O Brasil acaba de ganhar um marco significativo na dermatologia com o lançamento do primeiro livro dedicado exclusivamente à pele negra, sob a liderança da Dra. Katleen da Cruz Conceição. Com uma abordagem inovadora e inclusiva, a obra, intitulada Dermatologia para Pele Negra, busca preencher uma lacuna importante na literatura médica, que por muito tempo negligenciou as especificidades e necessidades de cuidados dermatológicos para a população negra. A obra também reúne colaboração dos especialistas Dra. Ana Carolina Galvãodos Santosde Araujo e Dr. Leonardo Lora Barraza.
Livro Dermatologia Para Pele Negra. Foto: Divulgação.
“Não existe nenhum livro voltado para a pele negra, feito por médicos dermatologistas, que tenha esse foco específico. Abordamos o cabelo e todas as patologias que a medicina, tradicionalmente, estuda para a pele branca, mas desta vez, com enfoque na pele negra”, diz a Dra. Katleen ao MUNDO NEGRO. “Também tratamos de aspectos estéticos, como laser, uso de bioestimuladores, preenchimento, e o tratamento de axilas escuras, tópicos que nunca haviam sido abordados com foco na pele negra. Além disso, exploramos questões relacionadas ao envelhecimento da pele negra e apresentamos formulações dermatológicas e manipulações baseadas em estudos que identificaram os melhores ativos para serem utilizados em pele negra.”
Sob o selo da editora Manole, a pré venda da obra já está disponível (CLIQUE AQUI). O lançamento oficial está marcado para o dia 7 de setembro durante o Congresso de Dermatologia em Natal. De acordo com a descrição oficial do livro, ele reúne o conhecimento de renomados profissionais da dermatologia. As abordagens vão desde patologias comuns, como acne e eczema, até condições mais complexas, como lúpus eritematoso e vitiligo, oferecendo um recurso valioso para médicos e pacientes.
O apresentador Silvio Santos, fundador da emissora SBT, faleceu neste sábado (17) aos 93 anos, após apresentar quadro de broncopneumonia, em decorrência do vírus H1N1. Nas redes sociais, celebridades lamentaram a morte de Silvio.
O ator Jean Paulo Campos, que conquistou fama nacional interpretando o personagem Cirilo na novela ‘Carrossel’ do SBT, utilizou as redes sociais para se despedir do apresentador. “Hoje o maior ícone da televisão brasileira virou uma linda estrela em nosso céu“, publicou. “Sempre agradeci a ele em vida pelas oportunidades que me deu e os aprendizados que tive em nossas conversas breves e divertidas mas sempre muito marcantes em minha vida. Obrigado por tanto Silvio Santos”, finalizou.
Além de atuar na novela ‘Carrossel’, Jean também participou de outros projetos na emissora, como ‘Patrulha Salvadora’, onde continuou a dar vida a Cirilo, e ‘Carinha de Anjo’, onde interpretou o personagem Zeca. Durante sua trajetória no SBT, o jovem se destacou não apenas como ator, mas também como apresentador. Ele esteve à frente do programa ‘Bom Dia & Cia’, um dos mais tradicionais da programação infantil da emissora, e também participou de diversos quadros em programas como o ‘Domingo Legal’.
2024 é um ano de eleições municipais. E o que seria mais valioso debater senão a alimentação das nossas crianças e como ela acontece em diversas cidades brasileiras? A Énois Laboratório de Jornalismo junto às iniciativas Carta Amazônia (PA), Nonada Jornalismo (RS), Nós Mulheres da Periferia (SP), Teatrine TV (MS) e Tejucupapos (PE) acreditam que esta pauta é urgente.
E é pensando nisso que, recentemente foi lançado o Pratinho Firmeza Brasil, um guia que traz estratégias educacionais de escolas públicas das cinco regiões do Brasil voltadas para o direito à alimentação saudável na infância. É a segunda edição do guia que tem foco no público infanto-juvenil e, desta vez, comemorando a sua abrangência nacional. Baixe aqui: pratofirmeza.com.br.
A primeira edição do Pratinho Firmeza foi feita nas periferias de São Paulo, trazendo a conexão entre as receitas de família, o lugar das crianças na cozinha e as possibilidades de comer bem e a preço justo com as crias nos rolês periféricos. Agora, foi colocado o espaço da escola como centralidade do debate.
Para muitas crianças que vivem em situação de insegurança alimentar, em sua maioria nas periferias do nosso país, a refeição escolar pode ser a única do dia. É tamanha a responsabilidade que, no período de isolamento social na pandemia da Covid-19, muitas escolas públicas brasileiras chegaram a distribuir cestas básicas e outros tipos de alimentos para as famílias de estudantes, como garantia de alimentação enquanto as aulas estavam suspensas.
Cecília Amorim, coordenadora do Pratinho Firmeza Brasil, destaca a importância da alimentação como ferramenta de transformação social. “Sou uma pessoa que vem de escola pública, de uma família sem recursos financeiros. E então a alimentação das escolas pra mim era a principal refeição do dia. Repensar a merenda escolar, como faz o guia, é importante para combater a insegurança alimentar que existe ainda hoje”.
A realização do guia também marca a comemoração de 15 anos da Énois, em 2024. A organização que atua fortalecendo o ecossistema do jornalismo local celebra esses expressivos anos de caminhada fazendo aquilo que representa a essência do seu trabalho: realizar em rede e impulsionar o jornalismo diverso quando o assunto é território, raça e gênero.
O que o Pratinho Firmeza Brasil mostra é que dá para fazer muita coisa bacana quando o assunto é escola pública e direito à alimentação saudável na infância, o que precisa é a garantia de estrutura, investimento e iniciativa do poder público.
Com uma linguagem lúdica que dialoga diretamente com as crianças e jovens, o livro é guiado pela personagem fictícia Ayó, uma menina negra, de 6 anos. Ela é uma criança com deficiência física e, por isso, está sempre acompanhada da sua cadeira de rodas enquanto conduz a narrativa Pratinho Firmeza Brasil. Ayó se apresenta, começa explicando o que é uma horta e a sua relação com a terra desde pequeninha e também como ela se dá na horta da escola.
É desse ponto de partida que ela leva o leitor para as reportagens feitas pelas cinco iniciativas de jornalismo local parceiras da Énois no projeto, nas cidades de Belém (PA), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Camaragibe (PE). As reportagens focam nas crianças e suas relações com a alimentação no âmbito escolar e são acompanhadas do quadro “O caminho da merenda”, que traz detalhes sobre o planejamento, a produção e o fornecimento da merenda em cada uma das cinco escolas.
O leitor confere também uma receita regional que faz sucesso com a criançada. É alimentação saudável, reivindicação de direitos e políticas públicas e diversidade regional da nossa cultura alimentar.
Ao final do guia, há um jogo de tabuleiro “O que tem no pratinho?”, que tem o objetivo de fazer as crianças e suas famílias refletirem sobre o que é ou não um alimento saudável.
O Prato Firmeza é o primeiro guia gastronômico a mapear restaurantes, bares, lanchonetes e carrinhos de comida das periferias brasileiras. Em suas três primeiras edições (2017, 2018 e 2019), trouxe estabelecimentos que estão fora do radar da gastronomia da cidade de São Paulo, a partir do olhar de jovens repórteres locais formados pela Escola de Jornalismo da Énois.
Em 2020, a quarta edição do Prato Firmeza deu um passo muito significativo, aproximando os debates levantados pelo programa à luta antirracista. Com uma equipe 98% formada por pessoas negras, mapeou empreendimentos de pessoas negras, contando com produção jornalística dos coletivos Agência Mural, Alma Preta, Periferia em Movimento, Preto Império e Vozes das Periferias e parceria com a Feira Preta.
Em 2021, o projeto recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Economia Criativa, pelo Prato Firmeza Preto. E também organizou junto com data_labe e LabJaca o Prato Firmeza RJ (Rio de Janeiro). Já em 2022, em parceria com PerifaCon e redação do Alma Preta, foi realizado o Prato Firmeza Geek, que apresentou cozinheiros inventivos do universo nerd, das periferias de São Paulo.
Em 2023, o guia ganha abrangência nacional com a edição “Prato Firmeza: um diálogo entre campo e cidade”, que evidenciou o caminho que o alimento faz até chegar em estabelecimentos de comida das periferias de 10 capitais do Brasil, abordando também a temática da agricultura familiar e produtores locais. No mesmo ano, a Énois também lançou o Pratinho Firmeza SP.
Liza Colón-Zayas, uma veterana na indústria do entretenimento, conquistou um merecido reconhecimento por sua atuação na série “O Urso”. Apesar de uma carreira de três décadas, Liza revelou, em entrevista para a Variety, que só agora sente que seu trabalho foi plenamente reconhecido. Pela primeira vez, ela recebeu indicação ao Emmy, principal premiação da televisão, pelo seu papel na série da FX.
“Isso me faz saber que corri uma boa corrida”, diz Colón-Zayas, que trabalha como atriz desde os anos 1990. “Toda a luta foi vista e reconhecida. Tenho um dom, mas passei uma vida inteira duvidando disso. Ter o mundo dizendo: ‘Nós vemos você’ é incrível, e eu ouso dizer: ‘Aqui estão meus pares’. Carol Burnett me inspirou. Meryl Streep é uma rainha, e Sheryl Lee Ralph também. Estar em companhia dessas mulheres é além do que eu poderia imaginar”, diz ela ao lembrar os nomes das colegas com as quais compete pelo título de ‘Melhor Atriz em Série de Comédia’.
Nascida e criada em Nova York, Liza começou sua trajetória artística no teatro, participando ativamente da cena teatral off-Broadway. Ela é membro fundadora do LAByrinth Theater Company, um grupo de teatro experimental fundado em 1992 que se tornou um celeiro para atores, escritores e diretores. Nesse ambiente, Liza pôde explorar uma ampla gama de papéis, desenvolvendo suas habilidades e solidificando sua reputação como uma atriz versátil e comprometida.
No cinema, Liza conquistou reconhecimento por suas atuações em filmes independentes e em produções de maior destaque. Seu trabalho em “United 93”, o aclamado filme de Paul Greengrass sobre os eventos de 11 de setembro, é particularmente memorável. Na televisão, Liza tem uma carreira prolífica, com participações em séries populares como “Law & Order: SVU”, “Dexter”, “In Treatment” e mais recentemente em “The Bear”, série na qual seu talento foi amplamente elogiado, consolidando ainda mais sua posição na indústria.
Com o objetivo de reunir mães negras através de uma rede de apoio e de troca, a plataforma Mães Negras do Brasil está promovendo atividades comandadas pela CEO da Plataforma Thaís Lopes, Rose Ferreira e Benilda Brito, que vão acontecer nos dias 17 e 21 de agosto, abordando temas como a importância das mães na educação e gestão financeira. As inscrições estão abertas no site da startup: https://www.maesnegrasdobrasil.com/eventos.
No sábado, dia 17 de agosto, Benilda Brito, pedagoga, mestre em gestão social, ativista pela educação da rede Malala Fund e N’Zinga, griot da múcua consultoria e conselheira, traz para o programa de letramento racial a importância das mães na educação. “Precisamos ver nosso ativismo como mães presente na educação de nossos filhos, seja dentro do ambiente escolar, seja fora, no reforço da autoestima, da identidade, em reverenciar nossas raízes, nossa história e garantir o cumprimento das leis”, afirma Benilda.
Já no dia 21 de agosto, quarta-feira, Aline Madeira, gestora financeira com mais de 15 anos de experiência no mundo corporativo, realizará uma mentoria coletiva sobre gestão financeira, auxiliando diversas mulheres com práticas para melhor administração das finanças pessoais e de negócios.
As atividades são gratuitas para as assinantes do plano de eventos da plataforma Mães Negras do Brasil. Para não assinantes, o investimento para participar de cada uma é de R$15,00.
Barry Jenkins, diretor do filme “Mufasa: O Rei Leão”, um dos mais aguardados do ano, revelou ao Entertainment Weekly, que BlueIvy não irá cantar no live-action. Ela viverá o seu primeiro papel no cinema como dubladora da personagem Kiara.
“Blue Ivy não canta no filme. Ela é uma atriz! Tenho que ser honesto sobre isso. Ela é uma atriz”, disse Jenkins à EW durante o evento da D23 Expo, da Disney, no último final de semana.
“Mufasa: O Rei Leão” contará a história de como Mufasa e Taka (futuro Scar), se conheceram e se tornaram irmãos. O filme gira em torno de Rafiki, Timão e Pumba contando essa nova história para a filha de Simba e Nala, a Kiara. Nala é dublada por Beyoncé, mãe de Blue Ivy também na vida real.
Em abril deste ano, o diretor havia revelado ao EW que ouviu Blue Ivy ler e gravação do audiolivro do curta-metragem que virou livro ilustrado de Matthew Cherry, “Hair Love”. “Começando esse projeto e apenas tendo isso no éter, eu pensei, ‘Vale a pena tentar? Blue Ivy gostaria de fazer isso? Beyoncé gostaria de atuar ao lado de sua filha? É muito perto de casa?’. Mas assim que fizemos a pergunta a eles, ambos responderam com entusiasmo”, contou na época.
Outros artistas consagrados também compõe o elenco do filme. Donald Glover como Simba, John Kani como Rafiki, Billy Eichner como Timão, Seth Rogen como Pumba, Aaron Pierre como Mufasa, Kelvin Harrison Jr. como Taka, entre outros.
“Mufasa: O Rei Leão” estreia nos cinemas no dia 20 de dezembro.
Em uma transição significativa na liderança da Warner Bros. Discovery, nos Estados Unidos, Channing Dungey, atual CEO do Warner Bros. TV Group, assumirá o controle das redes de TV da empresa no país. A mudança ocorrerá no final deste ano, com a aposentadoria da atual presidente e CEO das redes dos EUA, Kathleen Finch.
Dungey se tornará uma das poucas mulheres negras a ocupar uma posição tão elevada na indústria de entretenimento. Sua ascensão destaca a importância da diversidade nos altos escalões das grandes corporações de mídia. Com uma carreira marcada pelo desenvolvimento de programas de sucesso premiados, a executiva traz uma vasta experiência como desenvolvedora de conteúdo, programadora de plataforma e executiva de rede.
O grupo de redes dos EUA da Warner Bros. Discovery inclui canais como TNT, TBS, Food Network, HGTV, Discovery Channel, TruTV e Investigation Discovery, entre outros. “Channing é uma executiva criativa inigualável que comandou inúmeros programas de sucesso premiados. Ela tem a expertise e a experiência ideais – como desenvolvedora de conteúdo, programadora de plataforma e executiva de rede – para liderar as US Networks”, afirmou o CEO da WBD, David Zaslav.
Prestes a oficializar sua aposentadoria, Kathleen Finch, que ingressou na empresa em 1999 e teve uma longa trajetória, supervisionou a fusão da Discovery com a WarnerMedia em 2022, consolidando o portfólio das redes sob sua gestão.
A transição acontece em um momento de desafios para o negócio de TV linear da WBD. Recentemente, a empresa reportou uma despesa de impairment de US$ 9,1 bilhões em suas redes lineares, refletindo as mudanças na economia e no mercado. Além disso, a WBD enfrenta litígios com a NBA após a liga de esportes ter optado por vender pacotes de direitos para outros concorrentes.
A aposentadoria de Finch marca o fim de uma era na empresa, mas a ascensão de Dungey aponta para um futuro em que a representatividade e a diversidade assumem papel central na definição das estratégias das grandes corporações de mídia.
Alexandre da Silva Santana, mais conhecido como Babu Santana, se prepara para um novo desafio em sua trajetória: a candidatura a vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Aos 44 anos, o ator, diretor e um dos principais expoentes da cultura carioca, anunciou na quarta-feira, 14, que vai concorrer a uma vaga na câmara municipal da capital carioca para “lutar para que mais pessoas tenham essa chance”.
Em uma publicação no Instagram, o ator contou que está “vivendo um sonho” e lembrou de sua trajetória a favor da arte e da cultura: “Durante toda a minha vida eu vivi em prol da arte e da cultura. E hoje, ao olhar essa foto me lembrei de como a arte mudou minha vida. Cresci no morro do Vidigal, enfrentando desafios que muitos conhecem de perto. E foi o teatro, a arte e a cultura que me deram a força e a oportunidade de ser quem sou hoje”, destacou ele.
Agora, ao entrar na corrida eleitoral, Babu Santana afirmou que pretende levar sua experiência de vida e seu histórico de lutas para o cenário político: “quero retribuir e transformar outras vidas como a minha foi transformada”, escreveu.
Nascido e criado no Morro do Vidigal, Babu começou sua trajetória no teatro, integrando o grupo cultural Nós do Morro, onde não apenas atuou, mas também dirigiu diversas produções. A iniciativa, criada na comunidade do Vidigal, foi responsável por revelar o talento de muitos jovens da periferia, oferecendo-lhes uma plataforma para expressar suas vozes e histórias.
Sua estreia no cinema se destacou em filmes como ‘Uma Onda no Ar’ e ‘Cidade de Deus’, ambos de 2002, que exploraram diferentes facetas da vida nas favelas cariocas. Aclamado por sua versatilidade, Babu consolidou sua carreira com o papel de Tim Maia na cinebiografia lançada em 2014, uma atuação que lhe rendeu prêmios e reconhecimento como um dos grandes nomes de sua geração.
Na televisão, Babu participou de produções de sucesso como Paraíso Tropical (2007), I Love Paraisópolis (2015) e Novo Mundo (2017). No entanto, foi sua participação na 20ª edição do Big Brother Brasil, em 2020, que o transformou em um ícone popular. Babu conquistou o público ao defender causas sociais e tornou-se um símbolo de resistência contra o racismo e as desigualdades sociais.
Após o reality show, continuou a expandir sua atuação na cultura. Em 2022, assumiu a direção do Nós do Morro, dedicando-se à formação de novos talentos, enquanto seguia atuando em projetos televisivos e cinematográficos. Em 2024, foi uma das estrelas do filme Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, e recentemente foi homenageado na calçada da fama do 52º Festival de Cinema de Gramado.
A cantora IZA lançou nesta sexta-feira a música ‘Lay Me Down’, em parceria com Sam Smith. A colaboração é uma nova versão do sucesso, que originalmente foi disponibilizada em 2014.
A nova interpretação com IZA emocionou usuários nas redes sociais. Até mesmo Sam Smith se impressionou com os vocais da brasileira. “Eu preciso dizer que quando eu ouvi você cantando ‘Lay Me Down’, eu estava em um carro cantando a caminho do show e você me deixou sem ar! É uma música tão difícil“, declarou. “É a música mais difícil do meu repertório para cantar todas as noites e você fez um trabalho tão bonito e tão incrível e me deixou com os olhos cheios de lágrima ao ouvi-la. Você é maravilhosa e eu realmente espero que a gente possa cantar juntos ao vivo. Seria um sonho realizado!”.
Em 2015, ao participar do Rock in Rio como espectadora, IZA declarou que ‘profetizou’ a carreira como cantora após ver o show de Smith no festival. “Sam Smith fez parte da minha jornada musical mais do que eles imaginam! No início da minha carreira, eu sempre adorava fazer covers das músicas dele”, disse a cantora. “O momento decisivo foi durante o show deles no Rock in Rio, quando cantaram ‘Lay Me Down’. Eu chorei, sentindo um forte chamado para me dedicar à música, logo após ter deixado meu emprego para focar no meu canal do YouTube. Na edição seguinte do festival, eu estava lá, me apresentando pela primeira vez, um momento inesquecível que tornou este convite ainda mais especial”.
O Colégio Bandeirantes, tradicional instituição particular em São Paulo, voltou aos holofotes da imprensa novamente, ao ser confirmado o terceiro caso de suicídio de um aluno. Dois casos em 2018 e outro na última segunda-feira, 12 de agosto. Um adolescente negro do 9º ano perdeu a própria vida após ser vítima de bullying e homofobia por colegas de escola.
Na primeira nota enviada aos familiares e a imprensa, a escola lamentou o ocorrido, mas o tio do garoto desabafou nas redes sociais que a escola tentou se isentar de qualquer responsabilidade ao afirmar que a situação “aconteceu fora das dependências do colégio”.
Para a psicóloga Shenia Karlsson, “a maioria das escolas privadas no Brasil são um ambiente tóxico e adoecedor para crianças e adolescentes negras e racializadas”, disse em entrevista ao Mundo Negro. “Consciente ou inconscientemente, as intituições protegem o pacto narcisico branco a fim de garantir que negros não só adentrem, mas não permaneçam nesses espaços”, completa.
“Embora a maioria defenda um discurso publicamente inclusivo, na prática existem pactos coletivos que impedem o acolhimento dessas crianças e adolescentes. É um grupo social frequentemente negligenciado, abandonado e ignorado em suas dores e direitos fundamentais”, lamenta.
Segundo a especialista que atende crianças e adolescentes negros, “as escolas submetem famílias inteiras ao sofrimento, e essas se vêem obrigadas a retirar seus filhos da instituição diante do descaso e do quase convite a se retirar. Uma postura que estimula a impunidade, a violência e a perversidade”.
Um estudo realizado em 2023, pelo Instituto de Referência Negra Peregum (IPEC) em parceria com o Projeto SETA, revelou que 64% dos jovens consideram o ambiente escolar como o local em que mais sofrem racismo. Desde 2023, ofensas contra pessoas LGBTQIAPN+ também foram equiparadas a crimes de injúria racial.
Durante entrevista ao Mundo Negro, em maio deste ano, sobre o caso da filha de Samara Felippo, vítima de racismo em uma escola particular, o advogado Dr. Hédio Silva Jr, havia destacado a importância da escola ter responsabilidade com o acolhimento aos alunos.
“Todo caso de racismo na escola é passível de processo contra a escola; contra o Estado e também contra o ofensor”, disse o ex-secretário da Justiça de São Paulo. “A escola nunca cumpriu a lei no sentido de implementar programas pedagógicos de promoção da igualdade racial”, argumentou o advogado, ao destacar como a instituição se tornou conivente com as práticas preconceituosas.
O mesmo agora precisa ser refletido no Colégio Bandeirantes, que alerta pela urgência de combater diferentes tipos de discriminações para evitar que os estudantes tenham a saúde mental afetada como ocorreu com outros adolescentes da instituição.
“A direção e toda a comunidade escolar estão profundamente abaladas por essa perda irreparável. Neste momento, a prioridade do colégio é oferecer todo o apoio e assistência necessários à família do aluno e aos colegas e amigos impactados por essa tragédia”, disse a escola em nota.