Estrela de capa da revista norte-americana, Interview Magazine, Rihanna, conversou com a editora-chefe Mel Ottenberg e dividiu detalhes sobre sua vida pessoal, relacionamento, além de falar sobre um possível retorno à música. Questionada se tem vontade de fazer música de novo, Riri respondeu: “Tenho muitas ideias visuais”.
“Eu tenho muitas ideias visuais. É estranho. Meu cérebro está funcionando ao contrário agora. Geralmente, eu tenho a música primeiro, e a música me leva a todas essas oportunidades visuais, e agora estou tendo todas essas visões, e ainda não tenho as músicas para elas, mas talvez essa seja a chave, desta vez. Talvez as ideias visuais estejam me levando às músicas que eu preciso fazer”, disse ela.
Rihanna também lembrou o início do relacionamento com o rapper A$AP Rocky, em 2019, com quem tem dois filhos, RZA e Riot: “Eu deixei Deus liderar e simplesmente deixei ir. Porque em relacionamentos anteriores eu tentei e tentei e tentei o meu melhor, e você ainda sente que não é o suficiente. Então, quando alguém te vê completamente, e acredita em você, e pensa que você é digna de ser mãe dos filhos, é uma sensação ótima. Eu senti o mesmo por ele. Eu sabia que ele seria um ótimo pai”, disse.
A artista também confessou que teria mais filhos e que deseja ter uma menina: “Não sei o que Deus quer, mas optaria por mais de dois. Eu tentaria pela minha garota. Mas é claro que se for outro garoto, é outro garoto”.
“Eu não teria ideia. A única coisa que eu sabia que queria, ou que poderia imaginar, era a maternidade. Eu não sabia como isso aconteceria, mas é a melhor parte da minha jornada até agora. Todo o resto foi uma surpresa.”, revelou Rihanna ao ser questionada se há 10 ou 15 anos imaginava que sua vida seria essa.
Escolhida para estrelar o papel principal na nova montagem teatral de ‘Romeu e Julieta’, ao lado do intérprete do ‘Homem Aranha’, Tom Holland, a atriz Francesca Amewudah-Rivers está sendo vítima de ataques racistas na internet. De acordo com um comunicado emitido pela companhia de teatro, após o anúncio do elenco, na última semana, a atriz vem recebendo uma “enxurrada de abusos raciais deploráveis”.
Na publicação no perfil oficial da peça, que estreia no dia 11 de maio em Londres, no Reino Unido, os comentários tiveram que ser fechados. Em um comunicado, a companhia de teatro afirmou: “Isso deve parar. Estamos trabalhando com um grupo notável de artistas. Insistimos que eles são livres para criar trabalhos sem enfrentar assédio online. Continuaremos a apoiar e proteger todos em nossa empresa a todo custo. Qualquer abuso não será tolerado e será denunciado. O bullying e o assédio não têm lugar online, na nossa indústria ou nas nossas comunidades em geral.”
Francesca Amewudah-Rivers, que viverá Julieta no teatro, já atuou em peças clássicas como “Macbeth” e “Othello”, bem como em produções da BBC, entre elas a série ‘Bad Education’. A atriz se prepara para estrear no teatro West End, onde seu parceiro de cena, Tom Holland, fez sua estreia nos palcos. O ator tem sido cobrado para se manifestar contra os ataques racistas sofridos por sua colega de elenco, mas até agora não se posicionou.
A produção de “Romeu e Julieta” estreia no dia 11 de maio, em Londres, e é dirigida por Jamie Lloyd. Com um elenco diverso, incluindo nomes como o da atriz Freema Agyeman, conhecida pelo papel de Martha Jones, na série ‘Doctor Who’, e Amanita, em ‘Sense 8’, na Netflix, a peça deve estrear na Broadway após a temporada no Reino Unido.
A jovem Francesca Amewudah-Rivers não é a primeira mulher negra a viver o papel de Julieta. Em 2013, Condola Rashad estreou a peça na Broadway, nos Estados Unidos, ao lado do ator Orlando Bloom.
‘Modativismo: quando a moda encontra a luta’, obra que celebra a estreia de Carol Barreto como autora, será lançado presencialmente nesta quarta-feira, 10 de abril, em Salvador, um mês após a chegada do livro às plataformas digitais, onde já figura entre os mais vendidos no segmento de design de moda.
Com entrada gratuita, o evento será realizado no Espaço Cultural da Barroquinha, a partir das 18h30. A autora designer, professora e pesquisadora baiana Carol Barreto, recebe a curadora Ana Paula Xongani para um bate-papo, com mediação de Adriele Regine, co-fundadora do projeto Lendo Mulheres Negras.
As pessoas interessadas em adquirir seu exemplar podem efetuar a compra no local e já garantir o autógrafo da autora. Depois de Salvador, Carol segue agenda de lançamentos também em Recife, São Paulo e Santo Amaro – sua cidade natal – entre os dias 17 de abril e 23 de maio.
Editada pela Paralela, do grupo Companhia das Letras, a obra se debruça sobre a trajetória do movimento homônimo, criado pela autora há 10 anos a partir do propósito de refletir sobre os aspectos sociais que orbitam em torno da moda.
Ao longo de quatro capítulos, o livro questiona práticas de mercado que situam a moda como catalisadora de desigualdades e traça um paralelo com o Modativismo, que atua no enfrentamento aos preconceitos de raça e gênero por meio da criação artística. Antes mesmo da criação do movimento, o diálogo com esses propósitos já marcava o trabalho de Carol Barreto, que tem 20 anos de atuação profissional, incluindo experiências como artista visual, designer de moda autoral – já tendo circulado por mais de 10 cidades do mundo – e professora doutora do departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro ‘Modativismo: quando a moda encontra a luta’, de Carol Barreto
Quando: 10 de abril (quarta-feira), às 18h30
Onde: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/n – Barroquinha)
Entrada: Gratuita
Preço do livro: O livro estará disponível para aquisição no local por R$ 49,90
Em um jantar memorável e com muita troca sobre o “Sabor da África Ocidental”, o renomado chef nigeriano Tolu Eros estrelou um comercial do Chase Sapphir ao lado do ator Michael B. Jordan, além de outras estrelas como o ator Michael Oloyede, da jogadora da WNBA Chiney Ogwumike, do ex-jogador da NBA Pops Mensah Bonsu, do músico Sarz, e do ator Tony Okungbowa.
“Tive o prazer de me sentar para uma refeição inesquecível do chef nigeriano Tolu Eros. À mesa, abordámos as ligações significativas que os povos da África Ocidental têm com o arroz Jollof. Adorei ouvir sobre as diferentes maneiras de fazer Jollof e as memórias de família associadas a ele. Estou aqui apenas para desfrutar da Unity [Jollof]!”, escreveu o astro do filme Creed no Instagram, ao lançar o comercial nesta segunda-feira (8), em referência ao debate sobre qual o país prepara o melhor Jollof, o prato mais popular em toda a África Ocidental.
“É um prato de arroz à base de tomate, pimenta e especiarias. Originou-se em 1800 com o povo Wolof do Senegal e tornou-se uma sensação na África Ocidental. É um trabalho de amor. Leva muito tempo para fazer. É um daqueles pratos tipicamente comemorativos. Você conseguiria se estivesse dando uma festa. As pessoas dizem que não há festa sem arroz Jollof. Minha avó sempre dizia que se você não cozinha com amor, não cozinhe de jeito nenhum. Então, se você não está cozinhando arroz Jollof com amor, não se preocupe”, disse o chef Eros em entrevista ao Complex.
“Os sabores básicos são pimentão, tomate, cebola e temperos de curry, tomilho e louro. Cada país da África Ocidental faz o seu de forma diferente. Diferentes países da África Ocidental discutem sobre quem faz o melhor jollof. Os mais barulhentos são os nigerianos e os ganenses, e agora os senegaleses. Os senegaleses dizem: ‘Ei, nós criamos o arroz Jollof, então, de verdade, todos vocês estão lutando pelo segundo lugar’”, conta o chef.
Para encerrar o debate, o chef propõe no filme, o prato Unity Jollof. “Você não pode discutir sobre quem é o melhor Jollof na minha mesa de jantar. Meu espírito é que, como pessoas, somos mais fortes juntos do que quando estamos separados. E é por isso que digo: Um povo, um Jollof. Então, quando levo o Unity Jollof para a mesa de jantar, todos ficam unidos. Não há discussão porque todos estão presentes naquele Jollof. Todo mundo é importante nesse Jollof. E acabou se tornando o Jollof mais saboroso. Pegamos na força dos africanos ocidentais e combinamos num só golpe”, conclui.
Também conhecido como Billionaire Chef, 36, o nigeriano trabalha para colocar a cozinha da Nigéria e da África Ocidental no mapa global da culinária. Nos Estados Unidos, ele possui dois restaurantes: Ilé e Ilé Bistro, enquanto na Nigéria, além de comandar o restaurante Ilé Eros, também opera a padaria The Cookie Jar e o serviço de catering Eros & Gourmet.
O chef cresceu entre as cidades de Benin e Lagos e se mudou para o Reino Unido em 2008, para estudar Negócios Internacionais. Ao observar como suas matriarcas criavam as refeições, desejou compartilhar com o mundo.
Em 2021, quando se mudou para Los Angeles, onde tem sediado um dos seus restaurantes, se tornou um chef aclamado nos Estados Unidos, por organizar uma série de jantares íntimos em Hollywood. “Sou o mais novo da família e, quando tinha cerca de 10 anos, a maioria deles tinha ido para o estrangeiro, para a universidade, e alguns começaram a casar, e eu acabei ficando sozinho na mesa de jantar a maior parte do tempo”, disse em entrevista ao OkayAfrica, no ano passado, ao comentar sua inspiração para o formato do restaurante, que oferecem experiências no estilo “mesa de jantar”, em um ambiente mais casual.
Com uma autêntica culinária nigeriana, Eros se tornou o primeiro chef africano a oferecer um jantar exclusivo no festival Coachella, em 2023, na Califórnia. A atração se esgotou em uma semana e se tornou a maior venda de ingressos para jantar nos últimos 15 anos do evento.
O Zimbabué apresentou oficialmente uma nova moeda lastreada em ouro chamada ZiG (Zimbabwe Gold). Ação acontece com o objetivo de tentar controlar a hiperinflação que assola o país.
“A partir de hoje os bancos converterão os saldos atualmente denominados em dólares zimbabuenses na nova moeda chamada de Zimbabwe Gold (ZiG)”, afirmou o governador do Banco Central, John Mushayavanhu, em uma coletiva de imprensa durante a última sexta-feira (5). O ZiG substitui um dólar do Zimbabué, o LBTR, que perdeu três quartos do seu valor em 2024.
No entanto, o dólar americano, que representa 85% das transações no país, continuará a ter curso legal e é provável que a maioria das pessoas continue a preferir essa moeda. Com a alta inflação, de acordo com o observatório Zim Price Check, um dólar americano era trocado por cerca de 30.000 dólares zimbabuenses.
Diferente das moedas convencionais feitas de aço inoxidável e baixo carbono, as moedas ‘lastreadas em ouro’ possuem uma pequena quantidade do metal nobre, o que ajuda a manter o seu valor estável. O principal objetivo é reduzir a quantidade de dólares do Zimbabué em circulação.
Os zimbabuanos terão 21 dias para trocar as notas antigas, atingidas pela inflação, pela nova moeda. Embora o ouro seja tradicionalmente a proteção ideal contra a inflação e a incerteza econômica geral, nenhum país tentou anteriormente enfrentar o enfraquecimento financeiro através da venda de moedas de ouro.
Luh Maza acaba de conquistar mais um feito na carreira e estreia como diretora na série ‘Da Ponte Pra Lá’, nova série nacional da Max, cujo os três primeiros episódios chegou à plataforma de streaming, na última quinta-feira, 4 de abril. Ao todo, sete capítulos do drama investigativo jovem serão lançados, dois novos a cada semana.
Na trama da série, Malu (Gabz, ‘Um Ano Inesquecível: Outono’), uma jovem preta e periférica, se infiltra na escola mais exclusiva da alta sociedade paulistana em busca de uma resposta: Quem matou o seu melhor amigo Ícaro (Victor Liam), um jovem trans e negro? Ela não acredita em caso de suicídio, como insistem as autoridades. Agora, os novos colegas de Malu, que é rapper e filha do maior traficante da cidade, membros das famílias mais poderosas do Brasil, se tornarão cúmplices, amigos, amantes e suspeitos.
Além de ser uma das diretoras, Luh Maza também assina o roteiro, sendo a única negra e trans na equipe. Em 2019, ela se tornou a primeira roteirista trans da televisão brasileira com a série ‘Sessão de Terapia’. Para a cineasta, o personagem Ícaro representa vários transmasculinos que morrem no Brasil só por serem quem são e homenageia o modelo Demétrio Campos, um jovem negro e trans de 23 anos, que suicidou-se no dia 17 de maio de 2020, Dia Internacional do Combate à LGBTfobia.
A diretora acredita que a série pode ser um ponto positivo na mudança do cenário de sub-representação de pessoas pretas e trans em posição de protagonismo e liderança, mas alerta que é preciso manter a atenção. “Nós, profissionais negros – e também os profissionais trans – somos contratados para escrever, dirigir, atuar, mas temos sempre a tarefa extra de ensinar, pedagogizar, reduzir danos… Mas as intenções se tornam vazias se houver hipocrisia entre quem faz e seu conteúdo. O limite entre a referência/homenagem e a apropriação, tokenismo e descarte são muito tênues”.
Victor Liam e Gabz em Da Ponte Pra Lá (Foto: Ariela Bueno)
O lançamento de um ator trans e negro como Victor Liam é a grande celebração de Luh Maza: “O Victor é um garoto brilhante a ser visto e aplaudido. E também é um marco da representatividade na nossa tv/streaming. Um protagonista trans, retinto. Espero que seja o primeiro de muitos personagens lindos que o Victor pode nos apresentar.” A cineasta aproveita para destacar que a conquista de espaços como o ocupado por Victor é fruto do trabalho de muita gente como o CATS – Coletivo de Artistas Transmasculines, que tem dado visibilidade à pauta.
Luh Maza dirige a série ao lado de Giovanni Bianco, Tatiana de Lamare e Rodrigo Monte, e compõe a equipe de roteiro junto com No roteiro Rafael Spínola e Thais Falcão.
Os episódios 4 e 5 da série ‘Da Ponte Pra Lá’ serão lançados na plataforma Max no dia 11 e os dois últimos em 18 de abril. Ela também aguarda o lançamento das séries ‘Candelária’ (Netflix) e ‘Torto Arado’ (Max), em que foi roteirista, e o lançamento do longa-metragem Insubmissas em que também é uma das diretoras.
Durante a Brazil Conference na Universidade de Harvard, duas palestrantes brasileiras denunciaram episódios de racismo. Em um painel mediado pela atriz e apresentadora Regina Casé, as embaixadoras do evento, Naira Santa Rita e Marta Melo, leram uma carta manifesto.
As palestrantes revelaram que três brasileiras brancas fizeram comentários racistas em inglês sobre suas tranças e dreads, incluindo risos enquanto sugeriam que elas poderiam ter piolhos. “Olha essas negras? Será que tem piolho nessas tranças e dreads?”, teriam dito as mulheres brancas.
“O que elas não esperavam é que eu falo inglês”, declarou Naira. “Imediatamente eu as olhei de forma que elas entenderam que eu havia entendido o racismo que estava acontecendo ali. As mesmas se retiraram depois do meu olhar. Em outras situações, eu as teria confrontado, porque o constrangimento, principalmente em situações de racismo, é pedagógico, mas diante de tamanha violência, eu precisei calcular. Pois eu e Marta, mulheres negras, temos muito mais a perder do que 3 meninas brancas de Harvard. Se nós as tivéssemos confrontado, nós teríamos sido vistas como mulheres negras raivosas, escandalosas e até mesmo vitimistas”.
Após o incidente, a Brazil Conference divulgou um comunicado oficial repudiando ‘qualquer forma de discrimnação racial’. “A Brazil Conference reconhece e reitera seu compromisso contra o racismo em todas as suas formas. Repudiamos veementemente qualquer ato de discriminação racial e não compactuamos com tais comportamentos em nossos eventos”, declarou o evento.
O evento também prometeu realizar medidas para melhorar a próxima edição da conferência. “Como princípio norteador está o comprometimento de que tais episódios não se repetirão”, informou a organização.
Abaixo, é possível ler na íntegra a carta de repúdio escrita por Naira Santa Rita e Marta Melo.
CARTA DE REPÚDIO
Por Naira Santa Rita e Marta Melo
Foram muitas situações de violência que vivenciamos enquanto embaixadores da Brasil Conference, mas vou enfatizar uma específica. Ontem, em Harvard, durante um painel eu e nossa outra embaixadora, Marta, aqui presente, enquanto juntas estávamos assistindo, três brasileiras brancas, questionavam-se em inglês, entre si: “see these black women? Are there lice in those braids and dreads?”
Que em tradução livre significa: “vê essas negras? Será que tem piolhos nessas tranças e dreads?” Seguido de risos.
O que elas não esperavam é que eu falo inglês. Imediatamente eu as olhei de forma que elas entenderem que eu havia entendido o racismo que estava acontecendo ali, as mesmas se retiraram, depois do meu olhar.
Em outras situações, eu as teria confrontado, porque o constrangimento, principalmente em situações de racismo, é pedagógico, mas diante de tamanha violência em um espaço como a Brasil Conference, que se considera inclusivo, diverso, eu precisei calcular.
Pois eu e Marta, mulheres negras, temos muito mais a perder do que três meninas brancas de Harvard. Se nós as tivéssemos confrontado, nós teríamos sido vistas como mulheres negras raivosas, escandalosas, e até mesmo, vitimistas.
O racismo é meticuloso, e vem se sofisticando cada vez mais, de tal modo que elas se sentiram confortáveis em proferir intencionalmente tais comentários racistas em inglês, acreditando e subestimando que não entenderíamos.
Agora, questionamos: Quantas pessoas negras aqui estavam e passaram pelo mesmo?
O quão a comunidade brasileira aqui presente, e os demais, realmente age para combater o racismo e efetivamente praticar o antirracismo?
O que dialogamos nesse espaço durante esses dias, e nos últimos nove anos, é vazio?
Quantos negros vocês viram aqui enquanto organizadores da Brasil Conference?
Quais são os líderes do futuro que esses espaços como Harvard e MIT estão formando?
Quem são os brasileiros negros, as mulheres negras, indígenas e plurais que estão nesses espaços para além das iniciativas de impacto social?
Quando os VPs da Brazil Conference falam sobre a representação dos brasis, quais brasis estão aqui? E eu questiono, nós questionamos, enquanto embaixadores da décima edição da Brasil Conference e seus financiadores, sponsors: o Brasil que está aqui é o fruto do privilégio do histórico escravocrata?
O Brasil que está aqui reflete os herdeiros do Brasil? Os indicados do Brasil? O Brasil que tem legado de tráfico, exclusão, violência e exploração dos corpos negros, indígenas e plurais estão aqui?
Enquanto estivermos com discursos cheios de práticas vazias, não só o Brasil, nosso amado país, mas também a Brasil Conference e suas estruturas vão continuar refletindo e perpetuando a manutenção das estruturas racistas, excludentes, que não representam o Brasil que queremos de forma alguma.
O Brasil que queremos no presente, e não no futuro, é legitimado e celebrado em sua diversidade, promotor da equidade, inclusão, e dignidade para todos, e não para poucos.
O Brasil que queremos é o Brasil que a educação como oferecida por Harvard e MIT, assim como a cultura, sejam tidas como acessíveis e ordinárias, como bem fala nosso Gilberto Gil, e não como títulos que diferenciam quem é mais capaz que quem, ou que acentuam ainda mais as desigualdades e abismos sociais.
Quero agradecer a Brenda Maria e ao professor Maurício Antônio, ao Eduardo e Rick, pela acolhida e intencionalidade em promover efetiva tratativa ao que ocorreu e no comprometimento em não permitir que seja negociável que situações como as que os embaixadores vivenciaram esse ano, ocorram novamente em próximas edições da Brasil Conference em Harvard e no MIT.
Essa fala é com o intuito que a Brasil Conference, seus financiadores e sponsors, como o YouTube, Nomad, Fundação Lemann e outros, consigam a partir dessa histórica décima edição, se fortalecer na construção genuína e legado no que realmente queremos como Brasil hoje e não existe Brasil sem diversidade.
Na manhã desta segunda-feira, 8, o ator Jonathan Majors recebeu a sentença após ser condenado por agressão imprudente no processo movido pela ex-namorada Grace Jabbari. Majors foi sentenciado a frequentar um programa de aconselhamento contra violência doméstica durante um ano, que será realizado em Los Angeles, onde o ator mora atualmente.
Michael Gaffey, juiz do Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova York, também determinou que Jonathan Majors deve continuar a fazer aconselhamento e terapia de saúde mental, além de enviar atualizações regulares ao tribunal sobre o progresso do tratamento. Além disso, o tribunal concedeu uma ordem de proteção total para Jabbari.
O veredicto foi anunciado após o julgamento ocorrido no dia 18 de dezembro de 2023, no qual Majors foi considerado culpado pelas acusações de agressão por contravenção em terceiro grau, lesão física imprudente e assédio em segundo grau. No julgamento, que durou cerca de quatro meses, ele foi inocentado das acusações de agressão intencional de terceiro grau e assédio agravado.
Durante o processo, os advogados de Majors, que chegou ao tribunal acompanhado da namorada Meagan Good, solicitaram a possibilidade de conduzir algumas sessões virtualmente, afirmando estarem otimistas a respeito de sua reintegração na indústria cinematográfica. No entanto, o juiz Michael Gaffey disse que essas solicitações seriam consideradas caso a caso.
A primeira data para cumprimento da sentença está agendada para o dia 13 de setembro. Caso não cumpra as determinações do juiz, Majors pode pegar até um ano de prisão por violações das determinações judiciais.
O Instituto C&A anunciou a abertura das inscrições para o IC&A Black FashionLab, uma imersão técnica inovadora voltada para empreendedores de moda autoral negros e indígenas. Com inscrições abertas a partir do dia 8 de abril, a iniciativa oferece uma oportunidade única, com trilha de conhecimento conduzida por especialistas em moda e consultoria contratada, conduzindo e preparando os empreendedores para um pitch de investimento. O projeto também oferece visibilidade de marca para todos os participantes selecionados.
Com inscrições abertas até o dia 18 de abril, o projeto, criado com o intuito de promover a diversidade étnico-racial no cenário da moda, vai selecionar 10 empreendedores de moda autoral negros ou indígenas que possuam CNPJ ativo há pelo menos um ano. Eles terão a chance de aperfeiçoar seus conhecimentos em áreas como aprimoramento e sortimento de produto, além de estratégias de comunicação, em uma imersão programada para acontecer nos dias 15, 16 e 17 de maio no Escritório Central da C&A Brasil, localizado em Alphaville, Barueri, região da Grande São Paulo.
Durante a imersão, os empreendedores poderão desenvolver um projeto para o pitch de investimento. Uma banca avaliadora composta por especialistas do setor será responsável por selecionar a melhor proposta, a qual receberá R$ 10 mil como investimento para a marca.
O Instituto C&A também se responsabilizará pela passagem, alimentação e hospedagem de um representante de cada marca selecionada durante os dias da imersão técnica, ainda que sejam de fora da Grande São Paulo, garantindo acesso para empreendedores de todo Brasil.
Os interessados em participar do IC&A Black FashionLab podem realizar suas inscrições através do link oficial disponibilizado pelo Instituto C&A (CLIQUE AQUI).
A partir de 25 de abril até 1º de dezembro deste ano, o Sesc Pinheiros, localizado na Zona Oeste de São Paulo, será palco da exposição “Um Defeito de Cor”. Inspirada no livro homônimo da autora mineira Ana Maria Gonçalves, lançado em 2006, a exposição promete uma imersão profunda nos contextos sociais, culturais, econômicos e políticos do Brasil Império (1822-1889), bem como suas reverberações contemporâneas.
A curadoria, liderada pela própria autora em conjunto com Marcelo Campos e Amanda Bonan, busca através de 372 peças, entre arte têxtil, fotografias, instalações, cartazes, pinturas e esculturas, traçar uma narrativa complexa que confronta lacunas e apagamentos históricos, especialmente relacionados à população negra. O livro “Um Defeito de Cor” é reconhecido como um dos mais importantes clássicos da literatura feminista negra e nacional, tendo sido premiado pela Casa de las Américas.
Após passagens pelo MAR (Museu de Arte do Rio), no Rio de Janeiro, e pelo Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador, a exposição chega à capital paulista com algumas novidades. Entre elas estão os figurinos e croquis das fantasias do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, assinados pelo artista e carnavalesco Antônio Gonzaga, que se inspirou na obra de Ana Maria Gonçalves para desenvolver o samba-enredo do Carnaval 2024.
Além disso, obras inéditas serão exibidas, como o “Retrato de Ana Maria”, quadro de Panmela Castro; “Bori – filha de Oxum”, do artista e babalorixá Moisés Patrício, e “romaria”, mural que será pintado por Emerson Rocha na entrada do Sesc Pinheiros. A exposição também contará com uma programação integrada de ações educativas ao longo do período expositivo.
Obra ‘Romaria’ do artista Emerson Rocha / Foto: Reprodução
Dividida em dez núcleos não-lineares, que se espelham nos dez capítulos do livro, a exposição busca transmitir uma visão multifacetada do Brasil, destacando momentos históricos e recortes sociais por meio de uma produção intelectual e visual presente na arte contemporânea. Temas como levantes negros, empreendedorismo, protagonismo feminino, culto aos ancestrais e a África Contemporânea serão abordados, reexaminando os caminhos da população afro-brasileira desde os tempos da escravidão até os dias atuais.
Ana Maria Gonçalves, que faz sua estreia na curadoria da mostra ao lado de Amanda Bonan e Marcelo Campos, destaca a importância desse retorno ao universo de “Um Defeito de Cor”, afirmando que é uma experiência que mistura tanto o retorno no tempo quanto no espaço, reconhecendo o papel coletivo na construção de narrativas históricas.
A exposição “Um Defeito de Cor” estará aberta ao público no Espaço Expositivo do Sesc Pinheiros, localizado na Rua Paes Leme, 195. A visitação ocorrerá de terça a sábado, das 10h30 às 21h, e aos domingos e feriados, das 10h30 às 18h. A entrada é gratuita e haverá estacionamento disponível no local. Grupos interessados em agendar visitas podem entrar em contato através do e-mail: agendamento.pinheiros@sescsp.org.br.