Neste 13 de maio, Dia Nacional do Chef de Cozinha — data criada em 1999 pela Associação Brasileira da Alta Gastronomia (ABAGA) — celebramos aqueles que transformam ingredientes em experiências memoráveis. Para o Guia Black Chefs, essa é também uma data de resistência e afirmação: valorizar chefs negros é reconhecer os saberes, as histórias e os sabores que constroem a diversidade da cozinha brasileira.
Neste especial, cinco chefs negros compartilham como suas trajetórias e identidades raciais moldam seu trabalho e sua visão da gastronomia. São vozes que carregam ancestralidade, superação, intuição e o desejo de construir novos espaços para a culinária negra no Brasil.
Igor Gabriel – Arquivo pessoal
Chef Igor Gabriel Alves dos Reis — Belo Horizonte/MG Instagram: @igorgabriel_28 “Vejo uma profunda conexão de representatividade. Estou aqui para romper com a falta de oportunidades que existe para nós, pretos.”
Chef Júlio G. Meira – Arquivo pessoal
Chef Júlio G. Meira — Santa Maria/RS Instagram: @chefjuliogmeira “Minha identidade racial é profundamente ligada à minha ancestralidade, espiritualidade e união familiar, refletindo diretamente na minha gastronomia.”
Chef Thais Ferreira Alves Monteiro — Rio de Janeiro/RJ Instagram: @kinitysgourmet_ “Já enfrentei o preconceito inúmeras vezes, mesmo trazendo histórias, lembranças e sabor nos meus pratos. Continuo resistindo pela força da minha identidade negra.”
Chef Júlia Almeida Instagram: @julia.hsalmeida “Minha identidade racial e espiritualidade guiam cada criação na cozinha. Me inspiro nas raízes da culinária brasileira, na resistência negra e indígena.”
Chef Andreza Cristina Silva Conceição Instagram: @confeitariaeuforia “Sonho com uma confeitaria onde a negritude esteja presente em todos os detalhes: funcionários negros, decoração com ídolos negros e sabores que celebrem nossa cultura.”
Neste Dia do Chef, celebramos mais do que técnicas e receitas — celebramos história, força e pertencimento. Que a cozinha continue sendo um espaço onde a identidade negra floresce, alimenta e transforma.
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O astro Michael B. Jordan está trabalhando na expansão do universo de ‘Creed’ após o Prime Video confirmar a produção da série ‘Delphi’, drama que mergulhará no mundo de aspirantes a boxeadores da academia homônima, palco de momentos marcantes tanto na saga ‘Rocky’ quanto em seu spin-off protagonizado por Jordan.
A produção será liderada pelo próprio Michael B. Jordan – estrela dos filmes Creed – e por Marco Ramirez, que ficará responsável pelo desenvolvimento criativo da nova série. A trama se passará na Delphi Boxing Academy, fundada por Tony “Duke” Evers, treinador de Apollo Creed, e hoje administrada por seu filho, Tony “Little Duke”. O local também serviu como base para Adonis Creed (personagem de Jordan), filho de Apollo.
A ideia de expandir o universo Creed para além dos cinemas vem sendo discutida há anos. Em comunicado, Jordan destacou o espírito da nova série: “Delphi honra a essência do que fez Rocky e Creed tão especiais – histórias sobre superação, legado e a família que construímos no caminho. Mal posso esperar para apresentar essa nova geração de lutadores”.
A aposta faz parte da estratégia da Amazon em aproveitar o catálogo da MGM, adquirida por US$ 8,5 bilhões em 2021. Além de ‘Delphi’, o estúdio prepara adaptações como ‘Elle’ (baseado em Legalmente Loira), ‘Barbershop’ e uma nova versão de ‘Tomb Raider’.
Naquela madrugada, as correntes já não tilintavam nas pernas dos corpos pretos — mas continuavam apertadas em torno de seus destinos. Não houve festa. Não houve promessa de futuro. Só o silêncio cruel de quem, ao supostamente conceder a liberdade, mesmo antes retirando o chão, a casa, o sustento, o nome e demonizando a fé. O 13 de maio chegou com uma assinatura e partiu como um abandono. No dia seguinte, era a fome quem aguardava nas esquinas. Era o esquecimento que tomava conta das igrejas, dos jornais, das praças e das escolas. A liberdade, para o povo negro, veio sem terra, sem teto, sem emprego, sem educação, sem indenização, sem cidadania. Porque antes da travessia tudo isso existia, com excelência.
O mito da abolição é um dos maiores engodos da narrativa nacional. Em vez de simbolizar um gesto de justiça, tornou-se marco da negligência: o Estado brasileiro rompeu formalmente com a escravidão, mas não com a lógica escravocrata. As pessoas antes mercadoria tornaram-se descartáveis. A liberdade virou sinônimo de marginalidade. Não foi à toa que os primeiros códigos penais do pós-abolição trataram de enquadrar a vadiagem como crime. Para o Estado, a presença negra livre nos centros urbanos passou a representar uma ameaça.
Em 1888, o Brasil era o último país do Ocidente a abolir a escravidão. Milhares de pessoas ainda estavam legalmente escravizadas. Mas milhões de outras, nascidas livres e descendentes de africanos, já haviam sentido a brutalidade de um sistema que se sustentava na racialização do trabalho, no controle dos corpos e na negação de direitos. A Lei Áurea, com seus míseros dois artigos, não previa nenhuma política de inclusão. Nenhuma medida de reparação. Nenhuma menção à justiça.
Enquanto os senhores de escravizados receberam indenizações por suas “perdas”, os libertos foram lançados à própria sorte. Sem terras, foram impedidos de participar dos programas de colonização voltados à imigração europeia. Sem acesso à educação, viram-se confinados ao subemprego. Sem direitos civis plenos, tornaram-se alvo fácil das forças repressoras. O 13 de maio não selou a liberdade: instituiu a exclusão como política pública.
Há uma permanência desse projeto de exclusão. Basta observar os dados contemporâneos. Segundo o IBGE, as pessoas negras representam mais de 70% da população em situação de pobreza extrema no país. São 75% das vítimas de homicídio, segundo o Atlas da Violência. São minoria nas universidades, nos cargos de liderança, nos espaços de poder. A cada passo da história brasileira, é possível rastrear o eco do abandono do dia seguinte.
O racismo estrutural não nasceu do nada — ele é herdeiro direto da escravidão não reparada. A ausência de uma reforma agrária, a negação de políticas afirmativas por décadas, a criminalização das culturas negras, a marginalização dos territórios quilombolas, tudo isso se conecta a 14 de maio de 1888: o dia em que o Brasil acordou sem escravidão, mas continuou profundamente escravocrata.
E, ainda assim, resistimos. A cada terreiro que se reergue após ataques. A cada roda de samba que entoa a ancestralidade. A cada sala de aula que hoje tem um professor negro ou professora negra contando outra versão da história. A cada artista preto que performa, canta, dirige, lidera. Não por generosidade do Estado, mas apesar dele. Cada conquista é fruto de uma luta árdua, silenciosa ou estrondosa, mas incessante.
A abolição, para o povo negro, continua sendo um processo inacabado. Ela não será completa enquanto houver genocídio da juventude negra. Enquanto mães pretas continuarem enterrando seus filhos. Enquanto os becos forem mais vigiados que os gabinetes. Enquanto a pele determinar o futuro de uma criança. Enquanto a dívida histórica não for reconhecida, debatida e reparada — e não com esmolas ou homenagens pontuais, mas com políticas públicas consistentes, com orçamento, com responsabilidade, com mudança de estruturas.
O 13 de maio, portanto, deve ser lembrado — não como data de libertação, mas como marco do não-feito, do que foi negado. Como memória da traição. E como combustível para o que ainda precisa ser construído: um Brasil onde o povo negro não precise mais resistir para simplesmente existir.
Um grupo de 59 sul-africanos brancos desembarcou nos Estados Unidos na segunda-feira (12) e receberá status de refugiados após o governo do presidente Donald Trump acelerar seus processos sob a alegação de que são vítimas de “discriminação racial” em seu país. A decisão foi criticada pelo governo sul-africano, que afirmou não haver perseguição contra o grupo que justifique o refúgio, e por organizações de direitos humanos, que acusam a medida de ser uma “distorção racial”.
Os sul-africanos, da minoria africâner (de origem majoritariamente holandesa), chegaram ao aeroporto de Dulles, próximo a Washington, e foram recebidos com bandeiras dos EUA e decoração temática. Alguns carregavam crianças e agitavam pequenas bandeiras americanas. Normalmente, o processamento de refugiados nos EUA leva meses ou anos, mas o grupo teve seus trâmites acelerados. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) confirmou m entrevista para o portal BBC que não participou da triagem, como é praxe.
Questionado sobre a prioridade dada aos africâneres, Trump afirmou que um “genocídio” estaria ocorrendo na África do Sul e que “fazendeiros brancos” estariam sendo alvos. “Agricultores estão sendo mortos, eles são brancos, mas para mim não faz diferença se são brancos ou negros”, disse. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, rebateu as declarações, afirmando em entrevista que disse a Trump por telefone que a avaliação dos EUA “não era verdadeira”. “Um refugiado é alguém que precisa deixar seu país por medo de perseguição política, religiosa ou econômica. E eles não se enquadram nesse perfil”, declarou.
A medida ocorre em meio a atritos diplomáticos entre os dois países. Os EUA criticam a política de reforma agrária da África do Sul, que permite a expropriação de terras sem compensação em casos considerados de “interesse público”. O governo sul-africano, porém, afirma que nenhuma propriedade foi confiscada até agora.
Dados da polícia local mostram que, em 2024, 44 assassinatos ocorreram em fazendas, sendo oito vítimas agricultores. O país não divulga estatísticas por raça, mas a maioria dos proprietários rurais é branca. O bilionário Elon Musk, conselheiro de Trump e sul-africano, já afirmou que há um “genocídio de brancos” no país – alegação amplamente desacreditada.
Gregory Meeks, democrata no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, classificou a ação de Trump como “uma desculpa racista e uma reescrita da história”. A Igreja Episcopal anunciou que deixará de cooperar com o governo federal no reassentamento de refugiados devido ao “tratamento preferencial” dado aos africâneres.
Enquanto isso, o programa geral de refugiados dos EUA está suspenso desde janeiro, deixando mais de 120 mil pessoas aprovadas condicionalmente em espera, segundo a ONG International Refugee Assistance Project, que processou o governo.
A tensão entre os países se agravou após a expulsão do embaixador sul-africano nos EUA, Ebrahim Rasool, em março, após ele acusar Trump de usar a “vitimização branca como desculpa”.
O caso também ocorre em um contexto de restrições migratórias mais amplas nos EUA, incluindo a suspensão de admissões de refugiados de zonas de guerra, como Afeganistão e Síria. A Human Rights Watch chamou a política de “cruel”, destacando que milhares de negros e afegãos tiveram suas solicitações negadas.
A estreia de A’ja Wilson como designer de um tênis assinado pela Nike é mais do que um marco no esporte ou na moda. É um registro sensível sobre o que significa crescer como uma menina negra em comunidade — com referências, afetos e símbolos que atravessam gerações. Batizado de A’One, o modelo é o primeiro da estrela da WNBA com a marca, e chega ao público acompanhado de uma campanha potente, co-dirigida por Malia Obama e pela premiada cineasta Jenn Nkiru.
No filme One of A’Kind, a narrativa foge do óbvio e mergulha em imagens que tocam diretamente na memória afetiva de quem se reconhece nessas experiências. Pular corda na rua (o clássico double-dutch), os jogos de mão, os estalos das miçangas no cabelo, os olhares trocados nos bancos da igreja e a força de uma comunidade que torce por você mesmo quando você está fora de cena. É sobre pertencimento, identidade e sobre como o cotidiano molda as trajetórias de mulheres negras que, como A’ja, carregam o peso da excelência com graça.
A’ja Wilson é bicampeã da WNBA, campeã mundial com a seleção norte-americana e uma das vozes mais respeitadas do basquete atual. Fora das quadras, ela se tornou símbolo de representatividade ao abordar questões de saúde mental, racismo e equidade racial no esporte. Agora, com o lançamento do A’One, ela também se firma como referência na cultura sneakerhead, sendo uma das poucas mulheres negras com um tênis exclusivo na Nike.
A escolha de Malia Obama para co-dirigir a campanha não é por acaso. A filha mais velha de Barack e Michelle Obama vem construindo seu caminho no audiovisual e traz para o projeto um olhar generoso e artístico, alinhado com o tom íntimo e universal da campanha.
O lançamento é uma celebração das histórias que construímos com nossos corpos, nossos cabelos, nossos gestos e nossa coletividade. E mostra que, quando uma mulher negra ocupa espaço com liberdade criativa, o resultado é muito mais do que produto — é narrativa, é identidade, é futuro.
“Ela é quase da família”. Quantas vezes ouvimos essa frase ser dita por patroas e patrões brancos ao se referirem a empregadas domésticas? Quantas vezes, ao lado do fogão, no quarto de serviço ou no banco de trás do carro, mulheres negras são romantizadas em sua condição de submissão, como se carinho e afeto bastassem para encobrir a desigualdade brutal que define a estrutura do trabalho doméstico no Brasil?
Há um tempo atrás, eu fui surpreendido por essa frase ao ser chamado para jantar na casa de um ex-chefe, no momento em que ele me apresentara a senhora que trabalhava na sua casa. Não satisfeito ele ainda dizia que aquela mulher era “uma santa” e que estava na família havia muito tempo.
Essa expressão é uma armadilha simbólica. Ao declarar que a empregada é “quase da família”, a branquitude reafirma sua posição de poder e reforça um tipo de relação que naturaliza a exploração, a informalidade e o apagamento da história escravocrata do país. A frase mascara a violência cotidiana imposta a corpos negros e pobres, sobretudo de mulheres, que seguem sendo herdeiras da senzala em uma casa que nunca será delas.
Segundo dados da PNAD Contínua (IBGE, 2022), cerca de 92% das trabalhadoras domésticas são mulheres, mais de 65% são negras, e cerca de 70% estão na informalidade, sem carteira assinada ou direitos básicos. A PEC das Domésticas, aprovada em 2013, trouxe avanços legais — como jornada de trabalho regular, FGTS obrigatório e adicional noturno —, mas muitos desses direitos ainda não se efetivaram, especialmente em lares onde o racismo estrutural define as relações de poder.
O Movimento das Trabalhadoras Domésticas (MTPD), ativo desde os anos 1930, tem registrado e denunciado essa desigualdade histórica. Em um depoimento colhido pelo movimento na década de 1980, Creuza Oliveira, uma das lideranças mais importantes da categoria, declarou: “Eu comecei a trabalhar aos dez anos, como empregada interna. Dormia num colchão no chão da cozinha. Me diziam que eu era como filha, mas eu não podia sentar à mesa nem estudar. Só quem era da família de verdade podia.”
Outro relato, de Maria das Dores, trabalhadora de Salvador, registrado em entrevista ao Instituto Papai (2014), é ainda mais explícito: “Quando eu pedi minha carteira assinada, a dona me disse: ‘você vai me tratar como patroa agora? Achei que você era como uma irmã pra mim’. E me mandou embora”.
Esses testemunhos escancaram a manipulação emocional e a camuflagem do racismo nas relações privadas. O afeto é usado como forma de silenciar reivindicações legítimas. O “quase da família” é, na prática, um lugar subalterno: o bastante para limpar a casa, cuidar dos filhos e da comida, mas nunca o suficiente para ter direitos, autonomia ou igualdade.
Além disso, é impossível dissociar essa lógica da herança colonial escravocrata. A historiadora Beatriz Nascimento já alertava, em seus estudos, que o espaço doméstico no Brasil é a extensão moderna da casa grande. A abolição de 1888 não significou liberdade plena, pois a ausência de políticas de reparação e inclusão manteve mulheres negras no mesmo lugar: servindo.
É urgente desromantizar essas relações. Entender que não há “quase” quando se trata de humanidade. Ou se é respeitada em sua dignidade plena ou se está sendo explorada. E, no Brasil, a exploração do trabalho doméstico negro continua sendo naturalizada, com verniz emocional e aparência de generosidade.
Romper com essa lógica exige ação política, educação antirracista, fortalecimento dos sindicatos e movimentos de empregadas domésticas, além de uma mudança radical na forma como as famílias brancas reconhecem (ou se recusam a reconhecer) seus próprios privilégios. “Ela é quase da família” é, na verdade, uma frase que esconde: “Ela está aqui, servindo, como sempre foi, sem direitos, sem salário digno, sem liberdade.” E isso precisa acabar.
Familiares de Sean “Diddy” Combs compareceram ao tribunal federal em Manhattan, Nova York (EUA), nesta segunda-feira (12) para acompanhar as declarações de abertura do julgamento em que ele responde por acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte para prostituição. Entre os presentes estavam seus filhos Justin, Christian Combs e Quincy Brown, suas filhas Chance Combs e as gêmeas D’Lila e Jessie Combs, além de sua mãe, Janice Combs.
Janice Combs, mãe de Sean Combs, chega ao tribunal federal. TIMOTHY A. CLARY / AFPFilhos mais velhas de Combs, Chance, e as gêmeas D’Lila e Jessie, chegam ao tribunal. Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP
Combs acenou e jogou um beijo para os familiares na galeria ao ser conduzido à sala. A família já havia acompanhado audiências anteriores do caso. As acusações, apresentadas em setembro, incluem a alegação de que o empresário organizava “surpresas” — descritas pelos promotores como “performances sexuais elaboradas e encenadas” com mulheres que teriam sido coagidas ou forçadas a participar, junto a profissionais do sexo masculinos. Combs, que nega as acusações, pode enfrentar prisão perpétua se for condenado por todos os crimes.
Entre as testemunhas potenciais está a cantora Casandra “Cassie” Ventura, citada na denúncia como vítima de agressão em um hotel de Los Angeles em 2016. Ventura moveu um processo contra Combs em 2023, encerrado um dia depois — caso que abriu caminho para dezenas de outras ações judiciais por abuso sexual contra o empresário.
Durante a seleção do júri, nomes como Kanye West, Michael B. Jordan, Mike Myers e Kid Cudi foram mencionados, mas de acordo com fontes da PEOPLE, Jordan não será chamado a depor.
A morte do guia turístico Victor Cerqueira, de 28 anos, durante uma operação policial em Caraíva (BA), no último sábado (10), revoltou moradores do distrito de Porto Seguro, que estão se mobilizando e pedindo justiça. Conhecido por seu trabalho como guia de turismo na região, Victor não tinha ligação com o crime.
De acordo com informações do jornal Correio da Bahia, testemunhas afirmam que Victor foi algemado por policiais antes de ser encontrado morto. Ele estaria a caminho de receber um grupo de turistas quando foi abordado. Um perfil chamado @justicaporvitinho foi criado no Instagram e amigos e familiares do jovem estão se mobilizando para cobrar justiça pela morte do rapaz: “Vamos transformar o luto em luta – Vitor Cerqueira não é um caso isolado, a Polícia da Bahia mata mais que exércitos de guerra. Luzia, mãe de Vitor, não celebrou o dia das mães e os agentes que cometeram essa barbarie precisam ser responsabilizados”, diz uma das publicações.
A operação, que tinha como alvo um suspeito de tráfico, deixou três mortos, incluindo Ramon Oliveira Cruz, apontado como líder de uma facção local e seu motorista. Um abaixo-assinado pedindo justiça pela morte de Victor já ultrapassou 450 assinaturas.
“Vitinho era a alegria daqui, sempre mostrando as belezas da nossa terra com orgulho”, diz o texto da petição. Nas redes, amigos postaram homenagens. “Mataram um filho, um amigo, um profissional que só queria viver em paz”, escreveu um deles.
Estamos aprendendo com muito sofrimento que a luta contra o racismo precisa ser realizada todos os dias, em todos os espaços políticos em que participamos.
Vivemos momentos ruidosos com denúncias de racismo em escolas públicas e privadas, mas há a mais completa ausência de manifestação por parte dos gestores públicos estaduais e municipais na cidade de São Paulo. É um sinal preocupante de que silenciamento sobre o tema das relações raciais e étnicas e a educação.
Na última semana foi realizado um Seminário de três dias sobre o Março Referencial de Equidade na Educação organizado pelas equipes da Secretaria Educação Continuada, de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão – SECADI/MEC. Um debate necessário sobre a Equidade na Educação e muito recente no Brasil. Do ponto de vista normativo -legal, somente em 2009 o termo aparece, pela primeira vez, no capítulo da educação, por meio da Emenda Constitucional n.59/2009, e é retomado em 2020, via Emenda Constitucional 108, que trata do “novo” Fundeb.
Um dos grandes entraves para a superação do racismo é o seu não reconhecimento e a abordagem cruel e enganosa de ser visto como uma brincadeira, e não como uma violência estrutural de nossa sociedade.
As instituições têm um papel importante na formulação e implementação de políticas antirracistas, garantido pela Lei 10639 de 2003, que passados mais de vinte anos há uma luta titânica para sua implementação em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior.
Um ato revolucionário por parte dos governos municipais e estaduais seria respeitar e garantir a implementação da legislação federal que existe há mais vinte anos . E principalmente dialogar com o movimento negro durante todo o ano letivo não só no mês de novembro.
A meta dos gestores públicos deveria ser o estabelecimento um diálogo com professores, diretores, funcionários administrativos e gestores e principalmente com as famílias negras da cidade de São Paulo.
Neste dia 13 de maio, é fundamental que todos (brancos e negros) se posicionem contra o racismo com ações e empenho tendo a consciência de que é necessário muito mais do que discursos e palestras de letramento racial.
Todas as políticas públicas exigem um orçamento público, que infelizmente não existem nos municípios e nos governos estaduais. Ficamos nos perguntando quantas crianças negras sofrem racismo diariamente nas escolas públicas? Como os secretários de Educação trabalham o 13 de maio nas escolas? Quem acolhe nossas crianças?
Questões que vem sendo levantadas a décadas pelo movimento negro brasileiro e está na agenda política por igualdade na sociedade brasileira.
O cantor norte-americano Lionel Richie é mais um nome confirmado na programação do The Town, festival que acontece entre os dias 6 e 14 de setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Ele se apresentará no dia 13, no palco The One, mesma data em que sobem ao palco Skyline artistas como Mariah Carey, Jessie J e Ivete Sangalo.
Esta será a terceira vez que Richie se apresenta no Brasil. O músico, conhecido por sucessos como “Hello” e “All Night Long”, esteve no país em 2010 e 2016, com shows em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
O The Town, organizado pelos mesmos criadores do Rock in Rio, chega à sua segunda edição em 2025 com um line-up que inclui ainda Katy Perry, Backstreet Boys, J Balvin, Green Day e Iggy Pop, entre outros. O festival ocupará três palcos e ocorrerá em cinco dias de programação.
Confira os principais nomes confirmados:
7 de setembro
Green Day (Skyline)
Iggy Pop (The One)
12 de setembro
Backstreet Boys (Skyline)
13 de setembro
Mariah Carey (Skyline)
Lionel Richie (The One)
14 de setembro
Katy Perry (Skyline)
J Balvin (Skyline)
Ingressos já estão à venda no site oficial do evento.