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Tendência Animal Print para pele negra

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 Por Marcela Lemos

Tendência que segue firme, forte e moderno em todas as estações. Moda que deu início com estampa de Onça e agora dividindo espaço com todos os bichos (Leopardo, Cobra, Zebra, Tigre e afins).




Uma estampa que remete poder, sensualidade, ousadia e muita personalidade, é mais usado por mulheres do estilo sexy que gostam de chamar atenção ou por mulheres do estilo moderno que adoram usar o que está na moda.
Se você curte esta tendência mas tem medo de usar a dica é comprar pequenos acessórios e usar com peças de roupas neutras.

Para a mulher negra a estampa tem mais destaque com o tom de pele fria (Jazz e Blue) e quente (Spike e Calipso). As de pele neutra (Nilo e Saara) o ideal é usar a estampa com peças de cores vibrantes para equilibrar o look.
Pode ser usado para qualquer estilo e qualquer idade.Vejam outros looks com a estampa Animal Print e inspirem-se na sua criação.
Visitem a página do facebook https://www.facebook.com/VestirComEstiloNegro e qulaquer dúvida entem em contato
Marcela Lemos
Personal Stylist
(11) 9 6245-8827

O sonho de King, 50 anos depois

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Dezenas de milhares de pessoas participaram das comemorações do 50ª aniversário da Marcha sobre Washington, em homenagem aos progressos na área de direitos civis desde que Martin Luther King Jr. fez seu famoso discurso iniciado com a frase “Eu tenho um sonho”. Aos mesmo tempo, os manifestantes lamentam o que chamam de novos ataques contra a igualdade racial e social.

Os organizadores da marcha deste sábado esperam que o aniversário sirva para inspirar novamente as pessoas a se educarem sobre questões que consideram importantes na luta moderna pelos direitos civis. A Marcha sobre Washington, realizada em 28 de agosto de 1963, atraiu 250 mil pessoas ao National Mall, em Washington, e despertou a ideia de enormes manifestações não violentas, além de ter colaborado para tornar realidade a Lei de Direitos Civis, de 1964.

O evento deste sábado aconteceu antes da data do aniversário da manifestação. No dia 28, Barack Obama, o primeiro presidente negro norte-americano, fará um discurso na escadaria do Memorial a Lincoln, o mesmo local onde Martin Luther King pronunciou seu histórico discurso. Neste sábado (24), Eric Holder, o primeiro promotor-geral negro dos Estados Unidos, agradeceu àqueles que marcharam meio século atrás e disse que ele não estaria no cargo, nem o presidente Obama, sem aquelas pessoas.

“Eles marcharam apesar das animosidades, da opressão e a brutalidade porque elas acreditavam na grandeza que esta nação poderia alcançar e estavam desanimados com promessas nunca cumpridas”, disse Holder. Ele afirmou que o mesmo espírito da marcha de 1963 agora exige igualdade para os gays, latinos, mulheres, deficientes e outros. (AE)

Adriana Lessa vive advogada de sucesso em seriado no GNT

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Adriana Lessa na pele da advogada Paula

Adriana Lessa vive advogada bem sucedida, Paula Varella, na nova temporada de Sessão de Terapia do canal GNT.  A segunda temporada da séria  estréia no dia 07/10. Veja o perfil da personagem, que é a paciente de quarta-feira, do Dr. Theo:

Advogada independente e bem sucedida, Paula que tem 41 anos, procura a terapia após descobrir que seus óvulos estão ficando velhos e que se quiser ter filhos tem que ser já. A contragosto do marido, que já tem filhos de outro casamento, Paula decide que precisa ser mãe. A mudança de acordo entre eles desestrutura a relação e mesmo após convencê-lo a ter um filho com ela, Paula não consegue engravidar. Durante a temporada vamos descobrir que Paula fez um aborto aos 18 anos com a ajuda do pai, que exerce um enorme domínio e manipulação sobre ela. Enquanto investiga seu passado e a relação com a mãe, Theo tenta ajudar Paula a desfazer o verdadeiro nó em sua vida.

 

Perfil da Personagem:

Adriana Lessa na pele da advogada Paula

Advogada independente e bem sucedida, Paula que tem 41 anos, procura a terapia após descobrir que seus óvulos estão ficando velhos e que se quiser ter filhos tem que ser já. A contragosto do marido, que já tem filhos de outro casamento, Paula decide que precisa ser mãe. A mudança de acordo entre eles desestrutura a relação e mesmo após convencê-lo a ter um filho com ela, Paula não consegue engravidar. Durante a temporada vamos descobrir que Paula fez um aborto aos 18 anos com a ajuda do pai, que exerce um enorme domínio e manipulação sobre ela. Enquanto investiga seu passado e a relação com a mãe, Theo tenta ajudar Paula a desfazer o verdadeiro nó em sua vida.

Washington vai reviver os 50 anos do “sonho” de Martin Luther King

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A capital dos Estados Unidos se prepara para comemorar nesta semana com uma nova marcha o 50º aniversário da histórica manifestação que em 1963 mobilizou 250 mil pessoas e, liderada por Martin Luther King, defendeu os direitos civis e o fim da discriminação racial.

Em 28 de agosto de 1963, o reverendo afro-americano Martin Luther King liderou a “Marcha por Trabalho e Liberdade”, que canalizou o mal-estar latente com as injustiças sociais, especialmente em relação aos negros, e contribuiu para mudar a dinâmica do país nos anos seguintes.

Neste evento ele proferiu um dos mais famosos discursos da história, leia abaixo:

httpv://www.youtube.com/watch?v=OztqOFFctsw

“Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com “fundos insuficientes”.

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre

. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, “Quando vocês estarão satisfeitos?”

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

“Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!”

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

“Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal.”

Com informações da agência EFF.

Kanye West mostra foto da filha pela primeira vez

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O pai babão Kanye West compartilhou uma foto de sua adorável filha de 2 meses de idade, North West durante um talk show na TV americana

 


“Para parar com todo o barulho, eu pensei que seria legal mostrar uma foto de North no último episódio do programa de sua avó”, disse Kanye, que afirmou ser o autor da imagem. O rapper também aproveitou para elogiar Kim, e dizer que torce para que a filha se pareça com ela quando crescer.

“Depois que perdi minha mãe, senti que podia colocar minha vida em risco”, disse ele à sogra. “Senti que às vezes não tinha algo por que viver. Agora eu tenho que viver por duas pessoas muito especiais, uma família, um mundo.” A mãe do rapper, Donda West, faleceu em 2007, vítima de complicações após passar por cirurgias plásticas.

Segurança pública e a naturalização da morte negra

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Por Douglas Belchior

Manifestações em 5 estados denunciam o genocídio da juventude negra – “Já denunciada nas artes, a ideia de que a ‘carne mais barata do mercado é a carne negra’ se reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o corpo negro.”

São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte e Recife. Neste dia 22 de Agosto, depois de muitos anos, o movimento negro foi para as ruas em Marcha Nacional para reivindicar o óbvio: o direito a vida!

Entre 2002 e 2010, dos 467,7 mil homicídios contabilizados, 65,8% foram de pessoas negras, (Mapa da Violência 2013). Enquanto o índice de brancos assassinados diminuiu 26,4%, o de negros aumentou 30,6%, passando de 26.952 para 34.983. Isso sem contar os números relativos aos cerca de 130 mil homicídios dos últimos 15 anos até então esquecidos, mas agora revelados pelo Ipea.

 

Faixa contra a repressão em protesto contra o genocídio negro

Em São Paulo, das escadarias do Teatro Municipal, palco do ressurgimento do Movimento Negro, em 1978, partimos em marcha até a Câmara Municipal, atualmente simbólica pela presença da “bancada da bala”  – Coronel Telhada, Coronel Camilo e Conte Lopes -, que tentaram na última semana aprovar uma homenagem à ROTA, famosa corporação policial de assassinos de pretos e pobres. Eles foram impedidos pela postura corajosa do vereador do Psol Toninho Vespolique, ao pedir votação nominal, melou o acordo entre petistas e tucanos, acordo esse que garantiria a “Salva de Prata” aos milicos.

A herança

A escravidão no Brasil – com certeza um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, ocupou ¾ de nossa história. Como herança nos resta não apenas as condições desiguais de desenvolvimento econômico e de condições básicas de vida dos negros, mas, sobretudo, cimentou na mentalidade do povo brasileiro a naturalização do sofrimento, da dor e da morte negra. Já denunciada nas artes, a ideia de que a “carne mais barata do mercado é a carne negra” se reafirma pela poesia da bala, que trocada ou perdida, sempre atinge seu alvo: o corpo negro.

Nesses anos todos, a exposição permanente do corpo de seres humanos negros presos, torturados, mutilados e de onde violentamente se arranca a vida, não foi suficiente para sensibilizar e mobilizar nem a sociedade civil e, menos ainda, os governos de quaisquer instâncias ou partidos.

A solidariedade e a comoção empregada aos jovens brancos em seus momentos de dor, seja em tragédias de boates ou em protestos de asfalto, contrastam com irrelevância do fankeiro assassinado em pleno palco ou da “chacina nossa de cada de cada dia“, na porta do bar ou na esquina de casa. A naturalização da violência contra negros é tanta que o desleixo – próprio daquele que mecaniza a ação, denuncia e formaliza a prática genocida, como no exemplo doepisódio de Campinas, a partir da ordem oficial da Segunda Companhia do Serviço Militar, para que jovens negros fossem indiscriminadamente abordados.

Em marcha

É por viver no limite da barbárie que os movimentos negros foram às ruas neste 22 de Agosto, na Marcha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra. Marchamos para denunciar os governos, todos eles, por reproduzirem uma política de segurança pública que elege o jovem negro, pobre e morador de periferias e favelas como principal alvo de sua repressão.

Exigimos a desmilitarização da polícia e da política; O fim da PM; O reconhecimento e combate às milícias e grupos de extermínio; Reivindicamos uma nova política de segurança pública para o Brasil, construída com participação popular e que considere como pressuposto de sua existência, investimentos em saúde, educação, moradia e trabalho.

Marchamos para exigir a aprovação do PL 4471, que prevê a investigação dos autos de resistência e outros procedimentos para o caso de mortes violentas envolvendo agentes do Estado. Exigimos o fim dos desaparecimentos de homens e mulheres pelas forças da repressão e a resposta imediata para as seguintes perguntas:

Cadê o Amarildo?

Quem matou Ricardo?

E uma última:

Quando Dilma tratará o tema do genocídio negro e da guerra civil em que estamos mergulhados com a devida seriedade e respeito e com a autoridade de Presidenta da República, exigirá ações dos Estados Federados e de seus governantes?

Entidades de estudantes e mulheres negras cobram retratação pública do grupo Pão de Açúcar

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Após a grande repercussão nacional sobre  estátua de um menino escravo, com grilões nos pés, na loja do Pão de Açúcar, em São Paulo, movimentos sociais que representam à comunidade negra finalmente resolveram se manifestar. Na tarde de quinta-feira  (22) a UNEAFRO (União dos Estudantes Afro-Brasileiros) disse que estuda com seu departamento jurídico, entrar com uma ação contra a rede supermercados por ação de “danos coletivos”.

A Articulação de Organizações de Mulheres Negras (AMNB), constituída por 28 instituições, que incluem entidades importantes como o Geledes, Irohin e Criola enviou, também ontem, carta ao presidente do grupo Pão de Açúcar, Enéas César Pestana Neto, exigindo uma retratação pública, mesmo após a remoção da peça, na loja da Vila Romana.

“A identidade de um povo é construída a partir de suas relações sociais. O estado brasileiro, escravista durante mais de trezentos anos, deixou marcas extremamente fortes nesta população, marcas estas que são reforçadas pela manutenção de atitudes como essa”, defende o documento.

Manifesto contra Pão de Açúcar via Mundo Negro vira matéria no jornal O Globo

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“Estátua de um manequim negro com os pés acorrentados, instalada na unidade do supermercado Pão de Açúcar, no bairro da Vila Romana, em São Paulo, está causando revolta nas redes sociais desde o dia 19 de agosto”.  Este é um trecho da matéria que saiu nesta quinta-feira no jornal O Globo. As manifestações contra a estátua da criança escrava que começou pelo Facebook, com uma foto divulgada por Samuca Vieira e ganhou voz por meio do perfil do site Mundo Negro,  teve até o momento (tarde de 5ª feira) mais de 3.700 compartilhamentos com um alcance viral de mais de 250 mil pessoas. O mérito dessa repercussão se deve aos leitores que usaram do seu lado “ativista” para manifestar a sua indignação ao que o jornal carioca define como “gafe” da rede de Supermercados.

Ontem, quarta-feira, a assessoria de imprensa respondeu ao e-mail enviado pelo Mundo Negro dizendo que lamenta o ocorrido e que todas as peças foram removidas:

“O Pão de Açúcar esclarece que a estátua em questão foi adquirida como parte de uma coleção de peças decorativas de loja, sem intenção ou apologia a qualquer tipo de discriminação.  A rede agradece os contatos recebidos dos clientes e lamenta o fato ocorrido, uma vez que pauta suas ações na ética, promoção e respeito à diversidade. Assim que tomou ciência do caso, o Pão de Açúcar providenciou a retirada da estátua das lojas e está revendo o processo de seleção de peças decorativas. A rede permanece à disposição de seus clientes pelo telefone 0800-7732-732.”

Apesar do pedido de desculpas também feito pela página do Pão de Açúcar no Facebook, há que defenda que a rede de supermercados deve um pedido oficial de desculpas à comunidade negra, muito maior que um post na rede social.

“ Acho resposta insuficiente. Acredito que devem, no mínimo, desculpas à comunidade negra e a todos que se sentiram agredidos”, defende Lina Ling uma das leitoras da página do Mundo Negro.

Confira as principais manifestações do perfil do site:

Tägä Marcos Patético foi ter posto uma estátua dessas em pleno séc XXI. Ela seria muito bem vinda no “Museu da vergonha de ser humano”

Gilberto Garcia:  Gente ignorante aqui comparando história com publicidade! O pão de açúcar não é museu de história. É um supermercado. essa é a diferença. É o fim da picada usar o sofrimento de um povo para vender! processo neles já!

Nilza Alves: Não podemos nos calar ante a situações preconceituosas, discriminatórias, precisamos abrir a boca sempre.

Flávio Conrado Jr: Um esteriótipo a menos em pleno século XXI.

Em entrevista ao site Mundo Negro, o militante da UNEAFRO Douglas Belchior Preto, disse que a entidade está estudando, através de seus advogados, a hipótese de denunciar o Pão de Açúcar por “Dano Moral Coletivo”.

Ainda sobre o pedido de desculpas do supermercado, vale ressaltar que há uma confusão com o termo discriminação e apologia à escravidão.  A imagem de um negro escravo tem o mesmo peso simbólico de uma criança judia em um campo de concentração, mas a falta de sensibilidade e conhecimentos históricos dos responsáveis pela seleção de artigos decorativos banalizaram uma imagem de alto teor ofensivo à comunidade negra. A imagem de uma criança escrava entre frios, carnes, como item de decoração em um supermercado de classe média em pleno século XXI, ressalta a necessidade de muitos profissionais de comunicação e publicidade retomarem seus estudos sobre história do Brasil. Há muito ainda a ser feito para exaltar o valor da contribuição negra para riqueza deste país, muito mais do que os programas de diversidade que o próprio Pão de Açúcar se orgulha em dizer que oferece.

Protesto contra o Genocídio Negro

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Quantos “Amarildos”  há no Brasil? Quantos negros morrem todos os dias pela mão da polícia sem virar manchete do jornal? O “genocídio negro”, institucionalizado pela truculenta polícia militar é uma realidade cruel para quem tem a pele escura no Brasil. É negro, jovem, voltou para casa? Considere-se um sobrevivente.

Segundo o Mapa da Violência, relatório feito pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e a Faculdade Latino-Americana de Ciências sociais a vitimização de jovens negros, que em 2002 era de 71,7%, no ano de 2010 pulou para 153,9%. Foram 160.00 mil jovens negros mortos um número assustadoramente maior aos 75 mil brancos que morreram no mesmo período.

Somado a isto ainda há dezenas de mortes diárias, decorrente de sistema nacional de saúde ineficiente, que prejudica em sua maioria a população negra.

Para protestar contra estes e outros fatores que direta ou indiretamente dizimam jovens e mulheres negras, a Marcha Nacional contra o Genocídio do Povo Negro foi convocada para esta quinta-feira (dia 22 de agosto) em pelo menos três grandes capitais brasileiras: Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. O principal objetivo é cobrar políticas públicas diante dos últimos dados sobre a violência contra a população negra, pobre e periférica brasileira. Em São Paulo, a marcha acontece às 18h em frente ao Teatro Municipal de São Paulo.

Mais informações: https://www.facebook.com/events/499547090114102/

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil É REAÇA!

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Por Fernando Sagatiba

Estava dando umas pinceladas nesse tal Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (ou algo assim) e percebi que ele deveria se chamar Guia Politicamente Reacionário, pois, ele tem um viés de contestador, uma aura transgressora e quebradora de velhos conceitos engessados, mas ele só vem confirmar preconceitos. Não é um livro de história “verdade doa a quem doer”, é só uma forma pseudo-jornalística de se incitar o leitor a manter seu pensamento (?!) do jeito que o sistema quer. Sistema? Que sistema? Esse que está aí e te faz enxergar a vida como normal, como se tudo que está do jeito que está tivesse nascido no universo assim, como se os fatos narrados nos livros fossem uma historinha do passado que não deixou lembrança nem herança. Sim, REACIONÁRIO, amigolhes, é um reaça de marca maior. É o Eike Batista dos reaças: É muito menos poderoso do que pensa, acha que domina o mundo, não é lá essas coisas, para uma mente que filtre o que lê com o raciocínio realmente contestador, além dos frutos que gera, que, na falta de um argumento de defesa plausível, protege e alega “é preconceito porque eu sou RICAAAA!”.

Quem aprendeu na escola tudo como a titia cocota ensinou, com aqueles clichês como ‘descobrimento’, ‘abolição’ ou ‘democracia’, realmente vai achar que esse livro mete o pé na porta, põe o pau a faca na mesa e diz a verdade que ninguém teve coragem de dizer. Mas, só ataca um lado e defende outro. Pensa bem, Zumbi ganhou escravos e uma ascendência tribal de um clã de saqueadores escravagistas afro-africanos (era um ninja silencioso, com certeza, não?); os índios é que acabaram com a Amazônia desmatando e vendendo tudo, o europeu/português foi o povo bem intencionado que tentou alertá-los quanto ao mal que estavam fazendo contra ao meio-ambiente (say: WTF?!) e por aí vai. Deu pra ver a inversão de valores? NÃO?! Vamos um pouco mais adiante, então: O que se passa por transgressor e acidamente sincero é, na verdade, um mantenedor de preconceitos que já vêm arrastados pela sociedade desde sempre. É tipo o papo imbecil que alega que não há porque lutar contra o racismo ou que cotas são preconceito invertido, como se o negro tivesse regalias e não um resgate histórico por ter saído das senzalas de mãos abanando enquanto o europeu veio e ganhou terras pra cultivar (fator básico pra você não conhecer muitos fazendeiros negros).

Aí, fica assim, quem já não achava que existia racismo no Brasil, agora, já pode começar a “defesa” de seu ponto de vista com ‘Ah, mas o negro é que tinha escravos, o negro é que é racista’. Estou falando sério, dê uma olhada no artigo sobre escravidão ou sobre Zumbi no Wikipédia, por exemplo, que serve de ponto de partida pra muitas pesquisas por aí. Vai estar lá falando majoritariamente que Zumbi foi um escravagista que se mantinha conivente com comunidades próximas a Palmares e subjugava sua própria raça. Percebem? Minando a simbologia de Zumbi para a luta negra contra o racismo, muitos racistas latentes e ignorantes de rebarba se sentem representados pra culpabilizar o negro pelo racismo e pela escravidão – desde Mamma África. O velho papo de que racismo existe, mas ninguém vê, porque o negro é paranóico, recalcado e preguiçoso, porque prefere roubar do que trabalhar. Além dos já citados índios matadores da natureza e até Jango, sim, João Goulart, em quem muita gente levou fé na presidência da república foi acusado de não ser tão bonzinho assim como se diz nos livros. Engraçado é que o corsário Cabral (o Pedro, não o Sérgio) não chegou e iniciou toda a dominação, colonização, as agruras e desagruras a que a igreja católica infligiu aos nativos, verdadeiros donos dessa terra. Outros povos estiveram por aqui e não tentaram espremer as riquezas naturais do chão pra enriquecer a coroa (portuguesa, com certeza), fora a cisma com qualquer coisa que lembre comunismo.

Sim, comunismo parece ser o verdadeiro alvo desse jornalista Narloch. Não exatamente o negro, mas ele acusa Palmares de ser um modelo de comunidade marxista defendido pelos comunas ao longo dos tempos, então, parece ter se sentido na missão de “abrir os olhos” da nação quanto a esses facínoras comedores de criancinhas (pensei que seria a próxima ‘verdade’ a ser abordada, mas não veio… fiquei frustrado). Pensando bem, os índios também viviam em configurações parecidas, autônomos e cagando para o sistema europeu que se impunha pela força. Claro, a história mostra que nem todo índio lutou pelos seus, tribos se aliaram aos dominadores, assim como muito negro preferiu viver uma ilusão de regalias sob as botas de seus senhores do que refugiado no meio do mato, mas daí a inventar essas figuras de ‘bicho-papão’? Pera lá, é só ver quem está no comando do país até hoje e quem é escondido da mídia -apanhando e morrendo pelas ruas e favelas – como se fosse mesmo minoria e não mais de 50% da nação. E dizer que isso é resultado de um comportamento errado (chato, feio e bobo, ai, ai, ai) e criminoso? É como escrever revelando que não existe Papai Noel, ou que índios e negros não vão ganhar presentes, empregos ou casas porque fizeram bagunça e não obedeceram a mãe pátria durante o ano.

Enfim, isso parece uma grande piada à toa, pois, como os comediantes da ‘nova geração’ (que soltam pipa e jogam bola), se traveste de revolucionária, mas mantém o senso comum exatamente onde está, com toda mesquinharia e preconceitos. E, como os porta-vozes de uma nova geração sedenta por sinceridade (cof falta de criatividade e educação cof), a primeira defesa é “não pode me contestar, isso é censura”, como se ‘piada’ fosse a senha para “estou acima do bem e do mal”. Oras, se eu der uma porrada na cara de alguém, vou ser preso e responder por agressão, no mínimo vou pagar por isso e ficar proibido de chegar perto de minha vítima, logo, se palavras também ofendem, como que um tipo desses não quer sanções disciplinares cabíveis? Os tempos mudaram e a noção de respeito só evolui. Não é transgressor defender preconceitos e posar de revolucionário. Ser politicamente incorreto é, na verdade, ser reacionário, é fazer pose de pobre orgulhoso que acha que tudo é assim mesmo e um dia vai melhorar. Ou pior, é algum abastado que quer fazer a cabeça de sua classe e o povão vai na onda. É um direitista, com certeza. Carochinha pra chamar atenção, mas nenhuma aplicabilidade social se você nasceu depois de 1945 e não tem Hitler num poster no quarto.

E, no próximo volume, já espero a verdade sobre os Smurfs. Sim, eles são comunistas também. Small Men Under the Red Father. Papai Smurf está de olho, hein, REAÇA!!

Texto publicado originalmente no blog: http://garciarama.blogspot.com.br/

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