapas de produção e veiculação. Isso permite uma liberdade criativa que amplia a construção de personagens contraditórios, humanos e que ajudam a remontar o imaginário social e nacional sobre nós mesmos”, defende Renata Martins.

Grace Passô e Guilherme Fontes (Foto: Globo/Manoella Mello)

O elenco reúne nomes consagrados na teledramaturgia brasileira, além de participações mais que especiais. “‘Levante’ encerra nossa antologia de forma primorosa. O público terá a possibilidade de ver uma constelação de talentos ao longo de uma trama instigante e envolvente. A dona Neusa Borges é uma de nossas protagonistas, e ela está gigante, um desbunde como nunca visto antes em outro papel, ao lado das maravilhosas Grace Passô, Dandara Abreu e Julia Stockler e dos incríveis Leandro Firmino, Guilherme Fontes, Rodrigo Garcia e Kelner Macêdo. Eu não vejo a hora de compartilhar esse momento com todo o Brasil”, adianta Renata.

Diretora artística de ‘Histórias Impossíveis’ e também de ‘Os Outros’ (original Globoplay), Luisa Lima conta que os atores convidados para o último episódio formam o maior elenco de toda a série. “Desde a gênese do texto, o personagem de Janaína foi escrito pensando na Grace. O Guilherme Fontes esteve comigo na primeira temporada de ‘Os Outros’ e percebi que ele seria um Pedro perfeito. Neusa Borges, a líder do levante, é um ícone do audiovisual brasileiro. Foi incrível trabalhar com ela, esteve firme e aberta”, conta Luisa, que codirigiu o episódio com os diretores Everlane Moraes e Fabio Rodrigo. “Discutimos cada intenção, estivemos juntos no set, com nossas diferentes perspectivas, experiências de vida e profissional, em busca de um sonho comum. Desde o início do projeto até hoje, foram três anos. Um tempo em que podemos comemorar avanços na diversidade do audiovisual brasileiro e internacional. Mas ainda há muito a perseguir e construir. ‘Levante’ traz frescor narrativo, reflete o talento de uma equipe de maioria negra e feminina, abre caminhos e respira novos ares para a dramaturgia brasileira e mundial”, destaca.

“No Brasil, pessoas foram escravizadas por mais de 300 anos porque a narrativa criada dizia que elas não tinham alma. A principal reflexão é que esse tipo de inverdade, principalmente quando repetida milhares de vezes na ficção, segue matando na vida real”, observa o diretor Fabio Rodrigo. “Estou feliz porque posso cooperar com um time poderoso que quer transformar a série em algo inesquecível para o público. O texto criado por Jaqueline Souza, Renata Martins e Grace Passô mostra que há, sim, novos caminhos possíveis”, completa.

Dandara Abreu (Foto: Globo/Manoella Mello)

Everlane Moraes, que também codirigiu o primeiro episódio da antologia ao lado de Luisa Lima, destaca que, embora ‘Mancha’ e ‘Levante’ tenham seus próprios universos narrativos, os dois apresentam semelhanças temáticas e dialogam entre si. “O primeiro é uma boa maneira de estrear, dizendo o quanto a série quer ‘sair da bolha’ e abrir espaço para o diálogo e reflexão. O mesmo é o último, que nos faz pensar na série como um todo, em como se escrevem os discursos, em como se representam os personagens, e em como é uma responsabilidade muito grande contar histórias”, avalia. “Para nós, que contamos histórias, e ainda mais sendo negros, esse episódio é muito simbólico e um avanço na dramaturgia brasileira”, pontua a diretora.

A autora Jaqueline Souza acrescenta que este é um episódio cheio de metalinguagem e que deve provocar reflexões: “Acredito que ele gere uma sensação de inquietação, muitas conversas e debates. Mas, acima de tudo, ‘Levante’ é um convite, uma chamada de ação para reconhecermos o que foi feito e o tanto que há de se fazer em busca de uma representação preta mais humana, digna e complexa nas telas”, conclui.

A antologia ‘Histórias Impossíveis’, apresentada nos especiais ‘Falas’ deste ano, foi criada e escrita por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, escrita com Thais Fujinaga, Hela Santana, Graciela Guarani e Renata Tupinambá. A direção artística é de Luisa Lima e direção de Thereza Médicis, Everlane Moraes, Graciela Guarani e Fabio Rodrigo, com produção de Leilanie Silva. Alinhado à jornada ESG da Globo, o projeto tem direção executiva de produção de Simone Lamosa, e direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

Co-capitão do barco negro atacado por grupo branco em Montgomery, nos EUA, enfrenta acusações de agressão pelo incidente

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O co-capitão do barco negro visto sendo atacado por um grupo de brancos, em Montgomery, no Alabama, Estados Unidos, durante uma briga que viralizou na internet em agosto deste ano, está enfrentando acusações por agressão durante o incidente.

Damieon Pickett, que trabalha como co-capitão do barco fluvial Harriott II, discutiu com velejadores brancos que se recusaram a remover seu barco para que o Pickett pudesse atracar o Marriott II, que é de propriedade da cidade e deveria ficar no espaço designado para ele.

Uma discussão se formou quando o capitão pediu para que os velejadores se retirassem e, nos vídeos que foram amplamente compartilhados nas redes sociais no mundo inteiro, é possível ver que o grupo de homens brancos parte para cima de Damieon Pickett.

A acusação de contravenção enfrentada pelo homem negro é decorrente das alegações de que ele teria dado um soco em um homem chamado Zachary Shipman. Nicole Pickett, irmã do co-capitão, contou que Shipman havia alegado que não estava envolvido na briga e que tentou impedir um de seus amigos durante a confusão.

De acordo com a BBC News, no estado do Alabama, uma pessoa pode registrar queixa por contravenção levando o jus a emitir uma intimação para que o acusado tenha que comparecer no tribunal. Na época, o prefeito da cidade e o chefe de polícia disseram que não apresentariam acusações contra o co-capitão. 

“Naquela época, você tinha um bando de caras bravos batendo na sua cabeça. Você não sabe quem bateu em você”, contou a irmã de Pickett, ao alegar que o irmão agiu em legítima defesa. 

Cinco pessoas foram acusadas pela briga. Dois homens brancos se declararam culpados por agressão ou assédio por contravenção. Outros três, incluindo o homem negro visto balançando a cadeira dobrável, estão prestes a enfrentar julgamento pelo incidente. 

“Estou muito feliz”, diz Jennifer Hudson sobre romance com o rapper Common

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Foto: Cristóvão Polk

Acabou o segredo! A atriz Jennifer Hudson, 42, assumiu publicamente o seu relacionamento com o rapper Common, 51. Os boatos de que os dois estavam juntos duravam desde 2022, e antes de confirmar a relação, eles foram vistos de mãos dadas dois dias antes, enquanto assistiam a uma apresentação de jazz no teatro Joe’s Pub, em Nova York.

“Estou muito feliz, sim, senhora”, disse a estrela do filme “Respect” a Gayle King no “CBS Mornings” nesta semana. Ela ainda afirmou que o seu status de relacionamento é “mais sofisticado do que animado”.

Foto: WireImage

O co-apresentador Nate Burleson, também perguntou se o romance não era uma “complicação”, e ela disse que não: “Definitivamente não é uma complicação”.

Os rumores de um romance começaram em fevereiro de 2022, após serem flagrados em Chicago, na cidade natal de Hudson. Três meses depois, os dois foram anunciados como estrelas do próximo filme “Breathe”.

Desde então, eles já foram vistos juntos em diversos passeios, incluindo uma viagem para Londres em 4 de julho, mas eles continuam a não falarem a respeito. 

Keke Palmer pede ordem de restrição contra o ex- Darius Jackson por violência doméstica

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A atriz Keke Palmer entrou com um pedido de ordem de restrição contra o ex-namorado, Darius Jackson, por violência doméstica e solicitou a custódia exclusiva de seu filho Leodis, de 8 meses. Segundo documentos obtidos pela revista People, o pedido foi feito na quinta-feira, 9, em Los Angeles. 

De acordo com informações contidas no processo, a triz alega que “Darius invadiu minha casa sem meu conhecimento ou consentimento, me ameaçou e depois me atacou fisicamente – atacando meu pescoço, me golpeando, me jogando sobre o sofá e roubando meu dinheiro e telefone quando eu disse a ele que iria ligar para a polícia.”.

Ela também anexou ao processo, iniciado no Tribunal Superior da Califórnia, capturas de tela que seriam das câmeras de segurança de sua casa e mostram um homem partindo para cima de uma mulher sobre um sofá. A atriz alega que Darius teria abusado física e emocionalmente dela ao longo de dois anos.

Também existem registros de agressões de fevereiro de 2022: “imagens de segurança doméstica [de] 13 de fevereiro de 2022, quando o corpo de Darius me jogou na escada pelo pescoço”.

Keke Palmer também denuncia que o ex aplicou: “muitos casos de violência física, incluindo golpes e agarramentos pelo pescoço, descrições de Darius destruindo minha propriedade pessoal, incluindo diários e óculos graduados, jogando meus pertences na rua, jogando as chaves do meu carro para me impedir de ir embora, de me bater na frente de nosso filho, de cuspir palavrões sobre mim para nosso filho, de ameaçar se matar com uma arma se eu o deixasse, de assédio e de outros abusos físicos e emocionais.”

Sobre o incidente ocorrido no último domingo, ela conta que Darius Jackson havia ido à sua casa buscar o filho para levá-lo a um  jogo de futebol, mas a criança não estava em casa porque tinha saído com a irmã de Keke Palmer para visitar a família. Foi então que os pais de Leodis se desentenderam e Jackson teria agredido a atriz.

“O abuso durante nosso relacionamento não foi apenas físico, mas emocional e manipulador”, denunciou a atriz no pedido de restrição. “Darius adoraria me bombardear e me fazer sentir como se eu fosse a mulher mais importante do mundo, apenas para ficar extremamente distante e frio por causa de um insulto percebido contra ele. Se estivéssemos em uma festa ou evento, e eu falasse com uma pessoa por muito tempo ou olhava para alguém de “de certa maneira”, ele saía furioso – me dizendo que eu era uma ‘vagabunda’ e uma ‘prostituta’, me acusando de traí-lo e que eu não o amava. Darius tinha um jeito de me iluminar para me fazer sentir como se estivesse fazendo algo errado, mesmo que não estivesse.” 

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