O estudo inédito “Cabelos Sem Limites, Como Nós” revela que 8 em cada 10 mulheres negras brasileiras consideram seus cabelos uma ferramenta fundamental de expressão. Conduzido pelo Instituto Sumaúma e pela agência de relações públicas RPretas, em parceria com a marca de cosméticos capilares Seda, o levantamento aponta que quase 70% dessas mulheres sentem que a sociedade ainda as pressiona a alisar os cabelos devido a preconceitos sociais antigos, que limitam a valorização dos cabelos crespos e cacheados e restringem a autoexpressão autêntica.
A pesquisa, realizada com 1.001 mulheres negras ou pardas de cabelos cacheados e/ou crespos, entre 18 e 50 anos, nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, mostra que 96% das entrevistadas acreditam que o movimento de transição capilar está crescendo no Brasil. Este dado reflete uma crescente conscientização sobre a beleza e a importância dos cabelos naturais.
“Por muito tempo, as mulheres negras brasileiras enfrentaram restrições sociais que as obrigavam a se conformar com papéis e limitações predeterminados. Seu verdadeiro eu foi totalmente apagado. Agora, elas estão ocupando espaços em que nunca estiveram antes e celebrando seu progresso”, afirma a Dra. Ivy Guedes, em entrevista à Marie Claire, autora do livro “Estética Afirmativa e o Corpo Negro” (Editora Appris; R$ 59). “Como parte desse movimento, essas mulheres estão libertando seus cabelos das expectativas da sociedade e escolhendo usá-los exatamente como querem se expressar.”
O estudo também revela que 55% das entrevistadas consideram seus cabelos extremamente importantes para sua identidade. Apesar disso, elas enfrentam barreiras para adotar o cabelo natural, com 95% ainda buscando por produtos adequados. Muitas acreditam que as grandes marcas não atendem suas necessidades específicas, o que leva à insatisfação. O processo emocional de cuidar dos cabelos para obter o visual desejado é um constante movimento de autoconhecimento e reafirmação da identidade.
A série “The Bear” (ou “O Urso”) está de volta com sua terceira temporada, estreando em junho nos EUA. Vencedora de vários prêmios no Emmy 2023, incluindo melhor série de comédia, melhor ator (Jeremy Allen White) e melhor atriz coadjuvante (Ayo Edebiri), a produção também se destaca pela presença significativa de personagens negros. A data de lançamento no Brasil ainda não foi confirmada.
Ayo Edebiri como Sydney
“The Bear” cativou audiência e crítica com sua narrativa dinâmica e personagens complexos. A trama segue Carmy Berzatto (Jeremy Allen White), um chef premiado que abandona Nova York para administrar um restaurante problemático em Chicago. A representatividade negra na série é notável através dos personagens Sydney, Marcus, Ebraheim e Tina.
Edwin Lee Gibson como EbraheimLionel Boyce como Marcus
Sydney, interpretada por Ayo Edebiri, é uma jovem chef altamente capacitada, contratada para liderar o restaurante The Beef. Sua atuação destaca-se pela implementação de mudanças cruciais e pela conquista do respeito de seus colegas de trabalho, ao demonstrar talento e liderança na cozinha.
Lionel Boyce interpreta Marcus, um confeiteiro dedicado e apaixonado por donuts. Seu personagem é mostrado como um profissional incansável, que constantemente experimenta novas técnicas para aperfeiçoar suas criações, revelando a profundidade e o compromisso com sua arte culinária.
Liza Colón-Zayas como Tina
Ebraheim, interpretado pelo consagrado ator Edwin Lee Gibson, é um veterano na cozinha que traz uma presença calmante ao ambiente tumultuado do The Beef. Refugiado somali, ele veio para os Estados Unidos com a missão de se tornar um grande cozinheiro e, na série, atua como um pilar de estabilidade e experiência para a equipe.
Além deles, a série também conta com Liza Colón-Zayas, que interpreta Tina, uma chef afro-latina. Tina é uma personagem forte e determinada, que traz uma perspectiva única ao restaurante. Sua experiência e sabedoria culinária são essenciais para a dinâmica da equipe, e sua herança afro-latina adiciona mais uma camada de diversidade e complexidade à narrativa.
A série, disponível no Star+, continua a explorar a diversidade e a riqueza das histórias de seus personagens, contribuindo para uma representação mais inclusiva na televisão. As duas primeiras temporadas estão disponíveis na plataforma, enquanto a terceira temporada aguarda data de estreia no Brasil.
A deputada federal Dandara (PT/MG) apresentou um projeto de lei que visa regulamentar a profissão de trancista no Brasil, propondo sua inclusão no Quadro de Atividades e Profissões da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta destaca a especificidade e a importância cultural dessa atividade, diferenciando-a da profissão de cabeleireiro.
O projeto surge em resposta a uma demanda de trabalhadoras trancistas de Uberlândia, que buscam reconhecimento e valorização profissional. “Cerca de 90% dessas profissionais estão focadas no embelezamento afro, o que as distingue dos cabeleireiros tradicionais. Estimamos que existam aproximadamente 15 mil trancistas no país”, explica Dandara.
A regulamentação é justificada pela deputada com base nas habilidades e técnicas ancestrais utilizadas pelas trancistas, que são fundamentais na cultura afrodescendente brasileira. “O trabalho das trancistas vai além da estética, desempenhando um papel social significativo na desconstrução de estereótipos negativos sobre cabelos afro, promovendo práticas de cuidado capilar que fortalecem a autoestima e preservam as tradições e ensinamentos ancestrais da população negra”, enfatiza.
Dandara também destaca a importância econômica da regulamentação, especialmente para as mulheres negras, que são a maioria dessas profissionais. “A atividade das trancistas é um exemplo notável de empreendedorismo negro, contribuindo para a empregabilidade e a autonomia financeira dessas mulheres”, conclui a deputada.
A proposta de regulamentação da profissão de trancista reflete a valorização da cultura afro-brasileira e o reconhecimento da importância dessas profissionais para a comunidade negra, reafirmando a identidade e promovendo a inclusão social.
O Festival de Cannes é uma das maiores premiações de cinema do mundo. Em 2024, o evento chega à sua 77ª edição, trazendo produções e talentos de diversos países. Mais do que uma expressão de arte, o festival funciona como uma vitrine global.
Participar do evento não é tarefa fácil para criadores e profissionais da indústria cinematográfica. Em um setor onde apenas 17% dos filmes de maior bilheteria são dirigidos por mulheres e somente 25% das funções técnicas são ocupadas por elas, a diversidade ainda precisa ser valorizada e incentivada. No Brasil, a situação não é mais animadora. Segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema), as mulheres ocupam apenas 20% dos cargos de direção e 25% dos cargos de roteiro.
Com o objetivo de mudar esse cenário, em 2021 L’Oréal Paris elevou seu compromisso ao criar uma premiação anual dedicada a diretoras de curtas-metragens: o Lights on Women’s Worth Award. Essa premiação exclusiva celebra as diversas narrativas femininas e abre caminho para que diretoras talentosas possam crescer no cinema mundial.
O Lights on Women’s Worth Award, organizado em parceria com a competição de curtas-metragens do Festival de Cannes e da Cinéfondation, acontecerá no dia 24 de maio.
Pelo 5º ano consecutivo, Taís Araújo vai representar a mulher brasileira em Cannes. Porta-voz da marca L’Oréal Paris há mais de 13 anos, a atriz marcará presença no festival como parte de um time que inclui ícones da indústria cinematográfica, moda e música.
Além da brasileira, as atrizes Aja Naomi King e Viola Davis, em conjunto com as modelos Liya Kebede e Cindy Bruna estarão no festival de cinema também representando L’Oréal Paris, defendendo os valores femininos e feministas que estão no centro da marca.
“É muito significativo estar em Cannes novamente para representar o Brasil em um prêmio tão importante, criado por L’Oréal Paris, com o objetivo de diminuir a desigualdade de gênero no cinema, que ainda é um ambiente majoritariamente masculino”, diz Taís. “Sinto orgulho em representar essa marca que empodera as mulheres há mais de 50 anos.”
L’Oréal Paris promove o empoderamento das mulheres no cinema através de uma relação com suas embaixadoras. Como patrocinadora oficial do Festival de Cannes desde 1997, a marca convida atores, atrizes e embaixadores a expressarem sua própria beleza empoderada no tapete vermelho.
Esse é um conteúdo pago, fruto de uma parceria entre o Site Mundo Negro e L’Oréal Paris.
Em um anúncio durante a 77ª edição do Festival de Cannes, o Instituto Audiovisual Mulheres de Odun (iAMO), liderado pela cineasta Viviane Ferreira, revelou o lançamento de seu Programa de Residência Artística que está com inscrições até o dia 24 de junho e visa proporcionar oportunidades imersivas para o desenvolvimento de roteiro e direção, focando em artistas que buscam reparação histórica e representatividade, como pessoas LBTs, negras, indígenas e pessoas com deficiência, oriundas do continente africano e/ou de suas diásporas.
O iAMO firmou uma parceria estratégica com o Nebula Fund, que busca fornecer financiamento e recursos para apoiar movimentos LGBTQAI+ em prol dos direitos humanos e sociais, impulsionando trajetórias globais e narrativas transformadoras. A residência artística será realizada em duas fases: profissionais de Roteiro em outubro e de Direção em novembro de 2024. Os selecionados terão a oportunidade de desenvolver projetos em diversas áreas do audiovisual, incluindo fotografia, direção de arte, produção executiva, direção de som e pós-produção, recebendo uma bolsa-auxílio para cobrir despesas básicas durante o programa.
Presente no stand do Cinema do Brasil no Festival de Cannes, uma iniciativa que promove o cinema nacional no exterior, Viviane Ferreira, ex-presidente da SPcine e diretora de “Ó Pai Ó 2”, destacou a importância do programa. “Lançar este programa em Cannes potencializa a internacionalização de artistas comprometidos com movimentos queer, negros, feministas e indígenas. Queremos assegurar o direito à experimentação para esses criadores que lutam por reparação histórica, permitindo que inovem em suas abordagens e contribuam para um novo repertório imagético global”, afirmou Ferreira.
A programação será totalmente sediada no Mocambo do Coqueiro Grande, uma comunidade quilombola em Salvador/BA, onde está localizada a sede do iAMO. Com mais de 200 horas de conteúdo, as atividades serão integradas ao espaço, valorizando a autenticidade, coletividade, ancestralidade, afetividade e excelência. Os participantes ficarão por quatro semanas no local, passando por etapas inspiracionais, experimentais e criacionais, que serão compartilhadas com representantes do mercado audiovisual brasileiro e internacional.
As inscrições para a residência podem ser feitas através da plataforma FilmFreeway (filmfreeway.com/residenciamo) por US$15 (aproximadamente R$78). A lista de selecionados será divulgada no início de agosto. Para mais informações sobre o iAMO e detalhes sobre o regulamento da residência artística, visite o site oficial (www.iamo.org.br) ou entre em contato pelo e-mail (comunica.amo@gmail.com).
Uma mulher negra que ficou milionária vendendo pipoca. A afirmação, apesar de verdadeira, não faz jus ao talento, visão sagaz de negócios e tendências, muito estudo e uma resiliência típica de quem vem de uma origem socioeconômica onde o sucesso é um grande desafio para profissionais com o perfil de Elaine Moura. A chef de Goiás, que começou sua experiência na área da gastronomia aos 12 anos, fazendo doces com frutas do pomar de sua casa e vendendo aos vizinhos, hoje é milionária graças à sua marca Popcorn Gourmet, um negócio que faturou R$ 18 milhões em 2023.
Iniciada em 2014 em Goiânia, a empresa expandiu rapidamente e adotou um modelo de franquias que hoje conta com mais de 60 unidades e parcerias importantes, como com a Nestlé. “Firmamos essa parceria com a Nestlé homologando alguns dos nossos produtos, alguns sabores de ingredientes deles. E isso trouxe muita potência para nós enquanto marca”, afirmou Elaine. Em 2023, além do faturamento das franquias, a Popcorn Gourmet alcançou 3 milhões em vendas diretas em canais de varejo.
Além de sua atuação na Popcorn Gourmet, Elaine é uma das fundadoras do Entre Raizes, um movimento de empreendedoras e executivas pretas, e sócia da Pop Chef nos EUA. Sua trajetória de sucesso não se limita ao Brasil, mas também se estende internacionalmente. Elaine também é jornalista e grava conteúdos para outras marcas, utilizando sua expertise para inspirar e educar outros empreendedores.
Em uma entrevista exclusiva para o Guia Black Chefs, editoria do Mundo Negro com foco em gastronomia, Elaine fala sobre sua carreira, dá dicas de negócios e conta alguns detalhes sobre o que fez a Popcorn Gourmet ser uma das maiores empresas do ramo no Brasil.
Sobre mulheres negras, ela deixa um recado: “Para as meninas pretas que pretendem se desenvolver em suas áreas como executivas ou empreendedoras, acho que não tem outro caminho para nós a não ser estudar muito.”
ELAINE, SUA TRAJETÓRIA NA GASTRONOMIA COMEÇOU INSPIRADA PELA SUA FAMÍLIA. COMO VOCÊ TRANSFORMOU ESSA INSPIRAÇÃO INICIAL EM UM NEGÓCIO DE SUCESSO? QUAIS FORAM OS MAIORES DESAFIOS NO INÍCIO DA SUA CARREIRA COMO CHEF E EMPREENDEDORA?”
Sim, o início da minha carreira tem total ligação com a minha família. Eu sou neta de cozinheiros e a minha vida toda foi pautada em volta do fogão e essa inspiração começou dentro de casa. Eu tenho uma mãe que é muito caprichosa, com todos os detalhes. Foi sempre uma dona de casa muito zelosa, muito zelosa com a família, com os filhos e muito afetuosa. E quando eu comecei a empreender, eu trouxe muito esses valores, esses cuidados com os detalhes que eu aprendi dentro de casa, que eu entendi enquanto respeito com o alimento. E eu sempre levei isso com muito valor, com muito peso. Então, empreender para mim sempre foi uma relação de ganha-ganha. Eu tinha que ganhar desse meu cliente, desse meu consumidor, mas eu tinha que entregar algo de excelência com a qualidade que eu estava prometendo para eles. Então, quando eu entendi um pouco desse jogo dentro do empreendedorismo, eu vi tanto que essas bases surgiram dentro da minha casa e dentro de uma simplicidade enorme, por ser neta de cozinheiros.
Minha avó foi merendeira de uma escola pública, então dá pra entender o nível de simplicidade do negócio. E eu comecei a empreender com 12 anos de idade, quando eu comecei a fazer doces com as frutas do pomar da minha casa e comecei a vender para os meus vizinhos. E ali eu já comecei uma prática desse exercício do empreendedorismo, sem saber o que era, na verdade, mas eu vi lucratividade nisso. Depois, já na vida adulta, eu fui fazer vários cursos do Sebrae para entender de negócios, de precificação, de posicionamento de marca, de produto, e assim, 14 anos depois que eu abri meu CNPJ, surgiu a ideia da Popcorn Gourmet para ser uma sobremesa do meu antigo buffet. Eu tive um buffet em Goiânia por 19 anos, então eu criei uma sobremesa autoral para o meu buffet para presentear aos clientes. Era uma forma de agradecimento das assinaturas de contrato e os clientes começaram a me pedir depois para comprar essas pipocas porque eu fiz pipoca de um jeito distintivo. Eu fiz com muito zelo, eu fiz com muito carinho, eu fiz com muito cuidado, eu embalei com muito afeto e os clientes percebiam todo esse cuidado na elaboração dessas embalagens, desse sabor, da seleção de ingredientes. Isso tudo foi validando o produto. E em 2015, que foi um ano depois, eu fui convidada para ser Chef da Casa Cor e lá eu lancei a marca em definitivo, montei uma food bike no estilo parisiense e coloquei promotores ali fazendo degustação em tempo integral, e as pessoas entendiam que o sabor era incrível, mas a experiência entregava muito, então nasceu aí a Popcorn Gourmet que no futuro virou franquia.
A POPCORN GOURMET SE DESTACOU PELA INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO DE PIPOCA GOURMET. PODE NOS CONTAR MAIS SOBRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO E COMO VOCÊ CONSEGUIU MANTER A CROCÂNCIA E QUALIDADE SEM USAR CONSERVANTES?
A Popcorn se destacou pelo produto, pela receita, pela técnica que foi criada e elaborada para esse produto. O trabalho de pesquisa e desenvolvimento foi um trabalho árduo. Eu fiquei mais de um ano com um time interno, um time na minha área de confeitaria do buffet, desenvolvendo processos, testes, possibilidades, ingredientes. A gente sempre fez a seleção dos melhores ingredientes que a gente encontrava. Então, melhor milho, melhor chocolate, várias texturas de chocolate, variações de percentual de cacau nesses chocolates. Então, foi um trabalho árduo de acertos e erros, mais erros do que acertos, até chegar nessa crocância, nesse tamanho, porque a Popcorn é gigante, ela é redonda, ela é feita com milho especial tipo americano, que dá esse formato arredondado, mas não é só isso, é a técnica que a gente desenvolveu para a maior expansão do produto. A pipoca fica gigante e através de uma panela que nós desenvolvemos, desenhamos e executamos, que nada mais é do que uma pipoqueira gigante que trabalha com velocidade de pressão e calor ao mesmo tempo, que faz essa expansão da pipoca ser maior e ficar mais uniforme. A gente seleciona uma a uma, é um trabalho muito artesanal de selecionar a pipoca que ficou perfeita para poder ganhar ali a saborização, ganhar caramelo, ganhar chocolate, ganhar os ingredientes que dão sabor a esse produto e a gente trabalha com, além da qualidade dos produtos, ingredientes de verdade. Então a gente não usa nada para impulsionar o sabor, nada artificial, a gente não usa corante, a gente não usa conservante, então assim, uma pipoca que a gente chama de chocolate trufado, ela tem chocolate, ela tem cacau em pó, ela tem ingredientes de verdade. Então, o cliente percebe a textura, o cheiro, o visual, a qualidade dos ingredientes ali, tornou de fato essa fórmula num produto único, em um produto distintivo. Eu sempre bato nessa tecla do distintivo, que é você ter uma fórmula que as pessoas conseguem olhar e entender o quão diferente ele é e a complexidade de replicar algo igual. Então, a gente sabe quando é Popcorn Gourmet, quando é outra marca, óbvio que a gente já foi super copiado no mercado, mas as pessoas não conseguiram desenvolver um produto com a qualidade e com as características que nós desenvolvemos, que é justamente um shelf life muito prolongado, que é ter uma pipoca crocante por muito mais tempo e deliciosa, preservando as características dos sabores, dos ingredientes. A gente já criou vários sabores, por exemplo, pipocas com frutas. E são frutas de verdade, tipo pipoca de morango, pipoca de açaí. A gente usa esses ingredientes in natura e a gente leva eles por uma técnica de liofilização que os transforma em pó para que a gente saborize as nossas pipocas. Então, o gosto do morango é muito intenso, o gosto do açaí, que é 100% natural, é muito intenso. A gente faz um blend de sabores aí para ficar agradável ao paladar do nosso consumidor e a característica visual também ser atrativa. E a gente tem resultados realmente muito incríveis dos nossos produtos.”
COMO UMA MULHER NEGRA, QUAL FOI O IMPACTO DA REPRESENTATIVIDADE NA SUA JORNADA EMPREENDEDORA? QUE CONSELHOS VOCÊ DARIA PARA OUTRAS MULHERES NEGRAS QUE DESEJAM EMPREENDER NA ÁREA DA GASTRONOMIA?
Eu, enquanto mulher negra, periférica e empreendedora, digo que os desafios ainda acontecem; eles são diários e se repetem. No começo, a jornada foi muito mais difícil porque acreditar nessa menina periférica e preta não era algo comum. Então, eu tinha que me esforçar muito mais do que as outras pessoas, provar minha capacidade intelectual, técnica e de compromisso. Enfim, meu esforço tinha que ser maior, e eu já sabia desses desafios, pois minha família já tinha me preparado para eles.
Sempre fui muito esforçada e me dediquei muito para provar o quanto eu era competente e capaz. Estudar muito foi o que me colocou nos lugares que cheguei. Sou muito curiosa, atenta aos detalhes e me tornei especialista naquilo que estou fazendo. Tornei-me especialista no meu produto, em franquias e hoje sou palestrante também neste tema. Tenho um olhar muito mais apurado para a diversidade porque senti na pele o que é ser discriminada, quais são as dificuldades e as barreiras que as mulheres pretas enfrentam. Sou muito acolhedora com todo esse universo de diversidade em todos os âmbitos dele, não só com mulheres pretas, mas é óbvio que levanto mais a bandeira para mulheres pretas. Quero me aproximar muito mais delas, então trago muitas meninas pretas para atuarem no meu negócio, tanto nos cargos de liderança quanto como franqueadas.
Tenho feito uma comunicação intencional e assertiva para trazer franqueadas pretas para o meu negócio, com condições especiais, é óbvio. Quero, de fato, que meu ecossistema seja fortalecido e preciso começar a criar condições para que essas coisas aconteçam. Deixando um recado para as meninas pretas que pretendem se desenvolver em suas áreas como executivas ou empreendedoras, acho que não tem outro caminho para nós a não ser estudar muito. Ainda temos que provar muita coisa para as pessoas e precisamos ser acima da média. Para ser acima da média tem que se esforçar bastante mesmo, se empoderar, falar com propriedade do seu tema, se esforçar muito e não é glamurizar ou glitterizar o empreendedorismo feminino, porque ele já tem barreiras muito estruturais, que sabemos que existem e estão nas sutilezas dos olhares, nos sustos que as pessoas têm ao nos encontrar.
Recentemente, dei uma palestra para uma universidade e um aluno verbalizou que se assustou ao me encontrar enquanto CEO do grupo Popcorn Gourmet, um grupo que fatura milhões, que internacionalizou, que virou franquia, que rompeu várias barreiras do empreendedorismo. Quando ele me viu, como uma mulher preta, ele levou um susto, porque sabia que era mulher, tinha lido o nome, mas esperava uma mulher branca e loira. Essas sutilezas do racismo estrutural, nós vamos enfrentar, essas meninas vão enfrentar e precisam fazer isso com a cabeça erguida, com
RECENTEMENTE, VOCÊ FIRMOU UMA PARCERIA COM A NESTLÉ, O QUE TROUXE NOVAS OPORTUNIDADES PARA A POPCORN GOURMET. COMO VOCÊ IDENTIFICA E ESCOLHE PARCERIAS ESTRATÉGICAS QUE BENEFICIAM SEU NEGÓCIO?
A gente firmou essa parceria com a Nestlé homologando alguns dos nossos produtos, alguns sabores de ingredientes deles. E isso trouxe muita potência para a gente enquanto marca, porque a gente é auditado pela Nestlé. Então vem a Nestlé International para auditar o meu processo de fabricação, o meu processo de qualidade, o meu processo de produção. E com isso, a gente enquanto indústria, a gente ganha muito, porque os ISOs e as exigências de uma multinacional, elas têm uma régua muito mais alta. Isso faz com que o meu time se alinhe, que a gente crie processos de qualidade com muito mais performance do que a gente fazia sozinhos. Eles facilitam, eles mostram novos caminhos e novas oportunidades. Eles olham muito para a sustentabilidade, que é um olhar muito importante para a indústria, que é não só de preservar o meio ambiente, que é o primeiro, é o primordial, mas também de ver oportunidades dentro dessa cadeia, de utilizar alguns recursos que em outra ocasião poderiam ser descartados. Nós desenvolvemos vários subprodutos da pipoca que não fica perfeita, que ela vira uma farofa, da pipoca que não tá tão bonita, que vira um preparo para milkshake, ou para cappuccino, ou para frappés. Então a gente criou vários subprodutos com essas mentorias e essas auditorias que a gente recebeu, isso facilitou um pouco o nosso processo de fabricação. E são marcas muito potentes que eles homologaram para que a gente utilize nas nossas comunicações, nas nossas embalagens, em todo o visual. Então hoje eu tenho o melhor Ninho trufado.
A marca Ninho Nestlé é muito forte, muito potente e muito vendedora. Isso abriu portas pra gente, dentro do varejo, colocar o produto no supermercado. A própria franquia ficou muito mais bem posicionada, criou uma distância do mercado de franquias, no que tem hoje, no que existe hoje, no mercado de franquias de pipocas. A gente criou o feito com Alpino, que é um chocolate muito consagrado da Nestlé também, que tem um sabor muito característico e é um chocolate muito gostoso. Então tem uma pipoca de chocolate Alpino. A gente criou o feito com Sensação, que é aquela misturinha de chocolate com morango, então é uma pipoca bem crocante, que tem um gostinho, retrôzinho, azedinho ali do morango, que é uma delicinha. As pessoas amam muito esse sabor e são marcas muito emblemáticas da Nestlé, marcas já consagradas, marcas que o público já bate o olho, reconhece e consome, e com certeza abrem portas para a gente para várias oportunidades com a marca.”
QUAL CONSELHO VOCÊ DARIA PARA PEQUENOS EMPREENDEDORES QUE ESTÃO COMEÇANDO AGORA, ESPECIALMENTE AQUELES QUE ENFRENTAM DESAFIOS RELACIONADOS À INOVAÇÃO E À EXPANSÃO DE SEUS NEGÓCIOS?
Olha, para quem está começando agora, eu acho que a gente tem um mundo muito competitivo. Às vezes, ficamos querendo criar algo muito diferente, muito mirabolante, e às vezes falta só uma conexão com o simples, uma conexão com o óbvio, olhar para escassez, olhar para a necessidade do mercado. Eu criei uma marca dentro de um produto na sua simplicidade máxima, que é pipoca. Pipoca é muito simples. Então, era meio óbvio que já estava aí, todo mundo faz pipoca em casa, eu criei uma forma diferente de fazer essa pipoca. Então, olhar muito para as oportunidades que têm para se empreender, para as carências, as dores do mercado e fazer um estudo. Têm muito conteúdo gratuito hoje na internet, podcasts, livros, revistas, o meio digital, a inteligência artificial, tem muita coisa que pode ajudar a você se tornar um empreendedor com menos riscos, você ser mais intencional, você ser mais preparado, você ser mais instruído.
Hoje, tem muitos mentores de carreira que podem também contribuir, muitos consultores com vasta experiência no mercado. Então é se sentir seguro para poder achar o time certo para empreender a ideia certa, estudar antes, fazer um planejamento estratégico antes de começar a empreender. E tem que ter apetite para empreender, tem que ter apetite para correr riscos, tem que ter apetite para sofrer desafios. Esses desafios do empreendedor, eles são diários, mas os resultados também podem ser proporcionais a esses esforços, a essas horas.
O empreendedor trabalha aí 12, 14 horas por dia, mas eu sempre costumo dizer que essa jornada, ela precisa ser lucrativa, você precisa estar encaixado, mas você precisa se divertir com essa jornada. Então, se o empreendedor trouxer esse ambiente de diversão, ele vai ficar feliz com o que faz, buscar afinidade na atividade que trouxe, com certeza vai ter bons resultados. E, assim, é um segmento, é um bichinho que pica a gente, do empreendedorismo, que é meio que um caminho sem volta. Você fica com cada vez mais apetite para empreender, para diversificar, então é sempre diversificar com o pé no chão, entendendo as possibilidades e necessidades do mercado.
As devastadoras consequências das enchentes provocadas pelas mudanças climáticas foram temas prioritários do encontro do presidente Lula com o presidente do Benim, Patrice Talon, em Brasília.
“Apesar de não sermos historicamente responsáveis pela mudança do clima, precisamos lutar juntos pela ampliação das metas de financiamento na COP de Baku e pela adoção de NDCs mais ambiciosas na COP de Belém em 2025”, afirmou Lula, destacando a urgência de ações coletivas frente à crise climática.
Além de abordar as mudanças climáticas, Lula destacou outras prioridades da presidência brasileira do G20, reforçando a agenda estratégica dos países do Sul Global no fórum das maiores economias do mundo. Com a União Africana participando pela primeira vez como membro pleno, o presidente brasileiro trouxe à tona o grave problema do endividamento que aflige as nações mais pobres. “Se os 3 mil bilionários do planeta pagassem 2% de impostos sobre o rendimento das suas fortunas, poderíamos gerar recursos suficientes para alimentar as 340 milhões de pessoas que enfrentam insegurança alimentar severa na África”, disse Lula.
“O que vemos hoje é uma absurda exportação líquida de recursos dos países mais pobres para os países mais ricos”, denunciou Lula. “Não há como investir em educação, saúde ou adaptação à mudança do clima se parte expressiva do orçamento é consumida pelo serviço da dívida“. Lula anunciou que o Grupo de Trabalho de Arquitetura Financeira Internacional promoverá, em junho, um debate com especialistas africanos, cujas conclusões serão apresentadas na reunião de ministros das Finanças do G20. Ele também lembrou da proposta de taxação dos bilionários, apresentada pelo ministro Fernando Haddad em janeiro.
Após o sucesso do filme live-action “Barbie” nos cinemas, a Netflix, em parceria com a produtora Shondaland, de Shonda Rhimes, anunciou o lançamento do documentário “Black Barbie”. O filme, que estreia na plataforma no dia 19 de junho, conta a história da criação da primeira boneca Barbie negra, lançada em 1980, 31 anos após a Barbie original.
Dirigido por Lagueria Davis, conhecida por seu trabalho em “The Exchange”, “Black Barbie” revela como a boneca só veio a existir graças ao esforço incansável de três mulheres negras que trabalhavam na Mattel. Beulah Mae Mitchell, Kitty Black Perkins e Stacey McBride Irby são homenageadas no documentário por sua luta e determinação em trazer diversidade para a icônica linha de bonecas.
“Contar a história da Barbie negra tem sido uma jornada pessoal e aquece meu coração celebrar o legado da minha tia Beulah Mae Mitchell, de Kitty Black Perkins e de Stacey McBride Irby em nosso filme. Não poderíamos pedir por colaboradores melhores que Shondaland e Netflix para levar essa história para o mundo”, declarou a diretora Lagueria Davis.
Uma versão preliminar de “Black Barbie” foi exibida no Festival SXSW deste ano, onde recebeu aclamação da crítica. A versão final que será disponibilizada na Netflix conta com a produção executiva de Shonda Rhimes e Betsy Beers, prometendo um olhar aprofundado e comovente sobre essa parte crucial da história da Barbie e da representação negra na indústria de brinquedos.
O interesse da Netflix pelo documentário reflete o impacto monumental de “Barbie”, dirigido por Greta Gerwig, que arrecadou US$ 1,4 bilhão nas bilheteiras, tornando-se o maior sucesso de 2023 até o momento. Com “Black Barbie”, a Netflix e a Shondaland esperam continuar essa onda de sucesso, agora trazendo uma história poderosa e inspiradora sobre diversidade e inclusão.
O adolescente de 18 anos, Darryl George, que vive no Texas, Estados Unidos, está aguardando a decisão de um juiz federal para saber se voltará à frequentar a escola depois de ter sido punido por não seguir o código de vestimenta do distrito escolar de Barbers Hill. Na quinta-feira, 23, o juiz federal que analisa o caso não emitiu uma decisão após ouvir argumentos legais sobre a possibilidade de rejeitar uma ação movida pelo estudante e sua família, que afirma que o garoto está sofrendo discriminação racial e de gênero devido à punição imposta pelo distrito, já que ele se recusou a cortar seus dreads.
Desde 31 de agosto, Darryl George não frequenta as aulas regulares no ensino médio em Mont Belvieu, região de Houston. O distrito escolar argumenta que o comprimento do cabelo de George, mesmo amarrado e torcido no topo da cabeça, viola o código de vestimenta, pois, quando solto, ultrapassaria o colarinho da camisa, as sobrancelhas ou os lóbulos das orelhas. O distrito alega que outros alunos com locs cumprem a política de comprimento.
Em resposta à punição, Darryl George e sua mãe, Darresha George, moveram uma ação federal de direitos civis no ano passado contra o distrito escolar, o superintendente distrital, o diretor e o vice-diretor da escola, além do governador do Texas, Greg Abbott, e o procurador-geral Ken Paxton. A ação alega que os réus participaram ou não conseguiram prevenir a discriminação racial e de gênero contra George.
“Estou muito feliz por estarmos aqui. Finalmente chegamos. Este é outro trampolim que temos que atravessar. Foi um longo caminho e estaremos nesta luta”, disse Darresha George após a audiência de quinta-feira, segundo informações publicadas pela Associated Press.
O processo argumenta que a punição de George também viola a Lei CROWN, uma legislação estadual que proíbe a discriminação capilar com base na raça. Esta lei, em vigor desde setembro de 2023, impede que empregadores e escolas penalizem indivíduos por texturas de cabelo ou penteados protetores, como afros, tranças, locs, torções ou Bantu knots.
Além disso, a ação alega que os direitos de George à liberdade de expressão e manifestação, garantidos pela Primeira Emenda, estão sendo violados. Durante a maior parte do ano letivo, George cumpriu suspensão escolar na Barbers Hill High School ou participou de um programa disciplinar externo.
Allie Booker, advogada de George, afirmou ao juiz distrital dos EUA, Jeffrey Brown, que a política do distrito é discriminatória e não neutra em termos raciais. Booker ressaltou que o distrito escolar estava fazendo isenções religiosas para o comprimento do cabelo, mas não estava seguindo a Lei CROWN ao não oferecer proteções baseadas na raça.
Booker também questionou a falta de políticas claramente definidas sobre por que as meninas podem ter cabelos longos, mas os meninos não. Ela argumentou que a autoexpressão através do estilo de cabelo deve ser protegida legalmente, mesmo que não esteja estritamente ligada a crenças religiosas.
“Não se trata do comprimento do cabelo, trata-se de aceitação para todos da mesma maneira”, disse Booker após a audiência.
O advogado do distrito escolar de Barbers Hill, Jonathan Brush, manteve que a política do distrito é neutra em termos raciais e que o processo de George não apresentou evidências suficientes de discriminação racial. Brush argumentou que as diferentes restrições de comprimento de cabelo para meninos e meninas “não constituem discriminação” e que a política seria “aceita” no local de trabalho e nas forças armadas.
Brush também afirmou que os direitos de George à Primeira Emenda não estavam sendo violados, pois o estudante não demonstrou que “seu penteado comunica uma mensagem ao mundo”.
Darresha George enfatizou que o penteado de seu filho possui importância cultural e religiosa. Historiadores confirmam que tranças e outros estilos de cabelo têm significados culturais profundos para muitos afro-americanos.
O juiz Brown indicou que poderia desconsiderar as ações contra Abbott e Paxton, assim como algumas contra o superintendente e os administradores escolares, prometendo uma decisão final em data posterior. Em fevereiro, um juiz estadual decidiu que a punição de George não violava a Lei CROWN.
A política capilar de Barbers Hill foi anteriormente contestada em uma ação federal de 2020 por dois outros estudantes. Um deles retornou à escola após uma liminar federal determinar que seus direitos estavam sendo violados, mas o caso ainda está pendente.
George se recusou a falar após a audiência. Booker comentou que “Darryl está um pouco triste” por enfrentar dificuldades em encontrar um emprego de verão devido à controvérsia em torno do caso. “Ele apenas tem medo de que algumas das pessoas que não concordam com este caso o usem contra ele, como fizeram”, concluiu Booker.
Após quase um mês de espera desde seu lançamento internacional, o documentário “Call Me Country: Beyoncé & Nashville’s Renaissance” finalmente chega ao Brasil. A produção, que explora o impacto de Beyoncé e outros artistas negros na música country, está disponível na plataforma de streaming MAX.
Produzido pela CNN em parceria com a Warner Bros. e a Max, o documentário surge em um momento crucial para o gênero musical. Recentemente, Beyoncé fez história ao se tornar a primeira mulher negra a alcançar o topo da parada Hot Country Songs da Billboard, com o lançamento do álbum ‘Cowboy Carter’, acendendo um debate significativo sobre a representatividade e a evolução do country nos Estados Unidos.
“Call Me Country: Beyoncé & Nashville’s Renaissance” investiga como estrelas como Beyoncé e Lil Nas X estão desafiando as normas tradicionais do country, trazendo uma nova perspectiva a um gênero que costuma ser ligado a homens brancos heterossexuais. O documentário também destaca a influência crescente dos artistas negros em Nashville, conhecida como a capital mundial da música country, e como eles têm contribuído para a transformação do gênero há anos.
O filme apresenta entrevistas com músicos reconhecidos do cenário country, incluindo Rhiannon Giddens, que tocou banjo na música “Texas Hold ‘Em”, do recente álbum da Bey, além dos irmãos John e TJ Osborne, Rissi Palmer, Aaron Vance e Denitia. Especialistas em cultura e música country, como Touré, Larisha Paul, Chris Molanphy, Kyle Coroneos, Keith Hill, e os codiretores do Black Opry, Holly G. e Tanner D., também oferecem suas perspectivas sobre a evolução do gênero.
Além disso, “Cowboy Carter”, lançado em 29 de março, também é mencionado no documentário, destacando a crescente diversificação no cenário country. A produção do documentário ficou a cargo da unidade CNN FlashDocs, com Eric Johnson na produção executiva, supervisão de Emily Taguchi e produção sênior de Ashley Santoro.