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Masculinidades Negras e Suicídio – Uma problemática que precisa ser aprofundada

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Foto: Freepik

⚠ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio e discriminação.

Texto: Luciano Ramos

O mês de setembro promove uma importante campanha sobre prevenção ao suicídio, chamada de “Setembro amarelo. Essa campanha, busca evidenciar as situações de suicídio no Brasil, mas também pensar no cuidado da saúde mental, de forma ampliada. Vale salientar que as situações promotoras de estresse tóxico incentivam muito para as doenças e transtornos mentais que, em algumas situações ocasionam o suicídio. 

E o que as masculinidades negras têm a ver com isso?  

Primeiramente, vamos começar esse diálogo abordando as masculinidades, de forma geral. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2010 e 2019 apresenta a taxa de morte por suicídio entre homens foi de 10,7 por 100 mil, enquanto entre as mulheres foi de 2,9. Isso nos mostra que os homens se matam quase quatro vezes mais do que as mulheres. A ausência de autocuidado em saúde é uma realidade entre os homens no Brasil e no mundo: os homens morrem mais de doenças cardiovasculares, acidentes de trânsito, por armas de fogo entre outros índices relacionados a letalidade. Isso não diferencia ao falarmos sobre a morte autoprovocada.

As normas rígidas de gênero, conhecidas popularmente como “masculinidade tóxica”, criadas para o privilégio e a manutenção das masculinidades hegemônicas (leia-se homens brancos, heterossexuais, cisgêneros e de classe média) incentivam padrões de exercícios de masculinidade que empurram os homens para o “abismo social” do não cuidado. Vale dizer que ser reconhecido como homem na sociedade patriarcal é corresponder aos padrões do machismo, que tem como base a violência. Dessa forma, os homens negros, para serem reconhecidos como homens, socialmente, tentam reproduzir esses padrões rígidos machistas. Todavia, essa luta para o reconhecimento é inglória. Frantz Fanon já apontava para a desumanização social do homem negro no seu livro ‘Pele Negra, Máscaras Brancas (1957)‘. 

Segundo o Ministério da Saúde e a Universidade de Brasília (UnB), em pesquisa realizada em 2018, o risco de suicídio entre jovens negros do sexo masculino de 10 a 29 anos é 45% maior do que entre jovens brancos na mesma faixa etária. Isso nos mostra que homens negros jovens morrem, por suicídio em larga escala no Brasil. Neste texto não vamos falar sobre o assassinato dos homens negros. Como sabemos, há uma necropolítica em curso. Noutro texto podemos falar sobre.

Voltando a falar sobre o suicídio, o racismo, atrelado às normas rígidas de gênero, é uma junção letal para os homens negros. O estresse a que homens negros são submetidos constantemente, unido a ausência de autocuidado, em muitas situações, promovidas pelo estado, levam esse homem ao extremo ato do suicídio. Se esse homem negro não é visto como um ser humano, naturaliza-se o não cuidado a ele desde a infância. “Homens não acessam os serviços de saúde mental”, mas aos homens negros, não é exagero dizer que este tipo de serviço é negado. O estresse tóxico (termo utilizado no primeiro parágrafo desse texto) promovido pelo racismo retira a capacidade de movimento desse indivíduo em todas as esferas de sua vida, até retirar a própria vida. 

Fortalecer as identidades dos homens negros, em todas os ciclos de vida, reconectando-os as suas ancestralidades e promover processos metodológicos de consciência racial e de gênero são elementos importantes e primeiros passos para um “reolhar” dos homens negros para si. A doutora em antropologia e professora pela Universidade Nacional Colômbia, Mara Viveros Vigoya nos acentua a necessidade de interseccionalizarmos o debate sobre as masculinidades olhando para as raças, territórios, orientações sexuais, gênero e outros elementos que constroem esse indivíduo.

Por exemplo, quando se relata que homens negros são mortos e se suicidam mais, é preciso olhar para dentro das masculinidades negras e pensar que homens são esses: os homens negros gays e trans estão mais vulneráveis às violências de gênero e homofobia; já os homens negros periféricos e favelizados à necropolítica; e todos os homens negros têm seus corpos atravessados pela violência do racismo, que a todo momento os mata. Isso causa no homem negro, como aponta a Oficial de Primeira Infância do UNICEF Maira Souza, uma “atitude de prontidão constante”, elevando o nível de estresse a que esse indivíduo está submetido. 

Quando o Brasil pensa a campanha do Setembro Amarelo, é necessário interseccionalizar esse debate, pensando na população que mais morre. Não pode pensar nesse indivíduo universalizando-o, mas precisa olhar para a sua concretude. Essa concretude tem raça, gênero, território e classe social. E com esse olhar é que as políticas públicas precisam ser configuradas. 

Luciano Ramos, Especialista em Masculinidades e Paternidades Negras e Diretor executivo do Instituto Mapear

A pedido da equipe de Will Smith, Chef Carmem Virgínia prepara Jantar dos Orixás para o astro

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Fotos: Roberto Viana

Will Smith provou o sabor dos Orixás! Na última terça-feira, 17, a chef Carmem Virgínia, proprietária do restaurante Altar Cozinha Ancestral, localizado na zona oeste de São Paulo, preparou um jantar especial para o astro Will Smith, uma das atrações do Rock in Rio. A princípio, seria servido o menu seria tradicional, mas a equipe do artista surpreendeu ao pedir o icônico “Jantar dos Orixás”.

Um destaque, a caipirinha de umbu cajá, típica do Nordeste, conquistou o ator: “Ele amou a caipirinha de umbu cajá, que só tem no Nordeste”, revelou a chef. Para abrir os caminhos do menu temático, a chef serviu pastel de festa com pimenta. Também foram oferecidos como pratos principais o arroz caldoso de personagens do mar, nomeado de Oxum e Iemanjá, além de feijão verde, bacon linguiça, carne seca, farofa, vinagrete de quiabo e pirão de leite, que ganhou o nome de Xangô. Antes, o convidado ilustre também provou receitas tradicionais servidas como entrada, entre elas: caldinho de feijoada com torresmo, tradicional de Ogum, Acarajé, vatapá, camarão seco e vinagrete, em homenagem à Iansã, e ensopadinho de sururu com farofa de milho, de Logun.

O tradicional bolo de rolo, em homenagem aos Ibejis compôs as sobremesas servidas pelo jantar, que também referenciou Oxalá ao servir cocada mole acompanhada de bolinhos de tapioca e coco, chuvinha de açúcar e canela, lambuzado no doce de leite.

O jantar, um dos mais representativos do restaurante de Carmen Virgínia, celebra a cultura dos orixás, divindades das religiões de matriz africana, e é composto por ingredientes simbólicos que homenageiam Iemanjá, Xangô e Oxum. Além de proporcionar uma experiência única ao misturar história, religiosidade e sabor em uma verdadeira conexão com as tradições ancestrais, que foram apreciadas pelo rapper e ator norte-americano.

Organizado pelo vice-presidente artístico do Rock in Rio, José Ricardo, o jantar também contou com a presença de personalidades negras brasileiras, como as atrizes Juliana Alves, Cris Vianna, a cantora Iza, que também vai se apresentar no festival, além das jornalistas Maju Coutinho, Kenya Sadee e do rapper Xamã.

De volta à carreira musical, o rapper premiado se apresentará no Rock in Rio no dia 19 de setembro, no palco Sunset. O artista está aproveitando sua estadia no país desde que chegou, na tarde do último domingo, 15, para passear pelo Rio de Janeiro e conhecer a gastronomia brasileira.

Projota suspende shows após ser assaltado e feito refém em sua residência

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Foto: Reprodução/Instagram

O rapper Projota foi vítima de um assalto na madrugada da última terça-feira, 17, quando sua casa localizada na região metropolitana de São Paulo, foi invadida. O artista foi feito refém pelos criminosos, que chegaram à residência durante a noite.

Segundo informações do empresário do cantor, os assaltantes haviam monitorado Projota por meses antes de invadir a casa. No momento do crime, os filhos do artista, Marieva, de 4 anos, e Otto, de 1 ano e três meses, estavam presentes no local. “Tá tudo bem agora. Estavam monitorando ele há meses e entraram na casa de madrugada. Renderam ele, e as crianças estavam no quarto do lado. Roubaram celular, videogame, roupas e uns discos de ouro achando que era de verdade”, relatou o empresário.

A agência Faz Produções, responsável pela carreira de Projota, divulgou uma nota em suas redes sociais detalhando o ocorrido. “O artista Projota foi assaltado nessa madrugada, sua casa invadida e ele feito de refém. Seus filhos também estavam em casa”, informou a nota. A agência também comunicou que todos os shows programados para esta semana foram suspensos. “Avisamos aos amigos e contratantes que todos os compromissos dessa semana serão cancelados. Nesse momento, Projota está resolvendo todas as necessidades relacionadas ao caso e em breve irá se pronunciar sobre o ocorrido.”

De acordo com a assessoria do rapper, quatro homens participaram do assalto, já cientes de que a residência pertencia a Projota. Além dos itens de valor, como celulares avaliados em R$ 12 mil e roupas de grife, um disco de ouro também foi levado. Um carro do artista foi recuperado posteriormente.

Tamy Contro, ex-companheira de Projota, também se manifestou sobre o incidente. Ela está retornando de viagem para estar com os filhos. “O Tiago [Projota] está bem, na medida do possível, mas está resolvendo tudo que precisa e em breve vai falar com vocês. O trauma é grande, só quem já viveu algo parecido consegue ter uma noção do desespero dele e das nossas famílias. Peço desculpas a todos que não estou conseguindo responder, estou ansiosa para poder ter meus filhos no colo”, escreveu Contro.

IZA terá médico, ambulância e camarim especial em show no Rock in Rio antes da chegada de sua filha

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Foto: Reprodução/Instagram

Grávida de oito meses, a cantora IZA está prestes a realizar seu último show antes da chegada de sua primeira filha, Nala. A apresentação, marcada para o Rock in Rio no próximo dia 20, contará com uma estrutura especial para garantir o conforto e a segurança da artista, que vem adaptando suas performances à fase final da gestação.

Segundo a assessoria de imprensa da cantora, um camarim exclusivo foi montado para oferecer o máximo de conforto à artista. O espaço inclui uma poltrona ergonômica para que ela possa descansar entre as músicas, além da presença constante de um médico particular no backstage. Uma ambulância também estará disponível, pronta para atender qualquer eventualidade.

A performance, que integra o line-up de um dia totalmente feminino no festival, também foi cuidadosamente planejada para se ajustar às necessidades da gravidez. Em vez das coreografias dinâmicas que costumam marcar seus shows, IZA será acompanhada por uma big band de 24 músicos. O foco da apresentação estará em sua voz, que, segundo a cantora, ganhou uma nova profundidade devido às mudanças hormonais.

Em um vídeo publicado no Instagram na última terça-feira, IZA mostrou imagens dos bastidores, onde está fazendo os ensaios e falou sobre a experiência de fazer o show com as mudanças que aconteceram com seu corpo durante a gravidez: “Tô vivendo um momento muito especial da minha vida. Eu acho muito desafiador. Eu nunca respirei assim, nunca cantei assim, é muito diferente. A voz fica mais grave, as cordas ficam mais relaxadas por causa dos hormônios, da gravidez. Hormônios que relaxam todas as nossas articulações e tal, coisas que eu não fazia ideia, eu só fui fazer ideia depois que eu fiquei grávida, e ela tá empurrando todo o meu diafragma, mas ela tá alta aqui. Mas eu tô feliz de fazer uma coisa que tá me desafiando e eu acho que vai ser o show mais especial da minha vida”, afirmou.

IZA também deve usar o show para homenagear mulheres que foram importantes em sua trajetória pessoal e profissional. A temática do “feminino cósmico”, presente em seu último álbum, guiará a apresentação, que será marcada por uma forte celebração da força e resiliência feminina.

A cantora se despede temporariamente dos palcos com essa apresentação, antes de se dedicar à maternidade de Nala, filha da cantora com o jogador de futebol Yuri Lima. O público do Rock in Rio, ansioso para ver IZA pela última vez antes de sua pausa, pode esperar um show emocionante e repleto de simbolismo.

No mesmo dia, outras grandes artistas também sobem ao palco do festival. No Palco Mundo, Ivete Sangalo, Cyndi Lauper, Karol G e Katy Perry lideram a programação, enquanto no Palco Sunset, Gloria Gaynor, Tyla, Luedji Luna, Tássia Reis e Xênia França prometem entregar performances marcantes.

Djimon Hounsou fala sobre desvalorização em Hollywood e destaca sua dedicação com africanos da diáspora

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Foto: Yves Salmon/The Guardian

O beninense Djimon Hounsou, ator indicado ao Oscar pelo filme ‘Diamante de Sangue‘, é a nova capa digital da revista OkayAfrica. Em entrevista publicada nesta terça-feira, 17, o artista com mais de 30 anos de carreira revelou que decidiu não se concentrar no que Hollywood não lhe proporcionou, para colocar energia no que pode oferecer ao mundo. 

Com o dinheiro obtido com a carreira de ator, desde 2019, ele tem se dedicado à Fundação Djimon Hounsou, uma organização para combater a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e para ajudar os africanos na diáspora a se reconectarem com suas raízes ancestrais, culturais e espirituais. “O resultado do comércio transatlântico de escravos é uma perda de conhecimento […] Se não sabes de onde vens, não sabes onde estás”, disse.

Entre uma das ações da sua organização, a Fundação lançou o Africa Reconnect, uma série anual de eventos musicais e esportivos. A peça central é a Run Richmond, uma corrida/caminhada de 16,19 quilômetros, projetada para destacar locais históricos em Richmond, onde se acredita que o primeiro navio negreiro atracou em 1619. A edição deste ano será realizada em 21 de setembro, e nos próximos anos ocorrerá em Liverpool no Reino Unido e em Ouidah, no país natal de Hounsou.

O ator contou durante a entrevista que conseguiu atingir uma de suas primeiras ambições: retratar personagens de integridade em vez daqueles que perpetuam estereótipos, particularmente de africanos. “Às vezes ouço comentários de estúdios como, ‘Oh, Djimon Hounsou é nobre demais para interpretar esse papel’. É bom ouvir que os estúdios estão pensando isso”. No dia 14 de novembro, ele chega aos cinemas no elenco do longa ‘Gladiador 2’.

Embora ele tenha atuado em quase 60 filmes, incluindo uma série de títulos da Marvel e da DC, muitos fãs continuam questionando a falta de papéis protagonistas para Hounsou. Em 2023, o ator disse ao Guardian que se sentiu “enganado” por Hollywood e que não se sentia recompensado de forma justa por seu trabalho. “Não mudou muita coisa desde então, então ainda me sinto assim. Continuo com a mesma citação que eu disse”, disse nesta nova entrevista.

Hounsou sente que ainda falta algo na carreira, mas agradece as oportunidades que teve até o momento. “Consegui sustentar uma carreira, e acho que isso é algo a ser destacado e reconhecido”, disse.

“Eu apenas mantenho isso vago em termos do tratamento [in]justo da indústria porque, no final das contas, não posso culpar os estúdios. Os estúdios têm me apoiado bastante e me abraçado muito”, apontou. “Sinto um grande orgulho de ter vivido em três continentes diferentes e de ter sobrevivido na indústria cinematográfica. É como nadar em águas infestadas de tubarões — você pode conseguir, ou não”, afirmou.

Djimon foi indicado duas vezes como Melhor Ator Coadjuvante no Oscar por sua atuação em “Terra de Sonhos” (2004) e “Diamante de Sangue” (2007)

Marina Silva critica penas leves para crimes ambientais e alerta sobre impunidade

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Foto: Roque de Sá / Senado Federal

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, classificou como inadequadas as penas previstas nas leis brasileiras para crimes ambientais como o uso do fogo para causar incêndios criminosos.

“Porque a pena de dois a quatro anos de prisão é leve e quando a pena é leve, às vezes ela é transformada em algum tipo de pena alternativa e ainda há atitude de alguns juízes que relaxam completamente essa pena”, pontuou.

A declaração foi dada durante a participação no programa Bom Dia Ministra, do Canal Gov, nesta terça-feira (17), em Brasília. A ministra reforçou ainda que, neste momento, qualquer incêndio florestal se caracteriza como criminoso e representa ameaças ao meio ambiente, à saúde pública, ao patrimônio e à economia brasileira.

“Há uma proibição de uso do fogo em todo o território nacional, os últimos que fizeram o decreto de proibição do fogo foram os estados de Rondônia e Pará há mais ou menos uma semana e meia”, disse Marina.

Seca extrema

De acordo com a ministra, das 27 unidades da federação, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não enfrentam uma seca extrema nos dias atuais. “É como se tivéssemos uma situação de risco em todo o território nacional”, opinou.

Para a ministra, os criminosos se aproveitam da mudança climática, que tem causado altas temperaturas e eventos climáticos extremos, para atear fogo e causar a atual situação de incêndios no Brasil. “Há uma aliança criminosa entre ideologias políticas que querem negar a questão da mudança do clima”, observou.

Ela, a seguir, informou que o endurecimento da pena de atear fogo com intenção criminosa vem sendo tratada na sala de situação do governo. Além disso, a ministra informou que há projetos de lei tramitando no Congresso Nacional – como o do senador Fabiano Contarato (PT-ES) – que torna hediondo esse tipo de crime.

Investigação

Para a ministra, a apuração desse tipo de crime é bastante complexa pela rapidez de propagação do fogo neste cenário de seca, mas é necessário fazer um esforço para que os criminosos e os mandantes sejam punidos.

“O presidente [da República] Lula ligou para o presidente [do Supremo Tribunal Federal] ministro Barroso para que haja suporte legal para que essa investigação possa acontecer com mais velocidade e temos toda uma articulação que vem sendo feita pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski”, diz.

Para Marina Silva, o serviço de inteligência tem sido fundamental para solucionar crimes de fogo intencional em áreas florestais. A Polícia Federal instaurou 52 inquéritos que investigam os pontos de ignição do fogo em diferentes regiões do país.

“Está sendo feito o monitoramento das imagens de satélite, que podemos retroagir para saber onde começou a ignição e chegar ao criminoso de origem”, explica.

Enfrentamento

O governo federal tem reunido esforços para enfrentar os incêndios em todo o território nacional, inclusive além das áreas federais, diz Marina.

“A disposição do governo federal é de não ficar fazendo jogo de empurra. Nós queremos trabalhar em conjunto. Estamos trabalhando dentro das áreas estaduais, dentro das terras indígenas, dentro de propriedades privadas e em cooperação com o Corpo de Bombeiros”, salienta.

A ministra lembra ainda que, em julho, uma medida provisória modificou a legislação brasileira permitindo que o serviço de combate a incêndios seja realizado por aeronaves e tripulação de outras nacionalidades. Isso possibilita que outros países possam cooperar com o enfrentamento aos incêndios, conforme viabilidade técnica.

Recursos

De acordo a ministra, o governo federal vem trabalhando com um planejamento desde 2023 para enfrentar esse período de estiagem agravado pela mudança climática.

Foram disponibilizados recursos do Fundo Amazônia, totalizando mais de R$ 47 milhões para que os estados pudessem reforçar equipes do Corpo de Bombeiros. Além disso, o bioma  do Pantanal também obteve a liberação de R$ 175 milhões em crédito extraordinário para enfrentamento aos incêndios. “O governo trabalha na liberação de mais um crédito extraordinário para a Amazônia e em outras unidades da federação”, revelou Marina

Além dos recursos, a ministra informou, ainda, que o presidente Lula anunciou a edição de uma medida provisória para criar o Estatuto Jurídico das Emergências Climáticas, que, segundo a ministra, permitirá a antecipação da situação de emergência, que hoje só é reconhecida no ordenamento jurídico, após a ocorrência de uma catástrofe climática.

Texto: Fabíola Sinimbú/Agência Brasil

Will Smith agita restaurante antes de show no Rock in Rio e surpreende atendente: “Muito simpático”

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Foto: Reprodução/Instagram/@vitoria_nobre28

Will Smith ainda nem se apresentou no Rock in Rio, mas já está agitando o Rio de Janeiro! Recém chegado ao Brasil, o astro vai se apresentar no Palco Sunset no dia 19 de setembro e esteve no restaurante Baleia Rio’s, na noite desta segunda-feira, 16, onde ficou mais de quatro horas com sua equipe.

Smith foi super elogiado pelos funcionários e a atendente Vitória tem chamado a atenção na imprensa com os registros abraçada com ele, e relatou que foi o próprio artista que a chamou pelo nome para tirar foto com ela.

“Eu estava atendendo ele, eu e meus colegas de trabalho. Estava nervosa, mas mantive uma calma, uma postura que não era minha, que todo mundo sabe que eu sou escandalosa, sou eufórica (brinca). […] Teve uma hora que ele me chamou para tirar foto só que eu não escutei, eu estava do outro lado do salão. Os meninos falaram que ele estava me chamando para tirar foto. “Vitória”, falando meu nome. Não estava acreditando”, contou empolgada no story.

“Uma pessoa humilde, simpática, chegou no restaurante falando com todo mundo, apertando a mão de todo mundo. Dá pra ver ali que é uma pessoa que acho que já foi pro pobretão, igual a gente, sabe? (brinca de novo). Muito farofeiro ele juntinho com a gente fazendo gritaria, muito bom, fiquei muito feliz”, completou.

Xande Pilares, IZA, Alcione e Jota.Pê estão entre os artistas negros brasileiros indicados ao Grammy Latino 2024

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Foto: Reprodução

A Academia Latina da Gravação iniciou nesta terça, 17, o anúncio dos indicados à 25ª edição do Grammy Latino, que inclui nomes de artistas negros que tiveram destaque na música brasileira. Xande Pilares, IZA, Alcione, Os Garotin e Jota.Pê estão entre os artistas nacionais que disputam o prestigiado prêmio. A cerimônia será realizada em 14 de novembro de 2024, em Miami, nos Estados Unidos.

Xande Pilares foi indicado ao prêmio de “Álbum do Ano” pelo projeto Xande Canta Caetano, em que interpreta sucessos de Caetano Veloso com um toque de samba. Já IZA concorre na categoria de “Melhor Álbum de Pop em Língua Portuguesa” com Afrodhit, um disco que mescla pop, soul e R&B, reforçando sua presença na cena musical.

Outro destaque brasileiro é Jota.Pê, que figura em três categorias: seu disco Se o Meu Peito Fosse o Mundo foi indicado a “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira” e “Melhor Álbum de Engenharia de Gravação”. Além disso, a canção Ouro Marrom, de sua autoria, disputa o prêmio de “Melhor Canção em Língua Portuguesa”. Melly, outro destaque, concorre na categoria “Melhor Álbum de Música Pop Contemporânea” com Amaríssima.

Os Garotin, grupo revelação da música nacional formado por Anchietx, Cupertino e Leo Guima, receberam múltiplas indicações: além de disputarem o título de “Melhor Novo Artista”, seu disco Os Garotin De São Gonçalo está na corrida pelo prêmio de “Melhor Álbum de Engenharia de Gravação”.

No samba e pagode, Alcione celebra seus 50 anos de carreira com a indicação de Alcione 50 Anos (Ao Vivo), enquanto Xande Pilares volta a figurar na premiação com Xande Canta Caetano, também na categoria de “Melhor Álbum de Samba/Pagode”. Thiaguinho, com Tardezinha Pela Vida Inteira (Ao Vivo), completa os indicados do segmento.

Na categoria “Melhor Música Urbana em Português”, destacam-se Fé nas Maluca, parceria entre MC Carol e IZA, Carta Aberta, de MC Cabelinho, e La Noche, de Yago Oproprio com participação de Patricio Sid.

Também concorrem na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira: Djavan, por “D Ao Vivo Maceió”, Jota.Pê com “Se o Meu Peito Fosse o Mundo”, Marisa Monte por “Portas (Ao Vivo)”, Milton Nascimento, Chitãozinho & Xororó
por “Outros Cantos” e Elza Soares com “No Tempo da Intolerância”.

A votação final para determinar os vencedores começa no próximo dia 27 de setembro, com os resultados sendo revelados durante a cerimônia ao vivo em novembro.

Confira a lista de indicados

Gravação do Ano
“Mil Veces” – Anitta
“Monaco” – Bad Bunny
“Una Vida Pasada” – Camilo & Carin Leon
“Catalina” – Cimafunk & Monsieur Periné
“Derrumbe” – Jorge Drexler
“Con Dinero y Sin Dinero” – Fonseca & Grupo Niche
“Mi Ex Tenía Razón” – Karol G
“Mambo 23” – Juan Luis Guerra 4.40
“Tenochtitlán” – Mon Laferte
“Igual Que Un Ángel” – Kali Uchis & Peso Pluma

Melhor Álbum do Ano
“Bolero” – Ángela Aguilar
“Cuatro Camilo” – Camilo
“Xande Canta Caetano” – Xande De Pilares
“Mañana Será Bonito (Bichota Season)” – Karol G
“García” – Kany García
“Radio Güira” – Juan Luis Guerra 4.40
“Autopoiética” – Mon Laferte
“Boca Chueca, Vol. 1” – Carin León
“Las Letras Ya No Importan” – Residente
“Las Mujeres Ya No Lloran” – Shakira

Artista Revelação
Agris
Kevin Aguilar
Darumas
Nicolle Horbath
Latin Mafia
Cacá Magalhães
Os Garotin
Iñigo Quintero
Sofi Saar
Ela Taubert

Melhor Música Eletrônica Latina
“La Ceniza” – Ale Acosta, Valeria Castro
“Drum Machine” – Alok
“Pedju Kunumigwe” – Alok, Guarani Nhandewa
“Bzrp Music Sessions, Vol. 53 (Tiësto Remix)” – Bizarrap, Shakira
“BAMBOLE – Vikina Featuring Deorro

Melhor Cantor e Compositor

“Antes Que O Mundo Acabe” – Tiago Iorc
“Derrumbe” – Jorge Drexler
“Entonces” – Rozalén
“García” – Kany García
“Luz De Cabeza” – El David Aguilar


Melhor Música Instrumental
“Impronta” – Omar Acosta
“Claude Bolling Goes Latin – Suite For Flute And Latin Music Ensemble” – Claude Bolling Goes Latin – Suite For Flute And Latin Music Ensemble
“Capriccio Latino” – Alexis Cárdenas
“Encontro Das Águas” – Yamandu Costa & Armandinho Macêdo
“Tembla” – Hamilton De Holanda & C4 Trío


Melhor Álbum de Jazz
“Collab” – Hamilton De Holanda & Gonzalo Rubalcaba
“Searching For A Memory (Busco Tu Recuerdo)” – Sammy Figueroa Featuring Gonzalo Rubalcaba & Aymée Nuviola
“My Heart Speaks” – Ivan Lins
“Pra Você, Ilza” – Hermeto Pascoal & Grupo
“El Arte Del Bolero, Vol. 2” – Miguel Zenón & Luis Perdomo


Melhor Álbum Cristão em Língua Portuguesa
“Ele É Jesus – Ao Vivo” – Bruna Karla
“Deixa Vir – Vol II (Ao Vivo)” – Thalles Roberto
“In Concert (Ao Vivo)” – Rosa de Saron
“ida (Ao Vivo)” – Eli Soares
“Temporal” – Vocal Livre


Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Português
“Afrodhit” – IZA
“Super” – Jão
“Amaríssima” – Melly
“Os Garotin De São Gonçalo” – Os Garotin
“Escândalo Íntimo” – Luísa Sonza

Melhor Álbum de Rock ou Alternativo em Português
“Erasmo Esteves” – Erasmo Carlos
“No Rastro de Catarina” – Cátia de França
“Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua” – Ana Frango Elétrico
“Ontem Eu Tinha Certeza (Hoje Eu Tenho Mais)” – Jovem Dionisio
“Lagum Ao Vivo” – Lagum


Melhor Música Urbana em Português
“Joga Pra Lua” – Anitta Featuring Dennis & Pedro Sampaio
“Cachimbo da Paz 2” – Gabriel O Pensador, Lulu Santos, Xamã
“Da Braba” -Gloria Groove Featuring Ludmilla & Mc Gw
“Carta Aberta” – Mc Cabelinho
“Fé nas Maluca” – Mc Carol, Iza
“La Noche” – Yago Oproprio Featuring Patricio Sid


Melhor Álbum de Samba/Pagode
“Alcione 50 Anos (Ao Vivo)” – Alcione
“Xande Canta Caetano” – Xande De Pilares
“Iboru” – Marcelo D2
“Tardezinha Pela Vida Inteira (Ao Vivo)” – Thiaguinho
“Subúrbio (Ao Vivo)” – Tiee


Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira
“D Ao Vivo Maceió” – Djavan
“Se o Meu Peito Fosse o Mundo” – Jota.Pê
“Portas (Ao Vivo)” – Marisa Monte
“Outros Cantos” – Milton Nascimento, Chitãozinho & Xororó
“No Tempo da Intolerância” – Elza Soares


Melhor Álbum de Música Sertaneja
“Boiadeira Internacional (Ao Vivo)” – Ana Castela
“Paraíso Particular (Ao Vivo)” – Gusttavo Lima
“Cintilante (Ao Vivo)” – Simone Mendes
“Raiz Goiânia (Ao Vivo)” – Lauana Prado
“Luan City 2.0 (Ao Vivo)” – Luan Santana

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa
“Mariana e Mestrinho” – Mariana Aydar, Mestrinho
“Aguidavi do Jêje” – Aguidavi Do Jêje, Luizinho Do Jêje
“De Norte a Sul” – João Gomes
“Night Clube Forró Latino (Volume I)” – Marcelo Jeneci
“Faróis do Sertão” – Gabriel Sater


Melhor Canção em Língua Portuguesa
“Alinhamento Milenar” – Jão, Pedro Tófani & Zebu
“Ata-me” – Junio Barreto
“Chico” – Luísa Sonza
“Esperança” – Criolo
“Ouro Marrom” – Jota.Pê

Melhor Álbum de Engenharia de Gravação
“Analu” – Analu Sampaio
“Era Uma Vez” – Lobo Records
“Os Garotin De São Gonçalo” – Os Garotin
“Quem É Ela?” – No Santo Som
“Se o Meu Peito Fosse o Mundo” – Jota.Pê

Quase um terço das cidades da Grande São Paulo terá apenas candidatos brancos à prefeitura

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nas eleições de outubro, quase um terço das cidades da Grande São Paulo terá apenas candidatos brancos à prefeitura. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 13 dos 39 municípios da região metropolitana só terão candidatos que se autodeclaram brancos. Em 15 cidades, há apenas um candidato não branco registrado, e apenas seis cidades têm maioria de candidatos negros ou pardos.

A situação reflete a desigualdade na representatividade racial nas disputas majoritárias. Na Grande São Paulo, onde 45,4% da população se autodeclara preta ou parda, apenas 22,7% dos candidatos às prefeituras têm essa mesma autodeclaração. Em comparação, em todo o estado de São Paulo, apenas 15% das candidaturas são de pessoas negras, apesar de 40% da população se definir dessa forma.

Francisco Morato se destaca como um caso único na região, com três candidatos à prefeitura autodeclarados negros. A cidade, com 62% de população negra ou parda, é a única da Grande São Paulo com essa composição. Itapevi, por outro lado, apresenta um cenário de grande disparidade. Mesmo com 61% de sua população autodeclarada preta ou parda, todos os candidatos à prefeitura se declaram brancos. No entanto, a cidade tem uma Câmara Municipal composta por 73% de vereadores negros ou pardos, a maior proporção da região.

Desigualdade de gênero nas candidaturas

A presença de candidaturas femininas também é limitada na Grande São Paulo. Apenas cinco cidades têm mais de uma mulher candidata à prefeitura, e 13 municípios terão apenas homens na disputa. Entre os 17 prefeitos que concorrem à reeleição, apenas dois são mulheres.

Sean “Diddy” Combs é preso em Nova York após acusações de tráfico sexual

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Foto: Getty Images

ALERTA DE GATILHO 

O magnata da música Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, foi preso na noite de segunda-feira, 16, em Manhattan e deve comparecer a um juiz federal em Nova York nesta terça-feira, 17. A prisão ocorre no meio de uma investigação de tráfico sexual conduzida pelas autoridades federais, que invadiram suas residências em Los Angeles e Miami há cerca de seis meses. As acusações criminais contra o rapper ainda não foram elaboradas, mas devem ser reveladas nesta terça.

Combs, um dos nomes mais influentes do hip-hop, enfrenta desde o ano passado uma série de processos por abuso físico e sexual. Entre os casos que tiveram repercussão midiática ​​está o processo movido pela cantora Cassie, ex-namorada do rapper, que o acusou de agredi-la física e sexualmente repetidamente durante o relacionamento. Embora a ação tenha sido resolvida com um acordo entre as partes, novos episódios de violência vieram à tona com a divulgação de imagens de câmeras de segurança que mostravam Combs agredindo Cassie em um hotel.

Em maio, a CNN noticiou que investigadores federais estavam se preparando para apresentar o caso contra Sean “Diddy” Combs a um grande júri federal. Os investigadores notificaram possíveis testemunhas de que elas podem ser chamadas para depor perante o grande júri federal em Nova York. A convocação de indivíduos que entraram com ações civis contra Combs representaria uma escalada significativa na investigação federal em curso, que envolve o produtor e fundador da Bad Boy Records.

O advogado do empresário, Marc Agnifilo, criticou as novas acusações, exigindo o processo de “injusto” e defendendo seu cliente: “Ele é uma pessoa imperfeita, mas não é um criminoso”.

Combs já tratou de outras questões legais, como uma acusação de 2001 por envolvimento em um tiroteio em um barco em Nova York, da qual foi absolvido. Desta vez, no entanto, uma série de denúncias e a gravidade das acusações podem representar um novo e decisivo capítulo na vida pública do artista.

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