Home Blog Page 150

James Earl Jones, a voz de Mufasa e Darth Vader, morre aos 93 anos

0
Foto: Jesse Dittmar / The Washington Post via Getty Images

James Earl Jones, considerado um dos maiores atores da história norte-americana, que deu a voz ao Mufasa no filme animado e live-action de ‘O Rei Leão’ e Darth Vader na franquia ‘Star Wars’, morreu aos 93 anos nesta segunda-feira, 9.

A informação foi revelada pelo site Deadline e confirmada por seus agentes. Ele faleceu em sua casa, em Nova York, nos Estados Unidos.

James integra o seleto grupo de artistas que conquistou o título EGOT — vencedor dos prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Ele conquistou dois Emmy, um Grammy e três Tony. Em 2011, foi presenteado com o Oscar honorário.

A estrela já estrelou outros grandes filmes como ‘O Príncipe em Nova York 1 e 2’, ‘O Bom Filho à Casa Torna’ e ‘O Maior de Todos’.

Lellê retorna às novelas  como Silvia, uma herdeira criada na Europa, em ‘Volta por Cima’

0
Foto: Guto Brown

Lellê está de volta às novelas da TV Globo após um hiato de nove anos. A atriz e cantora vai interpretar Silvia em “Volta por Cima”, a nova trama das 19h, que estreia no dia 30 de setembro. Silvia é uma jovem herdeira que volta ao Brasil após passar anos morando na Europa. Dono de um grande patrimônio, a personagem terá um papel importante na trama, especialmente ao se aproximar de Nando, vivido por João Gabriel D’Aleluia.

Conhecida por sua versatilidade artística, Lellê começou sua carreira no grupo Dream Team do Passinho e rapidamente conquistou espaço na música, no cinema e na televisão. Ela já atuou em produções como “Totalmente Demais” e participou de grandes eventos musicais, como o Rock in Rio, onde subiu ao palco ao lado de Alicia Keys. Agora, com a personagem Silvia, Lellê encara um novo desafio em sua carreira, ao viver uma personagem poderosa e financeiramente confortável, um espaço ainda pouco explorado por atrizes negras na teledramaturgia brasileira.

Para interpretar Silvia, Lellê buscou referências pessoais e mergulhou na ancestralidade africana, como ela revelou em entrevista ao Mundo Negro. “Eu precisei ir mais a fundo pra chegar em Silvia, me conectei com nossa história de pessoas negras que tinham suas riquezas e eram Rainhas e Reis. Foi aí que tudo fez sentido”, afirma a atriz. Com essa nova personagem, Lellê não apenas reforça sua versatilidade como artista, mas também sua habilidade de trazer camadas profundas e autênticas para seus papéis.

Mundo Negro –  Qual a influência das novelas na sua vida, e como você vê esse aumento da representatividade negra nas telas?

Lellê: Novela faz parte da minha vida. Minha primeira novela eu tinha 17 anos e aprendi muito sobre teledramaturgia. Apesar de não ter tido muito tempo para fazer teatro, eu fui aceitando as oportunidades na minha vida e fui aprendendo com as experiências reais. Esse aumento é resultado de toda luta dos que vieram antes de nós. Hoje minha geração vive e sente um pouco mais de conforto representativo, isso não quer dizer que ainda não exista suas problemáticas como o racismo e machismo. Mas fico feliz por fazer parte dessa história de quebrar barreiras e assumir meu lugar como artista e mulher preta.

MN: Silvia, sua personagem, é uma herdeira. Esse é um lugar onde as atrizes negras não aparecem muito aqui no país. Onde você busca referências?

Lellê: Eu vivi uma personagem rica com Malhação Sonhos, a Guta, tive essa oportunidade de interpretar alguém com conforto financeiro. Trouxe essa experiência comigo e também busquei algumas referências próximas, e uma delas foi Taís Araújo, por exemplo. Apesar dela não ter nascido herdeira, ela é uma mulher bem-sucedida e muito elegante. Mas eu tive que ir mais a fundo pra chegar em Silvia, precisei ir pro início de tudo, e me conectei com a nossa história de pessoas negras que tinham suas riquezas e eram Rainhas e Reis. Foi aí que tudo fez sentido e foi onde a potência de Silvia chegou em mim.

MN: Sobre o visual, o que podemos esperar? Você participa dessa construção sugerindo cabelos e roupas?

Lellê: Silvia é uma mulher realmente muito estilosa. Eu faço participação na criação dela e os profissionais de figurino me deixam muito à vontade pra criar junto com eles, são muito parceiros e priorizam o meu bem-estar. Adoro trabalhar com eles. Como Silvia é uma mulher preta, pensamos, com a caracterização, em ela estar sempre trocando de cabelos e penteados.

MN: Sobre a sua rotina, como gravar novelas altera o que você faz no dia a dia e como concilia com seus projetos e cuidados com a saúde?

Lellê: Depois de muitos anos de experiência na carreira e algumas novelas feitas, hoje eu priorizo demais a minha saúde. Mental, física e espiritual. Sem que isso esteja alinhado, não é possível funcionar, e eu aprendi na marra. Quando somos jovens, queremos fazer tudo de uma vez, e é importante que seja assim porque traz muita experiência. Mas depois a vida chama de volta e a gente começa a repensar nossas prioridades. Hoje minha prioridade é fazer aquilo que me faz feliz com saúde.

Conheça a trajetória de Macaé Evaristo, a nova ministra dos Direitos Humanos

0
Foto: Divulgação

Macaé Evaristo foi anunciada como a nova Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira, 9 de setembro. A nomeação será publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.

“É com muita honra que aceitei, nesta segunda-feira, o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta por direitos”, celebrou nas redes sociais logo após o anúncio. 

Filiada ao PT, Macaé foi eleita deputada estadual de Minas Gerais em 2022, conquistando mais de 50 de mil votos. Em 2020, havia sido eleita vereadora de Belo Horizonte.

Macaé Evaristo iniciou sua carreira como professora aos 19 anos. Formada em Serviço Social, é mestre e doutoranda em Educação. Tornou-se a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária municipal de Educação em BH, de 2005 a 2012, e secretária estadual de Educação em Minas Gerais, de 2015 a 2018.

Macaé também atuou no governo federal durante o mandato de Dilma Rousseff, ocupando, entre 2013 e 2014, o cargo de titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão no MEC (Ministério da Educação).

Ao longo de sua trajetória, coordenou importantes iniciativas, como a implantação das Escolas Indígenas, o programa de Escola Integral em Minas Gerais, a Escola Integrada em Belo Horizonte e as políticas de cotas para estudantes de escolas públicas, negros e indígenas no ensino superior, durante sua atuação no MEC.

“Aos 50, quem me aguenta?”, Edvana Carvalho fala sobre negritude, maturidade e o empoderamento feminino em seu primeiro solo no teatro

0
Foto: Diney Araújo

Com mais de 40 anos de carreira, a atriz Edvana Carvalho estreia no Rio de Janeiro seu primeiro monólogo, “Aos 50, quem me aguenta?”, uma celebração ao poder feminino negro na maturidade. O espetáculo, que estreia em 11 de setembro no Teatro Glauce Rocha, traz reflexões bem-humoradas e críticas sobre temas como envelhecimento, racismo e a experiência de ser uma mulher negra e madura na sociedade contemporânea. Em entrevista exclusiva ao Mundo Negro, Edvana compartilhou suas vivências pessoais e o que a inspirou a escrever o roteiro, além de sua visão sobre a representatividade da mulher negra nas artes.

Quando questionada sobre a evolução da representatividade da mulher negra no teatro e na televisão, Edvana é direta: “Lenta, mas se movendo.” Com uma carreira que começou em Salvador e passou por importantes produções da Globo, como “Malhação” e “Renascer”, a atriz vê progresso, mas ainda pondera que essa evolução demorou para chegar. “Acredito que está sendo um pouco melhor para as mais jovens, e isto me deixa feliz. Elas não terão que esperar fazer 50, 60, 70 anos para terem reconhecimento na carreira, principalmente financeiro”, explica.

Inspirada por sua vivência pessoal e pelas obras de Conceição Evaristo, Edvana decidiu levar ao palco o que ela chama de “escrevivência”, conceito que resgata as histórias e experiências de mulheres negras, antes silenciadas. “Eu estava adoecendo nas escolas, precisava me desabafar. Politicamente, era um momento ruim também”, conta. “Depois de muita invisibilidade e silenciamento histórico, a escrevivência liberta mulheres negras como eu.” O espetáculo traz a maturidade como um ponto central, e, aos 56 anos, Edvana explora com humor e autenticidade os desafios e conquistas dessa fase da vida. “Aos 50, quem me aguenta?” revela, além de um desabafo pessoal, uma crítica à sociedade que ainda valoriza excessivamente a juventude, deixando de lado as ricas vivências das mulheres mais velhas.

Edvana acredita que a arte pode ser uma poderosa ferramenta para desconstruir tabus e, no caso dela, o humor é um aliado essencial. Ao falar sobre temas como envelhecimento e negritude de forma leve, a atriz acredita estar contribuindo para mudar a visão da sociedade sobre a visibilidade da mulher negra. “Cada um contribui com o que tem. Sou artista, então contribuo escrevendo ou atuando, além de outras contribuições, como a docência, criar filhos, cuidar da minha mãe.”

Como uma veterana no mundo das artes, Edvana tem um conselho direto para as futuras gerações de artistas negros e negras: “Estuda, mete o pé na porta e vai-te embora!” Para ela, o caminho da conquista é árduo, mas a preparação e a ousadia são essenciais para abrir espaço em uma indústria que ainda impõe desafios. Com uma postura otimista e segura, Edvana compartilha o que mais aprecia em sua maturidade: “Tentar cuidar do corpo, dar muitas risadas, ver a família crescendo com a chegada dos netos, ter amigas/os, ter orgasmos acompanhada ou não, e trabalhar com o que gosta!” A atriz, que também é avó, vive essa fase com empoderamento e leveza, provando que há muito a ser celebrado na maturidade.

Com “Aos 50, quem me aguenta?”, Edvana Carvalho não apenas comemora sua trajetória de 40 anos no teatro, mas também abre espaço para discussões essenciais sobre o papel da mulher negra na sociedade, especialmente quando se trata de envelhecimento e empoderamento.


SERVIÇO:
“AOS 50 – QUEM ME AGUENTA?”
Temporada: 11 a 26 de setembro de 2024
Local: Teatro Glauce Rocha, Rio de Janeiro
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)
Ingressos Antecipados: Sympla

Macaé Evaristo é a nova ministra dos Direitos Humanos

0
Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (9) a nomeação de Macaé Evaristo (PT), deputada estadual de Minas Gerais, como nova ministra dos Direitos Humanos.

Macaé, respeitada nas áreas de educação e debates sobre racismo, atua como professora desde os 19 anos e foi eleita deputada em 2022.

Ela assume o cargo no lugar de Silvio Almeida, demitido na sexta-feira (6) após ser acusado de assédio sexual, incluindo uma denúncia envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Após demissão de Silvio Almeida, governo busca novo nome negro para Ministério dos Direitos Humanos

0

A saída do ministro Silvio Almeida da liderança do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em meio a acusações de assédio moral e sexual, gerou comoção na comunidade negra e abriu uma lacuna importante no governo Lula. A expectativa agora é que o presidente escolha outro nome negro para o cargo, mantendo o compromisso de um governo diverso e comprometido com a luta contra as desigualdades raciais no país.

Entre os nomes cotados estão o da deputada estadual por Minas Gerais, Macaé Evaristo, e o do ativista e educador Douglas Belchior, também conhecido como Negro Belchior. Ambos têm forte ligação com a pauta racial e são considerados por setores do PT como candidatos capazes de liderar a pasta neste momento delicado.

Segundo a jornalista e analista política Basília Rodrigues, a comunidade negra precisa transformar o sentimento de luto deixado pela saída de Almeida em um esforço de reconstrução, com a indicação de uma nova liderança que não seja apenas um símbolo de diversidade, mas que assuma a responsabilidade de continuar a luta contra as desigualdades raciais no Brasil.

Defensores de Macaé Evaristo, que é professora desde os 19 anos e tem uma trajetória acadêmica sólida, veem sua indicação como uma forma de dar continuidade ao trabalho na defesa dos direitos humanos, especialmente no contexto das desigualdades raciais. Por outro lado, a possível indicação de Douglas Belchior enfrenta resistências dentro do próprio partido, apesar de sua proximidade com Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

Enquanto o governo não toma uma decisão, a pasta está temporariamente sob o comando de Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que assumiu a função interinamente após a demissão de Silvio Almeida na última sexta-feira (6). A ex-ministra Maria do Rosário também teve seu nome ventilado, mas está focada em sua campanha para a prefeitura de Porto Alegre.

O desenrolar dessa escolha será decisivo para a continuidade das políticas de direitos humanos no país e para a representação da comunidade negra no governo Lula.

Candidatos brancos recebem 70% da verba pública eleitoral, aponta pesquisa

0
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A pesquisa ‘As chances de ser eleito: branquitude e representação política‘, lançada nesta segunda-feira, 9, aponta que quem recebe maior financiamento tem mais chances de ser eleito no período analisado. No entanto, também destaca que candidatos brancos, independente do gênero, recebem 70% deste valor.

As informações foram levantadas pelo Observatório da Branquitude, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O boletim analisa raça/cor, gênero e financiamento para deputados federais eleitos nos anos de 2018 e 2022.

A pesquisa surge em um período alarmante da política nacional, em meio à aprovação em dois turnos no Senado Federal, da “PEC da Anistia”: uma Proposta de Emenda à Constituição, que perdoa partidos políticos que descumpriram decisões do TSE em favor da diversidade racial e de gênero nas eleições, como a proporcionalidade de distribuição do fundo eleitoral e do fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral gratuita para candidaturas negras e femininas. 

Para a coordenadora de pesquisa do Observatório da Branquitude, Carol Canegal, é extremamente importante que essas correlações sejam feitas para se poder enxergar com nitidez o cenário que está posto e que precisa ser questionado. “Nosso estudo analisa as correlações entre o financiamento público, a raça e o gênero nas duas últimas eleições para deputado federal, quando já estavam vigentes as normativas em prol da diversidade nos parlamentos, amplamente descumpridas. A PEC da Anistia terá impacto considerável sobre a realização de corridas eleitorais mais equitativas do ponto de vista racial, sobretudo. Com a anuência de praticamente todos os partidos políticos, as candidaturas negras serão as grandes prejudicadas”, afirma. 

Financiamento eleitoral e partidário no Brasil 

O financiamento público de candidaturas se dá no Brasil por meio de dois principais fundos: o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) e o Fundo Partidário (FP). Para incrementar a participação de candidaturas negras e femininas, passos importantes foram dados, tais como a Emenda Constitucional 111 de 2021, que estabelece a contagem dobrada de votos para candidaturas de negros e mulheres para fins de distribuição dos recursos; a Emenda Constitucional 117 de 2022, que fixa a reserva do mínimo de 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas e de parcela do Fundo Partidário para campanhas eleitorais de mulheres, na proporção do número de candidatadas de cada partido; e a decisão do TSE que determinou, a partir de 2022, a proporcionalidade da distribuição dos recursos e do tempo de propaganda eleitoral para candidatos negros de cada partido. 

Principais resultados 

O boletim As chances de ser eleito: branquitude e representação política indica que os esforços feitos para ampliar as oportunidades entre candidatos negros ainda são insuficientes. Isso ocorre mesmo diante do aumento de candidatos autodeclarados pretos e pardos em 2022, quando o número de candidatos declarados brancos diminuiu em relação a 2018. 

Crédito: Divulgação

A pesquisa revela que entre os partidos com maior representação negra estão o PCdoB e o PROS que, embora tenham a menor bancada na Câmara, apresentam mais da metade de deputados eleitos pretos e pardos, 66,67% e 66,67%, respectivamente. Todos os candidatos a deputado federal eleitos pelos partidos PSDB, PSC, Cidadania e Novo se declararam brancos. 

Já o PL e o PT, que performam atuações antagônicas e possuem maior representação na Câmara dos Deputados, se assemelham em um ponto: mais de 70% de seus candidatos eleitos são brancos. 

Crédito: Divulgação

Segundo a Imagem 01, que demonstra os resultados do modelo estatístico para a análise de chances de um deputado federal ser eleito, homens tinham 2,5 vezes mais chances de serem eleitos do que uma mulher em 2022 em comparação a 2018. A respeito do financiamento, o impacto da verba aumenta as chances em 6,6 vezes no mesmo período (2022) em relação aos que não têm acesso ao recurso, independente de gênero e raça.   

Ao correlacionar o quesito raça/cor dos eleitos e o financiamento público destinado em 2018 e 2022, nota-se um comportamento semelhante em ambos os pleitos: mais de 70% do financiamento dos candidatos eleitos se acumula entre os brancos. No gráfico 2, é possível visualizar a distribuição do financiamento que acumula a maior parcela da verba para candidatos brancos.

Gráfico 02 – Distribuição do financiamento (FEFC e FP) por raça/cor – % (2018 – 2022)

Crédito: Divulgação

Fonte: Elaborado pelo Observatório da Branquitude com dados do TSE (2024).

Sobre a distribuição dos recursos (Fundo Especial de Financiamento de Campanhas e Fundo Eleitoral), inserindo a variável gênero na análise, além de raça/cor, de um total de R$ 2.829.049.659 em números absolutos, os homens brancos foram os maiores beneficiados, acessando 44% do total

Crédito: Divulgação

Aqui, se observa que a verba destinada para os grupos subrrepresentados (homens e mulheres negras) é inferior ao percentual de candidatos: homens negros somam  30,20% do total e receberam 23,42% da verba, e entre as mulheres negras, esses números foram 18,08% e 14,34%.  O contrário acontece com os candidatos brancos – homens e mulheres — que acessaram um quantitativo maior de verba que o percentual de candidatos: os brancos eram 33,81% dos inscritos e receberam 44,05% dos fundos, e as brancas, 16,30% e 17,17%, na mesma ordem. 

Nayara Melo, pesquisadora do Observatório da Branquitude, aponta que essas disparidades são exemplos de manutenção das posições de poder com a branquitude: “Se observarmos o decorrer da história nas eleições no Brasil, vemos que há uma inclusão tardia de pessoas negras e de mulheres nos pleitos. Ao visualizar os resultados que temos para deputados federais, conseguimos ver essa discrepância entre um país de maioria populacional negra e uma Câmara branca. O descumprimento das medidas de incentivo para candidaturas negras e de mulheres sinaliza que ainda estamos mais próximos do passado de exclusão e distantes de uma câmara representativa e diversa.”, finaliza.  

Veja aqui o estudo completo!

Malia Ann, filha de Michelle e Barack Obama, recebe prêmio Young Spirit em festival de cinema americano

0

A cineasta Malia Ann, 26, fez uma rara aparição no tapete vermelho durante o 50º Festival Anual de Cinema Americano de Deauville, na França, onde foi homenageada com o prêmio Young Spirit. A filha mais velha do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e de Michelle Obama, recebeu o reconhecimento por seu curta-metragem de estreia na direção chamado ‘The Heart’.

Em sua fala durante o evento, Malia falou sobre o nervosismo com a ocasião. “Estou tão animada. Quer dizer, nunca fiz nada parecido com isso… então é claro que [estou] um pouco apavorada, mas principalmente animada”, disse ela em entrevista ao Paris Match.

O prêmio Young Spirit, criado especialmente para celebrar novas figuras do cinema, foi concedido a Malia por seu curta de 18 minutos, que explora temas como luto, solidão e arrependimento. A produção já havia sido exibida em janeiro no Festival de Cinema de Sundance, reforçando a jovem diretora como um nome promissor na indústria cinematográfica.

Para a ocasião, Malia optou por um conjunto Vivienne Westwood, destacando sua simplicidade em relação à moda, ao afirmar: “Não entendo muito de moda, mas estou feliz em usá-la.”

O festival de Deauville, que tradicionalmente celebra o cinema americano, destacou o trabalho de Malia como uma promessa do cinema do futuro.

Fenty Skin de Rihanna chega ao Brasil com portfólio de mais de 40 produtos

0
Foto: Reprodução

A Fenty Skin, linha de cuidados para a pele criada por Rihanna, finalmente desembarca no Brasil. A marca será lançada oficialmente no país no dia 17 de setembro, exclusivamente pelo aplicativo da Sephora, e a partir do dia 19 estará disponível no site e nas lojas da rede.

A coleção da Fenty Skin é composta por mais de 40 itens, incluindo limpadores faciais, hidratantes faciais, labiais e corporais, esfoliantes, tratamentos para acne e cremes com proteção solar, com preços variando entre R$ 99 e R$ 329. A marca é elogiada por suas fórmulas livres de óleo, veganas e sem glúten, além de sua preocupação com a preservação dos recifes de coral e a utilização de embalagens ecologicamente conscientes, algumas das quais oferecem refis.

Rihanna revela que a criação da Fenty Skin foi inspirada por sua própria jornada pessoal. “Eu queria que a marca fosse acessível, fácil e que aliviasse a pressão de escolher uma rotina de cuidados. Então, criei uma linha para todos”, explica a artista. A experiência pessoal de Rihanna com produtos que descoloriram sua pele durante a adolescência influenciou diretamente o desenvolvimento dos produtos, que visam atender a todos os tipos de pele, incluindo a brasileira.

Entre os destaques, estão o Total Cleas’r, um limpador facial 2 em 1 que combina limpeza e esfoliação em um único passo, e que se destaca pela sua embalagem atraente e fragrância refrescante de ingredientes de Barbados. O Fenty Treat Hydrating + Strengthening Lip Oil é outro produto-chave, oferecendo hidratação intensiva com uma fórmula leve que inclui óleos de semente de cereja, abacate, jojoba e rosa mosqueta, e um aroma agradável de melão. O Hydra Vizor Mineral Broad Spectrum SPF 30 é um hidratante com proteção solar que promete reduzir a aparência dos poros e manchas, com uma fórmula enriquecida com melão Kalahari, baobá e ácido hialurônico, além de niacinamida para controlar a oleosidade.

Com o lema “uma boa maquiagem começa com uma pele bem cuidada”, a Fenty Skin promete se destacar no mercado brasileiro, trazendo inovação e acessibilidade para os cuidados com a pele.

Justiça de São Paulo confirma condenação de Gustavo Metropolo por racismo; Total de multas chega a R$ 120 mil

0
Foto: Reprodução

As Justiças criminal e cível de São Paulo confirmaram, de forma definitiva, a condenação de Gustavo Metropolo, ex-estudante da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pelo crime de racismo. O caso remonta a março de 2018, quando Metropolo, então aluno da FGV, chamou um colega negro de “escravo” em um grupo de WhatsApp. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de recurso da defesa, consolidando a condenação.

Metropolo enfrenta três condenações distintas: criminal, cível e administrativa. No âmbito criminal, a pena estabelecida foi de dois anos de reclusão e dez dias-multa, com a possibilidade de substituição da prisão por prestação de serviço comunitário. A condenação cível e administrativa envolve uma indenização total de R$ 120.977,34. Essa soma é composta por aproximadamente R$ 120 mil em indenização e sanções pecuniárias.

De acordo com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), que atuou na defesa processual da vítima, João Gilberto Lima, o condenado também terá que indenizar o estado. O processo administrativo, atualmente na Secretaria da Justiça e Cidadania do governo estadual, ainda aguarda a análise de um recurso do acusado.

Daniel Bento Teixeira, advogado diretor-executivo do Ceert, ressaltou o caráter pedagógico das condenações, dada a natureza do crime cometido em um ambiente educacional. João Gilberto Lima, que hoje é assessor de informação em políticas públicas, falou sobre sua satisfação com o desfecho e destacou a importância da denúncia de casos de racismo.

“Meu objetivo foi mostrar a importância de se fazer denúncias e lutar por justiça. Acredito que esta condenação vai encorajar outras vítimas a se manifestarem contra o racismo”, declarou Lima. Ele também ressaltou a persistente descrença em relação à efetividade das punições para crimes de racismo no Brasil.

O caso teve início quando, em março de 2018, Metropolo compartilhou uma foto de João Gilberto em um grupo de WhatsApp com a frase: “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”. O episódio resultou na suspensão de Metropolo da FGV por três meses e no registro de um boletim de ocorrência por injúria racial.

Em uma postagem no Facebook da FGV, João Gilberto afirmou que a atitude de Metropolo foi “imoral e criminosa” e reforçou sua determinação de buscar justiça. “Não descansarei até que você seja expulso da faculdade. Pessoas como você não merecem um diploma da Fundação Getúlio Vargas”, afirmou Lima na época.

error: Content is protected !!