Uma escola exclusiva para alunos negros que funcionou durante o período de segregação racial no Missouri, Estados Unidos, está prestes a ser transformada em um centro cultural liderado por uma família negra. A Lincoln School, localizada na cidade de West Plains, foi comprada pelo casal Crockett e Tonya Oaks III.
O prédio onde estava instalada a escola foi comprado pelo casal em julho deste ano. No local, outras gerações de familiares de Oaks foram alunos durante o período de segregação racial nos EUA, em que pessoas negras e pessoas brancas não podiam frequentar o mesmo espaço. A escola fechou após a decisão da Suprema Corte, em 1954, que tornou a segregação ilegal.
De acordo com a revistaEssence, Crockett Oaks, Jr. é o último ex-aluno da Lincoln School que ainda mora na cidade onde a escola está localizada. O pai dele, o primeiro na linhagem de Crockett Oaks, saiu do Arkansas para morar no Missouri na década de 1920. Descendente de pessoas escravizadas, acabou no condado de Howell em busca de trabalho.
“Acho que os demais cidadãos que frequentaram a Lincoln School, e certamente aqueles que estavam cientes do uso da Lincoln School como uma instalação para os negros, ficariam gratos e sorririam por agora estar oferecendo educação para todas as pessoas”, afirmou Oaks III em entrevista.
Foto: Isaac Protiva
As obras de reforma do prédio já foram iniciadas. O pai de Crockett OaksIII falou sobre o orgulho que sente do filho pela iniciativa de transformar a antiga escola em centro cultural. “Estou muito orgulhoso da capacidade do meu filho de chamar a atenção para esta causa. Sua visão para este lugar trará muito valor para a comunidade. A Lincoln School é digna de preservação, sua rica história deve continuar a servir como fonte de lembrança para todos.”, afirmou Oaks Jr. à Essence.
“A comunidade será muito impactada pelo intercâmbio cultural que ocorrerá por meio do diálogo que surgirá por meio de sua programação. Prevemos que os oradores convidados venham de uma variedade de áreas e interesses para ajudar a moldar os nossos pontos de vista sobre vários tópicos valiosos, incluindo a reconciliação racial.”, contou Oaks III em entrevista.
O casal que comprou o prédio afirma que a resposta da comunidade sobre a transformação do espaço foi muito positiva. Eles contam que sua intenção é garantir que a história dos negros que viveram e vivem na região não seja esquecida. Garantindo que a verdadeira seja contada e não seja esquecida.
Uma expressiva coletânea de obras de artistas negros ganha holofotes em uma exposição inédita, superlativa e reveladora no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo (CCBB). Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, aberta ao público a partir de 16 de dezembro, reúne obras produzidas por 61 artistas negros, de diferentes regiões, nos últimos dois séculos no Brasil.
São cerca de 150 pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos abordando uma variedade de temáticas, técnicas e descritivos, distribuídos pelos cinco andares do CCBB. Para conferir na íntegra, a visitação tem duração média de duas horas. Os ingressos gratuitos estão disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP.
“O propósito da mostra é um diálogo transversal e abrangente da produção artística afro-brasileira no país”, explica o curador Deri Andrade, pesquisador, jornalista, curador assistente no Instituto Inhotim e criador da plataforma Projeto Afro (projetoafro.com) de mapeamento e difusão de artistas negros/as/es da cultura afro-brasileira.
A exposição é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 300 artistas catalogados na plataforma. São nomes que abarcam um vasto período da produção artística no Brasil, do século 19 até os contemporâneos nascidos nos anos 2000. “A exposição traz outra referência e um novo olhar da arte nacional aos visitantes”, afirma o curador. “A história da arte do Brasil apaga a presença negra e o artista negro do seu referencial”, completa.
O trabalho de pesquisa por trás do projeto e da exposição nasceu do desejo e, na sequência, da frustração de Andrade ao não encontrar muitas referências em torno da arte afro-brasileira no Brasil. Ao se debruçar em publicações, materiais de outras exposições (a exemplo de várias com curadoria de Emanoel Araujo nos anos 90, que mais tarde viria a se tornar diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo) e inúmeras pesquisas para o mapeamento de artistas negros e suas obras pelo Brasil, Deri Andrade iniciou um minucioso projeto de catalogação de uma arte que, por vezes, foi marginalizada pela sociedade.
“Ser artista acho que já é difícil, ser artista negro no Brasil é ainda um pouco mais complicado”, afirmou o artista Sidney Amaral (São Paulo, SP, 1973/2017), em 2016, ao ser entrevistado pelo projeto AfroTranscendence. Desde a conversa, esse pensamento acompanha Andrade, que dedicou parte de seu tempo a conhecer e investigar a produção artística de autoria negra no Brasil.
Cinco eixos, cinco artistas. Assim foi desenhada a exposição que, a partir de cinco nomes centrais, revela diferentes épocas e discussões, contextos, gerações e regiões. De grande abrangência, a mostra percorre do período pré-moderno à contemporaneidade e discute eixos temáticos em torno de artistas negros emblemáticos: Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro, RJ, 1882-1922), Lita Cerqueira (Salvador, BA, 1952), Maria Auxiliadora (Campo Belo , MG, 1935 – São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (Salvador, BA, 1917- 2013) e Rubem Valentim (Salvador, BA, 1922- São Paulo, SP, 1991).
Cada um dos nomes acima lidera, respectivamente, um eixo: Tornar-se, Linguagens, Cosmovisão (sobre engajamento político e direitos), Orum (sobre as relações espirituais entre o céu e a terra, a partir do fluxo entre Brasil e África) e Cotidianos (discussão sobre representatividade).
A exposição conta ainda com cinco trabalhos comissionados assinados por Gustavo Nazareno (Três pontas/MG), Lídia Lisboa (Guaíra/PR), Elidayana Alexandrino (Coremas/PB), Helô Sanvoy (Goiânia/GO) e Rafael Bqueer (Belém/PA). A primeira obra da coleção do Projeto Afro, do artista Vitú de Souza (Belo Horizonte/MG), também compõe a mostra.
Tradição de Cuidado 1 | Mika/ Coleção da artista
Figuras centrais
No primeiro eixo, o público confere a arte de Arthur Timótheo da Costa, cuja produção transita entre os séculos 19 e 20, expõe a relação do artista com seu ateliê, com a pintura, a fotografia e com artistas que se autorretratam. Seus traços revelam certa dramaticidade e evoluem para uma obra pré-modernista.
Rubem Valentim, homenageado na seção 2, é considerado um mestre do concretismo brasileiro. Propõe uma discussão sobre forma e elementos religiosos. Iniciou a carreira produzindo de natureza-morta a flores e paisagens urbanas e enveredou para o uso de símbolos e emblemas geométricos de religiões de base africanas.
O eixo 3 é dedicado à Maria Auxiliadora, que encanta pelo uso das cores em seus retratos, autorretratos e festas religiosas. Mas não só. Sua obra carrega uma discussão mais política, engajada no debate sobre moradia, territórios, segurança alimentícia e direitos da população negra.
Doriana, 2023 | Victor Fidelis/ Acervo da Galeria Asfalto
Mestre Didi, na seção 4, foi artista e sacerdote, revelando muito da espiritualidade e da relação Brasil/África em seus trabalhos. Sua obra também é marcada pelo uso de materiais naturais como búzios, sementes, couro e folhas de palmeira e trata bastante das afro-religiosidades a partir das relações entre Brasil e África.
No último eixo, a artista central é Lita Cerqueira, única ainda viva dentre os cinco nomes-chave da exposição. Aos 71 anos se consagra como uma das mais importantes representantes da fotografia brasileira, com reconhecimento internacional. Iniciou a carreira capturando imagens de festas populares da Bahia, da capoeira e detalhes da arquitetura do centro histórico de Salvador. Logo depois, enveredou para a fotografia cênica, realizando importantes registros de músicos de sua época, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa.
Em cartaz até 18 de março de 2024, Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira oferecerá ainda laboratórios e oficinas e contará com um espaço próprio do Projeto Afro, no qual o público poderá consultar materiais de pesquisa e acessar a plataforma. Fique atento à programação do CCBB São Paulo, em bb.com.br/cultura.
Angola, 2018 | Pedro Neves/ Coleção do artista
SERVIÇO
Exposição: Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Período: 16/12/2023 a 18/03/2024
Ingressosgratuitos: disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP.
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras. O CCBB não funcionará em 24, 25, 26 e 31 de dezembro e nos dias 1 e 2 de janeiro de 2024.
Informações: (11) 4297-0600
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
O rapper André 3000 surpreendeu o público ao longo das últimas semanas após lançar o seu primeiro trabalho musical desde 2006. Conhecido pelo seu amplo sucesso como líder do grupo de rap OutKast, o astro lançou um álbum sem vocais, explorando apenas o instrumental de flautas. Chamado de ‘New Blue Sun’, o disco chamou atenção dos fãs, que esperavam por novas rimas do vencedor do Grammy.
Em entrevista para a GQ Magazine, André revelou que não se sente mais confortável em fazer rimas, por mais que tenha vontade. Aos 48 anos, ele diz que envelhecer o afastou do hip-hop. “Na verdade, às vezes parece inautêntico para mim fazer rap porque não tenho nada sobre o que falar desse jeito. Tenho 48 anos”, destacou ele. “E não quer dizer que a idade é uma coisa que dita sobre o que você faz rap, mas de certa forma isso acontece. E as coisas que acontecem na minha vida são tipo, do que você está falando? ‘Tenho que fazer uma colonoscopia’. Sobre o que você está fazendo rap? ‘Minha visão está piorando.’ Você pode encontrar maneiras legais de dizer isso, mas não sei”.
André 3000. Foto: Divulgação.
O artista contou que até tentou lançar música de rap e diz que trabalhou com vários profissionais, mas não aconteceu. “Trabalhei com alguns dos produtores mais novos, mais recentes, mais jovens e da velha guarda. Eu recebo batidas o tempo todo. Tento escrever o tempo todo”, disse ele.
Apesar da dificuldade, André 3000 não descarta lançar um projeto de rap no futuro, mas enfatiza que não é um desejo atual. “Não quer dizer que eu nunca faria [rap] de novo, mas essas não são as coisas que estão por vir agora. Talvez isso aconteça um dia, mas preciso encontrar uma maneira de dizer o que quero de uma forma interessante que seja atraente para mim nesta idade“, finalizou.
O documentário ‘American Symphony’ do artista Jon Batiste está emocionando muitas pessoas ao redor do mundo e já aparece como favorito ao Oscar de ‘Melhor Documentário’ nos sites especializados. A obra, já disponível na Netflix, começa em 2022, no momento em que Batiste descobre que foi indicado a 11 Grammys, o ponto mais alto em toda sua carreira. Ao mesmo tempo que a vida profissional do cantor ganha impulso, a sua companheira de vida, Suleika Jaouad, descobre que, após uma década, ela precisa enfrentar o câncer mais uma vez.
‘American Symphony‘ narra as alturas e profundidades emocionais que partem entre os dois mundos de Batiste, o profissional e o pessoal, misturando arte, música e amor. “Algumas pessoas nascem para fazer arte”, disse Batiste à Netflix. “Obtemos energia escrevendo e atuando, criando e reunindo pessoas em uma comunidade. Também obtemos energia por estarmos juntos, nós dois, ou sozinhos. Passamos por esses períodos de incubação, criatividade e refinamento”.
Jon Batiste e Suleika Jaouad em ‘American Symphony’. Foto: Netflix.
Autora, Suleika Jaouad ganhou destaque ao lançar o livro ‘Between Two Kingdoms: A Memoir of a Life Interrupted’, narrando sua experiência sendo diagnosticada com leucemia com apenas 22 anos de idade e que se tornou um dos livros mais vendidos do The New York Times. “É tão estranho ter câncer novamente depois de quase 10 anos de remissão e receber um segundo transplante de medula óssea – uma opção de último recurso e um procedimento realmente arriscado. É um momento bizarro em nossas vidas”, diz Jaouad no documentário. “No meu primeiro dia de quimioterapia, as 11 indicações ao Grammy do Jon foram anunciadas… Sinceramente, não sei como conseguimos chegar a tais extremos.”
Jaouad também conta como, diante desses altos e baixos, seu relacionamento com Batiste foi fortalecido. “Muito antes de termos um relacionamento romântico, Jon e eu compartilhamos uma linguagem criativa. Ambos vemos a sobrevivência como um tipo próprio de ato criativo”, diz ela em ‘American Symphony’. “É o que nos ajuda a alquimizar as diferentes coisas que surgem na vida e a transformá-las em algo útil, algo significativo.“
A Spcine está promovendo a I Mostra de Cinema Angolano e Paulistano, que propõe um intercâmbio cultural por meio da exibição de filmes brasileiros em Angola entre os dias 19 e 23 de dezembro e filmes angolanos no Brasil durante os dias 07 a 13 de dezembro, no Circuito Spcine Olido com ingressos a R$4 (inteira) e R$2 (meia).
A mostra inclui a realização de cinco sessões de curtas-metragens e 5 sessões de longas-metragens em São Paulo, no Cine Olido, como parte da programação do Circuito Spcine de cinema. Em Luanda, as exibições acontecerão no Instituto Guimarães Rosa, integrando a programação da Semana do Brasil em Angola, organizada pela Associação de Empresários Brasileiros em Angola.
Filme ‘Mutu Mbi Má Pessoa’, de Levis AlbanoFilme ‘Comboio da Canhoca’, de Orlando Fortunato
A curadoria dos filmes brasileiros foi realizada pela APAN com apoio da Spcine, enquanto a curadoria dos filmes angolanos será realizada pelo IACA com apoio do IGR e Geração 80. O público de São Paulo terá a oportunidade de desfrutar produções angolanas, como “Ar-Condicionado” de Fradique, que narra a missão de Matacedo e Zezinha para recuperar um ar-condicionado em Luanda, e “Comboio Da Canhoca” de Orlando Fortunato, um retrato histórico da ação repressiva das autoridades coloniais portugueses em Angola. Além dessas, obras como “Rastos De Sangue” de Mawete Paciência e “Mutu Mbi Má Pessoa” de Levis Albano também serão exibidas, prometendo uma ampla reflexão sobre temas importantes.
Documentário “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo” de Juliana VicenteDocumentário “Chico Rei Entre Nós” de Joyce PradoFilme “Medida Provisória” de Lázaro Ramos
Por outro lado, os filmes brasileiros transmitidos em Angola durante a mostra, incluem “Medida Provisória” de Lázaro Ramos, “Chico Rei Entre Nós” de Joyce Prado e “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo” de Juliana Vicente, proporcionando ao público angolano uma visão diversificada da cinematografia brasileira, com obras que abordam questões históricas, culturais e sociais relevantes.
Em sintonia com sua estratégia de internacionalização e fortalecimento das relações com nações africanas, a mostra parte da parceria estabelecida entre SPcine com o Instituto Guimarães Rosa (IGR), o IACA (Instituto Angolano de Cinema e Audiovisual) e a APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro) para realizar a mostra.
Além das projeções, estão programadas duas mesas de discussão, uma no primeiro e outra no último dia da mostra. Os debates contarão com a participação de cineastas brasileiros, membros da Spcine e da APAN, assim como especialistas em cinema africano.
Entre os dias 19 e 21 de dezembro acontece a primeira edição do Festival Beatloko & Filhos do Guetto no Centro Esportivo Vila Silvia, localizado na Zona Leste de São Paulo. O evento conta com uma programação intensa de shows gratuitos para a comunidade e toda a região, incluindo nomes como Mano Brown, Ice Blue, Seu Jorge, Grupo Pixote, Dexter e Turma do Pagode.
O evento é promovido pelo Instituto Filhos do Guetto, em parceria com o Bloco Beatloko, projeto do DJ Cia, conhecido por ser o primeiro bloco de rap, hip-hop e black music criado para o carnaval paulistano e que reúne mais de 150 mil pessoas a cada edição.
“Há 6 anos o Beatloko vem trabalhando no projeto de unificar as comunidades e os artistas por meio da música independente do gênero e o Filhos do Guetto faz um trabalho social e cultural muito importante nesse sentido. A parceria com eles só reforça esse trabalho de descentralizar o lazer e a cultura, levando oportunidade para o povo das comunidades, principalmente da Zona Leste. A ideia do festival, além de trazer grandes nomes ao ar livre e de forma totalmente gratuita, é mostrar que o povo periférico também merece viver essa experiência e expandir o projeto para todo o Brasil.” comenta DJ Cia.
Idealizado por Mr. Jungle há 7 anos, o Instituto Filhos do Guetto tem o propósito de ajudar sua comunidade por meio da cultura, esporte e lazer para pessoas de baixa renda. Oferece aulas de capoeira, ballet, design de sobrancelha, barbeiro, aula de inglês, entre outras atividades profissionalizantes que garantem à comunidade o acesso a oportunidades de emprego. No festival, os alunos dos cursos oferecerão gratuitamente os serviços para o público interessado. Hoje, o instituto também é responsável pelo maior festival da história do funk consciente de São Paulo, o Projeto no Gueto, que já reuniu mais de 100 mil pessoas ao longo de suas 5 temporadas nas periferias da capital.
“O lema deste evento é um só: a periferia também pode. Ter um festival de grande porte com artistas renomados dentro da comunidade, além de levar lazer e cultura para a população, também gera empregos que vão desde a parte do comércio, até a presidência do instituto, todas as pessoas envolvidas na construção desse projeto são da própria comunidade. A parceria com o Beatloko, um dos maiores blocos de São Paulo, com um público tão grande, só prova que a união faz a força. A gente está trazendo o gueto para o gueto.” afirma Henrique Jambo, presidente do Instituto Filhos do Guetto.
A entrada no evento será mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, cuja doação será dividida entre a Ação da Cidadania e a Palestina. A organização estima um público de até 30 mil pessoas ao longo dos 3 dias.
Confira abaixo o line-up:
Apresentação: Samanta Schmutz & Dani Nega
Amanda Magalhães
Netinho de Paula
Grupo Pixote
MC Hariel
Tz da Coronel
Dexter
Aya
Grupo Entre Elas
Art Popular
Mc IG
Tiee
Oruam
DJ Cia + Seu Jorge + Sandrão
MC Daniel
Adriana Ribeiro
MC Cidinho
Turma do Pagode
MC Danny
Gica
MC Smith
Mano Brown & Ice Blue
Serviço
Festival Beatloko & Filhos do Guetto
Data: 19 a 21 de dezembro
Local: Centro Esportivo Vila Silvia, R. Serra Verde, 901 – Vila Silvia, São Paulo – SP
Seja porque você não tem habilidades na cozinha, ou porque está na correria, ou queria apenas se dar esse luxo de presente, diversos personal chefs estão disponíveis para preparar suas comidinhas preferidas na sua casa, nas festas de Natal e Ano Novo.
O Mundo Negro e o Guia Black Chefs selecionou profissionais negros de diferentes regiões do Brasil, que realizam esse tipo de serviço, para recomendar aos nossos leitores.
Veja a lista completa abaixo:
Chef Eliz Farias– Porto Alegre e Região
Especialidades: cardápios personalizados de acordo com o que cliente precisa. Comidas variadas, como massas, risotos, escondidinho, musseline e pratos da culinária nigeriana. Feijoada e farofa de banana são os pratos mais populares.
Instagram: @chef_eliz_alejo
Chef Lize Guimarães – São Paulo e Região Metropolitana
Especialidades: coffee breaks e também jantares personalizados. O menu poderá ser elaborado conforme a necessidade do cliente, após um breafing detalhado.
Instagram: @cheflizeguimaraes
Chef Alan Cerqueira – Salvador e Região Metropolitana
Especialidades: o menu é personalizado de acordo com o gosto do cliente, podendo ser preparado qualquer tipo de opção, como massas, frutos do mar, carnes e aves.
Instagram: @chef.alan
Chef Rebeca Serrano – Zona Sul do Rio de Janeiro
Especialidades: menu criado em parceria com o clientes. Pratos principais: Peixes e Ceviche.
Instagram: @refserrano
Chef Sissa Marques – São Paulo
Especialidades: o cardápio para eventos varia de acordo com a linha de dieta do cliente. As opções mais populares são tabule de quinoa, taça mix de folhas ao molho de manga e chia, escondidinho de frango cremoso com batata doce e escondidinho de carne com abóbora.
Instagram: @saborequilibrio_oficial
Chef Camilla Alves – Zona Sul e Zona Norte do Rio de Janeiro
Durante a COP-28 que está sendo realizada em Dubai, líderes afrodescendentes do Brasil, Colômbia e Honduras apresentaram os resultados do estudo “Territorialidade dos Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe em Hotspots de Biodiversidade”. Essa é a primeira análise regional a documentar a presença territorial dos Povos Afrodescendentes e sua importância para a América Latina e o Caribe em termos de desenvolvimento, mitigação e adaptação às mudanças climáticas e conservação.
O estudo revelou que existem 205 milhões de hectares em 16 países da região com a presença territorial de Povos Afrodescendentes. No entanto, apenas 5% têm reconhecimento legal de seus direitos coletivos de posse de terra e território.
A análise também mostra que existem mais de 1.271 áreas protegidas dentro ou adjacentes aos territórios dos Povos Afrodescendentes, 77% das quais possuem uma transformação natural reduzida, ou seja, pontos de biodiversidade com a enorme contribuição dessas comunidades na proteção de áreas de alto valor ecossistêmico.
Foto: Julia Rendleman/The Guardian.
No Brasil, 67% dessas áreas afrodescendentes estão localizadas em municípios certificados com a presença de comunidades quilombolas sem titulação coletiva. Em países como Belize, Bolívia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, constatou-se que 100% dos territórios dos Povos Afrodescendentes estão em áreas consideradas hotspots de biodiversidade.
Essa descoberta é muito importante, tanto em termos de mostrar o nível de implementação de políticas por diferentes governos de seus compromissos de reconhecer os direitos de posse territorial dos Povos Afrodescendentes quanto como evidência de sua importância na agenda global e nas metas de mitigação das mudanças climáticas e conservação da biodiversidade.
Foto: Julia Rendleman/The Guardian.
O objetivo do estudo é identificar progressivamente a presença, as terras tituladas e não tituladas e os territórios dos povos afrodescendentes e defender o reconhecimento dos seus direitos de posse coletiva. Embora os povos afrodescendentes da América Latina e Caribe lutem por um lugar nos debates internacionais sobre clima e conservação, não ter limites definidos para suas terras ancestrais tem sido um obstáculo para estabelecer adequadamente a importância de seus territórios, de modo a proteger a biodiversidade e lidar com desafios complexos, como como degradação de ecossistemas, perda de sistemas alimentares e outros problemas ambientais.
Estrela da série ‘Empire’, Terrence Howard abriu nesta sexta-feira (8) um processo contra os agentes da empresa Creative Artists Agency (CAA), responsáveis pela comercialização da obra. O ator alega que recebia um salário muito abaixo da média, quando comparado com outros colegas, e que ele foi enganado sobre as informações que repassaram sobre os valores de mercado à época. Em ‘Empire’, ele interpretou o personagem Lucious Lyon, magnata do hip-hop que luta para reerguer sua carreira de sucesso.
“Eu confiei na CAA para cuidar de mim e eles cuidaram de si mesmos”, disse Howard, em comunicado. De acordo com James Bryant, advogado responsável pelo caso, o processo alega que Howard recebeu informações enganosas sobre os salários de atores em situação semelhante. Quando ele perguntou o valor que outros atores com seu nível de fama recebiam, os agentes da CAA supostamente lhe fizeram comparações erradas. Howard alega que ele deveria estar sendo pago no mesmo nível de Kevin Spacey em ‘House of Cards‘ ou Jon Hamm em ‘Mad Men’, com valores em torno de U$ 1 milhão por episódio.
Terrence Howard como ‘Lucious Lyon’ em ‘Empire’. Foto: FOX.
Questionado sobre seu salário, Howard disse que seu acordo com a CAA lhe proporcionou US$ 325 mil por cada episódio de ‘Empire’ no auge da produção. “Nunca recebi crédito de produtor, embora tenha reescrito a maioria das cenas e atuado como produtor”, declarou o artista.
Este não é o primeiro processo que Howard abre sobre sua remuneração em ‘Empire‘, um dos programas mais assistidos da FOX. Em 2020, ele processou a 20th Century Studios por taxas de royalties supostamente não pagos pelo uso de seu nome e imagem em mercadorias.À época, a denúncia alegou quebra de contrato e exigiu prestação de contas.
Criado por Lee Daniels e Danny Strong, ‘Empire’ foi classificado como a série de drama número #1 no principal grupo demográfico de 18 a 49 anos, e com média de mais de US$ 100 milhões por ano em receita publicitária por temporada ao longo de suas seis temporadas. No Brasil, a obra já foi transmitida pela TV Globo e conta com a atriz Taraji P. Henson no elenco principal.
O mercado dos streams e plataformas de música parece que não é tão lucrativo para os artistas. Em nova entrevista para o podcast ‘Business Untitled’, Snoop Dogg revelou que conquistou mais de 1 bilhão de streams no Spotify ao longo de 2023, mas que esse valor lhe rendeu apenas U$ 45 mil, um número muito inferior se fosse gerado a partir de vendas unitárias e downloads pagos.
Foto: Kevin C. Cox / Getty Images.
“Acabaram de me enviar algumas coisas do Spotify, onde consegui um bilhão de streams. Isso não me rendeu nem U$ 45 mil. É o que eu digo, cada vez que você vende alguma coisa, se alguém a vender, você ganha 10% dele, não rende nada”, exemplificou o artista, que atualmente possui mais de 30 milhões de ouvintes mensais. De acordo com um relatório da empresa Loud & Loud, estima-se que cada reprodução do Spotify, gere cerca de US$ 0,0035 por stream.
Vale citar que o dinheiro gerado com os streams não vai inteiramente para o artista, pois há outras partes a serem consideradas, como gravadoras, empresários e compositores creditados, bem como o próprio Spotify recebendo uma parte. Gerando muito mais lucro com shows e turnês, durante a entrevista, Snoop revelou que precisou diversificar sua carteira de ganhos. O artista contou ainda que passou a vender a imagem dele para empresas que estavam trabalhando com NFT.