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Empreendedorismo negro: desafios e erros que impedem sua empresa de crescer

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Foto: Freepik

Texto: Juliana Lourenço

Para muitas pessoas negras no Brasil, o empreendedorismo não é apenas uma oportunidade, mas uma necessidade. A falta de acesso a oportunidades de emprego formal e a discriminação no mercado de trabalho muitas vezes impulsionam o empreendedorismo como uma alternativa viável.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), empreendedores que se identificam negros ou pardos são 45% da população empreendedora no Brasil e desses, 50% empreendem por necessidade e enfrentam desafios adicionais, como acesso limitado a financiamento e redes de apoio. No entanto, a trajetória empreendedora também abre portas para a criação de riqueza e a superação de barreiras econômicas. 

Embora as pessoas negras possam enfrentar desafios adicionais, o empreendedorismo oferece um caminho para superar limitações e alcançar a prosperidade. A capacidade de transformar uma ideia em um negócio de sucesso, mesmo diante de adversidades, é uma característica marcante desde os nossos ancestrais.

A ascensão dos novos milionários no Brasil ilustra o potencial do empreendedorismo como um caminho para a criação de riqueza. Contudo, é importante reconhecer que a inclusão de pessoas negras no cenário empreendedor requer atenção especial aos desafios que enfrentam. Apoiar e promover políticas que garantam maior acesso a recursos e oportunidades é fundamental para que mais empreendedores negros possam transformar suas ideias em sucesso e contribuir para um futuro econômico mais inclusivo e diversificado.

Mas para além do que programas e políticas públicas podem proporcionar, precisamos sair da mentalidade de sobrevivência e entender o empreendedorismo como uma Oportunidade de Riqueza e transformação familiar e social, nós empreendemos desde os nossos ancestrais, e é chegada a hora de planejarmos e executarmos os movimentos dos nossos negócios com estratégias de crescimento e um olhar mais carinhoso e menos amedrontado para a gestão. Não há mais tempo para errar é tempo de pavimentar a estrada para quem está vindo atrás de nós.

5 Principais Erros no Empreendedorismo que Impedem Sua Empresa de Crescer

Empreender é um desafio empolgante, mas também repleto de armadilhas. Muitos empreendedores, mesmo aqueles com boas intenções e visão clara, cometem erros que podem sabotar o crescimento e a sustentabilidade de seus negócios. Aqui estão cinco erros comuns que você deve evitar para garantir que sua empresa não só sobreviva, mas prospere.

1. Demora na Formalização

Um dos primeiros passos para o sucesso de qualquer negócio é sua formalização. Muitos empreendedores postergam a formalização, o que pode acarretar problemas legais e fiscais graves. Estar formalizado não apenas ajuda a garantir que sua empresa esteja em conformidade com as leis, mas também pode melhorar sua credibilidade com clientes e fornecedores. Além disso, a formalização pode abrir portas para financiamentos e incentivos que não estão disponíveis para negócios informais.

2. Falta de Separação entre PF e PJ

Misturar finanças pessoais com as da empresa é um erro que pode levar a complicações sérias. A falta de separação entre PF e PJ pode criar confusões contábeis, problemas fiscais e até mesmo dificuldades na gestão de recursos. 

3. Ausência de um Plano de Negócios ou Planejamento Estratégico

Entrar no mercado sem um plano de negócios bem definido é como navegar sem um mapa. Um plano de negócios serve como um guia estratégico, ajudando a definir metas, identificar oportunidades e riscos, e estruturar o crescimento. A falta de um planejamento estratégico pode levar a decisões impulsivas e a um direcionamento incorreto, prejudicando a capacidade de alcançar objetivos de longo prazo e adaptar-se às mudanças do mercado.

4. Medo de Contratar e Delegar

O medo de contratar e delegar tarefas é um obstáculo comum entre empreendedores. Muitos acreditam que são os únicos capazes de realizar determinadas funções ou temem perder o controle da qualidade. No entanto, delegar não só alivia a carga de trabalho, mas também permite que você se concentre em aspectos mais estratégicos do negócio

5. Estabelecer Prazos de Venda Sem Considerar o Capital de Giro

Estabelecer prazos de venda sem levar em conta o capital de giro é um erro que pode causar problemas financeiros graves. O capital de giro é essencial para cobrir despesas operacionais e garantir que a empresa possa funcionar sem interrupções. 

Evitar esses erros comuns pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso no empreendedorismo. A formalização adequada, a separação financeira, o planejamento estratégico, a delegação eficaz e a gestão cuidadosa do capital de giro são pilares fundamentais para o crescimento sustentável de qualquer empresa. Ao reconhecer e corrigir essas falhas, você estará no caminho certo para construir um negócio sólido e próspero.

Juliana Lourenço, Contadora, Educadora Financeira e Mentora de Empreendedores @eujuliana.lourenco

Plataforma do Itaú Cultural lança seleção de curtas e documentários sobre racismo no Brasil

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Foto: Reprodução

O Itaú Cultural Play, plataforma de streaming do Instituto Itaú Cultural, lançou no dia 30 de agosto a coleção “Narrativas Negras”, que inclui filmes, séries e documentários voltados para a valorização da negritude e a reflexão sobre o racismo no Brasil. Com 16 títulos no total, a coleção também serve como suporte pedagógico para professores e alunos, abordando questões raciais em sala de aula.

Entre as novidades do catálogo, destacam-se quatro curtas-metragens que fazem sua estreia na plataforma. “Rapsódia para o homem negro” (2015), de Gabriel Martins, diretor do premiado longa “Marte Um” (2022), retrata a busca de um homem por justiça após a morte violenta de seu irmão em um conflito em Belo Horizonte. “Dia de preto” (2023), de Beto Oliveira, imagina um futuro distópico em 2077, onde a liberdade cultural dos negros é limitada a um único dia do ano. Em “Tudo que é apertado rasga” (2019), Fabio Rodrigues Filho explora a ausência de atores negros no audiovisual brasileiro através de imagens de arquivo e depoimentos. Já o documentário “Alexandrina, um relâmpago” (2022), de Keila Sankofa, premiado no Festival de Cinema da Amazônia, resgata a história de Alexandrina, filha de negros escravizados que trabalhou para naturalistas europeus no Amazonas.

Além das novas produções, a coleção inclui clássicos como “Alma no Olho” (1973), de Zózimo Bulbul, e o documentário “A negação do Brasil” (2000), de Joel Zito Araújo, que investiga o racismo na teledramaturgia brasileira. A série “Coleção Antirracista” (2022), de Val Gomes, é outro destaque, com reflexões de intelectuais e figuras do movimento negro sobre questões raciais no país.

A Itaú Cultural Play pode ser acessada gratuitamente em dispositivos móveis, smart TVs e pela web, proporcionando acesso democrático a conteúdos que promovem a diversidade e a educação antirracista.

“Peço que respeitem meu espaço”, diz Anielle Franco em nota sobre caso de assédio

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se pronunciou nesta sexta-feira (6) sobre as denúncias de assédio sexual que levaram à demissão de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania. Em sua nota oficial, Anielle destacou a importância de uma resposta rápida e firme em casos de violência. “Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto”, afirmou a ministra, ao reforçar seu apoio às vítimas e elogiar a ação do presidente Lula.

Em sua declaração, Anielle trouxe uma perspectiva pessoal, mencionando os desafios que enfrentou como mulher negra ao acessar espaços de poder e sua missão em promover igualdade racial no Brasil. “Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial”, disse Anielle, lembrando os obstáculos que viveu ao longo de sua trajetória.

A ministra também pediu respeito à sua privacidade em um momento delicado, destacando que as tentativas de culpabilizar ou pressionar vítimas não devem ser toleradas. “Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade”, declarou. Ela ainda reiterou seu compromisso com o enfrentamento de todas as formas de violência contra mulheres, afirmando que essa é uma missão permanente de seu trabalho no governo.

A demissão de Silvio Almeida foi decidida após uma reunião entre ele e o presidente Lula, que considerou insustentável a permanência do ministro diante das acusações. As investigações seguem sob a responsabilidade da Polícia Federal e da Comissão de Ética Pública, com o governo reafirmando seu compromisso com a proteção das mulheres e a promoção dos direitos humanos.

Nota oficial de Anielle Franco na íntegra:

“Hoje eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial. Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual.

Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas. Não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi.

Tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência. Peço que respeitem meu espaço e meu direito à privacidade. Contribuirei com as apurações, sempre que acionada.

Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo.

Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro pra todas as pessoas.”

Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial

Silvio Almeida emite nota após demissão: “Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência”

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Foto: Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos

Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, anunciou ter pedido sua demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de assegurar “total liberdade e isenção” nas investigações das denúncias de assédio sexual contra ele, em nova nota divulgada à imprensa noite desta sexta-feira, 6.

As denúncias foram reveladas na quinta-feira (5) pela coluna do Guilherme Amado do Metrópoles e confirmadas pela ONG Me Too Brasil, organização dedicada ao combate à violência sexual. De acordo com o portal, os supostos casos teriam ocorrido no ano passado, e uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que confirmou as acusações hoje no Planalto. Silvio Almeida nega.

Em nota, Almeida destacou que a investigação deve ser conduzida com o devido rigor. “Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua”, afirmou.

O ex-ministro também sublinhou a importância de enfrentar a violência sexual com estratégias que assegurem a proteção das vítimas e garantam uma apuração criteriosa e transparente, com controle social e participação efetiva do sistema judiciário.

Almeida encerrou sua declaração afirmando que incentivará as investigações de forma imparcial e que está comprometido em provar sua inocência. “Que os fatos sejam expostos para que eu possa me defender dentro do processo legal”, concluiu.

Erika Hilton declara apoio a Anielle Franco em meio à demissão de Silvio Almeida

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“Me solidarizo com a nossa Ministra Anielle Franco, com as outras vítimas que denunciaram os casos de assédio e, sempre, com todas as vítimas de assédio sexual e moral no Brasil”, afirmou Erika Hilton após a demissão do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, nesta sexta-feira (6). A deputada federal pelo PSOL expressou apoio à ministra da Igualdade Racial e destacou a importância de uma investigação justa e comprometida com os direitos das vítimas, sem perder de vista o princípio da defesa.

Erika enfatizou a necessidade de priorizar a proteção das vítimas, alertando que as denúncias não devem ser ignoradas nem utilizadas para fins políticos ou racistas. “É necessário que os casos tenham investigação célere e séria”, declarou, reforçando a importância de um julgamento justo, especialmente em casos tão delicados quanto o assédio sexual.

A demissão de Silvio Almeida foi confirmada após uma reunião com o presidente Lula, que considerou a permanência do ministro insustentável diante da gravidade das denúncias. A Polícia Federal abriu um protocolo inicial de investigação, enquanto a Comissão de Ética Pública também iniciou um processo para esclarecer os fatos.

Erika Hilton encerrou sua nota lamentando a situação, destacando a perda que o caso representa para a luta pelos direitos humanos e o movimento negro. “É uma lástima que isso esteja acontecendo, uma perda para a luta pelos Direitos Humanos, do movimento negro, é uma perda para todas e todos nós, em especial para as vítimas, que merecem nosso cuidado, apoio e atenção”, concluiu a deputada.

Silvio Almeida é demitido do cargo de Ministro dos Direitos Humanos, após Anielle Franco confirmar assédio sexual

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Foto: Agência Brasil/EBC

O advogado Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos, na tarde desta sexta-feira, 6. A demissão acontece em sequência a Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, confirmar que foi vítima de importunação sexual e assédio por parte do Almeida, em conversa com colegas ministros no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após fazer uma reunião com ambos os envolvidos, de forma individual.

“A natureza das acusações de assédio sexual torna insustentável a manutenção do ministro no cargo”, informou uma nota oficial da Presidência (LEIA COMPLETA ABAIXO). A informação foi confirmada pela CNN Brasil.

A polêmica envolvendo o Silvio Almeida, iniciou nesta quinta-feira, 5, quando a coluna do Guilherme Amado do Metrópoles noticiou que a ONG Me Too Brasil, organização respeitada por defender mulheres vítimas de violência sexual, informou que colheu denúncias de assédio sexual contra o então ministro, que teriam ocorrido no ano passado. 

Procurada recentemente pelo Metrópoles e pela Folha de São Paulo, em junho, a ministra não quis se pronunciar publicamente sobre o caso, mas teve o seu nome revelado pelo Metrópoles. Entretanto, a ONG não revelou a quantidade de vítimas ou suas identidades. 

Mais cedo, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as denúncias de assédio sexual feitas contra o Silvio Almeida. Segundo Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da PF, a investigação foi iniciada por iniciativa própria, antes mesmo de uma representação formal. Ele afirmou à GloboNews que as primeiras audições devem ocorrer na próxima semana. 

Ontem, o ex-ministro, em resposta às denúncias, negou as acusações. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, declarou. Ele destacou que as alegações visam prejudicar sua imagem e os ideais que defende, especialmente em sua luta pelos direitos humanos.

Em nota, o governo federal informou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso. Ainda ontem, Almeida foi convocado para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

Solidariedade à Anielle Franco

Antes mesmo de Anielle Franco confirmar que foi vítima de assédio sexual, tem recebido apoio nas redes sociais. Ontem, o movimento Mulheres Negras Decidem, publicou uma nota levantando a #AnielleNãoEstáSó, e desde então outras respeitadas organizações da comunidade negra tem prestado sua solidariedade, como a Coalizão Negras Por Direitos, Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e PerifaConnection. 

Na noite de ontem, a primeira-dama, Janja, também havia publicado uma foto de meses atrás, beijando a testa da ministra, como um sinal de apoio. O ativista Rene Silva e a deputada estadual do PT, Laura Sito, também foram algumas das pessoas que prestaram solidariedade.

Leia a nota à imprensa abaixo na íntegra do governo

Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania.

O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual.

A Polícia Federal abriu de ofício um protocolo inicial de investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada.

TV Cultura suspende o programa Estação Livre por tempo indeterminado

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Foto: Reprodução/Instagram

O programa Estação Livre, transmitido pela TV Cultura, foi suspenso por tempo indeterminado, junto com outros sete programas da emissora: Negros Em Foco, Balaio, Brasil, Mostra a Tua Cara, Entrelinhas, Giro Econômico, Legião Estrangeira e Na Cadência do Samba (que ainda não havia estreado). A decisão foi anunciada pela direção da TV Cultura, que atribui a suspensão à crise financeira enfrentada pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora da emissora.

No caso do Estação Livre, sete profissionais foram dispensados: a apresentadora Cris Guterres, a coordenadora de produção Ingrid Mabelle, a pauteira Adna Matias, os videorrepórteres Lucas Veloso e Rodney Suguita, e as assistentes de produção Bruna Hernandes e Cynthia Damião. Destes, seis são profissionais negros. A situação da editora de texto Kelly Santos, contratada como CLT, ainda é incerta, enquanto os demais profissionais eram vinculados à emissora como Pessoa Jurídica. A pauteira Daiane Amaral e o diretor Ramiro Zwetsch continuam contratados.

Apesar da suspensão, a TV Cultura exibirá nesta sexta-feira, 6 de setembro, um episódio inédito sobre jazz, com a participação do músico Jonathan Ferr e da historiadora e compositora Rosa Couto, da Funmilayo Afrobeat Orquestra. Outros dois episódios inéditos, sobre dança e artes cênicas, serão transmitidos nos dias 13 e 20 de setembro, respectivamente. Após essa data, reprises de programas anteriores serão exibidas até dezembro.

A TV Cultura informou que, caso a situação financeira melhore nos próximos meses, há planos para retomar a produção de novos episódios a partir de janeiro de 2025. Nesse cenário, os profissionais dispensados poderiam ser reintegrados à equipe, embora a emissora admita que isso ainda é incerto.

O Estação Livre estreou em 9 de abril de 2021 e, até o momento, produziu 162 episódios. Ao longo de sua trajetória, o programa entrevistou personalidades como a educadora Érica Malunguinho, a cantora e Ministra da Cultura Margareth Menezes, a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Djamila Ribeiro, os rappers Dexter e MV Bill, a pesquisadora Carla Akotirene, a advogada Leny Blue, a atriz Viola Davis, a cantora Luedji Luna, o cineasta Joelzito Araújo, o ator Ailton Graça, a médica Jurema Werneck, a psicóloga Cida Bento e o escritor Jefferson Tenório.

Cardi B rebate críticas sobre uso do termo “pele clara”: “Dominicanos têm diversidade de tons”

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A rapper Cardi B, de 31 anos, voltou a ser alvo de debates nas redes sociais sobre como descreve seu tom de pele. A artista, que é filha de pai dominicano e mãe trinitário-tobaguense, foi acusada de clareamento de pele, o que ela prontamente negou. O debate ganhou força após um usuário da plataforma X (antigo Twitter) questionar se o termo “pele clara” deveria ser usado por ela.

“Quem disse à Cardi B que ela tem pele clara?”, provocou um dos críticos, argumentando que o termo deveria ser exclusivo para descrever pessoas negras de pele mais clara. Cardi B respondeu afirmando que a diversidade de tons de pele entre os dominicanos é ampla e desafiou: “Então, o que eu deveria dizer quando estou descrevendo minha pele? Eu tenho pele dominicana?”.

A discussão tomou novos rumos quando outro usuário sugeriu que dominicanos e outras etnias deveriam criar seus próprios termos, alegando que “pele clara” deveria ser utilizado apenas por pessoas negras. Cardi B retrucou veementemente: “Dominicanos são uma nacionalidade com pessoas de cores e tons diferentes, não uma raça”.

A rapper também contestou a ideia de que o termo “pele clara” seja exclusivo de uma única raça, citando outras nacionalidades, como jamaicanos e haitianos, que compartilham dessa diversidade de tons de pele. “O termo pele clara é um adjetivo para descrever a compleição da pele… Não é exclusivo de uma única raça”, afirmou.

A discussão sobre a ancestralidade de Cardi B não é nova. A artista tem sido alvo de questionamentos sobre sua etnia, com alguns colocando em dúvida se ela se identifica como negra ou hispânica. No mês passado, sua aparência voltou a ser tema de debate após acusações de clareamento de pele, que a artista desmentiu, atribuindo sua palidez à anemia durante a gravidez.

Em meio a denúncias contra Silvio Almeida, Lula defende direito à defesa e reforça: “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em sua primeira declaração sobre as recentes denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (6) que está aguardando mais informações antes de tomar uma decisão. Lula mencionou ter solicitado ao advogado-geral da União, ao controlador-geral da União e ao ministro da Justiça que investiguem o caso detalhadamente.

“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender”, declarou o presidente em entrevista à Rádio Difusora, de Goiás. “Nós vamos colocar a Política Federal, o Ministério Público, a Comissão de Ética da Presidenta da República, para investigar. Porque, veja, eu estou numa briga danada contra a violência contra as mulheres. O meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem definitivamente, sabe, numa parte importante da política nacional. Então eu não posso permitir que tenha assédio”, disse.

Lula afirmou ainda que: “Não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa dos direitos humanos, de alguém que esteja sendo acusado de assédio”, pontuou o presidente, que também foi questionado sobre a foto publicada pela primeira dama, Janja Lula, em que ela aparece beijando a testa de Aniele. A imagem foi vista como um sinal de apoio à Ministra da Igualdade Racial: “A foto da Janja com Anielle é uma demonstração inequívoca de que as mulheres estão com as mulheres”.

As denúncias foram inicialmente divulgadas na quinta-feira, 5, pela ONG Me Too Brasil, que informou ter recebido queixas contra o ministro, mas não divulgou os nomes das vítimas. Em resposta, Silvio Almeida negou as acusações, classificando-as como “ilações absurdas” e “denunciação caluniosa”.

Família de imigrante ganense morto após passar mal no Aeroporto de Guarulhos denuncia sepultamento sem autorização

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Foto: Reprodução/G1

A família do imigrante ganense Evans Osei Wusu, de 39 anos, que morreu após passar mal enquanto estava retido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, denuncia que o corpo foi sepultado no Brasil sem a autorização dos parentes, que residem em Gana. O caso levanta questionamentos sobre a falta de comunicação entre as autoridades brasileiras e a família do falecido, que agora pede justiça.

Evans chegou ao aeroporto em 4 de agosto, após ser deportado do México, onde deveria realizar uma cirurgia na coluna. Segundo sua prima, Priscilla Osei Wusu, ele tentou solicitar refúgio no Brasil para obter atendimento médico, alegando que não teria condições de retornar a Gana sem o tratamento necessário. Durante seu período de retenção no terminal, Evans relatou a parentes que estava com dores intensas e não recebia o atendimento adequado.

Mensagens enviadas por Evans a familiares nas semanas seguintes indicam que ele passou por dificuldades para ser atendido, inclusive mencionando que outros imigrantes precisaram intervir para que ele recebesse ajuda médica. No entanto, o ganense faleceu em 13 de agosto no Hospital Geral de Guarulhos, conforme aponta a certidão de óbito, que indica infecção generalizada como a causa da morte.

A família só descobriu o local do enterro dias depois, ao ser informada que Evans havia sido sepultado no Cemitério Necrópole do Campo Santo, em Guarulhos. Priscilla questiona a decisão das autoridades brasileiras de proceder com o sepultamento sem o consentimento dos parentes e sem que a Embaixada de Gana fosse notificada a tempo. “Como puderam enterrar meu primo sem nossa autorização? Para nós, isso não é algo trivial. Prestamos homenagens aos nossos mortos, é algo muito sério em nossa cultura”, afirmou Priscilla.

O caso está sendo acompanhado por Daniel Perseguim, do Fórum Internacional Fronteira Cruzadas, que tem buscado esclarecimentos junto às autoridades. Uma reunião foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para discutir o ocorrido. A família de Evans exige respostas e responsabilização pelas circunstâncias de sua morte e pelo sepultamento realizado sem autorização.

Em resposta, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que o município atuou apenas como contratado para realizar o sepultamento, sob solicitação do Hospital Geral de Guarulhos, e que a decisão foi tomada devido ao estado de deterioração do corpo e à falta de retorno por parte da família e da Embaixada de Gana. O Ministério da Justiça declarou que não foi informado sobre a situação do imigrante antes de sua morte e que o caso não está relacionado a novas medidas adotadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Defensoria Pública da União (DPU) acompanha o caso e avalia a responsabilização civil do Estado brasileiro e das empresas envolvidas no tratamento dispensado aos migrantes no aeroporto. A família de Evans segue buscando justiça, afirmando que não aceitará o desfecho trágico sem uma explicação adequada e as devidas reparações.

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