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Djavan lança álbum ‘D Ao Vivo Maceió’, gravado em sua terra natal e com homenagem aos povos indígenas

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Foto: Hannah Carvalho

O cantor e compositor Djavan lançou o álbum ‘D Ao Vivo Maceió‘ na quinta-feira, 11 de abril, nas plataformas de música, onde reúne grandes sucessos que documentam a turnê do disco ‘D‘. O registro audiovisual será lançado ainda no primeiro semestre de 2024.

Gravado em sua terra natal, em Alagoas, e dedicado aos povos indígenas, o músico celebrou este momento especial durante conversa em seu estúdio, no Rio de Janeiro. “Eu tenho um amor profundo e uma gratidão imensa pela minha cidade, por Maceió. Porque foi ali que eu me formei, foi ali que eu conheci tudo que eu precisava pra ter uma formação diversa como a minha intuição e o meu espírito gostariam. Ali eu conheci o jazz, o R&B, a música flamenca, a música nordestina, a música do Brasil… Me formatei ali”, conta.

No palco, ao refletir o sentido de “casa” que atravessa o show, Djavan abriu a apresentação com um manifesto lido pela Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Originários, com um texto de sua autoria, feito especialmente para a turnê. “Gritamos e ressoamos o ‘reflorestarmentes’, para que de uma vez por todas o nosso direito à vida seja conquistado, com base na natureza e na ancestralidade”, diz um trecho. Em seguida, o músico começou o show cantando a música ‘Curumim‘, em homenagem aos povos indígenas e “dedicado à todas as minorias”.

“Escrevi ‘Curumim’ depois de ter ficado muito impressionado quando vi na televisão uns meninos indígenas brincando com esses bonequinhos G.I. Joe (lançados no Brasil como Comandos em Ação)”, diz Djavan. “Você vê a infiltração de outras culturas ali, como isso pode matar a cultura indígena. E eu trago na letra, pra sedimentar essa questão, o nome de várias etnias. Nomes belíssimos, sonoros, musicais. Assim como a expressão ‘G.I. Joe’ também me pareceu, ali, extremamente musical”.

Durante a apresentação, Djavan fez um show de voz-e-violão, e depois se reuniu no palco com a banda Iluminado, além de gravar com seus filhos e netos.

Grifes negras são destaque na 57ª edição da São Paulo Fashion Week

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Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite.

A São Paulo Fashion Week começou no último dia 9 de abril e segue até o domingo, 14. A maior semana de moda do país chega em sua edição de número 57 com grandes novidades e talentos emergentes. Os desfiles são realizados nos shoppings Iguatemi, localizado na Zona Oeste, e JK Iguatemi, na Zona Sul da capital paulista. Abaixo, alguns destaques da SPFW 57:

SILVÉRIO

O fundador da SILVÉRIO, Rafael Silvério, resolveu celebrar o amor LGBTQIA+ em sua nova coleção, chamada ‘Celebration’. A ideia foi criar itens para ocasiões de celebração.  “Olhar para as relações humanas valorizando as conexões é o ponto de partida para criar a Linha Celebration. Peças cerimoniais que ajudam a contar as histórias de amor mais sublimes, entre diferentes corpos, orientações afetivas, identidades e vivências”, declarou a marca.

SilverioSPFW N57Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite
SilverioSPFW N57Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite

DENDEZEIRO

A grife baiana preparou a coleção ‘Para Aqueles Que Acreditam Na Liberdade’. “É uma grande reflexão sobre a vida, figurando o passo a passo do crescer, trabalhar, se relacionar, a morte e a pós morte“, relataram os criadores Hisan Silva e Pedro Batalha. “Nos baseamos numa pesquisa com 30 personalidades distintas sobre o que significa medo e liberdade para cada uma delas e a partir das respostas construímos a coleção. Cada roupa conta a história de um personagem, uma reflexão sobre seu passado, presente e futuro, seus desejos e objetivos em paralelo com suas dificuldades e armadilhas.

DendezeiroSPFW N57Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite
DendezeiroSPFW N57Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

AZ MARIA’S

A estilista Cíntia Felix apresentou coleção inspirada no elemento Ar, que segundo ela, representa a vida. A grife AZ Maria’s continua com sua proposta de moda sustentável e diversa.

AZ MariasSPFW N57Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

GEFFERSON VILA NOVA

‘JORNADA’ é nome da terceira coleção que a marca masculina Gefferson Vila Nova Label. Na coleção, o designer de moda baiano vai convidar o público para uma viagem – ou várias. Os destinos podem ser uma ilha paradisíaca, uma grande metrópole, o centro da Terra, uma galáxia distante ou seu próprio interior. “O que importa é liberar a mente e o corpo e transcender”, diz ele.

Gefferson VilaSPFW N57Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

Jéssica Magalhães, biomédica esteta, defende procedimentos que valorizem traços negros: “respeito à ancestralidade”

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Foto: Luciano Pacheco

Por décadas, os padrões de beleza difundidos pela mídia e pela indústria da moda privilegiaram traços eurocêntricos, deixando muitas pessoas negras à margem, sem se sentirem representadas ou valorizadas. Essa marginalização estética teve impactos significativos na autoestima e no bem-estar emocional de alguns indivíduos, contribuindo para uma percepção distorcida de si mesmos e para a internalização de ideais inatingíveis de beleza.

Nesse cenário de mudança e reconhecimento, com mais de uma década de experiência dedicada ao cuidado da pele preta, a biomédica esteta Jéssica Magalhães, especialista em Gestão pela Qualidade e Gerenciamento de Risco em Saúde, é uma voz ativa na promoção da diversidade e na valorização dos traços negróides.

Ao longo de sua carreira, a biomédica tem defendido uma abordagem inclusiva e sensível aos cuidados estéticos, reconhecendo e respeitando as especificidades do povo preto. Em suas palavras, “valorizar os nossos traços negros é resgatar a força que vem de saber quem somos, de celebrar nossa origem e dos povos grandiosos que deram origem à miscigenação brasileira”, pontua.

Jéssica destaca a importância de compreender as características únicas da pele negra e os cuidados necessários para evitar danos durante os procedimentos estéticos. Ela enfatiza também a necessidade de respeitar a identidade e individualidade de cada pessoa, reconhecendo a dor histórica de ter seus traços apontados como feios ou errados.

“Poderia citar primeiramente o respeito à ancestralidade, mas a dor mais latente é a de ter todos os seus traços apontados como feios, errados. A atuação com pessoas negras é ainda mais profunda porque nossa identidade foi roubada há séculos e ainda sofremos com a ausência de reconhecimento como pessoas capazes, inteligentes e belas. A estética então transcende o toque na pele e chega à alma, reparando cicatrizes muito antigas e que são intimamente relacionadas com a maneira como nos vemos no mundo, como indivíduo. Nunca será apenas sobre realizar procedimentos”, explica Jéssica.

A especialista acredita que os procedimentos estéticos podem ser uma ferramenta poderosa para promover a autoestima e a confiança das pessoas negras, desde que realizados de forma personalizada e respeitosa.

No entanto, reconhece os desafios enfrentados ao trabalhar com corpos negros em procedimentos estéticos. A falta de estudos específicos sobre cuidados com essa pele especificamente e a persistência de estereótipos são obstáculos que exigem uma abordagem cuidadosa e comprometida. “A prática clínica, prática de atendimento, acaba trazendo o conhecimento que falta nos artigos”.

Jéssica destaca a importância da conscientização e educação dos profissionais sobre a diversidade de corpos e a importância de valorizar a beleza natural das pessoas negras. Para a doutora, é fundamental que os especialistas compreendam que a estética não deve impor padrões, mas sim celebrar a diversidade e promover a aceitação de todas as formas de beleza. “É entender a estrutura de cada um e realizar conforme é necessário em cada situação. Assim é que temos procedimentos personalizados: feitos de uma forma única para a necessidade real de cada um. Se a atuação for desta forma, vai respeitar as características negras ao invés de transformar a todos em um rosto de mesmo formato”.

Em um mundo que muitas vezes tenta padronizar a beleza, profissionais como Jéssica Magalhães destacam-se como defensores da diversidade e da inclusão. Sua abordagem sensível e comprometida ressalta a importância de reconhecer e valorizar a estética negra em sua autenticidade, promovendo uma maior representatividade e empoderamento para indivíduos negros em todos os aspectos da vida. “Não basta ser um injetor, um reprodutor de protocolo pronto. É preciso estudar, compreender e assim ter a conduta que é correta: estética para aumentar autoestima e não para aprisionar em moldes”, conclui.

Evento da ONU, o 3º Fórum de Pessoas Afrodescendentes vai acontecer na Suíça e terá participação de Anielle Franco

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Foto: Andressa A / ASCOM

A terceira edição do Fórum de Pessoas Afrodescendentes ocorrerá entre os dias 16 e 19 de abril no Palácio das Nações, em Genebra, Suíça. Com o tema “A Segunda Década Internacional para Afrodescendentes: Abordando o Racismo Sistêmico, a Justiça Reparadora e o Desenvolvimento Sustentável”, o evento destaca a importância de questões relacionadas à raça e à justiça social, com foco para as ações antirracistas no mercado privado.

Em sua terceira sessão, o Fórum terá quatro painéis temáticos de discussão: Reparações, Desenvolvimento Sustentável e Justiça Econômica; Educação: Superando o Racismo Sistêmicos e os Danos Históricos; Cultura e Reconhecimento e A Segunda Década Internacional de Afrodescendentes: Expectativas e Desafios.

O Pacto Global da ONU – Rede Brasil, principal iniciativa de sustentabilidade corporativa da Organização das Nações Unidas, organizará eventos paralelos para abordar questões críticas e promover a visibilidade internacional dessas discussões. “Estarmos com nossa delegação no Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes traz o setor privado e entidades brasileiras, diante dos olhos do mundo, à discussão de questões críticas sob um ponto de vista interseccional, com pessoas negras em posições de liderança interagindo com líderes e organizações globais com foco no papel empresarial na defesa dos direitos humanos da população negra”, defende Camila Valverde, COO e diretora de Impacto do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

A abertura da exposição Atlântico Vermelho ocorrerá no dia 15, contando com a presença de autoridades como Anielle Franco, Tatiana Valovaya, Tovar da Silva Nunes, Rita Cristina de Oliveira, Marcelo Campos, entre outros. A exposição apresentará obras de 22 artistas afrodescendentes brasileiros, promovendo o diálogo sobre direitos humanos, arte e cultura.

Foto: Reprodução

Ainda por conta da abertura da exposição, mais dois eventos paralelos estão previstos na programação, nos dias 16 e 17, respectivamente, diferentes painéis com o tema ‘Atlântico Vermelho – A Realização dos Direitos Humanos para os Indivíduos Negros através do Poder da Arte – Discussão com Especialistas e Consulta Aberta sobre Discriminação, Arte e Cultura’, seguirão provocando diálogos entre investigadores, especialistas, figuras públicas e artistas.

O Fórum Permanente foi criado em 2021 pela Assembleia Geral da ONU, como parte das atividades da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024). Entre suas funções, o Fórum Permanente contribui para a inclusão política, econômica e social da população afrodescendentes em todo o mundo, além de identificar e analisar boas práticas, desafios, oportunidades e iniciativas para a promoção dos direitos humanos das pessoas negras. O Fórum Permanente também tem a importante tarefa de discutir a elaboração de uma Declaração das Nações Unidas sobre a promoção, proteção e respeito pleno aos direitos humanos das pessoas afrodescendentes.

Por que o #LUDCHELLA será um marco histórico para a comunidade negra e LGBTQIA+?

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Foto: Reprodução / Redes Sociais

Ludmilla realiza neste domingo (14) o primeiro show de sua sequência histórica no Coachella 2024. Para uma artista negra e brasileira, chegar no palco principal do festival que já recebeu nomes como Beyoncé e Prince é um verdadeiro marco. O espetáculo já até recebeu o nome de ‘Ludchella’, uma menção ao icônico show da Queen B em 2018.

Primeira afrolatina da história no Coachella, Ludmilla sabe da importância de sua arte. “É uma responsabilidade muito grande. Eu me sinto muito honrada por estar recebendo essa dádiva de estar lá abrindo os caminhos para mais pessoas como eu”, disse ela em entrevista para o Popline.

A apresentação da brasileira já é considerada histórica porque sabe-se que quebrar o status quo predominante na indústria da música, onde artistas negros e latinos ainda lutam por representação e reconhecimento equivalentes, ainda é um grande desafio. O festival é conhecido por ser uma vitrine global que catapulta artistas para um novo patamar de reconhecimento e influência. Ludmilla deve ampliar sua rede internacional e sua presença no mercado global. 

Além disso, o sucesso e a visibilidade da dona do ‘Numanice’ como uma artista abertamente negra e LGBTQIA+ deve oferecer uma resposta poderosa à discriminação e à marginalização frequentemente enfrentadas no mundo da música. “A gente sempre tem que fazer três vezes mais para ser visto. Temos que nos dedicar 50 vezes mais para se destacar e assim que a gente vai […] eu sempre paro para me dedicar ao que eu estou fazendo”, disse a artista.

Desde suas origens em Duque de Caxias até alcançar o palco internacional do Coachella, a trajetória de Ludmilla é inspiradora. Neste domingo, a comunidade negra, a comunidade LGBTQIA+ e o Brasil como um todo se orgulhará da artista de Duque de Caxias que levou a música nacional para o mundo.

Ludmilla vai se apresentar no palco Coachella Stage a partir das 18h50, pelo horário de Brasília. O show será transmitido pelo canal do festival no Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=dYTuZMRFhFY

Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB) retorna em sua 5ª edição em Salvador, Bahia

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Foto: Reprodução

Com o tema “Cinemas em Movimento: Memória nas Telas”, Salvador recebe a 5ª edição da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB) entre os dias 8 e 27 de abril. O evento promete uma experiência híbrida, combinando exibições online e presenciais, além de oferecer acesso gratuito a mais de 60 obras cinematográficas produzidas por realizadores negros da diáspora Africana.

Uma das novidades desta edição é o MERCAMIMB, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de abril. Este será o primeiro ambiente de negócios audiovisuais promovido em Salvador pela MIMB, visando aproximar produtores independentes e criadores de conteúdo negro de diversos players e plataformas do setor, tanto nacional quanto internacional.

Além das exibições de filmes, a MIMB oferecerá uma variedade de atividades, incluindo oficinas, masterclasses e espaços de debate sobre a produção negra no cinema. Com uma programação diversificada, o festival visa não apenas entreter, mas também educar e promover a reflexão sobre a importância do cinema como ferramenta de transformação social.

A MIMB, conhecida por sua missão de democratizar o acesso à cultura e à informação, continua a ser um farol de inclusão e diversidade no cenário cinematográfico. Sob a coordenação e protagonismo de Daiane Rosário, Kinda Rodrigues, Julia Morais e Tais Amordivino, mulheres negras influentes em diversas áreas da produção cinematográfica, a MIMB se estabeleceu como uma plataforma essencial para a promoção do cinema negro e suas narrativas.

Creators Negros com Empresas de Sucesso

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Foto: Divulgação

Há algumas semanas, o Mundo Negro apresentou uma lista de criadores de conteúdo negros que alcançaram o status de milionários. A iniciativa surgiu em resposta a uma publicação feita por uma renomada revista brasileira, conhecida por suas listagens de indivíduos milionários, que recentemente divulgou uma seleção de criadores de conteúdo apenas com nomes brancos, destacando os mais ricos e bem sucedidos do país.

A lista da revista foi criticada por sua falta de diversidade racial e inclusão, apresentando apenas criadores de conteúdo que, embora tenham convertido sua influência em empreendimentos lucrativos no mercado brasileiro, não refletem a diversidade da população brasileira. Contudo, é importante reconhecer que criadores de conteúdo negros também têm trilhado caminhos de sucesso notáveis no mercado de influência digital. Em diversos campos, esses profissionais construíram verdadeiros impérios a partir do nada, consolidando, mesmo em meio a dificuldades, suas marcas em uma ampla gama de setores, desde restaurantes até linhas de cosméticos.

O Mundo Negro conversou com alguns criadores de conteúdo negros sobre o sucesso e os desafios de manutenção de seus negócios. Rodrigo França, empresário, diretor, escritor e ativista, utiliza suas redes sociais para impulsionar seus negócios. Ele é dono de duas produtoras audiovisuais, além de ser fundador do Restaurante Amalá, espaço gastronômico localizado no Pelourinho, em Salvador. 

Rodrigo diz que sua base de seguidores foi fundamental para solidificar seus negócios. “Eu posso dizer que são duas empresas de sucesso. Com o restaurante Amalá são 20 colaboradores, uma marca em Salvador. São empresas de muito sucesso”, afirma o empresário. “Não é fácil em cima de um cenário que muitas vezes é muito inusto para empresários negros, mas estamos no caminho aí, contruibindo para a sociedade em relação à empregabilidade, oferecendo a sociedade uma cultura, cultura de teatro, cinema e cultura gastronomica”.

Outra criadora negra que utiliza a internet para impulsionar seus negócios é Patrícia Avelino. Ela já lançou cursos online de maquiagem, mas seu trabalho principal ainda é com publicidade. “Eu acho o meu negócio bem sucedido, ele é um negócio que gira sozinho, mas a base do meu negócio ainda é o trabalho com publicidade, com as marcas, porque eu acredito que eu criei uma comunidade muito forte e as marcas querem estar inseridas na minha comunidade”, diz ela, que possui mais de 80 mil seguidores no Instagram. 

Criadora de conteúdo, Sarah Fonseca também considera seu negócio bem sucedido. Ela é co-fundadora da marca de produtos Skin Quer. Com uma carreira que abrange empreendedorismo, influência nas redes sociais e atuação, Sarah começou sua história no empreendedorismo aos 18 anos, quando mergulhou no mundo dos negócios e fundou a empresa Sr. Biju. “Ao meu ver, a Skin Quer já é um sucesso pela forma que tem crescido e tido reconhecimento”, diz Sarah, com orgulho de seu negócio. “A empresa foi lançada há pouco mais de um ano (março de 2023) e já vende mais do que esperávamos sabendo que estamos em um mercado extremamente competitivo, só cresce em vendas e notoriedade (redes sociais e mídia)”.

Outros nomes negros que utilizam a internet como uma poderosa ferramenta para impulsionar seus negócios incluem Rosangela Silva, fundadora e CEO da Negra Rosa, uma das primeiras marcas de maquiagem para peles negras no Brasil. Roger Cipó, natural de Diadema, é um comunicador e ativista do movimento negro que, em 2022, co-fundou o Denga Love, o primeiro aplicativo de paquera voltado para pessoas negras, atuando como head de comunicação e RP. Carmem Virgínia, uma figura proeminente no cenário gastronômico brasileiro, é reconhecida por seu trabalho como chef de cozinha e empreendedora no Altar Cozinha Ancestral, um restaurante que valoriza receitas tradicionais com raízes africanas e indígenas. Por fim, Bruno Gomes é um criador de conteúdo e diretor criativo que utiliza as redes sociais para criar vídeos sofisticados, demonstrando a versatilidade e criatividade da comunidade negra na internet.

Festival Feira Preta recebe empreendedores negros de gastronomia durante três dias de evento

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Foto: Reprodução/Instagram/Quilombo Doces

O Festival Feira Preta, o maior evento de cultura negra e empreendedorismo da América Latina, divulgou a lista completa dos empreendedores de gastronomia que estarão na 22ª edição no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, nos dias 3, 4 e 5 de maio.

Com o tema “Ser Feliz é a Nossa Revolução”, o evento chega com um novo e mega formato, no modelo freemium. Na entrada gratuita, o público poderá contar com uma repleta variedade de empreendedores negros na área de gastronomia, como a Chermoula Culinária e a Tupiocas Brasil Gourmet, além de Saliza Arte em Chocolate e Quilombo Doces no foodbike.

O público também poderá curtir shows, palestras, ativações de marcas, conhecer empreendedores de literatura, saúde e bem-estar, moda, entre outros.

No acesso pago, o segundo lote dos ingressos já estão à venda, com valores entre R$ 40 e R$ 80. A expectativa é receber cerca de 50 mil pessoas. (via Blue Ticket)

Veja a lista completa dos empreendedores negros de gastronomia no acesso livre:

Área de Gastronomia

Acarajé da Barra | Instagram: @acarajedabarra

Chermoula Culinária | Instagram: @chermoulaculinaria

D’Lucia Comedoria | Instagram: @dlucia_comedoria

Explosão de Sabores | Instagram: @explosao_sabores

Juliana Vitorino | Instagram: @juliana_maocaipira

La Culture Congolaise | Instagram: @la_culture_congolaise_

Matulas da Nêga | Instagram: @matulasdanega

Mix Lanches | Instagram: @mixlancheseporcoes

Tupiocas Brasil Gourmet | Instagram: @tupiocas_tapiocaria

Espetinhos Brothers Ribeiro & Oliveira

Zap Burguer

Foodbike

Bolachas Vitalina | Instagram: @bolachas.vitalina

Cacauaré – Cacau | Instagram: @cacauare_amazonia

Cerveja Bola Véia | Instagram: @cervejabolaveia

Cerveja Preta Bela | Instagram: @cervejapretabela

Quilombo Doces | Instagram: @quilombo.doces

Saliza Arte em Chocolate | Instagram: @salizachocolates

Nativo Amazônia

Café Terragrão

Prestes a fazer história no maior festival de música do mundo, Ludmilla é anunciada como embaixadora de Maybelline NY

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Foto: Maybelline NY

Ludmilla é uma estrela única, valiosa e pioneira. Com diversas conquistas, sucessos e recordes, a brasileira vive um momento de grande destaque profissional. Símbolo de poder e representatividade, Lud foi anunciada como porta-voz de Maybelline NY

A parceria com a cantora visa escrever uma nova história na categoria de maquiagem no Brasil. Para celebrar esse momento, o manifesto “Única como Você” reforça a posição de Maybelline NY como a marca número um de maquiagem no mundo*, destacando sua tecnologia exclusiva e sua diversidade. Por meio desse conceito, a marca reafirma seu propósito de empoderar consumidoras de todas as origens a expressarem suas individualidades e serem autênticas.

Ludmilla é anunciada como embaixadora de Maybelline NY. Foto: Divulgação.

Diretora de Maybelline do Brasil, Belen Torrens descreve Ludmilla como a  personificação de representatividade para o país e cita a trajetória única e inspiradora da cantora. “[Ela é] uma referência inspiradora e um símbolo super importante de autoestima para a sua comunidade”, diz a profissional em comunicado. “Como mulher negra, bissexual, e ícone do pagode e do funk, a artista desafia padrões, quebra barreiras e inspira milhares de pessoas a serem autênticas e confiantes em sua própria pele. Ludmilla abre caminhos para que mais pessoas se sintam vistas, ouvidas e valorizadas em suas trajetórias – alinhando-se ao propósito de Maybelline NY, de incentivar todas as mulheres a expressar suas individualidades e serem únicas”. 

A parceria vai começar e se estende com ativações de entretenimento always on. “Me senti lisonjeada em representar essa beleza única, que é tão diversa”, diz Lud sobre seu novo papel como porta-voz. “De todas as formas, sempre falei em várias entrevistas que sou verdadeira demais e sempre que me perguntavam qual conselho que daria para novas artistas, eu falava sobre ser autêntica, que a característica mais interessante é ser o que se é, que é o que nos faz únicas. E o que me torna única é ser justamente como sou, com meus gostos musicais, trabalhos, de moda, de viver”.

Ludmilla é anunciada como embaixadora de Maybelline NY. Foto: Divulgação.

Para Ludmilla, a beleza é um processo de autoestima que faz parte de uma evolução diária. Ela acredita que Maybelline NY se conecta muito com esse pensamento. “Por isso, fiquei muito animada com o convite para ser embaixadora e representar uma marca que é referência internacional no segmento. Já estou ansiosa para me sentir linda nos meus próximos shows e abusar dos produtos de Maybelline”, comemora a cantora. 

*Source Euromonitor International Limited: Beauty and Personal Care 2024ed, retail value sales, rsp, all retail channels, 2023 data. 

Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre Maybelline NY e site Mundo Negro.

MP de Portugal aceita acusação contra racista que atacou Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

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Foto: Alex Santana

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso anunciaram em nota publicada no Instagram, nesta sexta-feira (12), que o Ministério Público de Portugal aceitou a denúncia contra a mulher racista que atacou seus filhos Titi e Bless, além de uma família de turistas angolanos, enquanto passava na frente de um restaurante, em julho de 2022. A criminosa pedia que eles saíssem do local e voltassem para a África.

“Há quase 2 anos fizemos uma acusação no Ministério Público de Portugal após nossos filhos e um grupo de angolanos serem vítimas de racismo. Racismo é crime e não pode ser banalizado. Inicialmente pedimos que a autora dos crimes fosse enquadrada em crimes previstos no artigo 240 do Código Penal Português que prevê punição para discriminação e incitamento ao ódio e à violência. A denúncia não foi aceita, mas nunca desistimos”, inicia o texto.

“Hoje, podemos comemorar porque o Ministério Público aceitou nossa acusação por difamação e injúria racial e superou uma questão teórica sobre onde enquadrar o crime perante a lei. Vencemos, mas ainda é um pequeno passo. Entretanto, acreditamos que, se este processo puder conscientizar em questões de combate ao racismo, o mundo poderá, quem sabe um dia, ser mais igualitário. O próximo passo será o julgamento da racista. Esperamos voltar em breve para contar outra vitória. Porque acreditamos!”, dizem esperançosos.

E completa: “Agradecemos aos advogados portugueses Rui Patrício, Catarina Martins Morão e Teresa Sousa Nunes que permanecem ao nosso lado para que a justiça reconheça o racismo como um crime”.

Por fim, o casal deixa uma reflexão importante para os seguidores. “Um crime que discrimina, que fere a autoestima e não permite que pessoas negras tenham oportunidades. Um crime que mata em qualquer parte do mundo. E a gente precisa construir uma sociedade que entenda que o racismo não pode ser tolerado, nem em forma de ódio disfarçada de piada”.

Relembre o caso

No dia 30 de julho de 2022, repercutiu um vídeo na internet em que a Giovanna Ewbank apareceu xingando Maria Adélia Coutinho Freire de Andrade de Barros, então com 57 anos, de “racista nojenta”, depois que ela ofendeu os filhos Titi e Bless, além de outra família de turistas angolanos, dizendo-lhes para saírem do restaurante e “voltarem para África”.

A criminosa chegou a ser presa no restaurante português Clássico Beach Club, mas foi liberada em seguida. Segundo informações do jornal ‘Público’, a criminosa alegou que estava alcoolizada no momento da detenção. Testemunhas também relataram que ela chegou a insultar os policiais responsáveis pela ocorrência.

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