Home Blog Page 164

“Vivi em prol da arte e da cultura”, relembra Babu Santana ao anunciar candidatura a vereador no Rio de Janeiro

0
Foto: Reprodução/Instagram

Alexandre da Silva Santana, mais conhecido como Babu Santana, se prepara para um novo desafio em sua trajetória: a candidatura a vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Aos 44 anos, o ator, diretor e um dos principais expoentes da cultura carioca, anunciou na quarta-feira, 14, que vai concorrer a uma vaga na câmara municipal da capital carioca para “lutar para que mais pessoas tenham essa chance”.

Em uma publicação no Instagram, o ator contou que está “vivendo um sonho” e lembrou de sua trajetória a favor da arte e da cultura: “Durante toda a minha vida eu vivi em prol da arte e da cultura. E hoje, ao olhar essa foto me lembrei de como a arte mudou minha vida. Cresci no morro do Vidigal, enfrentando desafios que muitos conhecem de perto. E foi o teatro, a arte e a cultura que me deram a força e a oportunidade de ser quem sou hoje”, destacou ele.

Agora, ao entrar na corrida eleitoral, Babu Santana afirmou que pretende levar sua experiência de vida e seu histórico de lutas para o cenário político: “quero retribuir e transformar outras vidas como a minha foi transformada”, escreveu.

Nascido e criado no Morro do Vidigal, Babu começou sua trajetória no teatro, integrando o grupo cultural Nós do Morro, onde não apenas atuou, mas também dirigiu diversas produções. A iniciativa, criada na comunidade do Vidigal, foi responsável por revelar o talento de muitos jovens da periferia, oferecendo-lhes uma plataforma para expressar suas vozes e histórias.

Sua estreia no cinema se destacou em filmes como ‘Uma Onda no Ar’ e ‘Cidade de Deus’, ambos de 2002, que exploraram diferentes facetas da vida nas favelas cariocas. Aclamado por sua versatilidade, Babu consolidou sua carreira com o papel de Tim Maia na cinebiografia lançada em 2014, uma atuação que lhe rendeu prêmios e reconhecimento como um dos grandes nomes de sua geração.

Na televisão, Babu participou de produções de sucesso como Paraíso Tropical (2007), I Love Paraisópolis (2015) e Novo Mundo (2017). No entanto, foi sua participação na 20ª edição do Big Brother Brasil, em 2020, que o transformou em um ícone popular. Babu conquistou o público ao defender causas sociais e tornou-se um símbolo de resistência contra o racismo e as desigualdades sociais.

Após o reality show, continuou a expandir sua atuação na cultura. Em 2022, assumiu a direção do Nós do Morro, dedicando-se à formação de novos talentos, enquanto seguia atuando em projetos televisivos e cinematográficos. Em 2024, foi uma das estrelas do filme Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, e recentemente foi homenageado na calçada da fama do 52º Festival de Cinema de Gramado.

IZA lança música internacional com Sam Smith e artista elogia vocais da brasileira: “fiquei sem ar”

0
Fotos: Reprodução / Instagram.

A cantora IZA lançou nesta sexta-feira a música ‘Lay Me Down’, em parceria com Sam Smith. A colaboração é uma nova versão do sucesso, que originalmente foi disponibilizada em 2014.

A nova interpretação com IZA emocionou usuários nas redes sociais. Até mesmo Sam Smith se impressionou com os vocais da brasileira. “Eu preciso dizer que quando eu ouvi você cantando ‘Lay Me Down’, eu estava em um carro cantando a caminho do show e você me deixou sem ar! É uma música tão difícil“, declarou. “É a música mais difícil do meu repertório para cantar todas as noites e você fez um trabalho tão bonito e tão incrível e me deixou com os olhos cheios de lágrima ao ouvi-la. Você é maravilhosa e eu realmente espero que a gente possa cantar juntos ao vivo. Seria um sonho realizado!”.

Em 2015, ao participar do Rock in Rio como espectadora, IZA declarou que ‘profetizou’ a carreira como cantora após ver o show de Smith no festival. “Sam Smith fez parte da minha jornada musical mais do que eles imaginam! No início da minha carreira, eu sempre adorava fazer covers das músicas dele”, disse a cantora. “O momento decisivo foi durante o show deles no Rock in Rio, quando cantaram ‘Lay Me Down’. Eu chorei, sentindo um forte chamado para me dedicar à música, logo após ter deixado meu emprego para focar no meu canal do YouTube. Na edição seguinte do festival, eu estava lá, me apresentando pela primeira vez, um momento inesquecível que tornou este convite ainda mais especial”.

Instituições protegem o pacto narcisico branco dificultando a vida de estudantes negros

0
Foto: Freepik

O Colégio Bandeirantes, tradicional instituição particular em São Paulo, voltou aos holofotes da imprensa novamente, ao ser confirmado o terceiro caso de suicídio de um aluno. Dois casos em 2018 e outro na última segunda-feira, 12 de agosto. Um adolescente negro do 9º ano perdeu a própria vida após ser vítima de bullying e homofobia por colegas de escola. 

Na primeira nota enviada aos familiares e a imprensa, a escola lamentou o ocorrido, mas o tio do garoto desabafou nas redes sociais que a escola tentou se isentar de qualquer responsabilidade ao afirmar que a situação “aconteceu fora das dependências do colégio”.

Para a psicóloga Shenia Karlsson, “a maioria das escolas privadas no Brasil são um ambiente tóxico e adoecedor para crianças e adolescentes negras e racializadas”, disse em entrevista ao Mundo Negro. “Consciente ou inconscientemente, as intituições protegem o pacto narcisico branco a fim de garantir que negros não só adentrem, mas não permaneçam nesses espaços”, completa. 

“Embora a maioria defenda um discurso publicamente inclusivo, na prática existem pactos coletivos que impedem o acolhimento dessas crianças e adolescentes. É um grupo social frequentemente negligenciado, abandonado e ignorado em suas dores e direitos fundamentais”, lamenta.

Segundo a especialista que atende crianças e adolescentes negros, “as escolas submetem famílias inteiras ao sofrimento, e essas se vêem obrigadas a retirar seus filhos da instituição diante do descaso e do quase convite a se retirar. Uma postura que estimula a impunidade, a violência e a perversidade”.

Um estudo realizado em 2023, pelo Instituto de Referência Negra Peregum (IPEC) em parceria com o Projeto SETA, revelou que 64% dos jovens consideram o ambiente escolar como o local em que mais sofrem racismo. Desde 2023, ofensas contra pessoas LGBTQIAPN+ também foram equiparadas a crimes de injúria racial. 

Durante entrevista ao Mundo Negro, em maio deste ano, sobre o caso da filha de Samara Felippo, vítima de racismo em uma escola particular, o advogado Dr. Hédio Silva Jr, havia destacado a importância da escola ter responsabilidade com o acolhimento aos alunos.  

“Todo caso de racismo na escola é passível de processo contra a escola; contra o Estado e também contra o ofensor”, disse o ex-secretário da Justiça de São Paulo. “A escola nunca cumpriu a lei no sentido de implementar programas pedagógicos de promoção da igualdade racial”, argumentou o advogado, ao destacar como a instituição se tornou conivente com as práticas preconceituosas. 

O mesmo agora precisa ser refletido no Colégio Bandeirantes, que alerta pela urgência de combater diferentes tipos de discriminações para evitar que os estudantes tenham a saúde mental afetada como ocorreu com outros adolescentes da instituição. 

“A direção e toda a comunidade escolar estão profundamente abaladas por essa perda irreparável. Neste momento, a prioridade do colégio é oferecer todo o apoio e assistência necessários à família do aluno e aos colegas e amigos impactados por essa tragédia”, disse a escola em nota.

Conceição Evaristo reflete sobre racismo: ‘Sucesso literário não me livra da minha condição de mulher negra’

0
Foto: reprodução/TV Brasil

Em participação no programa “Sem Censura”, transmitido pela TV Brasil na última quinta-feira, 15, a escritora Conceição Evaristo, uma das vozes mais reconhecidas da literatura contemporânea brasileira, relembrou que, apesar do sucesso internacional de suas obras, a condição de mulher negra na sociedade brasileira ainda a acompanha em todos os espaços que frequenta.

“Por mais que o meu texto hoje corra o mundo, traduzido em várias línguas, isso não me livra da minha condição de mulher negra na sociedade brasileira”, afirmou a autora, durante conversa com a apresentadora Cissa Guimarães. “Eu me lembro que há uns anos atrás, quando o Itaú Cultural fez aquela ‘Ocupação Conceição Evaristo’, que foi um dos trabalhos mais bonitos que eu já vi, retratando a minha obra, a minha vida. Eu me lembro que teve uma manchete do jornal que estava assim, ‘Conceição Evaristo está no maior centro financeiro da América Latina’, lembrou ela.

“Mas quando eu atravesso a avenida, como ontem, eu fui no shopping em frente, o tempo todo eu era seguida. Talvez eu não tenha muita dimensão, não é que eu não tenha muita dimensão, talvez eu não acredite muito que essa dimensão me blinda do racismo. Eu não tenho alguma coisa aqui na testa que diz Conceição Evaristo, escritora e coisa e tal”, destacou durante a conversa que também teve a participação da atriz Luana Xavier. “Quer dizer, quando eu apareço em qualquer lugar, se eu não for conhecida, eu sou uma mulher negra, não é? E que corro todos os riscos que a Maria, que mora lá no Morro dos Macacos, corre”, destacou.

A escritora ainda acrescentou que esse tipo de situação não a deixa ficar confortável. “Então, isso talvez não me deixe ficar tão… No lugar confortável, né?’. “Não existe conforto”, reforçou Luana ao final da fala de Evaristo.

Lideranças negras seniores: quantas você conhece?

0
Foto: Reprodução/Freepik

A participação das mulheres no mercado de trabalho tem crescido significativamente nas últimas décadas, impulsionada por conquistas sociais e mudanças culturais. No entanto, a análise desse avanço revela um cenário complexo e desigual, marcado por interseccionalidades que impactam diretamente a trajetória profissional de determinados grupos. Neste artigo vamos abordar questões que impactam mulheres negras seniores.

A interseccionalidade, conceito que se refere à interação entre diferentes formas de discriminação, evidencia como as mulheres negras seniores vivenciam uma sobreposição de desigualdades.

A exclusão de mulheres negras seniores do mercado de trabalho e, sobretudo, de posições de liderança, reflete as barreiras estruturais impostas pela interseção de racismo, sexismo e etarismo. Embora representem aproximadamente 28% da população brasileira – cerca de 60 milhões de pessoas –, essas mulheres permanecem amplamente sub-representadas em cargos estratégicos. A discrepância é evidente: enquanto elas compõem o maior grupo étnico do país, sua presença nos níveis mais altos de poder corporativo é praticamente inexistente. Gênero, raça e idade se entrelaçam, criando barreiras que dificultam o acesso e a permanência no mercado de trabalho, limitando oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no primeiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego entre mulheres negras era de 16,9%, enquanto a média nacional era de 8,8%. Essa disparidade se acentua entre as mulheres negras seniores, que enfrentam maior dificuldade de recolocação após períodos de desemprego.

A PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2023 revela que as mulheres negras estão concentradas em ocupações de menor remuneração e prestígio, como o trabalho doméstico e o setor de serviços. Essa realidade impacta diretamente a renda e a qualidade de vida dessas mulheres, especialmente na terceira idade.

A sub-representação em cargos de liderança e a ocupação de postos de trabalho de menor remuneração contribuem para a desigualdade salarial. Menos de 1% de homens brancos ganham mais do que 28% de mulheres negras, evidenciando a profunda assimetria na distribuição de renda e oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

Desafios específicos enfrentados:

Mulheres negras seniores frequentemente enfrentam estereótipos e preconceitos relacionados à idade, raça e gênero, que afetam sua autoestima e suas oportunidades no mercado de trabalho.

O racismo estrutural nas organizações continua sendo um dos maiores entraves. Políticas internas de contratação e promoção muitas vezes ignoram a importância da diversidade, resultando na exclusão de mulheres negras, especialmente as mais velhas, de cargos estratégicos.

Ou seja, além das barreiras relacionadas à raça e ao gênero, o etarismo agrava ainda mais a situação. A discriminação por idade é marcada por estereótipos que desvalorizam a experiência e a competência das profissionais mais velhas, especialmente no que se refere à sua adaptabilidade às novas tecnologias e ao ritmo acelerado das mudanças organizacionais. No caso das mulheres negras seniores, essa desvalorização é ainda mais severa, resultando em um ciclo de exclusão e marginalização.

A falta de acesso à educação e à qualificação profissional ao longo da vida limita as possibilidades de ascensão e recolocação das mulheres negras seniores. E muitas vezes isso também está relacionado à dupla ou tripla jornada de trabalho, em que as mulheres assumem responsabilidades familiares e domésticas, como o cuidado de netos e parentes idosos, o que, aliado à falta de políticas de apoio como horários flexíveis, torna mais difícil sua permanência e progresso no mercado de trabalho.

E por consequência, afetando não apenas a estabilidade financeira dessas mulheres, mas também sua saúde física e mental. Estudos indicam que o estresse crônico causado por um ambiente de trabalho hostil e excludente pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, além de agravar condições preexistentes, como hipertensão e diabetes.

A inclusão das mulheres negras seniores no mercado de trabalho é um desafio que exige ações conjuntas do Estado, das empresas e da sociedade. É preciso reconhecer e valorizar a contribuição dessas mulheres, garantindo que suas trajetórias profissionais sejam marcadas pela equidade e pelo respeito. A quebra do teto de vidro racial e a promoção da diversidade nos cargos de liderança são passos essenciais para a construção de um futuro mais justo e igualitário. A intencionalidade é a ação do futuro.

Personagem de Mariana Nunes traz novos mistérios à segunda temporada de ‘Os Outros’

0
Foto: Léo Rosário/TV Globo

A atriz Mariana Nunes retorna às telas na segunda temporada de “Os Outros”, série original do Globoplay que explora os conflitos de moradores de um condomínio de luxo no Rio de Janeiro. Com a estreia dos três primeiros episódios na última quinta-feira, 15, o suspense ganha novos contornos com a chegada de Maria, personagem enigmática interpretada pela atriz.

Maria, uma mulher marcada por fragilidades emocionais, muda-se para o condomínio Barra Star Dream com seu filho Kevin, vivido por Cauê Campos. A relação entre mãe e filho é carregada de tensões e distanciamento, uma dinâmica que estará entre os destaques da trama. “A Maria é uma mulher que vive um momento de muita fragilidade e precariedade emocional. Ela e o filho têm uma relação estranha porque o amor é recolhido, apagado”, comenta Mariana Nunes.

Em entrevista para o portal G1, a atriz deu mais detalhes sobre sua personagem: “Ela é atormentada por uma tragédia que aconteceu no passado. Maria é traída por uma circunstância causada por uma pessoa, e quer resolver isso.”, revelou. Maria deve se aproximar de Raquel (Letícia Colin) e Paulo (Sergio Guizé), que também fazem sua estreia na trama.

Joana (Kênia Bárbara), Amâncio (Thomás Aquino), Cibele (Adriana Esteves), Marcinho (Antonio Haddad), Sr Durval (Luis Lobianco), Sérgio (Eduardo Sterblitch), Maria (Mariana Nunes), Raquel (Leticia Colin), Paulo (Sergio Guizé), Lorraine (Gi Fernandes) e Kevin (Cauê Campos) – Foto: Daniel Klajmic/Divulgação

Destaques da primeira temporada, Cibele (Adriana Esteves), Amâncio (Thomás Aquino), o vilão Sérgio (Eduardo Sterblitch), Lorraine (Gi Fernandes) e Joana (Kenya Barbara), além de Marcinho, cujo desaparecimento marcou a primeira fase da trama, voltam para dar continuidade a suas histórias, que foram entrelaçadas na primeira fase após uma briga de condomínio.

Os novos episódios da série serão lançados em blocos semanais, com três episódios em 22 de agosto e dois episódios a cada quinta-feira até 12 de setembro.

Zero acolhimento: Colégio Bandeirantes não deu assistência à família de garoto morto após ataques de colegas

0
Foto: Reprodução

⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio, bullying e discriminação.

Nota de Correção
(Atualizado em 15 de agosto de 2024, às 00:27): Em uma versão anterior deste texto, foi mencionado que os alunos bolsistas estudavam em turmas separadas dos demais alunos. No entanto, o irmão da vítima, que estava emocionalmente abalado no momento da entrevista, esclareceu posteriormente que essa informação estava incorreta. A separação de turmas ocorria apenas em algumas aulas de idiomas. Apesar dessa correção, o contexto geral e as preocupações levantadas sobre o ambiente escolar permanecem válidos. Pedimos desculpas pelo equívoco e pela confusão que isso possa ter causado.

É na prática que percebemos a legitimidade das intenções estabelecidas em protocolos que envolvem a saúde mental. O Colégio Bandeirantes, instituição de ensino de elite de São Paulo, enfrentou mais um caso trágico envolvendo um aluno que perdeu a vida. O jovem, que sofreu bullying e ataques homofóbicos por parte de seus colegas, tinha 14 anos, era bolsista do programa ISMART (que oferece bolsas de estudo para pessoas de baixa renda), negro e morador da periferia. Em um áudio deixado por ele, que está sendo compartilhado nas redes sociais, ele expressou a dor e angústia que o levaram a tomar essa decisão na manhã da última segunda-feira, 12 de agosto.

Logo após a notícia, o Colégio emitiu um e-mail de pesar aos pais e alunos e oferecendo suporte a família da vítima. No entanto, conversamos com familiares do estudante que afirmam que, em nenhum momento, a escola entrou em contato direto com eles para oferecer apoio psicológico ou emocional.

“Recebemos uma coroa de flores e uma nota de pesar. Nada além disso. Não houve sequer uma ligação”, detalhou o tio da vítima. Em entrevista ao Mundo Negro, o irmão da vítima afirmou que no velório vieram amigos próximos do estudante e pais de outros alunos que também haviam sido vítimas de bullying na escola, que já foi notícia em 2018, após dois casos de alunos que tiraram suas próprias vidas em um intervalo de 15 dias, compareceram.

Racismo, bullying, classismo e homofobia

Em sua última mensagem em áudio, o estudante falou principalmente sobre os ataques que sofreu por ser gay. Ele mencionou os nomes de outros estudantes que o atormentaram no ambiente escolar. O irmão da vítima apontou esses fatores como desencadeadores da tragédia, além do fato de o estudante ser negro e bolsista, o que também gerava situações de opressão. “As pessoas precisam saber que é um colégio que massacra e oprime os alunos, principalmente os de grupos minoritários, e que negligencia qualquer sinal de saúde mental abalada”, disse o irmão. Ele, que também foi bolsista ISMART no Colégio Marista Glória, em São Paulo, relatou parte da experiência do irmão no Colégio Bandeirantes. “Meu irmão comentava que os alunos ISMART ficam em salas separadas dos demais. Segundo a escola, esses alunos não teriam capacidade de acompanhar o nível das outras turmas”.

Novo posicionamento da escola

Entramos em contato com o colégio, que nos encaminhou à assessoria de imprensa. Fomos informados de que, devido ao falecimento de um professor por questões de saúde, não poderiam nos atender até o fechamento desta matéria. Eles enviaram uma nota por e-mail.

“Toda a comunidade escolar está profundamente abalada com essa perda irreparável. Neste momento de dor, oferecemos nosso apoio e solidariedade à família e aos amigos de Pedro. Estamos comprometidos em continuar promovendo um ambiente de acolhimento, onde cada aluno se sinta valorizado, respeitado e amado, reafirmando nosso compromisso com o cuidado e o bem-estar de todos.

Permanecemos abertos ao diálogo e à escuta, por meio da equipe de Orientação Educacional e dos diversos grupos de apoio e iniciativas de convivência, como o BandAntirracismo, a Orientação Socioemocional, a Mediação de Conflitos e os programas de protagonismo estudantil, como as Equipes de Ajuda e o C.A.R.E. Sabemos que é essencial proteger nossas crianças e jovens, e contamos com a compreensão e o apoio de toda a sociedade para dialogar sobre este tema com respeito, empatia e responsabilidade.”

Onde buscar ajuda

Se você estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda imediata, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está à disposição. O CVV oferece um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, disponível para qualquer pessoa que precise conversar. Para falar com um voluntário, você pode enviar um e-mail, acessar o chat pelo site ou ligar para o número 188. O atendimento é confidencial e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, o CVV, em parceria com o UNICEF, disponibiliza um canal de escuta exclusivo para adolescentes entre 13 e 24 anos chamado “Pode Falar”. Este serviço, também anônimo, é voltado para adolescentes que precisam de acolhimento e desejam conversar sobre suas dificuldades. O atendimento pode ser feito via chat online ou WhatsApp. Para mais informações sobre horários de atendimento, consulte o site.

PaGGodin: Léo Santana apresenta novo show de pagode no Rio de Janeiro com participação de Thiaguinho

0
Foto: Wagner Rodrigues

Léo Santana vai estrear no próximo dia 17 de agosto, no Rio de Janeiro, seu novo show de pagode. Chamado de ‘PaGGodin’, o espetáculo vai contar com participação de Thiaguinho e terá 4 horas de duração.

“O PaGGodin é a realização de um sonho de longa data, e hoje tenho o prazer de anunciar que tiramos do papel depois de um tempo planejando. Além de ser algo que eu sempre tive vontade de fazer, por minha admiração pelo gênero, também recebi muitos pedidos dos meus fãs que me pedem para entregar um trabalho nesse estilo”, relata o baiano.

O espetáculo nasceu do próprio desejo de Léo Santana em cantar pagode. ‘PaGGodin’ vai passar pelos quatro cantos do Brasil. Durante o show, o artista faz um passeio pelo gênero e transforma sucessos da música baiana em pagode. Depois, ele realiza uma espécie de after, um roda de samba, momento descontraído que aproxima o gigante do seu público onde ele canta músicas que lhe vem à cabeça. 

De acordo com o site oficial, a turnê deve passar ainda por Salvador, Fortaleza, São Paulo, Brasília, Maceió, Belém e mais cidades brasileiras. O “PaGGodin” é fruto da parceria entre a Salvador Produções e a R2. Através do Mesa Brasil em parceria com o Fome de Música, a cada ingresso vendido de toda a turnê, R$6,00 serão revertidos para ajudar o estado do Rio Grande do Sul

SERVIÇO:

Data: 17/08/2024

Horário: abertura dos portões, às 15h

Local: Riocentro – Pavilhão das Artes

Endereço: R. Pedro Calmon – Jacarepaguá, Rio de Janeiro

Classificação: Em todo o evento, é permitida somente a entrada de maiores de 18 anos

Ingressos: CLIQUE AQUI

Após perder medalha de bronze, Jordan Chiles diz que decisão foi injusta e que sofreu ataques racistas: “um golpe significativo”

0
Foto: Jean Catuffe/Getty Images.

A ginasta norte-americana Jordan Chiles quebrou o silêncio sobre a rejeição de um recurso que retirou sua medalha de bronze, conquistada nas Olimpíadas de Paris 2024. Chiles classificou a decisão como “injusta” e afirmou ter sido alvo de “ataques racistas” nas redes sociais.

“Ao comemorar minhas conquistas olímpicas, ouvi a notícia devastadora de que minha medalha de bronze havia sido retirada. Confiei no recurso imposto pela USAG, que deu provas conclusivas de que minha pontuação seguiu todas as regras. Este apelo não teve êxito”, publicou a ginasta, classificando como injusta a decisão da Justiça. “Eu não tenho palavras. Esta decisão parece injusta e é um golpe significativo, não apenas para mim, mas para todos que defenderam minha jornada”.

A norte-americana falou ainda que passou a receber ataques racistas nas redes sociais. “Para aumentar a tristeza, os ataques espontâneos de motivação racial nas redes sociais são errados e extremamente prejudiciais. Dediquei todo o meu coração e alma a este esporte e tenho muito orgulho em representar a minha cultura e o meu país“, declarou a atleta. Ela disse ainda que se orgulha de torcer por todos, apesar das circunstâncias. “Nunca vacilarei nos meus valores de competir com integridade, lutar pela excelência, defender os valores do espírito esportivo e as regras que ditam a justiça. Tenho orgulho de torcer por todos, independentemente do time ou país. Encontrar a alegria novamente foi uma mudança cultural e adoro ver outras pessoas abraçando isso”.

Jordan Chiles finalizou que esse é um dos momentos mais desafiadores em sua carreira. “Sinto que dei permissão a todos para serem autênticos com quem são. Agora estou diante de um dos momentos mais desafiadores da minha carreira. Acredite em mim quando digo que tive muitos. Abordarei este desafio como fiz com outros. Farei todos os esforços para garantir que a justiça seja feita. Acredito que no final desta jornada, as pessoas que estão no controle farão a coisa certa”, finalizou.

Entenda o caso

Após a audiência realizada pelo CAS no sábado (11), a qual ouviu as partes envolvidas, o órgão considerou irregular o acréscimo de 0.100 dado à nota de Jordan Chiles depois de um recurso pedido pela delegação da Romênia. 

A Federação de Ginástica dos Estados Unidos recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, apresentando novas evidências de que a treinadora Cecile Landi solicitou a revisão da apresentação solo de Jordan Chiles apenas 47 segundos após a divulgação do resultado, dentro do prazo de 1 minuto estipulado pela Federação Internacional de Ginástica.

Inicialmente, os juízes aceitaram o recurso, aumentando a pontuação de Chiles em 0,1, o que garantiu à atleta americana a medalha de bronze. No entanto, a Federação Romena de Ginástica solicitou uma reavaliação do procedimento, levando o Tribunal a determinar que o apelo de Landi foi oficialmente registrado após 1 minuto e 4 segundos.

Mulheres brancas dominam cargos de liderança em empresas brasileiras, revela estudo

0
Foto: Freepik

Uma pesquisa realizada pelo Ceert e o Pacto Global da ONU revelou um cenário preocupante: mulheres brancas são as principais beneficiárias das políticas de diversidade e inclusão nas empresas brasileiras, ocupando em maior número os cargos de liderança.

O levantamento que ouviu 128 empresas, entre os dias 8 de abril e 5 de junho, mostrou que 63% das organizações têm mulheres brancas em cargos de alta gestão, enquanto apenas 30% possuem mulheres negras nessa posição. A disparidade se repete no conselho administrativo, onde as mulheres brancas estão presentes em 53% das empresas, contra apenas 8% das mulheres negras.

Racismo estrutural e desigualdades de gênero

Os resultados do estudo evidenciam o racismo estrutural presente nas empresas e a persistência das desigualdades de gênero. Segundo os especialistas, a priorização das mulheres brancas nas políticas de diversidade é reflexo da hegemonia masculina branca no mundo corporativo.

“Quando as empresas falam em equidade de gênero, na verdade estão se referindo à inclusão de mulheres brancas”, afirma Cida Bento, conselheira do Ceert, para a Folha de São Paulo. É como se as empresas abrissem a porta para a diversidade, mas a primeira a entrar fosse aquela que mais se assemelha ao perfil tradicional do líder.

O levantamento buscou mapear práticas de diversidade e inclusão existentes no meio corporativo, além de identificar desafios nesta agenda e propor melhorias. A maior parte das organizações que responderam o questionário tem mais de 500 funcionários (56%) e receita anual bruta acima de R$ 300 milhões (53%), ou seja, são consideradas grandes empresas.

Entre os principais desafios apontados pelas empresas estão o engajamento das lideranças, o recrutamento de pessoas negras e com deficiência e a promoção de pessoas negras para cargos de gestão.

Para alcançar uma maior diversidade e inclusão nas empresas, é fundamental:

  • Combater o racismo estrutural: As empresas precisam reconhecer e combater o racismo institucionalizado, que impede a ascensão de pessoas negras e de outros grupos minorizados.
  • Promover ações afirmativas: As ações afirmativas são ferramentas importantes para reduzir as desigualdades e aumentar a representatividade de grupos sub-representados.
  • Investir em treinamento e desenvolvimento: É preciso investir em programas de treinamento e desenvolvimento para capacitar os colaboradores e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo.
  • Engajar as lideranças: As lideranças das empresas precisam estar comprometidas com a diversidade e inclusão, e liderar os esforços para promover mudanças.

O estudo do Ceert e do Pacto Global da ONU revela um cenário complexo e desafiador, mas também aponta caminhos para construir um futuro mais justo e equitativo. É preciso que empresas, governo e sociedade civil trabalhem em conjunto para superar as desigualdades e promover a inclusão de todos os grupos sociais.

Fonte: Folha de São Paulo*

error: Content is protected !!