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Africanize anuncia After Oficial para fãs de Burna Boy e Lauryn Hill em São Paulo

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Foto: reprodução

Neste sábado (06), São Paulo será palco de uma noite histórica para a cultura preta. Após a estreia de Burna Boy no Brasil e o aguardado show de Lauryn Hill no festival The Town, o público terá a chance de prolongar a experiência com a Africanize Party – After Oficial Burna Boy & Lauryn Hill, no Cine Joia, a partir das 22h.

Criada em 2023 pela Africanize — maior plataforma de cultura negra da América Latina — a festa já realizou mais de 12 edições e reuniu mais de 25 mil pessoas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Com proposta de centralizar e celebrar a cultura afro-diaspórica, a Africanize Party se consolidou como um dos encontros mais marcantes da cena cultural, assinando afters de peso, como o de The Last Dance após o show de Chris Brown, além de colaborações com festas icônicas como YOLO Love Party, Xic Hop, Baile da Luxury e Baile do Amor.

Nesta edição especial, o line-up traz DJ Tamy Reis, Totonete, Shine e UMiranda, nomes que traduzem a força das pistas urbanas brasileiras. No comando do microfone estará Adesope (Energy God), diretamente de Londres. Considerado uma das maiores referências globais no Afrobeats, o apresentador já entrevistou ícones como Wizkid, Davido e o próprio Burna Boy.

O Cine Joia, espaço histórico no centro de São Paulo, será o cenário dessa celebração. Conhecido por sua arquitetura singular e projeções de última geração, o local já recebeu mais de mil noites de música e abre as portas para um dos afters mais aguardados do ano.

“A Africanize Party nasceu para ser esse lugar onde a cultura preta não é só celebrada, mas centralizada. E essa edição traduz tudo isso: viver Burna Boy e Lauryn Hill no festival e continuar a noite em um espaço pensado por e para nós”, afirma Wanessa Fernandes, CEO da Africanize.

Africanize Party: After Oficial Burna Boy & Lauryn Hill

Data: 06 de setembro de 2025 (sábado)
Horário: 22h às 04h
Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade, São Paulo – SP
Line-up: DJ Tamy Reis, Totonete, Shine e UMiranda
MC: Adesope (Energy God), de Londres
Ingressos: a partir de R$ 50 no Sympla (2º lote)
Classificação etária: 18 anos

Luana Génot conclui ciclo como Líder Global do Fórum Econômico Mundial e celebra possibilidades para o Brasil

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Foto: Reprodução/Instagram

“A gente não quer só comida, a gente quer possibilidades.” Foi assim que a CEO do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), Luana Génot, celebrou em suas redes sociais a conclusão de um ciclo transformador: após quatro anos de atuação, ela finalizou oficialmente sua jornada como Líder Global do Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum).

A conquista, que teve início em 2020, levou Luana a percorrer diferentes países e contextos de liderança. Ela passou por módulos em instituições como Harvard e Stanford, palestrou em espaços de destaque mundial, como o Fórum de Davos e a Semana do Clima em Nova York, além de participar de encontros na Patagônia, Índia, Singapura e Dubai.

“Uma possibilidade que um dia foi sonho, virou oportunidade e hoje é realidade”, escreveu. No meio dessa intensa jornada, ela ainda viveu uma transformação pessoal: a gravidez e o nascimento de segundo filho, Hugo.

Apesar de celebrar a conquista, Luana destacou que os caminhos não foram simples: “Tudo isso só aconteceu também porque me indicaram, porque abracei esta possibilidade como um caminho de crescimento pessoal e de carreira, me negando a aceitar o que me foi condicionado e é claro, dizendo muitos nãos para possibilidades que não se encaixavam com a minha visão de futuro: inclusão, equidade e a possibilidade de todos nós, povos minorizados, transitarem pelo mundo.”

De volta ao Brasil, ela afirma carregar na bagagem experiências, diálogos e novas perspectivas para o futuro do ID_BR e do país. Ao encerrar sua publicação, Luana deixou uma mensagem para quem sonha com novos horizontes: “Se você tem algum sonho, seja ele pessoal ou profissional, ouse buscar essa possibilidade, não aceite as migalhas da vida, todos nós merecemos mais do que só “comida”.

Em Salvador, Maimbê inaugura em novo endereço e traz cardápio renovado

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Chef Luiz Felipe de Santana Gomes (Foto: Divulgação)

O cheiro de feijão fradinho e o sabor da tradição afro-brasileira dão vida ao Maimbê, restaurante comandado pelo chef Luiz Felipe de Santana Gomes, em Salvador (BA). O novo endereço (Rua Marques de Caravelas, 154, Barra) foi inaugurado na última sexta-feira (29), ampliando as possibilidades de experiência e com um menu renovado, ainda mais conectado ao conceito de comida popular baiana acessível, diversa e afetiva.

Entre as novidades do cardápio estão novas versões do abará, como o abará com mariscada, o abará com siri catado e o abará com moqueca de carne de jaca, além de outras novas opções de pratos, sanduíches e saladas. O espaço oferece opções veganas, vegetarianas e onívoras, além de delivery e vendas de congelados, “para que todos possam experimentar sem restrições”, destaca Luiz Felipe, em entrevista ao Mundo Negro e Guia Black Chefs, publicitário de formação, que trouxe para a cozinha sua criatividade e olhar estratégico.

Foto: Divulgação

“Minha vó a matriarca da família sempre fez os melhores pratos, ela é minha maior inspiração, uma mulher preta, criou 4 filhos praticamente sozinha, empreendeu vendendo mingau todos os dias cedo e assim sustentou nossa família”, relembra Felipe. “A comida mexe com nossos sentimentos, une as pessoas, nos deixa felizes e contentes, a comida conforta e foi essa junção de sentimentos que me fez amar cozinhar e o ato de alimentar.”

Identidade e pertencimento

Foto: Divulgação

Assim como muitos profissionais negros da gastronomia, Luiz Felipe enfrentou barreiras por “não ser levado a sério ou respeitado em muitas situações de liderança. Mas sou preto, gordo, gay e venho do ‘guetho’ de Salvador, as dificuldades existiram desde a minha infância, então sempre encaro como mais um obstáculo que sei que vou vencer, porque quando você cresce sempre levando quedas, nada mais te impede de levantar e seguir em frente”, afirma.

Mais do que empreender, Luiz Felipe vê na gastronomia uma missão. “O meu propósito maior é transformar a vida da minha família e mudar a visão e os estereótipos da cidade em que vivo e empreendo”, projeta.

Foto: Divulgação

Serviço

Maimbê – Comida Popular Baiana
Endereço: Rua Marques de Caravelas, 154, Barra – Salvador
Funcionamento: Segunda à Sábado, das 12h às 20h
Instagram: @maimbeabaras

As Raquéis do Mundo Corporativo

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Foto: reprodução

Ana K Melo

Recentemente, assisti a uma entrevista de Taís Araújo sobre sua personagem Raquel, da novela Vale Tudo. Não acompanho o folhetim, mas a internet não me permite ignorar seus desdobramentos. A entrevista foi um gatilho disparado no meu estômago. A firmeza indignada, embalada pela elegância educada de Taís, me fez investigar o que havia por trás daquela fala.

Na linha do tempo que encontrei, Raquel teve um buffet de festas, venceu um reality de culinária, atraiu investidores — mas bastou uma sabotagem e a saída da sócia majoritária para que fosse empurrada de volta à praia, vendendo sanduíches ao sol. Note: não foi para um restaurante renomado como subchefe, não abriu um empreendimento menor, tampouco explorou sua popularidade para ensinar receitas no Instagram. A autora decidiu colocá-la novamente na areia, com o tabuleiro à frente das mulheres brancas e ricas.

Esse enredo me atingiu porque despertou lembranças recentes. Depois de dez anos atuando em Recursos Humanos de grandes empresas, em um momento de crescimento inédito nos resultados de clima organizacional, recebi um feedback disfarçado de elogio:
“Você tem uma voz tão poderosa, um dom para comunicar que emociona. Será mesmo que seu lugar é no mundo corporativo? Eu sinto que a Globo está perdendo um talento.”

Respirei fundo e respondi:
“Você acha que essa sugestão faz sentido diante dos resultados que alcançamos com as iniciativas que liderei?”

O sorriso que encerrou a conversa não apagou o que veio depois. Eu saí dali desestabilizada, amedrontada. Amigos tentaram me convencer de que era exagero meu. Mas eu sabia. A partir daquele dia, toda vez que me posicionei de forma estratégica, alguém questionava se eu não deveria me dedicar apenas às palestras. O recado era claro: meu lugar não era dentro da empresa.

Esse relato pessoal se conecta com um movimento maior e mais cruel. O mercado está promovendo uma limpeza silenciosa. Em 2020, mulheres negras foram promovidas, disputadas, celebradas como símbolos de diversidade. Cinco anos depois, em 2025, sobrevivemos a uma primavera curta. Agora, uma a uma, executivas negras são afastadas em reestruturações “top down”, acompanhadas da frase padronizada: “Você é incrível, mas não temos outro espaço para você.”

Os cargos que nos deram visibilidade tinham começo e fim em si mesmos. No meu círculo pessoal, cinco executivas negras — todas brilhantes, que prefiro preservar em anonimato — foram “incentivadas” a migrar para a consultoria ou para conselhos administrativos. O curioso é que suas antigas posições simplesmente deixaram de existir ou foram rebaixadas e preenchidas por pessoas brancas.

Na novela, tia Celina não hesitou em retirar o investimento de Raquel para não contrariar a sobrinha herdeira. No fundo, é o mesmo pacto que a novela escancarou. A branquitude corporativa nunca hesitou em aplaudir nossas palestras ou consumir nossos discursos em eventos. Mas quando se trata de nos manter na sala de decisões, acessando as mesmas informações e provando ter igual — ou maior — competência, o jogo muda. Querem nos ouvir, não nos dividir o poder.

O gatilho que me despertou é a sequência de empurrões que recebemos para entreter, inspirar e acalmar consciências, enquanto nos retiram da mesa de comando. É a lógica que insiste em tratar competência como se fosse privilégio hereditário: “vocês falam bonito, mas os negócios são conosco”. E quando, ainda assim, conseguimos provar o contrário, eles dão um jeito de nos exilar.

Powerlist 2025 revela finalistas do voto popular após mais de 600 indicações em todo o Brasil

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Celebração da Powerlist 2024


A Powerlist Mundo Negro – Mulheres Negras Mudam Histórias chegou a um marco histórico em sua quarta edição. Pela primeira vez, a premiação abriu espaço para a participação direta do público, que respondeu de forma massiva: foram mais de 600 indicações recebidas em seis dias e mais de 4 mil votos que definiram as finalistas em quatro categorias fixas de voto popular.

Criada pelo portal Mundo Negro em 2022, a Powerlist já se consolidou como a maior premiação dedicada exclusivamente a reconhecer mulheres negras que transformam o Brasil em diferentes áreas. Ao longo de três edições, o prêmio homenageou nomes como Samantha Almeida, Camila Farani, Erika Hilton, Rosângela Silva, Dra. Katleen Conceição e Mônica Anjos. Em 2025, além da votação popular, a premiação conta com o apoio institucional de Natura e Grupo L’Oréal, reforçando sua relevância cultural e social.

As finalistas do voto popular foram selecionadas em quatro categorias: Criadora Digital, Empreendedora, Moda e Beleza e Gastronomia. Confira as indicadas:

Criadora Digital

Tati Regina Amiel (@falaaitati)

Cricielle Muniz (@cricielle13)

Gabi Oliveira (@gabidepretas)

Preta Rara (@pretararaoficial)

Roberta Garcia (@rogarcia.1)

Empreendedora

Noéle Gomes (@noelegomes)

Jamile Lima (@llima.jamile)

Luana Segatto (@lua_segatto)

Fany Miranda (@fanymirandaoficial)

Jéssica Cardoso (@jessicainterpreta)

Moda e Beleza

Carol Mello (@espacocarolmello)

Andréa Santana (@dra.andreafarma)

Najara Black (@najarablack)

Jaqueline Vieira (@jaquevibeauty)

Jackie Siqueira (@jackiesiqueiramua)

Gastronomia

Aline Chermoula (@alinechermoula)

Luiza Felix (@malawivegetariano)

Sônia Oliveira Santos (@yasoniaoliveira)

Chef Dani Pimenta (@chefdanipimenta)

Geórgia Goiana (@georgiagoiana)

‘Vale Tudo’ e ‘A Melhor Mãe do Mundo’: Sabrina Fidalgo aponta como as produções reforçam a “pornografia da miséria”

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Fotos: Fábio Rocha/Globo e Divulgação

A diretora e roteirista Sabrina Fidalgo publicou nas redes sociais um texto contundente sobre como personagens negros seguem sendo representados no audiovisual brasileiro. Em sua análise, ela denuncia o que chama de “roubo de narrativas”, dispositivo que mantém a hegemonia da branquitude mesmo em projetos que se apresentam como “antirracistas” ou comprometidos com diversidade.

Como exemplo, Sabrina estampou duas produções em altas neste momento: a novela remake de Vale Tudo, escrito por Manuela Dias, que tem sido duramente criticada pelos rumos que levou a Raquel, personagem de Taís Araujo, após perder o restaurante e voltar a vender sanduíche na praia; e o filme ‘A Melhor Mãe do Mundo’, dirigido por Anna Muylaert, em cartaz nos cinemas, que retrata a história de uma catadora de materiais recicláveis, interpretada por Shirley Cruz, que luta pra reconstruir a vida ao lados dos filhos, após sofrer violência doméstica.

Segundo Sabrina, a lógica do mercado audiovisual ainda centraliza pessoas brancas nas posições de poder — decidindo quem conta as histórias, quem deve ser ouvido e, principalmente, quem é mais bem remunerado. A participação de profissionais negros, quando acontece, muitas vezes é reduzida a papéis de “consultoria” ou “colaboração”, sem garantir autoria plena.

“Ao enfatizar um imaginário involucrado com a estética da miséria, pobreza, desgraça, fraqueza, submissão, co-adjuvantismos, luta, feiúra, sujeira, solidões, infortúnios e dissabores ESSES autores brancos de classe média alta, – que certamente jamais conviveram com uma pessoa não branca em seus círculos sociais que não fosse em situação de subserviência – estão, na verdade, dando uma ré em velocidade 5 no que tange qualquer tipo de avanço das questões raciais e por um imaginário justo e democrático.”, escreveu.

A cineasta afirma que a insistência na “pornografia da miséria” como forma de representar personagens negros reforça estigmas e limita a imaginação coletiva sobre outras existências possíveis. Para ela, autoria é poder e, enquanto a criação e o controle das narrativas continuarem majoritariamente nas mãos de grupos hegemônicos, não haverá mudança real na forma como corpos negros são vistos e retratados.

Sabrina também chama atenção para a responsabilidade sistêmica, que, segundo ela, subestima a inteligência de 56,9% da população brasileira, formada por pessoas negras. “Enquanto os donos das narrativas continuarem a pertencer a grupos hegemônicos nenhuma história colonial será mudada, mesmo se valendo de um pseudo protagonismo fetichizado na frente das câmeras”, finalizou.

Entre catering, praia e restaurante, roteiro de Vale Tudo se perde no retorno da Paladar

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Foto: reprodução

A trajetória de Raquel em Vale Tudo tem se tornado um verdadeiro retrato da instabilidade narrativa da novela. Da praia à Hípica, passando pela Paladar e retornando à areia com sua bandeja de sanduíches, a personagem vive uma montanha-russa de acontecimentos que, ao mesmo tempo em que emocionam, desafiam a lógica da trama. O público acompanha essa sucessão de idas e vindas com estranhamento, tentando entender os caminhos escolhidos pelos autores.

A sequência é marcada por constantes reviravoltas: Raquel começou vendendo sanduíches na praia, conquistou espaço ao abrir um restaurante na Hípica e se tornou sócia de Celina no espaço da Paladar, que oferecia também serviços de catering. Após perder a sociedade em um golpe articulado por Odete, retornou à praia, mais uma vez vendendo sanduíches, até que Celina adquiriu o espaço da Paladar e ela pôde transformá-lo em um novo restaurante. Um enredo que poderia mostrar crescimento, mas que se perde em idas e vindas quase sem respiro.

No capítulo exibido na terça-feira, a personagem chega a comentar com seu sócio Poliana que a renda obtida na praia não seria suficiente para manter o fluxo do negócio. O detalhe revela que, mesmo retomando contratos e reabrindo o restaurante, Raquel enfrenta desafios básicos de caixa para comprar alimentos e arcar com pagamentos. É uma fala breve, mas que chama atenção para algo essencial: o roteiro toca em questões de sobrevivência, mas não desenvolve aspectos importantes como logística, gerenciamento de equipe e finanças.

Esse ritmo acelerado e por vezes confuso deixa lacunas na narrativa. Em vez de aprofundar as dificuldades da personagem em administrar empreendimentos tão distintos, a novela parece preferir saltar de uma fase a outra, acumulando viradas rápidas. O resultado é uma sucessão de acontecimentos que, mais do que construir uma trajetória sólida, transmite ao público a sensação de improviso e descontinuidade.

No fim, a pergunta que fica é inevitável: será que todas essas mudanças fazem sentido dentro da história ou apenas enfraquecem a jornada de Raquel? O público, atento e crítico, é quem terá a palavra final sobre a coerência — ou não — desse roteiro que insiste em caminhar entre a emoção e a bagunça.

“Beleza Verdadeira”: Mulher desafia ataques à sua aparência e recebe elogio de Lenny Kravitz

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Foto: Naomie Pilula

Naomie Pilula, advogada zambiana de 37 anos, se tornou alvo de ataques nas redes sociais após publicar uma selfie em junho. O post, aparentemente simples, gerou milhares de comentários negativos sobre sua aparência, especialmente seu nariz. Em entrevista exclusiva à People, ela relatou o impacto desses ataques e como lidou com a situação.

Filha caçula de sete irmãos, Pilula nasceu e cresceu na Zâmbia, onde padrões estéticos valorizam corpos curvilíneos. Por ser mais baixa e ter o corpo diferente do padrão local, ela ouvia desde cedo comentários como “coma mais, engorde mais”. Durante a universidade, na Austrália e na Nova Zelândia, Pilula foi muitas vezes a única mulher negra em sala de aula, enfrentando desafios ainda maiores para se sentir representada nos padrões de beleza distantes de sua cultura.

Sobre os ataques mais recentes, Pilula comentou: “Eu sei que uma das minhas características mais controversas, que foi o que causou furor na internet, era o meu nariz. É o nariz do meu pai. Por que eu iria querer remover uma característica que me identifica com o meu pai? Não faz sentido”. Ela lembra que o processo de aceitação não aconteceu de repente, mas que hoje se sente confortável com suas feições: “Houve um momento em que você se olhou e disse: ‘Gosto da minha aparência’. E esse momento fui eu. Ninguém pode tirar isso de mim, porque não me deram”.

Entre os milhares de comentários, Pilula recebeu manifestações de apoio que refletem reconhecimento dentro da comunidade negra. O cantor Lenny Kravitz celebrou sua autenticidade com a frase “Beleza verdadeira”, enquanto Tina Knowles, mãe de Beyoncé e referência de empoderamento, declarou: “Não deixe essas pessoas más roubarem sua alegria. Continue brilhando”. Essas palavras de figuras tão influentes reforçam a importância da autoestima, da resiliência e do orgulho de ser quem se é, mostrando que é possível se manter firme e confiante mesmo diante de ataques na internet.

No desfecho de toda a experiência, Pilula mostra que sua beleza vai muito além de padrões: “Não sou uma pessoa esteticamente bonita. Não sou, e tudo bem”. Com coragem e autenticidade, ela transforma críticas em afirmação de sua identidade. Sua história é um exemplo de força, autoestima e brilho próprio, mostrando que ser maravilhosa é se valorizar, se cuidar e irradiar confiança sem se curvar às expectativas da sociedade.

OAB e JusRacial lançam curso inédito para inclusão da perspectiva racial em decisões judiciais

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Dr. Hédio Silva Jr. (Foto: Divulgação)

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o JusRacial lançaram nesta segunda-feira (1º), em Brasília, o curso nacional “Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial: Teoria e Prática”, uma iniciativa inédita voltada para a formação de advogados, magistrados e operadores do Direito em todo o país. O objetivo é alcançar 1,5 milhão de profissionais, ampliando a atuação jurídica com mais qualificação e compromisso com a equidade racial.

O evento de lançamento aconteceu na OAB/DF, e marcou também a apresentação do livro “Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial – Teoria e Prática, Vol. I”, escrito pelo advogado e jurista Dr. Hédio Silva Jr. Referência nacional na luta pela igualdade racial e na defesa das religiões afro-brasileiras, Hédio reúne na obra mais de três décadas de experiência em casos emblemáticos de racismo, intolerância religiosa e produção acadêmica sobre o tema. Publicado pela Emó Editora, o livro traz diretrizes para que decisões judiciais incorporem a perspectiva racial, em consonância com o princípio constitucional de erradicação do racismo.

Foto: Divulgação

“Este curso é um passo fundamental para assegurar imparcialidade e igualdade racial nas decisões judiciais. Incorporar a perspectiva racial aos julgamentos significa romper com sentenças racialistas que fazem com que um jovem negro seja considerado traficante por portar um 1,5 grama de cocaina, conforme reconhecido pelo STF ano passado, ao admitir estereótipo racial na atuação da polícia, do MP e do próprio Judiciário”, destacou Hédio Silva Jr.

Para ele, sem a perspectiva racial, não há justiça plena: “Nosso sistema de justiça foi construído, em grande medida, sobre bases que invisibilizam desigualdades raciais. Cada decisão que ignora essa dimensão contribui para a reprodução das exclusões. Este protocolo é, ao mesmo tempo, um convite à reflexão e um chamado à ação”.

A CEO da Emó Editora, Patricia Crepaldi, também ressaltou a importância da publicação: “Estamos muito felizes em receber o Dr. Hédio como autor. Seu trabalho, além do peso jurídico e ativista, representa um marco inspirador para jovens negros que desejam trilhar caminhos na literatura e no Direito”,

“Sempre tento agradar”: Leandro Firmino fala sobre seu casamento e a diferença para Jarbas em ‘Vale Tudo’

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Fotos: Rafa Furtado e Reprodução/Rede Globo

Leandro Firmino, que hoje dá vida a Jarbas, motorista da família Roitman no remake de ‘Vale Tudo’, vai surpreender Consuelo (Belize Pombal) nos próximos capítulos, com uma festa e um novo pedido de casamento após 25 anos de união, um gesto que promete emocionar o público e reconquistar a sua esposa. Na vida real, Firmino, casado há 11 anos com a publicitária Letícia da Hora, afirma que vive um cenário diferente do de Jarbas.

O ator conta que, mesmo diante das crises que todo relacionamento enfrenta, busca alimentar o afeto no dia a dia. “Jarbas passa por uma situação muito comum. Ainda bem que ele acordou a tempo, já que ama a Consuelo. A trama leva muitos homens à reflexão. Não é porque você conquistou a pessoa no início da relação que conquistou para sempre. Tem dias que a gente não acorda bem, com problemas pessoais. Mas sempre tento agradar minha mulher, levo café na cama, dou caixa de bombom. Desde quando a gente casou. As crises acontecem, somos humanos, mas sempre busco dar carinho”, conta o ator em entrevista ao jornal Extra.

“Não tem uma receita de bolo. É abrir mão de determinadas coisas e se esforçar de forma contínua para alimentar a chama, até mesmo com pequenos gestos e palavras. Também é tentar compreender o outro e pedir perdão. Posso até estar certo, mas, para amenizar questões e problemas, eu peço desculpas”, completa.

Pai de dois meninos, Miguel, de 13 anos, e Levi, de 7, Firmino diz que sua relação com a paternidade também é bem diferente da de Jarbas. “Não sou esse pai que brinca tanto com os filhos como o personagem, talvez porque na minha infância eu tenha passado mais tempo dentro da escola do que em casa. Mas sempre tento interagir com o Levi, que é autista, pergunto como foi o dia dele. Tento ser um paizão do meu jeito, mas bem diferente do Jarbas. Sou bastante cuidadoso, principalmente se estiver faltando algo. Sou de levar ao médico quando precisa. Minha mulher até fala que Jarbas é mais próximo de mim pela mansidão dele, mas eu não concordo.”

Firmino foi um dos últimos atores a ser escalado em Vale Tudo. Mesmo com um personagem tão icônico, o ator disse recebeu o convite para interpretar Jarbas com certo receio. “Fiquei muito feliz, mas também preocupado. Eu não sabia muito bem o que queriam do personagem. Também não tive tempo de passar por todo o processo de preparação. Depois, entendi que o Jarbas era um pai de família, um homem simples, do dia a dia, muito parecido com um cara que mora ao lado de mim. Ele acorda todo dia de manhã, cuida da mãezinha, sai para trabalhar e volta. É um homem comum”, finaliza.

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