Após receber apenas uma indicação ao Oscar, ‘A Cor Púrpura‘ se torna o filme com o maior número de indicações no NAACP Image Awards 2024, premiação que celebra as pessoas pretas mais influentes do cinema, televisão e música.
O filme dirigido por Blitz Bazawule concorre a 16 categorias, incluindo o de ‘Melhor Filme‘. As estrelas Fantasia Barrino e Colman Domingoforam indicados a ‘Melhor Atriz‘ e ‘Melhor Ator Coadjuvante‘, respectivamente, além de ambos também disputarem ao prêmio principal da cerimônia: ‘Artista do Ano‘.
Outras produções que também se destacaram foram os longas ‘Clonaram Tyrone!‘, com nove indicações, ‘Rustin‘, com oito, ‘American Fiction‘, com sete, e ‘Origem‘, com quatro.
Entre as séries indicadas, ‘Abbott Elementary‘ lidera com nove indicações. Na sequência aparece ‘Sobrevivendo em Grande Estilo‘ com sete, ‘Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton‘ e ‘Snowfall‘ com seis cada.
Já nas categorias de gravação musical, Victoria Monét e Usher são os artistas que mais se destacaram, com seis e cinco indicações, respectivamente.
Os vencedores serão revelados de 11 a 16 de março. Nas categorias não televisionadas serão apresentados no site do Image Awards de 11 a 14 de março. Quanto às categorias televisionadas, serão anunciadas no dia 16 de março, nos canais norte-americanos BET e CBS.
Na cidade do Texas, Estados Unidos, um juiz ordenou a realização de um julgamento para determinar se um estudante negro do ensino médio pode continuar sendo punido pelo seu distrito por se recusar a mudar um penteado afro. Darryl George, de 18 anos, está fora da Barbers Hill High School, em Mont Belvieu, desde 31 de agosto.
O distrito escolar de Barbers Hill, localizado na área de Houston, argumentou que o cabelo comprido de George, que ele usa em dreadlocks bem amarrados e torcidos no topo da cabeça, viola o código de vestimenta do distrito que limita o comprimento do cabelo para meninos. O distrito afirmou que outros alunos com locs estão em conformidade com a política de comprimento.
Darryl George. Foto: AP.
George alegou que se sentiu frustrado com o que considera uma punição injusta. No Texas, existe uma lei que proíbe a discriminação capilar com base na raça e impede os empregadores e as escolas de penalizarem as pessoas devido à textura do cabelo ou aos penteados protectores, incluindo cabelos afro, tranças, dreadlocks, torções ou nós Bantu.
A mãe do jovem estudante, Darresha George, declarou em entrevista para a ABC, que esta desapontada com o Estado. “Tenho um filho, de 18 anos, que quer ir para a escola, que quer estudar, e vocês estão mexendo com ele. Por que?” ela disse. Num depoimento apresentado na semana passada, Darryl disse que está sendo submetido a ‘tratamento cruel’. “Eu amo meu cabelo, minha trança é sagrada e é minha força”, escreveu ele. “Tudo o que quero fazer é ir para a escola e ser um aluno modelo. Estou sendo assediado pelos funcionários da escola e tratado como um cachorro.”
Sem medo do cancelamento, a atriz Whoopi Goldberg disse que Margot Robbie e Greta Gerwig, atriz e diretora do filme ‘Barbie’, não foram esnobadas pelo Oscar.
Em debate com a equipe no programa The View, da ABC, nesta quarta-feira (24), a co-apresentadora Goldberg rebateu críticas feitas contra a não indicação de ‘Barbie’ nas categorias de ‘Melhor Atriz’ e ‘Melhor Direção’.
“Você não consegue tudo o que quer. Não há esnobadas. Isso é o que você precisa ter em mente: nem todo mundo ganha um prêmio e eles são subjetivos. Filmes são subjetivos”, afirma a vencedora do Oscar de ‘Melhor Atriz Coadjuvante’ por ‘Ghost’ (1991) e indicada a categoria de ‘Melhor Atriz’ por ‘A Cor Púrpura’ (1985).
Apesar de ‘Barbie’ ter sido um sucesso de bilheteria, ela explica que isso não é o suficiente. “Os filmes que você ama podem não ser amados pelas pessoas que votam”, diz a atriz, que já participou do conselho da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Mesmo sem as indicações individuais, Gerwig e Robbie concorrem pelas categorias ‘Melhor Roteiro Adaptado’ e ‘Melhor Filme’. Gerwig é uma das roteiristas e Robbie é a produtora do filme.
A lista de indicados foi divulgada na terça-feira, (23) e a cerimônia do Oscar será realizada no dia 10 de março, transmitido pela HBO Max e TNT.
A segunda temporada da série Original Globoplay ‘Vicky e a Musa’ estreou nesta quarta-feira (24). A adolescente Vicky e sua turma, o fictício grupo Nossa Banda e a trupe do teatro estão de volta em novas aventuras na sequência.
A série é o primeiro musical desenvolvido pelos Estúdio Globo. Criada e escrita por Rosane Svartman (Vai na Fé), uma família negra é destaque na trama. Fafá (Cris Vianna) e Silas (Pedro Caetano), são pais dos jovens Vicky (Cecília Chancez) e William (Pedro Guilherme). Fafá trabalha vendendo quentinhas e quitutes, que são entregues pelo irmão Jê (Dan Ferreira). O marido é mestre de obras e sua mãe Zildinha (Rosa Marya Colin), mora junto com eles.
Foto: Globo/Estevam Avellar
A nova temporada do musical infantojuvenil também conta com as participações especiais da atriz Jéssica Ellen, da comediante Nany People, do ator Leonardo Miggiorin e do cantor Vitor Kley. Juli, interpretada por Jéssica Ellen, é uma mulher forte que desestabiliza a relação de Isa e Jê (Dan Ferreira), já impactada pela distância.
Os 13 episódios inéditos exploram as tramas individuais do núcleo jovem adulto e prometem envolver o público com a formação de outros pares românticos.
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo tem como tradição refletir em suas paredes o sucesso e também os anseios de artistas que nem sempre tiveram os palcos oficiais como vitrine de sua arte.
No aniversário da cidade de São Paulo, nesta quinta-feira, 25 de janeiro, o artista Alex Hornest, nome reconhecido que já deixou seus traços nas paredes do Museu, abre as portas da instituição para repercurtir o talento de Andy Hope, artista por ele indicado para celebrarem juntos os 470 anos da metrópole.
Com entrada gratuita no Museu e também ônibus grátis na cidade, será uma excelente oportunidade para ver nascer em trecho do Pavilhão Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, mais uma expressão do talento do povo paulistano.
Integra a celebração, o lançamento do catálogo da exposição Sergio Lucena – Na Raiz do Tempo, a Matriz da Cor, quando o artista vai receber o curador Claudinei Roberto da Silva para um bate-papo no Teatro Ruth de Souza, dentro do Museu. Inspirado nos céus da Paraíba para realizar sua obra, Lucena é “notória personalização da diáspora nordestina” como afirma o curador.
FÉRIAS DE JANEIRO – CONVITE À EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO DO ACERVO
As férias de janeiro são sonoro convite para conhecer melhor a arte de inúmeras e inúmeros artistas que ganham visibilidade especial no Museu. Considerando o tamanho da instituição, mais de 12 mil m² e um acervo de mais de 8 mil obras, é recomendado que visitantes, do Brasil e do mundo, aproveitem a oportunidade das férias para um passeio pelas exposições em cartaz.
O tempo de visita mais generoso permite conhecer e se aprofundar nos núcleos que compõem a exposição de longa duração do acervo: África: Diversidade e Permanência, Trabalho e Escravidão, As Religiões Afro-Brasileiras, O Sagrado e o Profano, História e Memória, Artes Plásticas: a Mão Afro Brasileira. Informações prévias podem ser obtidas no site do Museu. Clique aqui!
Vale estender a visita por mais de um período, ou mesmo mais um dia, para curtir as diversas exposições temporárias inauguradas em 2023 que ainda estão em exibição: Mãos: 35 anos da Mão Afro-brasileira, Povoada de Diego Mouro, Xilogravura Emanoel Araujo, Sergio Lucena – Na Raiz do Tempo, a Matriz da Cor, Roça é Vida, Artistas Contemporâneos do Benim.
SERVIÇO:
MURAL EM CELEBRAÇÃO AOS 470 ANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO Alex Hornest e Andy Hope Quando: 25 de janeiro, às 11h Marquise do MAB Emanoel Araujo
LANÇAMENTO DO CATÁLOGO E CONVERSA COM O ARTISTA NO AUDITÓRIO RUTH DE SOUZA – REFERENTE À EXPOSIÇÃO “SERGIO LUCENA – NA RAIZ DO TEMPO, A MATRIZ DA COR” Sergio Lucena e Claudinei Roberto da Silva Quando: 25 de janeiro, às 14h Durante todo o dia, a entrada no Museu será GRATUITA!
ENDEREÇO: Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 10, São Paulo – SP, 04094-050) Funcionamento: terça a domingo, 10h às 17h (permanência até às 18h) Ingresso: R$ 15 (estudantes, portadores de ID Jovem, aposentados e maiores de 60 anos, R$ 7,50), vendidos presencialmente ou online Grátis às quartas e durante o Mês da Consciência Negra (novembro) Grátis mediante apresentação de comprovação para:
crianças abaixo de 7 anos
grupos de escolas públicas e entidades de função social
corpo docente e funcionários de escolas públicas e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, estendendo-se aos familiares
Policiais militares, civis e da Polícia técnico-científica da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, estendendo-se aos familiares
Profissionais da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, estendendo-se aos familiares
Guias de turismo credenciado
Membros associados ao Icom
Pessoas com deficiência, com um acompanhante
Estacionamento (Parque Ibirapuera) Horário: das 5h à 0h Acessos: Portões 3 e 7 Preço: segunda a sexta, R$ 11; sábado, domingo e feriado R$ 13
Acessibilidade
Rampas de acesso do piso térreo ao piso superior
Cadeiras de rodas mecânica e motorizada
Passagens amplas que permitem o trânsito pelas exposições
Bancos posicionados no espaço expositivo
Educadores formados para atender diversos públicos com necessidades diferenciadas
Tradução em libras simultânea durante as conversas na galeria
A multiartista Teyana Taylor confirmou nesta tarde de quarta-feira (24) que vai interpretar a lenda do R&B Dionne Warwick em novo filme biográfico. “Sra. Dionne Warwick… Uma mulher de grande estatura, porte e elegância, com um espírito ardente“, publicou Teyana nas redes sociais. “Sua música e envolvimento social aprimoraram a cultura. Sua alma e talento artístico servem como exemplo não apenas de resiliência e força, mas de fé e propósito“.
Os rumores de um possível filme biográfico de Warwick eram antigos. A própria cantora de 83 anos já tinha expressado seu desejo em ter Teyana no papel principal. “Por favor, não pergunte quem eu escalaria para me interpretar, pois obviamente seria Teyana Taylor”, escreveu Warwick nas redes março de 2021.
O produtor Damon Elliott será responsável pelo filme biográfico. Ele também informou que a produção responsável já recebeu o financiamento necessário e uma data de filmagem para o projeto.
Dionne Warwick começou sua carreira na década de 1960, ganhando destaque como parte do famoso trio vocal “The Gospelaires”. No entanto, foi na década seguinte que sua carreira atingiu seu auge, quando colaborou extensivamente com os compositores Burt Bacharach e Hal David. Juntos, eles criaram uma série de sucessos atemporais, incluindo “Walk On By”, “I Say a Little Prayer” e “Do You Know the Way to San Jose”.
Ao longo de sua carreira, Warwick acumulou uma impressionante lista de prêmios, incluindo cinco Grammy Awards. Sua voz distintiva e estilo inconfundível abrangeram uma variedade de gêneros, desde o pop e R&B até o jazz. Além de sua carreira musical, Warwick também teve sucesso como atriz, participando de programas de televisão e filmes.
Warwick continua a ser uma figura querida na indústria musical, sendo reconhecida não apenas por seu talento vocal, mas também por sua contribuição duradoura para a cultura pop. Seu legado é marcado por uma incrível habilidade de interpretar e emocionar através da música, tornando-a uma verdadeira lenda da música contemporânea.
Nesta quinta-feira, 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 470 anos! Para os moradores da capital paulista celebrarem esse momento especial, o Mundo Negro e o Guia Black Chefs preparou uma lista com os melhores restaurantes com donos ou chefs negros, para conhecer e desfrutar da gastronomia enriquecedora.
São diversas opções para ir durante o almoço ou jantar, com opções de lanches, culinária vegetariana, africana, oriental, entre outros.
Confira a lista completa abaixo:
1 – Rap Burguer
Arte urbana e hip hop em uma hamburgueria com pratos inspirados em rappers famosos. Endereço: R. Augusta, 552 – Consolação | Instagram: @rapburguer
2 – Lujul – Cozinha Consciente
Restaurante com gastronomia italiana vegetariana e vegana. Endereço: Rua Original, 165 – Vila Madalena | Instagram: @lujul_
3 – Blackssoba
Restaurante com comida oriental, empreendimento de um casal negro. Endereço: R. Águas Formosas, 64 Jd Brasil | Instagram: @blackssoba
4 – Restaurante Manden Baoba
Culinária africana no Centro-Sul de São Paulo. Endereço: Rua Capitão Cavalcanti, 33 – Vila Mariana | Instagram: @restaurantemandenbaoba
5 – Orfeu
Bar e restaurante de comida brasileira e bebidas autorais. Endereço: Av. Ipiranga, 318 – República | Instagram: @orfeu
6 – Congolinária
Comida africana vegana e culinária típica congolesa. Endereço: v. Prof. Alfonso Bovero, 382 – Sumaré | Instagram: @congolinaria
Quatro jornalistas negros participam do ‘Journalism & Democracy Imersion Program’ (Programa de Imersão em Jornalismo e Democracia), na Universidade do Sul da Flórida (USF), nos Estados Unidos. A ação, que é fruto de uma parceria entre a Embaixada e Consulado dos Estados Unidos com a USF, visa proporcionar uma série de atividades e componentes para oferecer aos participantes uma compreensão mais profunda dos desafios, responsabilidades e oportunidades que o jornalismo desempenha em sociedades democráticas.
A jornalista Basília Rodrigues, jornalista e analista de política da CNN, participa do programa. Para ela, o intercâmbio é uma ação que merece ser aplaudida pela importância do tema. “Apesar do enorme interesse do eleitorado, pelo mundo, no processo de escolha de seus presidentes, muitos vivem em uma bolha de desinformação. Há muito interesse de estar por dentro das notícias, ao mesmo tempo que também há a disseminação de informações falsas. Alguns agem assim por efeito manada, outros colaboram com essa circulação de mentiras conscientemente — é um crime contra a nossa capacidade de tomar decisões, desde as mais simples às mais complexas“, diz ela em entrevista ao MUNDO NEGRO. “Vivemos na era da hiperinformação mas de baixa qualidade e confiabilidade. Todas as iniciativas de aperfeiçoamento dos jornalistas profissionais, quem tem responsabilidade pela emissão da verdade, devem ser aplaudidas”.
A jornalista Luciana Barreto (Ex-CNN e TV Brasil), a repórter e colunista de política Edilene Lopes (Itatiaia), e o repórter Luiz Paulo Souza (Veja) também fazem parte do ‘Journalism & Democracy Imersion Program’ em conjunto com outros 11 profissionais da comunicação brasileira. “Tem sido incrível. Estamos estudando com gente que pensa a democracia, ao mesmo tempo que temos a metade do dia com imersão em inglês“, relata Luciana. “Essa experiência de estar o dia inteiro estudando, vivendo esse vocabulário, fazendo essa vivência em inglês tá sendo bem importante, vamos produzir alguns conteúdos em inglês e tem sido ótimo”.
É favela sim. Favelas e comunidades urbanas substituirão a expressão “aglomerados subnormais” nos censos e pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O termo favela era usado historicamente pelo órgão desde 1950. Segundo o IBGE, a pesquisa do censo daquele ano mostrou diversos desafios referentes à identificação, ao mapeamento e à classificação das favelas, começando pela construção do conceito do termo, original do Rio de Janeiro, que era pouco conhecido em outras regiões brasileiras.
Números da ONU-Habitat 2022 indicam que aproximadamente 1 bilhão de pessoas vivem atualmente em favelas e assentamentos informais, em todo o mundo.
Para Preto Zezé, Conselheiro da CUFA, o reconhecimento do termo favela é fruto de muita luta. “É uma grande vitória porque é um processo de transição em que mesmo querendo o fim das favelas, que é o nosso objetivo final, enquanto elas não ocorrem nós vamos lutar para que os moradores tenham dignidade. Esse reconhecimento é também o resultado de muito esforço, como o “Dia da Favela“, que a gente criou, dos eventos que a gente tem feito, do posicionamento da ideia de favela como potência e inovação, e não somente problemas e carência”.
Para ele, o avanço também vem em termos de políticas públicas: “Esse reconhecimento oficial muda radicalmente a forma que o Estado vai tratar as favelas a partir de agora, porque você tem um órgão oficial reconhecendo esses territórios, mergulhando, sabendo quantos são, o que fazem, o que geram. A produção desses dados é importantíssima para orientar políticas públicas”.
O ativista acredita que o IBGE poderá colher dados em parcerias com as ONGs desses territórios. “Eu acho que vai surgir inclusive uma nova dinâmica do IBGE para que ele passe a produzir dados em parceria com os próprios territórios. A favela não vai só por um lado do setor privado vigorar no caderno de misericórdia e caridade, e por outro lado não ser vista pelo Estado ou poder público somente como um problema custo e gasto”, finalizou.
Para o IBGE, entretanto, a projeção pode estar subestimada, diante das dificuldades de captação dos dados em diversos países e à dinamicidade de formação e dispersão desses territórios. “De acordo com a ONU-Habitat, em 2021, cerca de 56% da população do planeta vivia em áreas urbanas, e essa taxa deve subir para 68% em 2050”, completou.
O Mover (Movimento pela Equidade Racial), em colaboração com a Descomplica, anunciou o lançamento do programa “Mover para Desenvolver“. Voltada para a formação gratuita no desenvolvimento profissional para pessoas negras, as inscrições para as 2.500 bolsas de estudo oferecidas foram prorrogadas até o dia 7 de fevereiro. Este projeto visa impulsionar carreiras e abrir novas oportunidades. (Clique para se inscrever!)
Os cursos, com início em fevereiro, terão uma duração de seis meses. O “Mover para Desenvolver” tem como alvo universitários próximos à formatura ou formados nos últimos 5 anos, interessados em transição de carreira e profissionais vinculados às empresas associadas ao Mover.
Luciene Rodrigues, Gerente de Relações Institucionais do Movimento, destaca que as iniciativas de fomento à capacitação e empregabilidade alinham-se a duas metas: “Até 2030, pretendemos criar mais 10 mil posições de liderança e proporcionar 3 milhões de oportunidades para pessoas negras. Isso será possível por meio de ações propositivas e engajamento dentro e fora das empresas signatárias”.
Segundo um estudo conduzido pela Faculdade de Direito (FD) da Universidade de São Paulo (USP) em 2023, profissionais negros enfrentam uma probabilidade 58 vezes menor de alcançar cargos de alto escalão. A pesquisa, que analisou a governança corporativa e a diversidade racial em empresas de capital aberto no Brasil, revelou que o mercado empresarial ainda é marcado por racismo e patriarcado.
Esses resultados impactam diretamente nas perspectivas de crescimento desses profissionais, uma vez que a ascensão a cargos de gestão parece estar fora de sua realidade. O programa “Mover para Desenvolver” surge como uma oportunidade estratégica para o aprimoramento de competências, visando um mercado de trabalho menos desigual.
O curso oferecerá trilhas formativas especializadas em Soft Skills, Liderança, Organização e Produtividade. Essas habilidades são procuradas por empresas de diversos setores, como indicado pelo relatório “The Future of Work” do Fórum Econômico Mundial, que destaca as competências relacionadas às soft skills como essenciais para os profissionais do presente e do futuro.