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Nossa Senhora do Rosário dos Pretos celebra 125 anos de elevação da Irmandade dos Homens Pretos à Venerável Ordem Terceira

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Foto: Reprodução

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, Salvador, celebrou na manhã desta terça-feira, 2, os 125 anos da elevação da Irmandade dos Homens Pretos à categoria de Venerável Ordem Terceira. A cerimônia, que começou às 6h com o Repique dos Sinos e queima de fogos, contou com uma missa em Ação de Graças às 7h, presidida pelo capelão, Cônego Lázaro Muniz.

A data marca um acontecimento significativo na história da Irmandade dos Homens Pretos, fundada em 1685. Desde a elevação à categoria de Venerável Ordem Terceira, em 1899, a confraria dos irmãos pretos tem se destacado como uma das primeiras a integrar oficialmente a estrutura da Igreja Católica no Brasil, consolidando-se como uma instituição de resistência e preservação da cultura e fé afro-brasileira.

Fundada há 338 anos, a Irmandade dos Homens Pretos foi uma resposta às restrições impostas aos negros, tanto escravizados quanto libertos, no período colonial. Em 1704, com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na então Rua das Portas do Carmo, os membros da irmandade buscavam não apenas um espaço para celebrações religiosas, mas também um local de encontro e organização social. Essa igreja, agora popularmente conhecida como Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, tornou-se um símbolo da resistência negra.

O conjunto arquitetônico da igreja, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938, reflete a riqueza da arte sacra dos séculos XVIII e XIX. A fachada azul, evocando o manto de Nossa Senhora do Rosário, é apenas o início de um percurso que inclui azulejos portugueses narrando histórias da devoção a Nossa Senhora e a São Domingos.

Os fiéis que compareceram à celebração também participaram da homenagem aos heróis da Independência da Bahia ou Independência do Brasil na Bahia, celebrada também no dia 2 de julho de 1822, simbolizada pela passagem dos Caboclo e Cabocla, reforçando a ligação da igreja com a história de resistência e liberdade da Bahia.

Estudo inédito revela que 6 em cada 10 crianças e adolescentes vítimas de estupro no Brasil são negras

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Foto: Reprodução

Um estudo inédito do Núcleo de Estudos Raciais do Insper revela que crianças e adolescentes negras representam cerca de 40% dos casos registrados de estupro no Brasil, o dobro da incidência entre meninas brancas, que são 20% das vítimas. Esses números são especialmente alarmantes, considerando que as meninas negras correspondem a apenas 13% da população, segundo o Censo de 2022.

A análise, baseada em dados do Sistema Nacional de Atendimento Médico (SINAM) do Ministério da Saúde, aponta que 6 em cada 10 registros de estupro no país envolvem vítimas com menos de 18 anos. Além disso, a proporção de mulheres pretas e pardas vítimas de estupro tem aumentado nos últimos anos. Em 2010, 3 em cada 10 vítimas eram crianças e adolescentes negras, enquanto em 2022 essa proporção subiu para 4 em cada 10.

Os resultados mostram que as mulheres negras são a maioria das vítimas de estupro em todas as faixas etárias, numa proporção de aproximadamente 2 para 1 em comparação com as mulheres brancas. Entre as crianças e adolescentes, a diferença é ainda mais marcante: as vítimas negras eram 50,6% em 2010 e passaram a ser 61,9% em 2022. No mesmo período, as vítimas brancas caíram de 34,6% para 30,8%.

Em termos gerais, o número de registros de estupro no Brasil aumentou de 7.617 em 2010 para 39.661 em 2022. Neste contexto, a porcentagem de vítimas negras cresceu de 48,4% para 60%, enquanto a de vítimas brancas caiu de 38,1% para 33,3%.

O pesquisador Alisson Santos, um dos autores do estudo, aponta a maior vulnerabilidade social das mulheres negras como uma das causas dessa desproporção. Ele ressalta que a subnotificação do crime é um grande desafio, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes, cujas denúncias dependem muitas vezes de um adulto para avançar. “A notificação é mais difícil porque depende da decisão de um adulto de dar crédito à vítima e levar o caso adiante”, afirma Santos.

A pesquisa indica que políticas públicas específicas e a coleta de dados com recorte racial são fundamentais para enfrentar essas desigualdades. “O aumento no número de casos notificados entre as vítimas negras de 2010 a 2022 é significativo, e ignorar a discriminação racial só agrava a situação”, alerta Juliana Brandão, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em entrevista recente para o site Mundo Negro, a a advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, Fayda Belo, explicou porque meninas negras podem ser as maiores vítimas caso o PL 1940/24, que equipara aborto depois de 22 semanas a homicídio, seja aprovado: “Mais da metade dessas meninas vítimas de estupro de vulnerável são meninas negras, o que demonstra que esse projeto de lei é claramente misógino, mas também tem cunho racista, já que visivelmente duplamente penalizará em sua maioria meninas negras violentadas sexualmente. É preciso lembrar que as violências mais graves, segundos os dados, são praticados contra mulheres e meninas negras, que é claramente o grupo mais vitimizado”.

Julho das Pretas: 4ª Seminário das Pretas Acadêmicas na UFPR destaca produção intelectual de pesquisadoras negras

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Estão abertas até 5 de julho as inscrições para a 4ª edição do Seminário Pretas Acadêmicas – Trajetórias, promovido pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento, que ocorre nos dias 26 e 27 de julho, tem como objetivo dar visibilidade às pesquisas de mulheres negras no meio acadêmico e será realizado de forma híbrida, com atividades presenciais no campus Rebouças da UFPR, além de ter transmissões online para participantes de fora de Curitiba.

A iniciativa busca reunir pesquisadoras negras para compartilhar suas investigações e experiências, contrapor a invisibilidade acadêmica e celebrar as conquistas de mulheres negras na ciência e nas humanidades. Para participar, é necessário enviar um resumo da pesquisa em andamento ou concluída em qualquer nível de formação superior. “Nosso objetivo é promover o encontro de estudantes e pesquisadoras pretas e fomentar a produção intelectual, acadêmica e ativista de mulheres negras. Queremos prestigiar o trabalho acadêmico de mulheres pretas tanto do Paraná quanto de outros estados”, afirma Silvia Maria Lima, coordenadora do evento e doutora em Educação pela UFPR.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicam um crescimento significativo da presença de mulheres negras nas universidades brasileiras. Em 2006, elas representavam 28% dos estudantes bolsistas do Prouni nos dez cursos mais procurados do ensino superior. Em 2020, esse percentual aumentou para 38%. Segundo Silvia, “queremos mostrar que o movimento de mulheres negras na universidade é relevante e vem ganhando espaço. Sabemos que estamos longe do ideal, mas hoje temos muitas mulheres ganhando destaque na pesquisa”.

A programação do Seminário inclui 15 Grupos de Trabalho (GTs), cobrindo uma ampla gama de temas como educação, literatura, comunicação, design e relações de trabalho, entre outros. Além de debates e apresentação de pesquisas, o evento emitirá certificados de extensão às participantes e planeja publicar um material compilado das discussões. “Pesquisadoras poderão inscrever trabalhos que estão em fase inicial ou em andamento, pois será um excelente momento de troca de ideias, e aquelas que já concluíram também são muito bem-vindas. Queremos ouvi-las, dar protagonismo às pesquisas”, destacou Silvia.

O Seminário contará com mesas de abertura que trarão figuras proeminentes do ativismo negro. Entre elas, a deputada federal Carol Dartora, que apoia o evento via emenda parlamentar; Joana Célia Passos, vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e Letícia Leobet Florentino, socióloga do Instituto da Mulher Negra Geledés.

O evento faz parte do Julho das Pretas, um movimento estadual que desde 2019 busca destacar o protagonismo das mulheres negras no Paraná. “Convidamos às pesquisadoras negras a inscreverem seus trabalhos, e à comunidade em geral a participar, ouvir e assistir aos debates propostos. Queremos dialogar com a sociedade a partir da perspectiva das mulheres negras. Temos muito a contribuir”, conclui Silvia.

Serviço:

IV Seminário das Pretas Acadêmicas

Data: 26 e 27 de julho de 2024

Inscrições de trabalhos: até 05 de julho

Para acessar os GTs e mais orientações: https://sipad.ufpr.br/pretasacademicas2024/

Em vídeo, Jamie Foxx revela detalhes sobre internação em 2023: “fiquei fora do ar por 20 dias”

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Foto: Sussman/Getty Images

Em um vídeo recentemente compartilhado nas redes sociais, o ator Jamie Foxx, trouxe à tona detalhes sobre sua grave hospitalização em 2023. O astro de Hollywood, que enfrentou um longo período de recuperação após “complicações médicas”, revelou que a situação começou de maneira súbita enquanto estava no set de filmagens do filme “Back in Action”, em Atlanta, nos Estados Unidos.

“No dia 11 de abril do ano passado, eu tive uma dor de cabeça intensa. Pedi ao meu assistente um Advil. E fiquei fora do ar por 20 dias. Não me lembro de nada”, relatou Foxx, visivelmente emocionado ao relembrar o ocorrido. “Eles me disseram [que] minha irmã e minha filha me levaram ao primeiro médico e ele disse, ‘Nah’ e me deu uma injeção de cortisona. O próximo médico disse, ‘Tem alguma coisa acontecendo lá em cima.’ [Foxx aponta para sua cabeça] Não vou dizer isso na câmera, mas foi… [balança a cabeça para indicar a gravidade da situação].”

Foxx, que passou quatro meses entre um hospital e uma clínica de reabilitação, descreveu o susto que teve com sua saúde. Em uma consulta médica, acompanhada de sua irmã e filha, um médico sugeriu que ele poderia ter um problema “na cabeça”. Depois de perceber que você estava sendo filmado, o ator afirmou que “não continuaria a falar para a câmera”.

O vídeo foi compartilhado por uma usuária do TikTok chamada Brenda Combs. Na legenda, ela escreveu: “Vi @Jamie Foxx no centro de Phoenix hoje. Ele disse em 11 de abril de 2023 que estava com uma forte dor de cabeça e pediu um Advil a um amigo. Acordei 20 dias depois sem nenhuma lembrança do que aconteceu. Sua resiliência é realmente inspiradora!”

O incidente veio a público inicialmente em 13 de abril de 2023, quando a família do ator divulgou a internação devido a “complicações médicas” através de um comunicado. A informação foi confirmada pela filha de Foxx, Corinne Foxx, que assegurou aos fãs que ele estava em recuperação e pediu privacidade para a família.

“Queríamos compartilhar que meu pai, Jamie Foxx, teve uma complicação médica ontem. Felizmente, devido à ação rápida e grande cuidado, ele já está a caminho da recuperação. Sabemos o quanto ele é amado e agradecemos suas orações. A família pede privacidade durante esse período”, postou Corinne em seu Instagram.

Após o susto, Foxx se manteve longe dos holofotes e só voltou a aparecer nas redes sociais em julho, agradecendo pelo apoio e orações recebidos durante seu período de convalescença. “Você está olhando para um homem que está agradecido. Finalmente começando a me sentir como eu mesmo”, declarou em uma publicação.

Leci Brandão abre evento gratuito dedicado à cultura negra e LGBTQIAPN+

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Foto: Divulgação

Entre os dias 2 e 7 de julho, será realizada a 11ª edição de Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade, programação anual dedicada à cultura LGBTQIAPN+ no Itaú Cultural, com as negritudes como tema deste ano. A programação se estende por seis dias com espetáculos de teatro, música, performance, mesas reflexivas, oficina de poesia onírica preta/LGBTI+ e um percurso pelos pontos pretos da capital paulista. Todas as atividades são gratuitas. As reservas dos ingressos podem ser feitas no site oficial do www.itaucultural.org.br.

Nesta terça-feira, 2, Leci Brandão abre a programação às 20h, com apresentação de grandes clássicos de sua carreira, como Eu só quero te namorar, Isso é Fundo de Quintal e Zé do Caroço. Em 1978, a sambista e deputada estadual de São Paulo, foi a primeira cantora famosa do Brasil a se pronunciar como mulher lésbica.

Entre os outros destaques da programação, está a peça Jorge para sempre Verão, espetáculo dirigido por Rodrigo França, que trata da trajetória de um artista, Jorge Lafond (1952-2003), de uma personagem, Vera Verão, e de uma sociedade homofóbica, na quarta-feira, 3, também às 20h.

No dia 4, a mesa Festas e Celebrações Pretas: a alegria e a coletividade como potências reúne o agitador cultural, cientista social e curador Arthur Santoro, co-CEO da festa Batekoo; o articulador cultural e produtor Rafa Duartt, da Ralachão; e Erica Malunguinho, primeira deputada trans eleita no Brasil, fundadora do quilombo urbano Aparelha Luzia. Com mediação do artista interdisciplinar Flip Couto, a conversa trata de como as festas e as celebrações são espaços de (re)-existência, empoderamento, coletividade, representatividade e segurança, servindo, ainda, como elementos de reflexão, discussão e visibilidade das experiências da comunidade negra e LGBTQIAP+.

O aclamado espetáculo Amor e outras Revoluções, com Mariana Nunes e Tati Villela, que também assina o texto e a dramaturgia, será apresentado às 20h, na sexta-feira, 5. As atrizes interpretam as personagens Aynah e Luzia, que estão de casamento marcado, mas ainda têm dúvidas se devem mesmo se casar. A peça percorre suas próprias histórias, dando início a revoluções a respeito do amor e da falta dele.

No final de semana, a performance TRANSEPRETO, um dispositivo performativo-reflexivo em forma de debate, que reúne artistas trans e pretos em um exercício de metalinguagem. Um dos debates será sobre Ancestralidades, com a atriz carioca Aretha Sadick, a travesti, preta, gorda e periférica Ayô Tupinanbá e Thiffany Odara, mulher trans, negra, yalorixá, pedagoga e ativista. A mediação é de Luh Maza, que assina, ainda, a concepção e direção geral da ação.

Já no domingo, o público poderá participar da Caminhada Bixiga Negra, ação idealizada pelo Guia Negro e conduzida por Debora Pinheiro, guia de turismo e anfitriã de experiências no Guia. A atividade resgata histórias do bairro do Bixiga, reconhecido pela presença de italianos, mas que tem uma cultura e história negra muito vivas. A programação será encerrada com o show de Rico Dalasam. Ele apresenta o show do seu terceiro disco, Escuro Brilhante, Último dia no Orfanato de Tia Guga.

Clique aqui para ver a programação completa!

SERVIÇO

Todos os Gêneros

No Itaú Cultural

De 2 a 7 de abril de 2024 (terça-feira a domingo)

Entrada gratuita

Childish Gambino revela trailer de seu novo filme ‘Bando Stone & The New World’

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Foto: Divulgação

Childish Gambino divulgou o trailer do seu próximo filme ‘Bando Stone & The New World’. Uma versão curta havia sido revelada durante os comerciais do BET Awards 2024, neste domingo, 30 de junho, e o vídeo completo no canal do YouTube, na mesma noite.

Ainda sem previsão de lançamento, a estrela também irá lançar a trilha sonora completa do filme, produzida e performada por ele mesmo. Este será um dos seus últimos projetos musicais com o pseudônimo de Childish Gambino. 

No longa distópico que se passa num mundo pós-apocalíptico, Glover interpreta Banda Stone, um músico famoso que vagueia por um mundo desprovido de pessoas antes de encontrar uma mulher e seu filho. Juntos, eles enfrentam lulas gigantes e pássaros ameaçadores, parecidos com emas.

Em abril, Glover havia anunciado que vai lançar os dois novos e últimos álbuns como Childish Gambino. O primeiro será uma versão finalizada de seu lançamento surpresa ‘3.15.20’, de 2020. Enquanto o próximo será para a trilha sonora de seu novo filme.

Posteriormente, o artista anunciou a ‘The New World Tour’, com shows na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia, com lançamento previsto para agosto.

Veja o trailer do filme:

Tony Tornado descarta aposentadoria aos 94 anos: “O melhor personagem ainda está por vir”

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Foto: Reprodução/Instagram

Durante a estreia do quadro Negritudes, apresentado pela jornalista Maju Coutinho no Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 30 de junho, o ator Tony Tornado, ao lado dos colegas Antônio Pitanga e Zezé Motta, falou sobre a sua carreira aos 94 anos.

“Eu insisto sempre em dizer que não está na hora de parar. Porque o melhor personagem ainda está por vir”, afirmou o veterano, que se recusa a pensar em aposentadoria.

Em 2023, o ator interpretou o Zacarias na terceira temporada da série ‘A Divisão‘, da Globoplay, e o personagem Frei Tomé, na novela ‘Amor Perfeito‘, da Globo.

Na entrevista, Tony também refletiu sobre a presença negra na televisão brasileira. “Não é frase de efeito, não. A diferença entre o ator negro [e o ator branco] está nas oportunidades. Tem que dar oportunidade. Me deram oportunidade!”, disse, ao pensar também na própria carreira.

O ator contou que a sua trajetória começou muito cedo. “Eu, já com 12 anos, era um belo de um palhaço. Isso ficou na minha mente: preciso expandir essa coisa. No Rio de Janeiro foi que comecei mesmo a minha arte”.

Ele também lembrou de sua prisão em 1971, que ocorreu após cantar ‘Black is Beautiful‘ com a Elis Regina, que lhe levou ao exílio: “Fui rodando o mundo. Fui pra Cuba, pra Rússia”.

No Instagram, Tony Tornado agradeceu ao carinho dos fãs após a exibição da entrevista e fez outro anúncio importante sobre os seus projetos e acabou não sendo transmitido no Fantástico pelo tempo curto com três entrevistados. “Falei sobre meu show que farei por todo Brasil ao lado do meu filho Lincoln Tornado e a banda Funkessência“, disse no vídeo publicado nesta segunda-feira, 1º, ao pedir que continuem a acompanhar o seu perfil na rede social.

Livro denuncia como o racismo prejudica diagnósticos e tratamentos médicos de pessoas negras

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Foto: Reprodução/Instagram

Uma matéria publicada pela BBC na última semana mostrou como o racismo presente na literatura médica tem prejudicado tratamentos e diagnósticos oferecidos a pessoas negras. Em entrevista para o veículo, a jornalista Layal Liverpool conta como identificou as discrepâncias nos serviços de saúde para pessoas negras e brancas, informações contidas em seu livro recém-lançado nos Estados Unidos e no Reino Unido: “Systemic: How Racism is Making us Ill” (“Sistêmico: Como o Racismo Está Nos Deixando Doentes”).

No livro, ela conta como o racismo estrutural permeia cada aspecto dos cuidados de saúde, especialmente afetando pessoas negras em todo o mundo. A obra revela como falsas crenças e preconceitos históricos moldaram práticas médicas, levando a diagnósticos inadequados e tratamentos desiguais.

Um dos principais pontos destacados por Liverpool é a persistência de estereótipos prejudiciais na medicina. Por exemplo, muitos profissionais ainda acreditam em mitos como a suposta “diferença biológica”, reforçadas por teorias eugenistas, que faz com que pessoas negras sintam dor de maneira diferente ou tenham estruturas físicas distintas das brancas. Essas falsas premissas influenciaram diretrizes médicas por décadas, resultando em tratamentos inadequados e até mesmo perigosos para pacientes negros.

A jornalista científica conta que foi mãe há pouco tempo e que descobriu que o risco de mortalidade materna durante a gravidez ou no parto é quatro vezes maior para mulheres negras do que para brancas no Reino Unido. O dado se repete em outros países, como os EUA e Brasil, país em que “o número de mulheres negras que morreram durante a gravidez ou 42 dias após o fim da gestação foi de 8 a mais, a cada 100 mil nascidos vivos, do que entre mulheres brancas entre 2014 e 2019“, de acordo com dados apresentados na nota técnica “Desigualdades raciais na saúde: cuidados pré-natais e mortalidade materna no Brasil, 2014-2020”.

A autora explora como o racismo afeta o acesso a cuidados de saúde mental. Pessoas negras são mais propensas a serem estigmatizadas como perigosas ou agressivas durante crises psicológicas, o que aumenta o risco de tratamentos coercitivos e até mesmo fatais. Esse viés sistêmico contribui para a subdiagnóstico da depressão e superdiagnóstico de condições como esquizofrenia entre pessoas negras em países como Estados Unidos e no Reino Unido.

Liverpool também aborda as disparidades alarmantes na saúde cardiovascular. O estresse crônico causado pelo racismo diário contribui significativamente para taxas mais altas de hipertensão e outras condições cardíacas entre pessoas negras. O impacto é amplificado por experiências de discriminação em ambientes de cuidados de saúde, onde pacientes negros frequentemente enfrentam desconfiança, falta de empatia e diagnósticos tardios.

A jornalista destaca que o racismo não é apenas uma questão de atitude individual, mas sim um problema estrutural que permeia todo o sistema de saúde. Ela aponta para iniciativas como a revisão de diretrizes médicas e o treinamento de profissionais de saúde para reconhecer e combater viéses raciais como passos essenciais para promover uma saúde verdadeiramente equitativa.

“I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston”, cinebiografia da cantora está disponível no Prime Video

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O filme “I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston” chegou recentemente ao catálogo do Prime Video no Brasil. Dirigido por Kasi Lemmons, o longa, que estreou nos cinemas em fevereiro de 2023, já estava disponível para assinantes da HBO Max desde abril do ano passado.

Descoberta pelo executivo da gravadora Clive Davis, Whitney alcançou fama mundial na década de 1980, consolidando-se como um dos maiores ícones de sua geração. A artista se tornou a cantora mais premiada de todos os tempos, de acordo com o Livro de Recordes (Guinness Book) e embora tenha conquistado enorme sucesso, a vida pessoal de Houston também foi marcada por diversas polêmicas.

O filme mostra detalhes da vida profissional e pessoal da trajetória de Whitney Houston, abordando o romance com sua amiga e diretora de criação Robyn Crawford, seu conturbado casamento com Bobby Brown, as pressões de ativistas em meio às tensões raciais nos Estados Unidos e a sobrecarga sofrida pela artista por conta da responsabilidade em manter financeiramente sua família com sua carreira.

Durante a produção do filme, a família de Whitney demonstrou resistência à retratação do suposto relacionamento lésbico. Segundo Kasi Lemmons, houve oposição à cena de beijo interpretada por Naomi Ackie (como Whitney) e Nafessa Williams (como Robyn). A cena, contudo, foi mantida após insistência da produção.

A canção “I Wanna Dance With Somebody”, que dá nome ao filme, foi eleita pela Billboard em novembro de 2023 como a melhor música pop de todos os tempos. Lançada em 1987 como parte do álbum “Whitney”, a música se tornou um hino da década de 1980.

Divulgada primeira foto de Denzel Washington como ‘Macrinus’, poderoso traficante de armas em ‘Gladiador 2’

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Foto: Cuba Scott/Paramount Pictures

A Vanity Fair divulgou novas imagens do aguardado ‘Gladiador 2’, filme épico dirigido e co-produzido por Ridley Scott. A produção chega aos cinemas em 22 de novembro e trará Denzel Washington como Macrinus, um traficante de armas influente e poderoso.

A sequência de Gladiador (2000) foi escrita por David Scarpa e conta com um elenco estrelado, incluindo Paul Mescal, Pedro Pascal, Joseph Quinn, Fred Hechinger, Connie Nielsen e Derek Jacobi. Produzido pela Scott Free Productions para a Paramount Pictures, o filme promete retomar a grandiosidade do original, que recebeu 12 indicações ao Oscar e venceu cinco, incluindo a de melhor filme.

Em Gladiador II, Washington dá vida a Macrinus, um personagem descrito por Ridley Scott como um homem extremamente rico e influente. “Denzel é um traficante de armas que fornece comida para os exércitos na Europa, fornece vinho e óleo, faz aço, faz lanças, armas, canhões e catapultas. Então, ele é um homem muito rico. Em vez de ter um estábulo de cavalos de corrida, ele tem um estábulo de gladiadores”, detalha o diretor.

A atuação de Washington é esperada com grande expectativa, trazendo um toque de sofisticação e complexidade ao personagem. “Ele é deslumbrante. Dirige uma Ferrari dourada. Consegui para ele uma carruagem folheada a ouro,” comenta Scott sobre a representação visual de Macrinus. Ao ser questionado sobre a natureza do personagem de Washington, o cineasta ironiza: “Para os caras que lutam na arena, eu acho que ele é bastante cruel, né?”

Enquanto Paul Mescal assume o papel de Lucius Verus, antigo herdeiro do Império, e Pedro Pascal, Joseph Quinn, e outros se destacam no elenco, a presença de Denzel Washington como Macrinus oferece uma nova dimensão ao universo de Gladiador. Sua atuação deve ser um dos pontos altos do filme, combinando poder, riqueza e a moralidade ambígua de seu personagem.

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