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“Geni e o Zepelim”: canção clássica de MPB vira filme protagonizado por Thainá Duarte e Seu Jorge

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Fotos: Divulgação

A clássica canção “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque, composta em 1978, ganha vida nas telonas com Thainá Duarte (“Cangaço Novo”) no papel de Geni e Seu Jorge (“Marighella”) interpretando o Comandante do Zepelim.

Segundo a sinopse oficial, o longa inspirado na canção homônima, narra a história de Geni, prostituta de uma cidade ribeirinha, no coração da floresta amazônica. “Amada pelos desvalidos e odiada pela sociedade local, ela vê sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um imponente zepelim, com um verdadeiro projeto de poder predatório para a região. Ele obriga todos a fugirem rio adentro, onde acabam presos. Porém, quando o Comandante vê Geni, ela percebe que talvez ainda haja uma chance de virar o jogo”, descreve.

O filme é dirigido e roteirizado por Anna Muylaert (“A Melhor Mãe do Mundo”), e as filmagens serão realizadas na Cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre.

Em entrevista ao jornal O Globo, Thainá Duarte comentou sobre o novo projeto. “Geni é uma personagem que vive no imaginário coletivo de muitos. Participar de uma releitura de uma das músicas que são parte da trilha da minha vida é uma grande alegria. Ser dirigida por Anna e contar essa história na Amazônia torna tudo ainda mais especial e potente”, celebrou.

“Geni e o Zepelim” é uma produção da Migdal Filmes, com coprodução da Paris Entretenimento e Globo Filmes. As gravações estão programadas para ocorrer entre os meses de maio e junho. A data de estreia ainda não foi divulgada.

Reconhecimento facial de SP confunde aposentado negro com foragido branco; Homem fica 10 horas sob custódia da polícia

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Fotos: Edson Lopes Jr./SECOM

O sistema de reconhecimento facial Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, identificou erroneamente um aposentado de 80 anos como um estuprador foragido. Francisco Ferreira da Silva foi abordado por guardas civis metropolitanos (GCM) enquanto cuidava do jardim de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde atua como voluntário, e ficou cerca de 10 horas em delegacias até ser liberado. A família planeja acionar a Justiça.

O episódio ocorreu em 20 de dezembro de 2024, em Cidade Tiradentes, zona leste da capital. Francisco trabalhava como voluntário na UBS Jardim Dom Angélico, no bairro onde mora, quando foi cercado por agentes da GCM e levado para a delegacia. Uma das netas do aposentado, que estava na UBS para uma consulta, presenciou a abordagem e tentou intervir, sem sucesso. O homem procurado pela Justiça tem semelhanças físicas com Francisco, mas nome e dados pessoais não coincidem: “Eles se parecem, mas o homem é branco, e meu pai é pardo”, disse Adriana Ferreira, 36, filha do aposentado em entrevista ao Uol. “Disseram que verificariam as digitais.”

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) afirmou, em nota, que o sistema é eficiente e que “ninguém foi preso por equívoco após reconhecimento facial”. Disse ainda que Francisco foi levado à delegacia porque, durante a abordagem, “não foi possível confirmar sua identidade”. O idoso passou cerca de 10 horas sob custódia – foi levado primeiro para uma delegacia em Itaquera e depois para outra em São Mateus. “Fiquei muito preocupada. Ele tem diabetes e nem tinha tomado café da manhã”, relatou Adriana.

“Não o trataram mal, mas fizeram brincadeiras, dizendo que ele ia dormir lá. E todo esse processo demorou. Deveria ser mais rápido, principalmente pela idade que ele tem”, completou. A família afirma que Francisco passou a sair de casa “camuflado” após o erro. “Ele agora só sai de óculos escuros e moletom”, contou Adriana.

Apesar de liberado, a polícia alertou que o equívoco pode se repetir. “Nem pediram desculpas. Disseram que não têm muito o que fazer e que ele pode ser abordado de novo, porque a imagem não apaga”, disse a filha.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou não ter registro do caso nas delegacias citadas. A família, no entanto, registrou um boletim de ocorrência.

O advogado da família, Alexandre Pacheco Martins, defende que a Prefeitura e o consórcio responsável pelo Smart Sampa sejam responsabilizados: “Talvez o sistema não seja tão ‘smart’ assim”, disse, em referência ao termo em inglês para “inteligente”. “É crime privar alguém da liberdade fora das hipóteses legais.”

Guilherme Madeira Dezem, professor de Direito da USP e Mackenzie, especialista em inteligência artificial, critica a divulgação de um “prisômetro” pelo governo municipal enquanto erros do sistema são omitidos: “Em geral, as vítimas desses equívocos são pessoas negras e periféricas”, afirmou. “Precisamos discutir os limites da privacidade e o uso dessas imagens.”

Em nota, a Prefeitura afirmou que o Smart Sampa já capturou 990 foragidos e fez mais de 2.200 prisões em flagrante, afirmando que o sistema possui “ampla aprovação popular”. Quanto ao caso de Francisco, reiterou que ele foi liberado após exame de digitais e que o sistema segue “protocolos rígidos”.

(Com informações de UOL)

Milton Nascimento recebe título de Doutor Honoris Causa da Unicamp em cerimônia privada

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Foto: Brunini

O cantor Milton Nascimento recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em novembro de 2024, mas a honraria foi entregue apenas em 25 de fevereiro deste ano, em uma cerimônia reservada na casa do artista, no Rio de Janeiro. A apresentação formal à comunidade universitária ocorreu na última quinta-feira (10).

A homenagem foi concedida pelo reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e contou com a presença do diretor do Instituto de Artes da universidade, Fernando Hashimoto, que propôs a honraria. A decisão pela cerimônia privada levou em consideração questões de saúde do músico e sua agenda durante o período do Carnaval.

Em vídeo compartilhado nas redes sociais, o cantor, que recentemente teve sua última turnê retratada em um documentário, comemorou a honraria. “Muito feliz em receber o título de Doutor Honoris Causa pela Unicamp. Obrigado por confiarem a mim essa honra tão significativa”, disse.

O título de Doutor Honoris Causa é concedido a personalidades que tenham contribuído de forma significativa em suas áreas de atuação. Milton Nascimento, ícone da música brasileira, soma-se agora a outros nomes homenageados pela universidade, como o grupo Racionais MCs.

Chimamanda Ngozi Adichie vem ao Brasil para Bienal do Livro e ciclo de palestras

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Foto: Boots nº 7

A aclamada escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie desembarca no Brasil em junho para marcar presença na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, onde abrirá a programação do evento, e também para participar do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento.

Autora de sucessos como “Americanah” e “Meio Sol Amarelo”, Chimamanda acaba de lançar “A Contagem dos Sonhos”, seu primeiro romance em mais de dez anos, publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Reconhecida por discutir temas como imigração e as múltiplas experiências da mulher negra no mundo, a escritora ganhou ainda mais projeção após suas palestras no TED Talk se tornarem virais.

Bienal do Livro do Rio ocorrerá no Riocentro entre os dias 13 e 22 de junho, reunindo nomes expressivos da literatura pop, como Paula PimentaCara Hunter e GT Karber, criador da série “Murdle”. Os ingressos começaram a ser vendidos nesta segunda-feira.

Já o Fronteiras do Pensamento terá edições em São Paulo e Porto Alegre, com Chimamanda como primeira convidada confirmada da temporada 2024.

Ana Paula Xongani é a nova contratada da área de influência da Globo

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Foto: Divulgação

A empresária e influenciadora Ana Paula Xongani é a nova contratação da ViU, área dedicada ao marketing de influência da Globo. A contratação reforça o portfólio de talentos da plataforma, que já inclui nomes como Eliana, Serginho Groisman, Gil do Vigor e Tadeu Schmidt.

“Essa abertura da Globo para acolher também os talentos nativos digitais é uma inovação importante. Eu tenho muito orgulho de ter acompanhado de perto o início desse processo. Ser o primeiro talento deste formato é motivo de responsabilidade, orgulho e emoção”, celebra Ana Paula Xongani.

Conhecida por seu trabalho em moda, empreendedorismo e discussões sobre autoestima, a influenciadora terá sua estratégia comercial e parcerias com marcas gerenciadas pela ViU. A plataforma é responsável por conectar talentos a oportunidades de negócios em diferentes mídias.

A contratação consolida a aposta da Globo no mercado de influência digital, ampliando sua atuação além dos talentos tradicionais da TV.

Afroempreendedores para encomendar ovos de Páscoa

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Foto: Lethycia Faria

Com criatividade, sabor e afeto, afroempreendedores se destacam na produção de ovos de Páscoa artesanais e oferecem opções únicas para quem deseja presentear com propósito nesta temporada. Em diferentes regiões do país, confeiteiros e confeiteiras negros apostam em receitas autorais ou em ingredientes afrobrasileiros para conquistar os clientes.

O Mundo Negro e o Guia Black Chefs selecionou alguns destes afroempreendedores que aceitam encomendas para a Páscoa 2025, que será celebrado no próximo domingo, 20 de abril. Confira abaixo!

Aline Chermoula – São Paulo (SP) | Instagram: @alinechermoula 

Sabores: cocada angolana, brigadeiro de dendê ou brigadeiro tradicional. (Foto: Reprodução/Instagram)

Brownie do Saulo – Recife (PE) | Instagram: @browniedosaulo

Casca branca com recheio de Ninho e bolo Redvelvet decorado com morango (Foto: Instagram)

Daya Amaro Doceria – Hortolândia (SP) | Instagram: @dayaamarodoceria 

Kit Degustação: Maracujá, Brigadeiro, Prestígio, Bicho de Pé, Ferrero e Ninho com Nutella (Foto: Reprodução/Instagram)

Doceriannas Doces Gourmet – Uberaba (MG) | Instagram: @_doceriannas

Ovo de colher sabor Dragê (Foto: Reprodução/Instagram)

Doces da Rosaline – Nova Iguaçu (RJ) | Instagram: @docesdarosaline 

Ovo Cookie (Foto: Reprodução/Instagram)

Pizzará Bahia – Salvador (BA) | Instagram: @pizzarabahia 

Sabor Ovocá: beijinho e brigadeiro de dendê, em um ovo de acaçá (Foto: Reprodução/Instagram)

Pretas de Barro Doceria – Goiânia (GO) | Instagram: @pretasdebarrodoceria 

Sabor Caramelo puxa e duja de castanha de caju (Foto: Lethycia Faria)

Tiquin d’amor – Itabuna (BA) | Instagram: @tiquindamor 

Ovo trufado de caramelo de maracujá (Foto: Reprodução/Instagram)

Vitoria Doces – São Luís (MA) | Instagram: @1vitoriadoces 

Sabor Supremo de Morangos (Foto: Reprodução/Instagram)

SPFW e Walério Araújo ainda não procuraram Raphael Fonseca após agressão em desfile

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Foto: Reprodução

“Não recebi nenhuma mensagem e nenhum suporte em off.” A declaração é de Raphael Fonseca, comunicador e diretor criativo, que foi vítima de um caso de violência no dia 10 de abril, durante um desfile do SPFW. Em conversa com a editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, Fonseca confirmou que, mesmo após a cena, que viralizou nas redes sociais, em que foi agredido com gritos e empurrões pela médica neurologista Juliana Dias, durante o desfile do estilista Walério Araújo, nem a organização do evento, nem a equipe do estilista entraram em contato com ele.

A Dra. Juliana Dias, que havia trancado seu perfil nas redes sociais após a repercussão do vídeo em que ela e o marido partem para cima de Raphael, publicou um vídeo com sua versão dos fatos. Segundo ela, sua reação foi uma “resposta humana”, motivada pela frustração de não conseguir acessar seu assento. “Errei na forma, não no caráter. Não houve dolo, privilégio ou afronta. Houve humanidade”, declarou a médica, que atua em hospitais como o Santa Catarina e o Rede D’Or, em São Paulo.

Em uma resposta considerada tardia, o SPFW se pronunciou nas redes sociais apenas no fim de semana, afirmando: “Não é civilizado, tampouco aceitável, empurrar alguém ou insultá-lo publicamente, atos que ferem os princípios mais básicos de convivência e respeito.”

Sobre Raphael, a nota declarou: “Nos solidarizamos profundamente com o designer agredido, Raphael Fonseca, e reconhecemos o impacto emocional e simbólico de situações como essa. Infelizmente, não fomos acionados no momento do ocorrido para adotar uma ação imediatista segundo os nossos protocolos de proteção, acolhimento e escuta.”

Três dias após o episódio, no entanto, esse acolhimento ainda não aconteceu. Fonseca reiterou ao Mundo Negro que, até o momento, nem a equipe do SPFW nem o estilista Walério Araújo fizeram contato pessoal para compreender os acontecimentos ou oferecer apoio, como mencionado no comunicado oficial.

Raphael Fonseca já está amparado legalmente e pretende tomar as providências cabíveis.

Desde sexta-feira, o Mundo Negro aguarda resposta às perguntas enviadas ao time do Walério Araújo que nos respondeu dizendo que iriam alinhar uma resposta juntamente com SPFW.

Deputadas estaduais denunciam revista discriminatória no aeroporto de Guarulhos

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Foto Ediane Maria: Reprodução/Instagram | Foto Andréia Jesus: Geraldo Magela/Agência Senado | Foto Leninha: Ramon Bitencourt/ALMG

Três deputadas estaduais — duas de Minas Gerais e uma de São Paulo — denunciaram ter sido vítimas de racismo durante o desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira (11). Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG) relataram ter passado por uma revista discriminatória ao retornarem de um evento no México.

As parlamentares participavam do Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas. Segundo Ediane, após passarem pelo scanner corporal, agentes federais as retiraram da fila de desembarque e as levaram para outra área da alfândega, sem solicitar documentação. “A revista aleatória, que de aleatória não tem nada, é mais uma prática discriminatória e racista. Eu estava na fila com mais duas deputadas, e, de todos os passageiros, só nós, três mulheres negras, fomos escolhidas”, relatou Ediane.

As três registraram um boletim de ocorrência por racismo e pretendem acionar a ouvidoria da Polícia Federal e outras autoridades. A PF afirmou que as deputadas não foram abordadas por seus agentes. Já a Receita Federal, responsável pela fiscalização aduaneira, disse em nota que vai apurar o caso e que 21 passageiros (18% do voo) foram selecionados para inspeção indireta.

Em publicação no Instagram, Andreia de Jesus criticou a abordagem: “Entre centenas de passageiros, só nós fomos selecionadas. É a lógica do ‘suspeito padrão’ que continua operando com pretas e pretos. Racismo é crime”.

As imagens do procedimento serão analisadas pela Corregedoria.

Com informações do g1.

Gayle King, melhor amiga de Oprah, integra voo da Blue Origin com tripulação 100% feminina levada ao espaço

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Foto: Reprodução/OprahDaily

A Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos, realizou nesta segunda-feira (14) a primeira missão tripulada composta exclusivamente por mulheres. Entre as seis passageiras estava a jornalista norte-americana Gayle King, de 70 anos, amiga próxima da apresentadora Oprah Winfrey, que acompanhou o lançamento pessoalmente.

O voo NS-31 decolou do Texas por volta das 10h30 (horário de Brasília) e durou cerca de 10 minutos, cruzando a Linha de Kármán — limite convencional entre a atmosfera terrestre e o espaço, a 100 km de altitude. A bordo estavam ainda a cantora Katy Perry, a ativista Amanda Nguyen, a produtora Kerianne Flynn, a cientista Aisha Bowe e a pilota e jornalista Lauren Sanchez, companheira de Bezos.

Após alguns minutos de gravidade zero e da contemplação da Terra do espaço, a cápsula pousou com segurança no deserto do Texas. O foguete New Shepard, reutilizável, também retornou intacto — prática que reduz custos nas viagens espaciais. Oprah Winfrey apareceu na transmissão ao vivo da Blue Origin para expressar apoio à amiga, com quem mantém uma relação de quase cinco décadas. “Nunca estive mais orgulhosa”, disse. “Ela tem pavor de voar, segura na mão de qualquer um com turbulência, e hoje superou esse medo”, destacou a apresentadora em entrevista à CNN.

King, âncora do CBS This Morning desde 2012, admitiu ter ficado nervosa, mas revelou que foi encorajada por Oprah: “Ela me disse: ‘Se não for, vai se arrepender pelo resto da vida’”.

A missão marca o 31º voo da New Shepard e reforça a aposta da Blue Origin no turismo espacial, agora com um time histórico de mulheres.

Protesto nesta segunda (14) no Centro de São Paulo exige justiça por vendedor senegalês morto por PM no Brás

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Foto: Reprodução/g1

A comunidade senegalesa em São Paulo organiza para esta segunda-feira (14), às 15h, na Praça da República, um protesto para exigir justiça pela morte do vendedor ambulante Ngange Mbaye, de 34 anos, baleado por um policial militar durante uma abordagem na região do Brás na última sexta-feira (11). O caso, registrado como “morte decorrente de intervenção policial”, gerou comoção internacional e críticas de entidades de direitos humanos pela morte do imigrante, que deixou a esposa grávida de sete meses.

Um primo do senegalês e registros em vídeo confirmam que os agentes começaram a agredir Mbaye com cassetetes quando ele tentou impedir a apreensão de mercadorias de uma colega na Rua Joaquim Nabuco. Foi somente após receber múltiplos golpes que o ambulante pegou uma barra de ferro para se defender, avançando então contra os policiais – momento em que um dos PMs efetuou o disparo fatal no abdômen do vendedor.

O caso gerou comoção na imprensa do Senegal, onde a ministra senegalesa de Integração Africana e Negócios Estrangeiros, Yassine Fall, emitiu uma nota afirmando que o governo estava tomando “medidas, por meio da nossa representação diplomática, para elucidar as circunstâncias dessa morte trágica”. Um protesto realizado no Brás no sábado de manhã terminou com mais um ato violento da PM de São Paulo, que lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes após alegar que uma garrafa havia sido lançada contra os policiais.

Investigação em andamento
A SSP informou que o policial envolvido foi afastado e que o DHPP investiga o caso como “morte decorrente de intervenção policial”. Entidades de direitos humanos classificaram o episódio como mais um exemplo de violência institucional contra imigrantes negros

O Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante emitiu uma nota que destacou “o quanto a violência institucionalizada segue fazendo vítimas”:

“Recebemos com profunda tristeza e indignação a notícia da morte do comerciante senegalês Ngange Mbaye, ocorrida no dia 11 de abril de 2025, no bairro do Brás, em São Paulo. Mais uma vez, um homem negro, migrante e trabalhador tem sua vida interrompida de forma violenta em um contexto de repressão e abordagem policial desmedida.

Ngange Mbaye atuava como vendedor ambulante quando foi abordado por policiais militares.

Casos como este revelam o quanto a violência institucionalizada segue fazendo vítimas, especialmente entre as populações negras, periféricas e migrantes. São vidas tratadas como descartáveis, em um ciclo cruel de exclusão e negligência.

Expressamos nossa solidariedade à família de Ngange, à comunidade senegalesa e a todas as pessoas migrantes que, diariamente, enfrentam racismo, xenofobia e precarização em suas rotinas de trabalho e sobrevivência.

É fundamental que haja uma investigação rápida, transparente e imparcial sobre o caso, com a devida responsabilização dos envolvidos e adoção de medidas concretas para que tragédias como essa não se repitam.”

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