Uma das maiores lendas do R&B e hip-hop, Lauryn Hill confirmou sua vinda ao Brasil para o festival The Town com uma mensagem carinhosa aos fãs. Na última quarta-feira (6), a artista compartilhou em suas redes sociais uma publicação com a data de seu show, marcado para 6 de setembro no palco The One, e escreveu: “Olá, São Paulo! Nos vemos em breve! Estamos felizes em retornar ao Brasil!”.
A artista será uma das atrações da primeira noite do evento, que acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 6 e 14 de setembro. Ela se apresentará acompanhada dos filhos, que também são músicos, YG Marley e Zion Marley. A data, dedicada ao hip-hop, terá ainda Travis Scott como headliner do palco Skyline, além de Don Toliver, Filipe Ret, Matuê, MC Cabelinho e Karol Conka.
Esta não será a primeira vez que a vencedora do Grammy vem ao país em pouco tempo. Em julho de 2024, a artista fez uma apresentação histórica no Festival Chic Show, no Allianz Parque, celebrando os 50 anos do baile da Chic Show. Na ocasião, Lauryn Hill revisitou clássicos de seu aclamado álbum “The Miseducation of Lauryn Hill” e trouxe Wyclef Jean para relembrar sucessos do grupo Fugees, como “Ready or Not”. Seus filhos também subiram ao palco para performances de sucessos como “Praise Jah In The Moonlight” e “Best of Me”.
O The Town já havia anunciado outros grandes nomes para esta edição, como Ludmilla, Mariah Carey, Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Bruce Dickinson. Os ingressos estão à venda no site oficial do festival.
O Dida Bar e Restaurante, liderado pela chef Dida Nascimento, um dos principais endereços de gastronomia afro-brasileira no Rio de Janeiro, preparou um menu especial para o Dia dos Pais, celebrado no próximo domingo,10, com costela suína e Tortilha de Dendê, pratos elaborados no restaurante e pensados para homenagear o papel do pai como figura central na família e na comunidade negra.
A proposta de menu para a data vai além de uma simples refeição, busca reforçar a importância da paternidade afrocentrada, destacando valores como ancestralidade, cuidado coletivo e transmissão oral de saberes. “Dia dos Pais é mais do que partilhar uma refeição, é reafirmar afetos, reconectar raízes e homenagear a paternidade negra em sua forma mais legítima”, destaca o comunicado feito pelo restaurante.
O prato principal é a costela suína “Kruger” (R$ 69), assada com especiarias e servida com molho de goiaba apimentado e batatas rústicas, uma releitura de sabores da África do Sul. Para a sobremesa, o destaque é a Tortilha de Dendê (R$ 15), empada doce com recheio à base do óleo tradicional da culinária afro-brasileira.
Serviço Onde: Dida Bar e Restaurante Quando: Domingo (10), a partir das 12h Endereço: R. Barão de Iguatemi, 379 – Praça da Bandeira Valores: Pratos a partir de R$ 69,00
A dermatologista Katleen Conceição será uma das coordenadoras do primeiro Departamento de Pele Étnica da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Rio de Janeiro (SBDRJ), um marco na especialidade no Brasil. A iniciativa, aprovada pela presidente Dra. Regina Schetman, surge após anos de reivindicações por profissionais que destacavam a ausência de um setor dedicado às particularidades das peles negras na dermatologia nacional.
A médica irá coordenar o departamento ao lado do dermatologista, especialista em pele negra, Dr. Cauê Cedar. A Dra. Katleen, que já havia abordado o assunto em palestras como “Você sabe cuidar da pele negra?”, ao lado de Cedar e da dermatologista Dra. Camila Salazar, destacou a coragem da presidente do SBDRJ, Dra Regina Schetman, de criar um departamento voltado para peles negras: “É a primeira vez que se pensa em peles étnicas”, ressaltou.
O departamento terá como funções produzir materiais científicos e educativos para médicos e público geral, promover entrevistas e campanhas de conscientização, organizar eventos sobre tratamentos e doenças específicas, além de assessorar em políticas públicas para garantir acesso a cuidados dermatológicos.
A criação do setor é vista como um avanço contra a invisibilidade de demandas étnicas na área. “Há anos pedíamos um espaço assim. Existiam departamentos para laser, cosmiatria, cabelo. Só não existia de pele negra”, lembrou Katleen.
A Powerlist, premiação idealizada pelo portal Mundo Negro para reconhecer mulheres negras em destaque em diversos setores da sociedade, chega à sua quarta edição com duas grandes novidades: a entrada da marca Natura como patrocinadora oficial e a estreia da votação popular como parte do processo de escolha.
Pela primeira vez, o público poderá participar diretamente da seleção de homenageadas em quatro categorias, fortalecendo o papel da Powerlist como uma plataforma de visibilidade coletiva, democrática e profundamente conectada com sua comunidade. A edição 2025 também marca a consolidação do projeto como referência editorial no reconhecimento de trajetórias negras que impactam o Brasil contemporâneo.
Marcado para o dia 17 de outubro, o evento deste ano contará com cerimônia presencial, entrega de troféus, ativações de marca, discursos das homenageadas e cobertura ao vivo pelas redes sociais do Mundo Negro.
Criada em 2022, a Powerlist já homenageou nomes como Samantha Almeida da Globo, Camila Farani investidora e empreendedora, Érika Hilton deputada federal, Rosangela Silvia fundadora da Negra Rosa, Dra. Katleen Conceição dermatologista referência em pele negra e Mônica Anjos estilista.além de ter contado com apoio de marcas como L’Oréal, Mover, Ambev, Smiles e Fenty Beauty. Em 2025, a premiação amplia seu alcance e reafirma seu compromisso com a valorização de trajetórias negras em áreas como ciência, comunicação, tecnologia, beleza, gastronomia e empreendedorismo.
Pela primeira vez, o prêmio contará com categorias fixas, sendo quatro abertas ao voto popular:
• Criadora Digital
• Empreendedora
• Profissional da Beleza
• Gastronomia
As demais categorias seguem sob curadoria técnica, formada por especialistas convidadas:
• Tecnologia e Inovação
• Comunicação e Mídia
• Ciência e Saúde
• Diversidade e Inclusão
• Executiva Corporativa
• Artes e Entretenimento
“A decisão de abrir parte da votação ao público reforça nosso compromisso com a representatividade real e com a escuta ativa da comunidade que acompanha e constrói o Mundo Negro. A Powerlist cresce como movimento, mas mantém seu propósito essencial: reconhecer quem transforma o mundo a partir de diferentes trincheiras“, diz Silvia Nascimento Head de Conteúdo do Mundo Negro.
O apoio da Natura reforça a relevância institucional da premiação.
“A Natura tem o compromisso de promover a equidade e valorizar as múltiplas potências que constroem nossa sociedade. Apoiar a Powerlist é, para nós, uma forma concreta de reconhecer e amplificar as trajetórias inspiradoras de mulheres negras que transformam o mundo a partir de diferentes setores. Como marca comprometida com a regeneração, acreditamos que só é possível construir futuros prósperos quando todas as vozes são ouvidas, celebradas e têm espaço para viver a sua potência.”, afirma Aline Lima, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão da Natura.
A Powerlist 2025 também segue aberta a marcas interessadas em apoiar a iniciativa por meio de cotas de patrocínio e ações especiais ao longo da campanha.
Nos últimos anos, ficou cada vez mais comum encontrar produtos de skincare nos armários dos homens. Cremes, pomadas, óleos e séruns deixaram de ser itens “femininos” para ganhar espaço em nécessaires masculinas, sinal de que os hábitos estão mudando. Ainda assim, o velho tabu da masculinidade frágil continua sendo um obstáculo, especialmente quando o assunto é se permitir cuidar da própria aparência.
Segundo pesquisa da Kantar, 72% dos homens já demonstram interesse por produtos de beleza específicos. Esse novo comportamento impulsiona um setor que tem crescido desde 2023 e que, segundo a Grand View Research, deve avançar mais 9% até 2030. A tendência acompanha também a procura crescente por procedimentos estéticos como botox, transplante capilar, peeling e rinoplastia. Mas apesar desse movimento, ainda há muita cautela.
Para a biomédica esteta Jéssica Magalhães, especialista em cuidados com a pele preta, a busca por self-care entre homens é, muitas vezes, atravessada por inseguranças. “No consultório, a primeira abordagem do público masculino é correlacionada à foliculite, gerando hiperpigmentação pós-inflamatória, aspereza da pele e, sem dúvidas, cravos e espinhas (acne). O que falta muitas vezes à esse público mais tímido é informação. Existe ainda uma ideia de que cuidar da pele é vaidade, quando na verdade é sobre bem-estar, presença e segurança em ambientes sociais e profissionais”, explica.
A biomédica relata que, nos últimos anos, o número de homens atendidos em seu consultório cresceu 40%. O cenário é promissor, e a demanda não para: “É comum receber pacientes solicitando tratamentos como peelings químicos, microagulhamento, aplicação de toxina botulínica e bioestimuladores de colágeno. Muitos querem suavizar manchas, melhorar a textura da pele ou manter a firmeza do rosto de forma natural. Existe uma preocupação crescente com a aparência, sim, mas também com o bem-estar e a segurança de se sentir bem com a própria imagem.”
Essa mudança comportamental está fortemente ligada às redes sociais e à valorização da autoestima, principalmente entre os homens negros. Jéssica aponta que o autocuidado é, também, uma forma de reconstrução identitária: “Muitos homens negros, inclusive pais que nunca tiveram acesso a esse tipo de informação, estão agora redescobrindo o valor de cuidar da própria pele e isso tem impacto direto na autoestima dessas pessoas. O estigma do homem negro, por anos, teve sua imagem associada à rispidez, força bruta e à ausência de sensibilidade. Esse imaginário acabou afastando muitos homens negros dos espaços de cuidado, como clínicas de estética ou consultórios dermatológicos.”
Às vésperas do Dia dos Pais, celebrado em 10 de agosto, a procura por tratamentos voltados à calvície, fortalecimento da barba, acne e harmonização facial tende a aumentar. A especialista reforça que homens acima dos 40 têm se rendido aos cuidados preventivos e à valorização da aparência, sobretudo diante das transformações trazidas pelo envelhecimento. Quando se trata de peles negras, as queixas mais comuns giram em torno das manchas, foliculite e texturas irregulares, questões ainda pouco representadas em protocolos convencionais de estética.
“Existe um movimento forte de busca pela estética respeitosa às características individuais da pele, mas que traga segurança ao olhar no espelho. E o mais bonito é perceber que, pouco a pouco, esse público se permite descobrir o lugar de cuidado e aceitação. Muitos desses homens são pais que cresceram sem referências ou incentivo para olhar para si mesmos com gentileza. Ver esse cuidado nascer, muitas vezes como um presente para si no Dia dos Pais, é também uma forma de quebrar ciclos e abrir espaço para um novo olhar sobre masculinidade e bem-estar”, conclui a biomédica.
Eddie Murphy, uma lenda dos filmes de comédias, retorna às telas com o novo filme ‘A Última Missão’, ao lado de Keke Palmer e Pete Davidson, dois destaques da nova geração do humor. Juntos, os três entregam um momento de puro entretenimento, unindo a ação com estilo dos anos 2000 a um roteiro bem-humorado. O longa estreou no Prime Video nesta quarta-feira (6).
Na trama, Murphy interpreta Russell, um personagem mais sério, responsável com o trabalho e, a princípio, sem tempo para piadas. Ele é um motorista de carro-forte prestes a se aposentar, que planeja uma nova vida ao lado da esposa Natalie (Eva Longoria). No dia em que a história se passa, o casal comemora 25 anos de casamento — tudo o que Russell deseja é chegar a tempo para um jantar romântico. O que ele não imagina é que, para isso, precisará enfrentar uma verdadeira aventura de sobrevivência.
Sua rotina vira de cabeça para baixo quando precisa trabalhar com o novo colega de trabalho, Travis (Pete), um jovem atrapalhado e cheio de brincadeiras, se apaixona rapidamente por Zoe (Keke), sem saber que ela é, na verdade, uma vilã que planeja um roubo milionário ao carro-forte.
Zoe é uma vilã sagaz e inteligente. Mas além da criminalidade, Keke Palmer traz muito carisma e sedução para sua personagem, que pode se tornar uma anti-heroína. Para o grande roubo, ela conta com os seus comparsas: Miguel (Ismael Cruz Córdova) e Banner (Jack Kesy), dois bandidos medianos, mas dispostos a tudo para colocar as mãos no dinheiro.
À medida que a história avança, Murphy revela o lado cômico de Russell, que precisa se reinventar para sobreviver. Ao lado de Travis, forma uma dupla inusitada e divertida. Mas tudo pode acontecer, transformando esse dia comum em um dos mais longos e imprevisíveis de suas vidas.
Tim Story, diretor do filme, não economiza nas cenas de ação, algumas até exageradas, que ajudam a compor o tom cômico, típico das produções dos anos 2000, com perseguições de carro e explosões. Uma boa pedida para se divertir no fim de semana, sem sair de casa.
No mês dedicado à conscientização sobre a importância do aleitamento materno, o “Agosto Dourado”, histórias como as da ginecologista Larissa Cassiano e da atriz Taís Araujo ilustram as múltiplas facetas da amamentação: um ato natural que pode ser tanto transformador quanto desafiador.
Em publicação no Dia Mundial da Amamentação, celebrado no último dia 1º de agosto, a médica celebrou os cinco meses amamentando a filha, Amélie, descrevendo a experiência como “uma das mais transformadoras da maternidade”. A médica, que passou por fertilização in vitro e cesárea, destacou o contraste entre as intervenções médicas e a simplicidade do vínculo no peito: “Tudo se torna instinto, pele, amor”. Apesar dos benefícios reconhecidos, como nutrição e fortalecimento imunológico para o bebê, ela admitiu que o início foi difícil: “Teve dor, dúvida, choro”. Mas, com o tempo, o ato virou “aconchego, rotina, vínculo”. “Amamentar não é só nutrir, é construir uma história de amor que começa no peito, mas dura a vida toda”, escreveu.
Já Taís Araujo, em depoimento no Lady Night, em maio de 2022, abordou a culpa de não ter conseguido amamentar a filha, Maria Antônia. A atriz, que também é mãe de João Vicente, revelou o conselho que recebeu da irmã nesse período: “Ela falou: ‘relaxa, abre mão da amamentação, vai tentando até onde dá, mas assim, você está ficando deprimida, cara. Não vale a pena. Você tem que estar bem e saudável para a sua filha e para você. Então, pensa no que você quer fazer'”. Foi a partir daí que Taís conseguiu relaxar: “criei outros vínculos”.
Os relatos refletem a complexidade do tema, que envolve questões físicas, emocionais e sociais. Além disso, é importante ressaltar que assim como Taís Araujo, muitas mulheres encontram dificuldades para amamentar e podem buscar alternativas para alimentar e nutrir seus filhos, mantendo outros tipos de vínculos com a criança.
A Auditoria da Justiça Militar absolveu, nesta terça-feira (5), quatro policiais militares acusados de fraudar o local do assassinato da jovem Kathlen Romeu, de 24 anos, ocorrido em junho de 2021 no Complexo do Lins, zona norte do Rio. O sargento Rafael Chaves Oliveira e os cabos Rodrigo Correia Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano foram inocentados por 4 votos a 1 dos crimes de falso testemunho e fraude processual.
O colegiado, composto por um juiz de Direito e quatro oficiais superiores da Polícia Militar, seguiu o entendimento da promotoria, que já havia pedido a absolvição do capitão Jeanderson Corrêa Sodré, comandante da UPP Lins, e do cabo Cláudio da Silva Scanfela por falta de provas. As defesas argumentaram que as acusações do Ministério Público (MP) eram genéricas e baseadas em suposições.
Kathlen, grávida de 14 semanas, foi morta por um tiro no peito ao sair da casa da avó. O MP sustenta que os disparos partiram dos PMs Frias e Salviano. Os policiais ainda devem passar por júri popular pelo homicídio, em data ainda indefinida. Em nota, o MP informou que recorrerá da decisão: “O julgamento em segunda instância será no Tribunal de Justiça, sem participação de militares. Este processo tratava apenas da fraude. O homicídio segue no TJ”.
A absolvição reacendeu críticas de movimentos de direitos humanos, que classificaram o veredito como “impunidade estrutural”. Familiares de Kathlen aguardam o julgamento do caso no Tribunal do Júri.
Assisti ao ensaio geral do espetáculo E eu com tudo isso? a convite da produção. Que privilégio testemunhar esse solo arrebatador de Maíra Azevedo. Um dos trabalhos mais engraçados, potentes e verdadeiros que vi nos últimos tempos.
O novo espetáculo de Maíra Azevedo, E eu com tudo isso? é como se encontrar diante de um espelho cômico que, em vez de julgar, nos abraça. O riso que se forma na plateia não é mero escape. É catarse. É identificação. É memória. É um reconhecimento íntimo das dores, dos acúmulos, dos silêncios e da resistência cotidiana de quem tenta manter a lucidez em meio ao turbilhão da vida.
É importante frisar: Maíra Azevedo é, hoje, uma das maiores atrizes cômicas deste país. E essa afirmação não se sustenta apenas na presença de palco ou no carisma. Sustenta-se em sua capacidade de criar um texto que é ao mesmo tempo leve e denso, hilário e reflexivo. Sua trajetória no audiovisual é brilhante, mas o teatro permanece como lugar de origem, de entrega e de potência. E ela faz questão de não esquecê-lo. Pelo contrário, fortalece-o. Sua formação em jornalismo sustenta e aprofunda a força da sua narrativa, que é sempre instigante, precisa e carregada de sentido.
Maíra, que já havia nos presenteado com o sucesso Tia Má com a Língua Solta, volta aos palcos com um monólogo ainda mais lapidado, que mescla a inteligência da cronista afiada com o domínio de cena da atriz que conhece profundamente o tempo do riso. É um espetáculo que, ainda que caminhe sobre a leveza do humor, carrega uma profundidade tocante. Fala da sobrecarga, do esgotamento, da invisibilidade das mulheres, sobretudo das mulheres negras, com a precisão de quem vive, observa e elabora. Mas o faz sem perder a graça, o frescor, a escuta generosa que transforma as dores em gargalhadas.
Com direção cuidadosa de Magali Moraes e produção de Val Benvindo, o espetáculo encontra o ponto exato entre o cômico e o crítico. Nada é gratuito, nada é jogado para plateia apenas por efeito. Cada piada tem endereço certo, cada gesto comunica, cada silêncio também fala. E ali está Maíra, sozinha no palco, preenchendo o espaço com a força de quem sabe contar histórias. Histórias que pertencem a muitas.
A personagem, que poderia ser qualquer uma entre tantas, tenta dar conta do trabalho, do companheiro, da maternidade, dos pais idosos, da casa, da vaidade, das cobranças… de si. Não por acaso, o título do espetáculo soa como desabafo e provocação: E eu com tudo isso… E a gente se vê nessa mulher. Se vê como mãe. Se vê como filho. Se vê como família. Porque há algo de universal, ainda que profundamente situado, na forma como Maíra constrói a narrativa. Ela nos lembra que o riso não precisa violentar, não precisa zombar da dor do outro. Ele pode, e deve, ser afeto.
O espetáculo que estreia no Teatro Jorge Amado, em Salvador, nos dias 8 e 9 de agosto (19h), é daqueles que merecem ser vistos e revistos. Não há como sair indiferente. A cada cena, o riso se mistura ao pensamento. E ao fim, a vontade que fica é de aplaudir de pé e agradecer. Porque Maíra nos oferece algo raro: a possibilidade de rir da vida, não para negá-la, mas para reexistir dentro dela.
Ela não apenas faz rir. Ela nos devolve o riso como ferramenta de resistência. E, convenhamos, isso é arte em seu estado mais alto.
Depois do estrondoso sucesso da franquia Aranhaverso, a Sony já está apostando em novos caminhos para o universo animado do Homem-Aranha. O próximo passo pode ser uma animação focada no Spider-Punk, personagem que conquistou fãs com seu estilo único e atitude rebelde. O roteiro está sendo desenvolvido por Daniel Kaluuya, ator que também dublou o herói em Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, ao lado de Ajon Singh, segundo o site Deadline.
Spider-Punk, também conhecido como Hobie Brown, traz uma pegada muito diferente da clássica versão de Peter Parker. Morador da Terra-138, ele é um símbolo de resistência e luta contra sistemas corruptos, encarnando uma postura punk e anarquista dentro do multiverso. Criado em 2015 por Dan Slott e Olivier Coipel, o personagem já chamou atenção por seu visual icônico, com jaqueta jeans, moicano e guitarra, e agora pode ganhar destaque solo nas telas.
Embora os detalhes da trama sejam mantidos em segredo e o projeto ainda não tenha sido oficialmente anunciado pela Sony, a expectativa é grande. Kaluuya, além de roteirizar, deve retomar a voz do personagem, reforçando a conexão entre o ator e a figura que ele ajudou a popularizar. Enquanto isso, os fãs aguardam também o lançamento do próximo filme live-action do Homem-Aranha, previsto para julho de 2026, que seguirá com Tom Holland no papel principal.
