Dirigido por Antonio Pitanga, o longa-metragem “Malês” tem data marcada para chegar aos cinemas. Um teaser exclusivo do filme foi divulgado no dia 18 de julho durante a mesa “Narrativas orais como forma de resistência”, parte da programação do Festival Negritudes Globo, realizado em Salvador e deve estrear no dia 14 de novembro deste ano.
Baseado em fatos históricos, “Malês” retrata a Revolta dos Malês, o maior levante organizado por pessoas escravizadas na história do Brasil, ocorrido em 1835. Liderado por africanos muçulmanos, o movimento buscava a libertação dos negros escravizados em Salvador. Após o fracasso da revolta, os manifestantes foram duramente reprimidos.
Foto: Vantoen Pereira JRFoto: Vantoen Pereira JR
O elenco inclui Rocco e Camila Pitanga, filhos do diretor, além de Wilson Rabelo (“Bacurau”), Bukassa Kabengele, Samira Carvalho, Rodrigo de Odé, Heraldo de Deus e Patrícia Pillar. O roteiro é assinado por Manuela Dias e a direção de fotografia é de Pedro Farkas.
No filme, Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, um dos líderes da rebelião, que destacava a importância da união entre diferentes povos e religiões para o sucesso do movimento. O filme também apresenta outros líderes históricos da revolta, como Ahuna (Rodrigo dos Santos), Manuel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus) e Luís Sanim (Thiago Justino).
“Malês”, produzido por Flávio R. Tambellini, da Tambellini Filmes, é uma coprodução com a Globo Filmes, Obá Cacauê Produções, Gangazumba Produções e RioFilme, com patrocínio da Petrobras. Rodado em Cachoeira e Salvador, na Bahia, e em Maricá, no Rio de Janeiro, o longa retrata as difíceis condições de vida de homens e mulheres negros na Bahia do século XIX, abordando temas como racismo, pobreza e intolerância religiosa.
Recentemente, Raiam Santos, influenciador assumidamente de direita, gravou um video para falar sobre como a extrema direita europeia é racista. Ao constatar isso, Raiam também constatou que não pode ser de direita, pois não importa quanto dinheiro ele tenha, nunca é bem quisto nos lugares que frenta na Europa.
Eu conheço pouco de Raiam, mas sei que ele se diz um escritor muito bem sucedido e milionário. Raiam diz ter lido mais de mil livros. Certamente, entre estes milhares de livros não estavam clássicos como Pele Negra, Máscaras Brancas.
Como podemos aplicar as reflexões de Frantz Fanon no caso Raiam Santos? É simples! Não me canso de dizer que no capítulo “o homem negro e a mulher branca” há uma discussão extremamente importante sobre nacionalidade x raça. O personagem analisado por Fanon, Jean Veneuse, vive na França, mas ele não pode ser um francês porque é preto. Ele busca validação dos homens franceses, quer ser reconhecido como um igual, um nacional. A mulher branca, neste esquema, é apenas uma das formas que Jean Veneuse pretende alcançar o reconhecimento como francês legítimo.
A propósito, coincidência ou não, Raiam também adora ostentar mulheres europeias pelas redes. Assim como Jean Venuse não pode ser francês, embora seja um “preto diferente” dos seus ancestrais antilhanos, por ter certo status em Bordeaux, Raiam não pode ser hungaro, russo, espanhol ou plones. Tal qual Jean Veneuse, a frustração de Raiam Santos é ver que o europeu não reconhece como igual aquele que ele moldou a sua própria imagem nas colônias.
O breaking é a grande novidade das Olimpíadas de Paris 2024! Ao todo, 16 B-Boys e 16 B-Girls, como são chamados os atletas, irão disputar as primeiras medalhas na história da modalidade esportiva.
O Mestre Ivamar, que acompanha a evolução do hip-hop desde a década de 80, reflete sobre a importância da inclusão da nova modalidade para a comunidade negra e periférica, durante entrevista ao Mundo Negro.
“Vejo a evolução breaking se afirmando com grandes dançarinos periféricos. O hip-hop com seu rap, grafite, DJ’s e MC’s, cresce nas periferias dando uma oportunidade para jovens se expressarem nas suas artes como um grito de socorro expressado na poesia, na musicalidade, nos grafites, na dança, na busca de um lugar, de direitos”, diz o ator e ativista.
“O breaking nas Olimpíadas é de certo um fato muito importante, [porque] passa a ser um esporte competitivo mundial, abrindo um leque de profissionalização e será sempre um espetáculo, faz nascer das ruas mais um esporte e possíveis oportunidades”, afirma.
Mestre Ivamar também compara os desafios e os preconceitos contra breakings com a capoeira e o samba, por terem nascido nas ruas. “Com seus elementos, representando resistência de um povo preto, que pede o fim do genocídio, é um enfrentamento na mudança de um sistema de opressão”, destaca.
Sobre o futuro do breaking após a estreia nas Olimpíadas, Mestre Ivamar diz acreditar na constante evolução do hip-hop. “Seja no seu campo artístico e ideológicos como também no atlético. Acredito nos impactos sociais ao longo do tempo, as mudanças nos fazem ficar mais fortes ainda quando caímos”, finaliza.
A competição de breaking acontece nos dias 9 e 10 de agosto. O Brasil teve grandes nomes na tentativa de uma vaga como a Toquinha e o Kapu Araujo, mas eles não conseguiram classificação nesta edição.
O Ministério do Esporte fez uma publicação racista nesta sexta-feira, 26, para se referir ao barco da delegação do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris 2024.
No X (antigo Twitter), a conta oficial do ministério postou a imagem de um chimpanzé dirigindo um barco com a legenda “Todo mundo aguardando o nosso barco”, junto com um emoji da bandeira do Brasil no fim da frase.
A publicação foi excluída em seguida, mas viralizou rapidamente na internet e o ministério publicou uma nota lamentando o ocorrido e admitiu que foi racista. “O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, inicia o texto.
“Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente”, completa.
“Reafirmamos nosso compromisso inabalável no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito. O Ministério está implementando medidas rigorosas para garantir que nossa comunicação institucional seja sempre guiada por princípios de respeito, inclusão e diversidade. Estamos revisando nossos processos internos e oferecendo treinamento contínuo a nossa equipe para garantir que todas as nossas comunicações futuras reflitam nosso compromisso com a justiça social e a igualdade”, completa.
Os atletas Teddy Riner e Marie-José Perec emocionaram o público ao acenderem a Pira Olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O evento foi marcado pela diversidade e por mensagens de inclusão.
Após um longo percurso, a Pira Olímpica foi acesa num espetáculo que chamou atenção do mundo todo. Teddy Riner é um judoca francês considerado um dos maiores da história do esporte. Marie-José Pérec é uma ex-atleta francesa especializada em corridas de velocidade, notavelmente nos 200 metros e 400 metros.
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 celebram a diversidade ao reunir atletas de diferentes culturas, origens e tradições em uma competição global. De acordo com os organizadores, o evento simboliza a união e o respeito entre nações, destacando o poder do esporte em promover inclusão e igualdade.
Estão prontos para acompanhar os atletas negros e brasileiros que devem fazer história nos Jogos Olímpicos? A cerimônia de abertura dasOlimpíadas de Paris 2024 foi realizada hoje, 26, mas a seleção feminina brasileira de futebol e handebol já deram um show nas estreias das modalidades, ontem, garantindo as primeiras vitórias.
Em entrevista ao Mundo Negro, o Diego Moraes, um dos principais nomes do esporte na TV Globo, fez uma análise dos competidores negros e brasileros que estão gerando muitas expectativas de levar medalhas. “Quando a gente pensa nesses atletas, nessas chances a gente consegue perceber o quanto que o povo negro tem chegado com força”, diz o repórter.
“Onde está a maior expectativa do Brasil de medalha, é na Rebeca Andrade, na Rafaela Silva, e na Beatriz Souza do judô. Ketleyn Quadros, que foi a primeira medalhista mulher, no individual, do Brasil, em Pequim, 2008. Ela conquistou o bronze no judô. A gente tem três mulheres negras fortes e com potencial de medalha no judô e com potencial de ouro”, inicia a reflexão com atletas que competem no individual.
Rafaela Silva (Foto: Guadalupe Pardo/Reuters)
Citando Rebeca Andrade, Diego também aponta como a disputa com Simone Biles na ginástica artística deve atrair a visibilidade mundial. “A Simone já até revelou que a maior adversária dela é a Rebeca. Tem um certo medo. É uma das disputas que o mundo vai querer ver”, aponta.
“Na canoagem, a gente tem o Isaquias Queiroz. Já ganhou as três cores de medalha e vem como favorito de novo na canoagem de velocidade”, diz. “No skate, tem a Rayssa Leal, com chances de ganhar o ouro”, completa.
Enquanto no atletismo, o repórter cita a expectativa com Alison dos Santos, o Piu. “Ele teve uma lesão no ano passado, mas esse ano está arrebentando, está indo muito bem. Apesar da última Premier Diamond League ele não ter ganhado, mas ele tem tido bons resultados nessas etapas mundiais do atletismo, que são bem importantes. Vem como favorito à medalha de ouro”, conta.
Alison dos Santos (Foto: Abbie Parr/Getty Images)
“Pensando num coletivo, eu vou destacar o vôlei brasileiro, que é uma modalidade que realmente traz muita expectativa de medalha. A gente tem no vôlei feminino a Ana Cristina, saque superpotente, ela realmente é um dos destaques da equipe feminina. E na equipe masculina tem o Luccarelli, que já vai para mais uma Olimpíada, um dos líderes dessa equipe masculina”, afirma.
Engajamento em causas sociais
Diego Moraes aponta como a comunidade negra precisa compreender os limites dos atletas para se engajarem em causas sociais, em especial no combate ao racismo.
“A gente às vezes fica pesando muito nos atletas, para ter um engajamento. A visibilidade é maior, eles podem alcançar mais gente quando eles falam sobre isso, só que eles estão num ambiente completamente adverso, que não propicia isso”, explica.
Rayssa Leal (Foto: Reprodução/Instagram/Confederação Brasileira de Skate)
“Quando eu fui no meu último Pan-Americano como atleta de karatê, teve uma reunião antes e a confederação pediu pra Federação Pan-Americana de Karatê para não haver nenhum tipo de manifestação religiosa, nem protesto contra o racismo, em nenhum momento de vitória de algum atleta, senão o atleta seria desclassificado. Eu não podia, por exemplo, fazer sinal do punho cerrado”, completa.
O carateca também destaca como os atletas dependem do esporte para ganhar dinheiro. “É o trabalho deles para sustentar a família, mudar o futuro dessas famílias. Muitos atletas não vão se engajar completamente nas redes sociais, no grande evento ou numa entrevista por conta disso. Mas eu acredito que muitos atletas estão se engajando nos bastidores, estão fazendo acontecer, mas de uma outra forma”, diz.
“A Rebeca não fala muito, mas ela já trançou o cabelo, já consegue mostrar a africanidade dela de outras formas. Isso também consegue dar um recado. Pra quem tá acompanhando a Rebeca, sabe o quanto ela tá querendo mostrar a sua própria identidade”, exemplifica.
Foto: Divulgação/Netflix
“Simone Biles até relatou alguns casos no documentário dela da Netflix sobre impressões que as pessoas tinham sobre o cabelo e ela simplesmente ouve e deixa passar porque ela sabe que isso pode prejudicá-la”, lamenta.
“A gente é a maioria em números, mas a gente não tem força, a gente não tem poder, a gente não está liderando as grandes organizações, as grandes federações para a gente ter esse aval, para a gente ter esse suporte quando a gente for se manifestar. E quem acompanha eles acabam percebendo que existe uma preocupação de ter mais pessoas negras, mas falar com tanta clareza, eu acho que vai ser difícil”, finaliza.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris está chamando atenção da internet. Um dos destaques foi a apresentação solo de Guillaume Diop, o primeiro bailarino a alcançar o posto de étoile, ou principal dançarino, no Ballet de l’Opéra de Paris, uma das companhias de balé mais prestigiadas do mundo.
Guillaume Diop – 1º bailarino negro da Ópera de Paris dançando ao lado da bandeira. Muitas vezes duvidam da dança, dos dançarinos, da nossa arte… A cerimônia de abertura das Olimpíadas,foi um tapa na cara para quem não acredita na nossa potência! ARTE!!! #Paris2024pic.twitter.com/DZ8MAtvPi6
Nos 300 anos de sua existência, a Ópera de Paris nunca havia nomeado um bailarino negro. Aos 23 anos de idade, Diop escreveu seu nome na história da instituição e agora, aos olhos do mundo, representou seu país durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2024.
Guillaume Diop – 1º bailarino negro da Ópera de Paris dançando ao lado da bandeira. Muitas vezes duvidam da dança, dos dançarinos, da nossa arte… A cerimônia de abertura das Olimpíadas,foi um tapa na cara para quem não acredita na nossa potência! ARTE!!! #Paris2024pic.twitter.com/DZ8MAtvPi6
Em celebração ao Julho das Pretas e ao Dia das Avós, o Grupo L’Oréal e a AfroSOU, Rede de Afinidade e Impacto com foco étnico-racial da companhia, realizaram o evento “Quem cuida de quem cuida?” na manhã desta sexta-feira, 26. O encontro aconteceu na sede do Grupo L’Oréal na Pequena África, Zona Portuária do Rio de Janeiro, e reuniu 30 avós e seus netos, colaboradores da companhia, para um momento de conexão e reconhecimento.
O evento, que teve como objetivo celebrar as histórias das matriarcas de diversas famílias brasileiras através de um dia de conversa e autocuidado, contou com a presença da escritora e filósofa Djamila Ribeiro, autora do livro “Cartas Para a Minha Avó”, e de Dona Helena, diretora da Rede de Desenvolvimento da Maré. Ambas participaram de um bate-papo que promoveu a conexão ancestral e a valorização da história de mulheres negras.
Além do bate-papo, os convidados também participaram de uma roda de leitura e tiveram a oportunidade de desfrutar dos serviços oferecidos pelo Grupo L’Oréal. O evento “Quem cuida de quem cuida?” também incluiu um espaço de escuta e reflexão, ressaltando a importância do cuidado coletivo e da sororidade entre as mulheres negras.
Na última quinta-feira, 25, Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, a intelectual Sueli Carneiro recebeu a Medalha Tiradentes, mais alta honraria oferecida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
A homenagem, proposta pelo deputado Professor Josemar (Psol), que preside a Comissão Parlamentar de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, aconteceu no Palácio Tiradentes, na noite de ontem e contou com a presença da escritora Conceição Evaristo.
Em entrevista para a jornalista Flávia Oliveira, na GloboNews, a ativista revelou estar surpresa com a honraria: “Eu pertenço a uma geração de militantes, ativistas, intelectuais negros, orgânicos do movimento negro, do movimento de mulheres negras que sempre foram execrados por essas atividades que realizávamos. Então é absolutamente surpreendente chegar em um momento da minha vida, da minha trajetória, em que tudo o que era estigma, tudo o que era estereótipo, tudo o que era desqualificado se torna valorizado e isso só tem sido possível pelo compromisso e pela generosidade que novas gerações estão nos ofertando”, disse.
“Estou chocada, emocionada, feliz e gratificada por ter vivido o suficiente para ver os estigmas que sempre nos acompanharam estarem de alguma maneira sendo revertidos”, reforçou. Para a escritora Conceição Evaristo, a honraria é também uma homenagem a todas as mulheres: “É uma prova que nossa vida vale a pena. Essa homenagem que se faz à Sueli, na verdade, é uma homenagem que se faz a todas as mulheres”, afirmou ela à GloboNews.
Em um vídeo divulgado na sexta-feira, 26, o ex-presidente Barack Obama e a ex-primeira-dama Michelle Obama anunciaram seu apoio à candidatura presidencial da vice-presidente Kamala Harris. “Michelle e eu não poderíamos estar mais orgulhosos de apoiá-la e fazer tudo o que pudermos para que você passe por esta eleição e chegue ao Salão Oval”, afirmou Obama a Harris em uma ligação telefônica acompanhada por sua esposa.
Kamala Harris agradeceu aos Obama pelo apoio e falou sobre sua gratidão pela amizade de décadas. “Meu Deus. Michelle, Barack, isso significa muito para mim. Estou ansioso para fazer isso com vocês dois, Doug e eu. E sair por aí, estar na estrada. Mas, acima de tudo, eu só quero dizer que as palavras que vocês falaram e a amizade que vocês deram ao longo de todos esses anos significam mais do que eu posso expressar, então obrigada a ambos. Significa muito. E nós vamos nos divertir com isso também, não é?” disse a vice-presidente.
Michelle Obama também expressou seu orgulho por Harris e destacou a importância histórica da eleição. “Não posso ter esse telefonema sem dizer à minha garota, Kamala, estou orgulhosa de você. Isso vai ser histórico”, disse a ex-primeira-dama.
Em uma declaração conjunta, os Obama elogiaram Harris e listaram suas realizações. “Kamala tem mais do que um currículo”, afirmou a declaração. “Ela tem a visão, o caráter e a força que este momento crítico exige. Não há dúvidas em nossa mente de que Kamala Harris tem exatamente o que é preciso para vencer esta eleição e entregar para o povo americano.”
A declaração também enfatizou a importância da candidatura de Harris em um momento crítico. “Num momento em que os riscos nunca foram tão altos, ela nos dá a todos motivos para ter esperança”, dizia o texto. Obama e Harris têm mantido contato regularmente, com o ex-presidente sendo um grande apoio à atuação política dela, assim como tem feito ao longo dos 20 anos em que se conhecem, segundo uma fonte.
Obama não apoiou Harris imediatamente após o anúncio do presidente Joe Biden no domingo de que ele não buscaria a reeleição. “Tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual emergirá um candidato extraordinário”, disse o ex-presidente em uma declaração na época.
De acordo com a fonte, Obama acreditava que era importante para o Partido Democrata ter um processo legítimo pelo qual os delegados selecionariam seu novo indicado. Um assessor de Obama disse à CNN que o ex-presidente estava adotando a mesma abordagem que adotou durante as primárias democratas de 2020, observando de perto com a intenção de poder unificar o partido quando um indicado fosse escolhido – fosse Harris ou outra pessoa.