O estudo inédito “Cabelos Sem Limites, Como Nós” revela que 8 em cada 10 mulheres negras brasileiras consideram seus cabelos uma ferramenta fundamental de expressão. Conduzido pelo Instituto Sumaúma e pela agência de relações públicas RPretas, em parceria com a marca de cosméticos capilares Seda, o levantamento aponta que quase 70% dessas mulheres sentem que a sociedade ainda as pressiona a alisar os cabelos devido a preconceitos sociais antigos, que limitam a valorização dos cabelos crespos e cacheados e restringem a autoexpressão autêntica.
A pesquisa, realizada com 1.001 mulheres negras ou pardas de cabelos cacheados e/ou crespos, entre 18 e 50 anos, nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, mostra que 96% das entrevistadas acreditam que o movimento de transição capilar está crescendo no Brasil. Este dado reflete uma crescente conscientização sobre a beleza e a importância dos cabelos naturais.
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“Por muito tempo, as mulheres negras brasileiras enfrentaram restrições sociais que as obrigavam a se conformar com papéis e limitações predeterminados. Seu verdadeiro eu foi totalmente apagado. Agora, elas estão ocupando espaços em que nunca estiveram antes e celebrando seu progresso”, afirma a Dra. Ivy Guedes, em entrevista à Marie Claire, autora do livro “Estética Afirmativa e o Corpo Negro” (Editora Appris; R$ 59). “Como parte desse movimento, essas mulheres estão libertando seus cabelos das expectativas da sociedade e escolhendo usá-los exatamente como querem se expressar.”
O estudo também revela que 55% das entrevistadas consideram seus cabelos extremamente importantes para sua identidade. Apesar disso, elas enfrentam barreiras para adotar o cabelo natural, com 95% ainda buscando por produtos adequados. Muitas acreditam que as grandes marcas não atendem suas necessidades específicas, o que leva à insatisfação. O processo emocional de cuidar dos cabelos para obter o visual desejado é um constante movimento de autoconhecimento e reafirmação da identidade.
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