Um estudo recente revelou que, mesmo com os avanços conquistados por mulheres negras para usar os cabelos naturais, 70% delas ainda se sentem pressionadas socialmente a alisar seus cabelos. A pesquisa, realizada pelo Instituto Sumaúma e da agência RPretas, em parceria com a marca Seda, que resultou no relatório Cabelos Sem Limites, Como Nós, também revelou que 100% das entrevistadas gostariam que a próxima geração tivesse mais liberdade na forma de usar o cabelo.
Das 1.001 mulheres negras (pretas ou psrdas) entrevistadas, 53% utiliza o cabelo natural, número que cresceu nos últimos anos, segundo o levantamento, motivado pelo avanço do movimento negro e pelo isolamento social da pandemia de Covid-19.
Em relação ao futuro, 90% das mulheres entrevistadas afirmam ter percebido o crescimento no movimento de transição capilar e quase 100% delas gostariam que a próxima geração tivesse mais liberdade na forma de usar o cabelo.
Ao todo, foram entrevistadas 1.001 mulheres que se identificam como negras (Pretas ou pardas) de acordo com o que determina o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com cabelos cacheados ou crespos, dos 18 aos 50 anos. As participantes moram nas cidades de Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo com o mercado aumentando a oferta de produtos voltados para cabelos crespos e cacheados a partir desse movimento em favor dos cabelos naturais, a pesquisa identificou que a maioria das mulheres negras tem dificuldade em definir a curvatura do fio do próprio cabelo como consequência do apagamento causado pelo uso precoce de químicos para alisamento.
Apesar da maior facilidade em encontrar produtos, a maioria das mulheres negras também não se sente atendida por produtos que oferecem “resultados de salão de beleza”.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ator Raphael Logam afirmou que está cansado de interpretar criminosos na televisão. “Só cara de mau e segurar arma não rola para mim, tem que ter um propósito”, declarou. Apesar disso, Logam ainda estará associado a esse tipo de papel por algum tempo, já que seu personagem Evandro, da série “Impuros”, continua sendo um sucesso e a produção foi renovada para a sexta temporada, com a quinta estreando no Disney+ no próximo dia 24 de julho.
Logam admite que, inicialmente, recusou por cinco anos papéis semelhantes, até que a proposta de interpretar Evandro, protagonista da série ‘Impuros’ apareceu: “Produtores de elenco me ligavam e era sempre mais do mesmo. Até que chegou a proposta do Evandro, com uma curva dramática que me colocou em outro patamar. Quando ele morrer, morreu para mim. Será meu último criminoso”, diz.
Atualmente, Logam se desdobra entre diversos papéis. Além de Evandro, que lhe rendeu duas indicações ao Emmy Internacional como ‘Melhor Ator’, ele interpreta o vilão Hans em “Família É Tudo” (Globo) e o carcereiro Jesus Pedra em “O Jogo Que Mudou a História” (Globoplay). Sobre seus personagens, Logam comenta que, apesar de Hans ser um diretor de empresa inescrupuloso, é Jesus Pedra quem mais se aproxima de sua visão de integridade, tentando mudar o sistema penitenciário, mesmo sem sucesso.
O ator também reflete sobre sua conexão com a favela, ressaltando suas origens e a vida da família na Rocinha. “Parte da minha família é toda da Rocinha e a outra é espalhada. Na infância eu subia a favela todos os dias para ficar com minhas primas, me sentia livre. No asfalto aprendi a ter postura”, compartilha Logam, acrescentando que sua mãe ainda trabalha como empregada doméstica na mesma casa há décadas.
Logam desafia a ideia de que “a favela venceu”, argumentando que os problemas da comunidade permanecem. Para ele, a verdadeira vitória só virá quando o estado prestar contas ao povo da favela. Além de sua carreira de ator, Logam se dedica à capoeira há 36 anos e tem escolinhas tanto no Rio quanto na França, onde ministra palestras esporadicamente. Ele ainda sonha em adaptar um romance escrito por seu mestre de capoeira em 1971 para uma produção no Disney+, que considera seu maior projeto até hoje.
Severina Tenório, a ex-participanete do reality ‘Ilhados com a Sogra’, da plataforma Netflix, usou seu perfil no Instagram para declarar que está enfrentando dificuldades financeiras e que, sem trabalho, está vivendo na miséria. “Eu achei que minha vida fosse mudar, e que encontraria um lugar ao sol. Mas não foi o que aconteceu. A Netflix largou a minha mão após me prometer apoio”, desabafou.
Severina relatou que recebeu um cachê de R$ 2 mil para participar do reality e que, atualmente, já não consegue encontrar trabalho. Com o sonho de ser compositora, após o programa, ela continou realizando trabalhos como faxineira. “Eles (Netflix) sempre me ignoram. Acabou meu contrato em abril deste ano. Gravamos em novembro de 2022. A gente ganhou um cachê de participação de R$ 2 mil. Como eles sabiam da minha história, eles disseram que não iam soltar a minha mão. Pedi que me apresentassem um produtor musical, para eu apresentar minhas composições, mas não fizeram nada disso, simplesmente me abandonaram”, declarou.
“Eu sou compositora, pedi para eles me apresentarem a algum produtor musical só para eu mostrar meu trabalho, mas nada disso aconteceu. Eu só queria ouvir de algum profissional se minhas composições são boas ou não, se valem ou não para o mercado. Continuei trabalhando como faxineira, mas a situação piorou nos últimos tempos”, detalhou ela, emocionada. “Meu foco não era ser famosa na internet. A produção disse que eu ia ter muita projeção, que não iria soltar a minha mão. Minha participação é que fez toda a diferença na série. Famosa eu fiquei, mas não consegui conquistar os louros deste sucesso.
Severina declarou ainda que pediu trabalho como faxineira para a produção da Netflix, mas foi ignorada. “Eu precisava de uma rede de apoio. Precisava da galera que me levou para fazer o reality e disse ‘não vamos largar sua mão’. E o que aconteceu? Sequer uma faxina eu consigo. Eu pedi para eles, inclusive. Falei com todos da produção ‘me arruma pelo menos uma faxina’, e não me arrumaram”, finalizou.
Na noite de sábado, 13 de julho, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), em Salvador, a estilista Mônica Anjos lançou a coleção “Olhos D’Água”, inspirada na obra literária da escritora Conceição Evaristo, imortal pela Academia de Letras de Minas Gerais. A coleção celebra a trajetória literária de Evaristo, conhecida por suas histórias que representam as vivências e a ancestralidade do povo negro brasileiro.
O evento destacou a fusão entre moda e literatura, trazendo estampas criadas por Júnior Pakapym, acessórios de Gabriela Santos e AfrotiK, e bolsas de Andréia Brasis. O desfile contou com casting assinado por Carlos Cruz, styling de Samantha Urban, e uma lista de convidados organizada por Uran Rodrigues. Personalidades como a cientista Jaqueline Goes, as empresárias Loo Nascimento e Mani Reggo, o mestre Clarindo Silva, a cantora Ana Paula Albuquerque, e as jornalistas Wanda Chase e Josi Querino marcaram presença.
Durante o evento, a performance “Yayá Massemba” de Roberto Mendes e Capinan foi interpretada em capela por Virgínia Rodrigues, enquanto Manuela Rodrigues trouxe à vida os escritos de Conceição Evaristo.
Mônica Anjos anunciou que abrirá uma loja pop-up no Muncab e apresentará a coleção “Olhos D’Água” no dia 29 de julho, em São Paulo, na Casa de Criadores.
Uma nova pesquisa realizada por cientistas da Stanford Medicinerevelou que uma molécula produzida pelo cromossomo X em cada célula feminina pode gerar anticorpos que atacam os próprios tecidos da mulher, contribuindo para o desenvolvimento de doenças autoimunes. Esse achado é particularmente relevante para a saúde das mulheres negras, que enfrentam uma prevalência desproporcional dessas doenças.
Nos Estados Unidos, entre 24 e 50 milhões de pessoas são afetadas por algum tipo de doença autoimune, sendo quatro em cada cinco dessas pessoas mulheres. Doenças como artrite reumatoide, esclerose múltipla, esclerodermia e fibromialgia apresentam uma proporção desigual entre os sexos, com o lúpus, por exemplo, afetando nove mulheres para cada homem e a síndrome de Sjogren afetando dezenove mulheres para cada homem. Howard Chang, professor de dermatologia e genética, destacou a predominância de pacientes mulheres com essas condições em sua prática clínica, especialmente devido às manifestações cutâneas dessas doenças.
Além dos fatores biológicos, fatores psicossociais também desempenham um papel significativo
O médico norte-americano, especialista em trauma e estresse, Dr. Gabor Mate, afirmou que raiva reprimida frequentemente se manifesta como doenças autoimunes, o que pode também justificar a prevalência do desenvolvimento em mulheres, considerando o modelo social em que vivemos. Entre as mulheres negras, essas questões são ainda mais graves, já que enfrentam maiores níveis de estresse e depressão. Pesquisas da Universidade de Pittsburgh em 2022 revelaram que mulheres negras que suprimem sua raiva têm 70% mais chances de desenvolver aterosclerose carotídea, um fator de risco para ataques cardíacos. Outros estudos correlacionaram o auto-silenciamento com condições como síndrome do intestino irritável, síndrome da fadiga crônica e câncer.
Em suma, a ciência sugere que o auto-silenciamento e a repressão emocional, frequentemente incentivados pela cultura machista e racista em que vivemos, têm implicações graves na saúde das mulheres, especialmente das mulheres negras. Combater esses comportamentos pode ser uma questão de vida ou morte para nós.
A pesquisa sugere que a molécula chamada Xist, produzida pelo segundo cromossomo X, desempenha um papel crucial ao se unir a proteínas para evitar a ativação dupla de genes, o que poderia ser letal. Este RNA específico do cromossomo X é apontado como um fator chave para o viés feminino nas doenças autoimunes, possivelmente ligado a uma hipervigilância imunológica evolutiva para aumentar as chances de gravidez.
Série do momento, ‘A Casa do Dragão’ está movimentando a internet. Nesta semana, a obra da HBO chegou ao quinto episódio da segunda temporada e presença da personagem Baela Targaryen chamou atenção nas redes sociais. Interpretada pela atriz Bethany Antonia, a guerreira desempenha um papel crucial no conflito civil da fictícia Westeros.
Baela monta o dragão Moondancer e sua coragem e lealdade à família Targaryen são características marcantes, fazendo dela uma figura respeitada e temida tanto por aliados quanto por inimigos. De origem valiriana, a jovem possui cabelos prateados e suas habilidades de guerra chamaram atenção dos internautas. “A Baela sendo igualzinha a mãe, bonita e elegante aí aí a beleza valiriana não falha mesmo“, comentou um internauta. “Simplesmente a maior, estrategista, elegante e inteligente”, declarou outro usuário.
‘A Casa do Dragão’ é uma série de televisão baseada no universo de “A Song of Ice and Fire”, criada por George R.R. Martin. Situada cerca de 200 anos antes dos eventos de ‘Game of Thrones’, a obra foca na história da Casa Targaryen, particularmente durante a tumultuada época da Dança dos Dragões, uma guerra civil que dividiu Westeros. Com uma produção grandiosa, a série explora temas de poder, traição e rivalidades familiares, oferecendo aos espectadores uma visão mais profunda das intrigas políticas e das batalhas épicas que marcaram a ascensão e a queda da dinastia Targaryen.
A bailarina brasileira, Ingrid Silva, fará sua estreia como coreógrafa no Fire Island Dance Festival, que acontecerá no próximo dia 19 de julho, em Nova York, nos Estados Unidos. O evento marca um novo capítulo na carreira de Ingrid, que também é conhecida por seu ativismo contra o racismo no ballet.
“Estou extremamente emocionada com minha estreia como coreógrafa no Fire Island Dance Festival. Este é um grande marco na minha carreira, um momento em que posso expandir meu amor pela dança de uma nova maneira e compartilhar minha visão criativa com o mundo”, declarou Ingrid.
Nascida no Rio de Janeiro, Ingrid Silva começou no balé aos 8 anos no Projeto Dançando Para Não Dançar. Com dedicação e talento, ela avançou para a Escola de Dança Maria Olenewa e o Centro de Movimento Deborah Colker, onde estudou com bolsa integral. Aos 17 anos, juntou-se ao Grupo Corpo como estagiária, antes de ganhar uma bolsa em 2007 para o Dance Theatre of Harlem School, nos Estados Unidos.
Desde então, Ingrid acumulou inúmeras conquistas. Ela entrou para o Dance Theatre of Harlem’s Dancing Through Barriers Ensemble em 2008 e, em 2013, para a Dance Theatre Company. Ingrid já atuou como artista convidada em diversas companhias e trabalhou com coreógrafos renomados como Arthur Mitchell, Donald Byrd e Deborah Colker.
Além de sua carreira artística, Ingrid é ativista e fundadora do podHER, uma plataforma que promove um ambiente seguro para pessoas compartilharem suas histórias, e co-fundadora do Blacks in Ballet, destacando a trajetória de bailarinos negros. Em 2020, suas sapatilhas de ponta foram expostas no Smithsonian National Museum of African American History & Culture, e em 2021, ela foi reconhecida com o Prêmio Latina Trailblazer pela Universidade de Harvard.
Pela primeira vez só com atrizes pretas, Adriana Lessa, Iléa Ferraz, Letícia Soares e Flávia dos Prazeres, estão em cartaz com a nova montagem da “A Partilha“, no Teatro SABESP – Frei Caneca, em São Paulo. A peça apresenta a história de quatro irmãs que se reencontram e discutem a partilha dos bens deixados pela mãe.
Um dos maiores sucessos do diretor Miguel Falabella na dramaturgia mundial, “A Partilha” se tornou um clássico dos palcos brasileiros e levou mais de um milhão de pessoas ao teatro, teve várias temporadas, montagens e passou por 27 países. Com um texto atemporal e envolvente, chegou inclusive a ganhar uma adaptação para cinema. E agora reencontra o público com nova roupagem.
“A grande emoção, eu falo por mim, especialmente, já que sou uma atriz mais velha, é chegar nesse momento, ter a possibilidade de vivenciar esse Brasil onde a gente pode finalmente fazer parte dessa cena que a gente está trazendo dramas do cotidiano de todo mundo, que afeta todo mundo. É uma emoção muito grande”, diz a atriz Iléa, em entrevista ao Splash UOL.
Após temporada em São Paulo, que vai até o dia 1 de setembro, a equipe desembarca no Rio de Janeiro e em seguida, segue em turnê por todo o Brasil.
“Eu me considero uma pessoa de muita sorte, tudo o que poderia dar errado, deu certo pra caramba e hoje estar no palco, com essa história, com essa personagem muito complexa (…) é um prazer e eu tenho muita sorte de estar com essas mulheres no palco”, celebra Letícia sobre sua personagem na peça.
A atriz Flávia dos Prazeres celebra a oportunidade de trabalhar com o dramaturgo Miguel Falabella. “É um momento muito importante da minha vida, eu estou vivendo a melhor fase, está sendo a mais intensa e a mais repleta de presentes, pessoas importantes, o Jô (Santana) também confiou em mim… Estou realizada”, conta.
Jô Santana, produtor da peça, sempre lutou para que os artistas pretos fossem reconhecidos na arte, e também foi citado por Adriana Lessa durante a entrevista. “Ele que falou ‘se não querem falar das nossas histórias, eu tenho que produzir nossas histórias, falarei eu e eles irão nos ouvir”, destaca.
SERVIÇOA PARTILHA
Temporada: até 01/09
Sessões: sextas e sábados às 20h – domingos às 19h
Há dois anos, o ator e produtor Jonathan Haagensen, em sociedade com a produtora e roteirista Mariana Veil, fundou a Black Pen Filmes, uma produtora audiovisual com o objetivo de valorizar a representatividade negra na televisão, construir novos imaginários e contar histórias inspiradoras. Hoje, eles celebram o lançamento da primeira criação e produção como sócios: a série “Toda Família Tem“, que estreou na última sexta-feira, 12 de julho, no Prime Video.
“A criação da Black Pen tem a ver com o processo criativo do audiovisual brasileiro do qual eu fiz parte a vida toda. Percebi que os universos criados eram sempre representando o corpo preto pelo ponto de vista estereotipado e estigmatizado, sempre numa situação de vulnerabilidade. Eu era o objeto que representava esse corpo nas grandes obras que participei”, afirma Jonathan Haagensen, sócio-fundador da produtora.
“Percebendo essa dinâmica, entendi que, para mudar esse contexto, eu precisava construir o meu próprio universo. Aí surge a Black Pen Filmes, com o propósito de desenvolver histórias solares, com dramas comuns sempre com um olhar positivo, aspiracional e vocacionado para histórias cotidianas, promovendo entretenimento com responsabilidade e excelência”, acrescenta.
Pedro Ottoni (Foto: Divulgação/Black Pen Filmes)
A série “Toda Família Tem”, também é co-criada com o ator Pedro Ottoni, protagonista da comédia. Na trama, Pê, um jovem de 19 anos, vê sua vida mudar quando retorna com a família para a casa da avó Geni no Rio de Janeiro, deixando para trás seu estilo de vida confortável. Enquanto se adapta às confusões da Família Silva, ele enfrenta seus próprios dilemas e inquietações de jovem mimado em busca de autoconhecimento.
Jonathan também revela suas inspirações para criação da série. “A ideia era ocupar uma prateleira do entretenimento brasileiro na referência de séries americanas que a gente consumiu a vida inteira. Eu cresci assistindo ‘Todo Mundo Odeio o Chris’, ‘Um Maluco no Pedaço’, ‘Eu, a Patroa e as Crianças’, então era uma necessidade ter algo parecido com isso, só que brasileiro”, diz.
“A camada por trás desse desejo era humanizar os personagens com camadas e subjetividades, com problemas universais e comuns, com direito de errar, de ser mimado, de lutar pelos próprios sonhos. O objetivo era ter uma família bem brasileira, uma Família Silva, com diversas gerações representadas e organizadas através do afeto”, conta.
Elenco de Toda Família Tem (Foto: Divulgação/Black Pen Filmes)
Além de representar o Brasil na frente das telas, a Black Pen Filmes também conta uma equipe diversa e de diferentes regiões do Brasil, que ocupam cargos de liderança nas equipes, atuam nas tomadas de decisões, além de trazer um olhar crítico e atento para contar uma história.
A comédia é dirigida pelas diretoras Cris D’Amato e Yasmin Thayná. A sala de roteiro foi chefiada por Renata Di Carmo, e composta pelos roteiristas Pedro Ottoni, Guilherme Temponi, Maria Shu, Junior Figueiredo e Vinnicius Morais. Mariana Veil, Jonathan Haagensen e Pedro Ottoni também são os produtores executivos.
Em entrevista ao Mundo Negro, Yasmin falou sobre a experiência de se inspirar em séries norte-americanas para dirigir uma série sobre uma família negra brasileira. “Com certeza [pensar] os almoços de família, as festas de Natal, os nossos modos de organização e de fazer com que a gente esteja junto, é uma das grandes referências também para esse trabalho de direção”, diz.
Pedro Ottoni, Yasmin Thayná, Malu Miranda, Bia Caldas, Mariana Veil e Jonathan Haagensen (Foto: Blínia)
No entanto, ela vê mudanças de tradições ao observar para trazer à realidade brasileira. “Esses desdobramentos, a família tradicional brasileira não é bem essa família que a gente está acostumada a pensar quando fala de família tradicional. É uma família que traz o matriarcado, que tem uma herança africana embutida. A chefe de família é a avó. Então, o mais velho [está] num lugar de força, não de vulnerabilidade”, afirma.
Enquanto diretora, Yasmin revela que seu maior desejo é oferecer um produto com mais leveza para a vida das pessoas, mostrando para a indústria do audiovisual que existem profissionais capacitados para a realização destes projetos.
“Eu espero que isso também chegue nas autoridades brasileiras, para as secretarias que pensam políticas de audiovisual, para que a gente tenha mais investimento para esse tipo de conteúdo, para novos diretores e diretoras que estão vindo aí, atores, terem capacidade financeira para poder produzir coisas que possam fortalecer as nossas vidas e os nossos cotidianos de uma forma mais positiva”, pontua.
Elenco de Toda Família Tem (Foto: Divulgação/Black Pen Filmes)
Mariana Veil, sócia da Black Pen Filmes, conta que ela e Jonathan foram muitos presentes em cada etapa para realização da série. “São muitos desafios e tivemos uma equipe de máxima excelência em todos os departamentos para que a série existisse com muita qualidade. Nós fomos cuidadosos e generosos uns com os outros, respeitando muito o processo, trabalhando no afeto, sendo propositivo, com muita escuta e muita troca”, diz.
“Em uma primeira série produzida pela Black Pen, nós conseguimos promover um set produtivo, saudável e muito divertido, para que o propósito da série, principalmente no humor, fluísse da melhor forma, e é o que vemos transmitido no ‘Toda Família Tem’”, celebra.
Sobre o futuro, a Black Pen Filmes está em desenvolvimento de uma livre adaptação da obra “Desde que o Samba é Samba”, do escritor Paulo Lins, em parceria com a Ventre Studios, além de novos projetos originais de filmes criados pela produtora e também o licenciamento de outras duas propriedades intelectuais de 9escritores negros.
Leandro Marçal, participante de Casamento às Cegas Brasil 4, investigado estupro, violência psicológica e doméstica, após as graves acusações feitas pela ex-esposa Ingrid Santa Rita durante o episódio do “reencontro”, divulgado na última quarta-feira, 10 de julho, se pronunciou pela primeira vez sobre o caso e negou todas as acusações.
“Eu, Leandro Marçal informo que jamais pratiquei quaisquer fatos que me foram imputados pela Sra. Ingrid Santa Rita, com quem tive um breve relacionamento amoroso, como é de notório conhecimento”, inicia o texto publicado no Instagram, neste domingo, 14. “Declaro ainda, que tais fatos, os quais, surpreendemente, foram relatados na gravação do episódio ‘o reencontro’ ocorrido em 07/07/24 não condizem com as trocas sempre consensuais que tivemos durante o matrimônio”, completa.
O personal trainer também acusa a Netflix e a Endemol Shine Brasil de editar o episódio em que ele afirma ter se defendido das acusações feitas pela arquiteta. “Naquele episódio e momento, publicando-o da forma como bem quis, motivo que também serão objeto de todas as medidas judiciais cabíveis, já que no episódio publicado […] o DECLARANTE ‘silenciou’ às acusações realizadas pela Sra. Ingrid Santa Rita, o que não condiz com a verdade do ocorrido”, diz.
Segundo Leandro, medidas judiciais serão tomadas com acusações de calúnia, difamação e injúria. “Manifesto meu mais sincero pesar por todas essas acusações caluniosas, ressaltando que sempre respeitei a Sra. Ingrid Santa Rosa, jamais cometendo quaisquer atos ilícitos, o que será cabalmente provado. Ressalto que em breve farei manifestação pública”, continua.
O participante do reality também explicou porque veio à público neste momento. “Era o que me cumpria neste momento, em respeito à meus familiares, amigos, e à população em geral manifestar-me”.
Entenda o caso
Neste sábado, 13, a Secretaria de Segurança Pública confirmou a informação de que a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está investigando Leandro Marçal por estupro, violência psicológica e doméstica, depois que Ingrid Santa Rita, sua ex-esposa, o denunciou.
O caso de abuso sexual foi denunciado por Ingrid durante o reencontro dos participantes do reality, divulgado pela Netflix na última quarta-feira, 10. No dia 11, ela publicou um vídeo no Instagram afirmando que havia aberto um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro.