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O Brasil e seu racismo cínico, afinal a gente sabe quem é preto, certo?

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Por Silvia Nascimento*

Como funciona nos EUA, todo mundo sabe. Tem uma gota de sangue africano, é negro. No Brasil, ser negro, é parecer negro.  Por mais que seu corpo seja composto por mais genes africanos do que europeus, e sua vó seja do tom da Jovelina Pérola Negra, a cor da sua pele é quem define a que “clube” você pertence ou que deseja pertencer.  A questão aqui não é de certo ou errado, é apenas a maneira que a questão “raça”, funciona no Brasil. Por conta disso, o  jogador de futebol Ronaldo, ao não se declarar negro, gera histeria na comunidade negra. E se definir como não-negro, não é apenas uma negação das suas reais origens. Ele provavelmente foi “lido” como branco ao longo de sua vida.  A atriz Débora Nascimento também espanta muita gente se afirmando negra.  Sua pele e olhos claros, dentro da cultura brasileira, lhe dão a permissão de ser o que ela quiser. Palmas para ela que decidiu ser coerente e atribuir aos seus ancestrais africanos vários traços da sua beleza.

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O burburinho do momento, novamente, é a questão das cotas, que voltou à tona depois da repercussão do caso do aluno Mathias de Souza Lima Abramovi, tido como branco, mas que se declara afrodescendente, portanto negro,  para ter vantagens no processo seletivo para o Instituto Rio Branco. Sabe a questão americana do sangue?  Esquece isso. Vamos transportar a “leitura de uma pessoa“ e definir a que grupo étnico ela pertence pelo ponto de vista brasileiro. Como? Vamos fazer um exercício juntos, respondendo as perguntas abaixo:

O candidato, que se autodeclarou como afrodescendente:

a)Está no perfil físico dos negros vítimas de homicídio?

b) Teria alguma dificuldade, num processo seletivo de uma empresa por conta da sua aparência?

c) Seria motivo de piadas racistas na escola?

d) Seria preterido pela família da namorada, se ela fosse branca?

e) O segurança do shopping o veria como suspeito?

f) A senhora racista seguraria sua bolsa caso o avistasse na rua?

Ele pode ter mais genes africanos do que o Lázaro Ramos, mas ele não se encaixa no grupo de pessoas que sofrem de racismo em nosso país, e não, não precisa de nenhum tipo de benefício para chegar onde quiser.  O próprio jornal O Globo o definiu como branco e este é provavelmente “o clube” a que ele pertença, mesmo que seus genes digam que não.  Programas de ações afirmativas serão eficientes  quando os envolvidos em sua implementação perceberem o óbvio: é a cor da pele que impede a ascensão do negro no Brasil. As dificuldades são proporcionais à quantidade de melanina. Chega de cinismo.

 

*Jornalista e Diretora de Conteúdo do Site Mundo Negro

Nos EUA há mais negros nas escolas do que brancos

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Uma recente revisão dos dados do Departamento do Censo americano indica que há uma maior percentagem de crianças em idade escolar afro-americanas na escola comparado aos estudantes brancos nas faixas etárias comparáveis. Os dados foram publicados pelo Journal of Blacks no Ensino Superior  e revela que havia cerca de 12 milhões de estudantes afro-americanos matriculados em todos os níveis de escolaridade. Isso representa 31,4 % da população negra nacional acima de três anos de idade. Isso se compara com um pouco menos de 23 % da população branca na mesma faixa etária.

Os números refletem dados obtidos pelo Censo Bureau (o equivalente ao IBGE nos EUA) em 2012. A mesma tendência se aplica ao ensino superior.  Eles indicam que 8% da população afro-americana  estava matriculada em faculdade ou pós-graduação. Entre os brancos a taxa é de 6,2% .

Na questão de gênero o censo aponta uma grande diferença.  Os números indicam que 1,8 milhões de mulheres negras estavam matriculadas na faculdade, em comparação com 1,1 milhões de homens negros. As mulheres negras representavam 62 %do número de estudantes afro-americanos matriculados no curso superior.

Fonte: http://www.jbhe.com

Fundação Palmares comemora 25 anos, com eventos por todo o Brasil

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Com muita arte, e exaltação da cultura negra, a Fundação Cultural Palmares  comemora 25 anos e corre o Brasil com vários eventos. A celebração que começou em agosto chega ao Rio e São Paulo em Setembro.  Porto Alegre, Alagoas e Vitória são outras cidades onde a instituição estará presente com debates e eventos culturais.

Confira a programação:

RIO DE JANEIRO

29 de agosto

14h às 18h – Abertura do Projeto “Memória e Identidade”

Tema: Jongo, caminhos de nossa ancestralidade

Local: Auditório Muniz Aragão Rua da Imprensa, 16 – Centro,

7º andar – Rio de Janeiro. Foto: ASCOM/FCP14 de setembro

10h às 17h – Encontro “Quilombo Brasil”

Tema: Comunidade Remanescente de Quilombo de Santana (Quatis) recebe os

jongueiros da Comunidade Remanescente de São José da Serra (Valença).

Local: Comunidade Remanescente de Quilombo de Santana (Quatis),

 

SÃO PAULO

12 de setembro

19h – Mesa Redonda: “O corpo negro na dança e nas artes plásticas”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP.

 

13 de setembro

19h – Mesa Redonda: “O corpo negro no teatro, na literatura e no fazer intelectual”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP. Foto: ASCOM/FCP

 

14 de setembro

09h às 20h – Atividade Especial: “Plantio das árvores sagradas”

Local: Solar das Andorinhas, R. Ivan de Abreu Azevedo,

333 Carlos Gomes – Campinas/SP.

 

26 de setembro

19h – Mesa Redonda: “O caminho editorial negro”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP.

 

03 de outubro

19h – Mesa Redonda: “Seminário Mídia e Relações raciais”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP.

 

04 de outubro

19h – Mesa Redonda: “Caminhos da nova mídia negra”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP.

 

26 de outubro

19h – Mesa Redonda: “Encontro de gerações entre escritoras negras”

Local: Auditório do MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos São Paulo/SP

 

PORTO ALEGRE

25 de setembro

14h – Ciclo de Palestras: “Manifestações afro-gaúchas e a dinamização das

culturas negras”

Local: FATO – Faculdades Monteiro Lobato, Rua dos Andradas, 1180, Centro, Porto

Alegre/RS

 

ALAGOAS

15 de outubro

14h – Mesa Redonda: “Gestão do Parque Memorial Quilombo dos Palmares

Local: Espaço Cultural Linda Mascarenhas, Avenida Fernandes Lima – Maceió/AL.

 

VITÓRIA

23 de outubro

14h – Ciclo de Palestras: “Jongos e Caxambus: interfaces entre religiosidade e

cultura afro-brasileira no Espírito Santo

Local: Auditório do Centro de Educação- IC- IV- Universidade Federal do Espírito

Santo- UFES, Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória/ES.

 

Te quero, mas não te assumo

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Por Silvia Nascimento*,

 

A classe C compõe 54% da população brasileira. Estima-se que nos últimos anos, mais de 23milhões de pessoas saíram da classe D e E para integrar grupo que se tornou condutor da locomotiva do crescimento do país. Números do instituto de pesquisa Data Popular apontam que a classe C movimenta R$ 1 trilhão por ano na economia nacional. Esse parcela é formada em sua maioria por negros, mulheres e jovens. “Colocar negros na comunicação tem a ver com um mercado de R$ 720 bilhões”, assegura o sócio-diretor do instituto Renato Meirelles.

Fazer ações de marketing que dê visibilidade a este nicho de mercado, não é uma questão de responsabilidade social, muito menos de reconhecimento da diversidade, ou altruísmo, trata-se de uma questão de sobrevivência. O mercado de cosmético demorou  mas despertou para atender este público que dá valor ao seu dinheiro e exige qualidade.  A partir deste panorama econômico vamos refletir: será que o investimento na fabricação de produtos para este público, também passa pelo esforço em retratar esses novos consumidores em suas campanhas publicitárias, sejam elas impressas, pela TV, pontos de venda ou Internet? Negativo.

Para O Boticário, ela é invisivel

O Boticário, empresa que completou 34 anos em 2013, com mais de 3 mil lojas espalhadas no Brasil e que reconhece a diversidade nos tons de pele da brasileira, por meio da generosa gama de cores da sua linha de maquiagem oferecida em suas lojas,  não transporta a mesma estratégia realista na escolha das modelos da sua nova campanha publicitária para a linha Make B Rio Sixties, inspirada na beleza do Rio nos anos 60.  “A beleza do Rio que encantou o mundo” é retratada pelo vídeo da campanha, de pouco mais de 30 segundos, por modelos de pele branca branca cantando a famosa marcha “Cidade Maravilhosa”.  O sol está lá, a praia aparece ao fundo, a “vibe” é tropical, mas as protagonistas do comercial não representam o biotipo das mulheres brasileiras. Há até uma estrangeira que canta com seu sotaque mas nenhuma negra, como aquelas que habitam nosso imaginário quando lembramos do carnaval. Para O Boticário, a mulher carioca que atrai os olhares do mundo é branca, de olhos claros, cabelos longos e loiros.

httpv://www.youtube.com/watch?v=6C_qf6jXfwY

Indignadas com a campanha, muitas internautas prontamente manifestaram seu repúdio ao vídeo. Uma delas, a blogueira Carolina Candido escreveu uma longa mensagem ao departamento de marketing retratando sua indignação.  “Como que num país com diversidade étnica tão grande quanto o Brasil, apenas uma etnia pode ser representada em uma propaganda, ainda mais se tratando de uma campanha que busca enaltecer as belezas da cidade do Rio de Janeiro? ”, protesta Carolina . A empresa se defende e diz que  a “campanha Make B. Rio Sixties foi criada com muito carinho, especialmente para todas as mulheres que adoram novidades de make up”.  Todas as mulheres?

“Só tem loiras no Brasil”, “No Brasil só tem brancos?”,  “O Rio é repleto de negros e caso O Boticário não saiba, o negro é lindo”, dos manifestos das consumidoras na página da marca no Youtube, onde a Central de Relacionamento ao consumidor pede desculpas e se compromete a encaminhar as mensagens à equipe de marketing.

Qual nome se dá a uma empresa que investe na sua linha de produção para um determinado público que ela não assume ter publicamente? Dizer que a empresa cria produtos, de forma especial, para mulheres que adoram novidades em make up, mas nas campanhas publicitárias ignora as negras, não é o mesmo que dizer que seus produtos são feitos apenas para brancas?

O velho ditado diz que só valorizamos o que perdemos. A mulher negra brasileira tem o perfil da consumidora em potencial. Hoje ela finalmente tem o poder econômico para escolher produtos que suas mães e avós nem sonhavam em ter. Na hora de compra,  ela deve optar por empresas que reconheçam sua beleza, não apenas  por estar de  olho na sua carteira, mas por  promover ações  publicitárias que deem visibilidade e enalteçam suas  características físicas  sim, mas também  seu hábitos culturais e comportamentais.  Para O Boticário na cidade cheia  de encantos mil, a negra é invisível.

* Silvia Nascimento é jornalista e Diretora de Conteúdo do site Mundo Negro

Assinam:

Preta e Gorda, Blogueiras NegrasMaxi Bolsa e Carolina Cândido

Com investimento inicial de 90 milhões, plano de combate a violência contra jovens negros começa no DF

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Durante o evento que sancionou o Estatuto Da Juventude, no início de agosto, a presidente Dilma Rouseeff afirmou que planos de ações de com combate à morte de jovens negros seriam prioridade e não demorou muito para que as primeiras ações começassem a ser efetivadas.  Lançado oficialmente nesta terça-feira (5/9) no Distrito Federal e Região Metropolitana, o Plano “Juventude Viva” disponibilizará R$ 90,3 milhões em recursos do governo federal para a capital do país e seis municípios vizinhos desenvolverem ações que reduzam os riscos sociais para jovens negros entre 15 e 29 anos.

A Secretaria-Geral, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial  (SEPPIR) são responsáveis pela coordenação do Plano, que conta com a parceria de onze Ministérios. Na cerimônia,  a ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, afirmou que,  “com esse plano estamos dizendo que a vida de uma pessoa negra, na contramão do racismo, vale tanto quanto a de qualquer outro ser humano.”

O plano “Juventude Viva” reúne ações de prevenção que visam a reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia, oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio. O projeto ainda oferecerá aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.

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Homem negro é o público alvo do plano

As políticas e programas do Plano são direcionados à juventude, com especial atenção aos jovens negros de 15 a 29 anos do sexo masculino, em sua maioria com baixa escolaridade, que vivem nas periferias dos centros urbanos. Independentemente da cor/raça, terão prioridade os jovens em situação de exposição à violência, como aqueles que se encontram ameaçados de morte, em situação de violência doméstica, em situação de rua, cumprindo medidas socioeducativas, egressos do sistema penitenciário e usuários de crack e outras drogas.

O plano prioriza 132 municípios brasileiros, distribuídos em 26 estados e no Distrito Federal, que em 2010 concentravam 70% dos homicídios contra jovens negros. A relação inclui as capitais de todos os estados brasileiros. Na primeira fase de implementação, as ações estão voltadas aos jovens de quatro municípios de Alagoas: Maceió, Arapiraca, União dos Palmares e Marechal Deodoro.  A lista de municípios que participarão do plano, está disponível no site: http://www.juventude.gov.br/juventudeviva/

Aprenda a fazer esse charmoso rabo de cavalo

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Por CWBraids*

 

 

Passo a Passo

1°  Separar uma mecha frontal, dar uma viradinha e deixar a ponta para trás, prendendo com um grampo.

2°Faça um rabo de cavalo de altura média com o resto do cabelo.

3° Puxe algumas mechas do rabo de cavalo e prenda com grampos aleatoriamente sobre a parte esticada entre o rabo e a franja.

4° Finalize com uma tiara, faixa ou lencinho por cima da sobra da franja.

 

*https://www.facebook.com/CwBraids

 

Record é condenada a pagar R$ 10 mil modelo negra que teve cabelos queimados

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Fumaças no cabelo: A cabeleireira culpou a modelo pelo acidente

A TV Record foi condenada pela 39ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 10 mil a uma modelo que teve seus cabelos queimados durante a exibição do programa Hoje em Dia. De acordo com o site Terra, a emissora paulistana ainda pode pedir recurso da sentença.

 

Fumaças no cabelo: A cabeleireira culpou a modelo pelo acidente
Fumaças no cabelo: A cabeleireira culpou a modelo pelo acidente

N.L.S.A. viu suas madeixas queimadas quando uma profissional as usava para mostrar como se fazer cachos nelas durante o programa matinal, exibido ao vivo. Após a fumaça que queimou os fios, a mulher que fazia o tratamento ainda culpou a garota, perguntando se ela tinha passado algo previamente. “Coloquei só um creme”, disse N.L.S.A. “Ah, então foi isso”, respondeu a cabeleireira, sem pedido de desculpas, enquanto segurava um cacho inteiro nas mãos, arrancado do couro cabeludo devido ao seu erro.

“É necessário que a autora, por trabalhar como modelo, tenha sua imagem preservada, sendo este um dos principais requisitos da sua profissão”, disse na sentença o juiz Gustavo Coube de Carvalho, afirmando que o incidente ocorreu pelo fato de o aparelho ter ficado ligado além do tempo necessário, levando partes do cabelo à queda – e não por um erro de N.L.S.A.

“O pedido de reparação por dano moral deve ser atendido e para tanto fixo o valor de R$ 10 mil, que reputo adequado às circunstâncias subjetivas e objetivas do caso, considerando, de um lado, a reprovabilidade da conduta da ré, e, de outro, as graves consequências do fato para a autora, que depende de sua imagem para trabalhar”, resumiu ele.

Filhos de Martin Luther King brigam por propriedade intelectual e acusam irmã de negligência

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Mau estado de alguns objetos seria responsabilidade da filha de King
Herdeiros de Martin Luther King brigam judicialmente pelo acervo do pai

No mesmo dia em que milhares de pessoas estavam reunidas na capital do país, para comemorar o 50º aniversário do discurso “Eu tenho um sonho…”, de Martin Luther King Jr., dois de seus filhos entraram com uma ação contra a filha, a respeito do uso da propriedade intelectual do icônico líder.

Martin Luther King III e Dexter King, que dirigem a propriedade de seu pai, disseram que Bernice, que é responsável o Martin Luther King Jr Center for Nonviolent Social Change (Centro pela Mudança Social Sem Violência, em tradução livre), tem sido negligente com o uso de “nome, imagem, voz gravada e memorábilia (objetos de pessoas ou eventos importantes)” de Dr. King”. Seus escritos, discursos, sermões, cartas, direitos autorais e marca registrada, e “os restos e o caixão contidos no jazigo de Dr. Martin Luther King Jr.” também foram mencionados como parte de sua propriedade intelectual.

De acordo com noticiário da corte americana, o Estado realizou uma auditoria em abril, que “revelou que a atual maneira de se cuidar e armazenar a propriedade física do requerido é inaceitável e que os itens estão suscetíveis a danos causados por fogo, água, mofo e bolor, assim como roubo”.

Filhos de King dizem que tentaram trabalhar com sua irmã para resolver os problemas, mas sua relação “se tornou tensa recentemente, resultando numa total quebra de comunicação e transparência”.

Como resultado, o Estado alega que foi forçado a rescindir o acordo mundial de isenção de uso de imagem, em 30 dias, através de correspondência enviada em 10 de agosto.

Com informações da revista Essence e colaboração de Fernando Sagatiba

Moda para homens negros: saia do convencional

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Por Marcela Lemos

Para ter estilo não precisa ter idade certa, mas sabemos que a personalidade, o estilo de vida e comportamento tem muita influência na sociedade em que vivemos.
Com o avanço tecnológico, a indústria da moda trouxe novos conceitos de roupas, calçados e tecidos, trazendo estilo e modelagem modernizado.
Alguns homens negros por falta de informação, tem medo de ousar no visual com cores, peças e tecidos usando somente o estilo básico ou o popular para não errar em seu look.
O homem negro e moderno é antenado, ousado e criativo, sai do estilo básico e popular e com um mix de estilo cria seu estilo próprio com peças que valoriza seu tipo de pele e seu tipo físico.
Conheça alguns dos estilos para criar sua produção
1. Estilo Simples ou Esportivo: é um estilo que está ligado a praticidade e conforto, fica bom para homens de todas as idades e estilo de vida, mas não para qualquer profissão, pois este estilo não impressiona. As peças usadas são: calça jeans, calça de tecido, camiseta em gola V ou U, tênis.
2. Estilo Casual: se veste num jeito simples mas se importa com a aparência. Pode ser usado para homens de todas as idades para passeios de fim de semana. As peças são: jeans descolado, camisetas, pólo, blazers, bonés e gorros, sapatênis.
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 Casual Corporativo: ideal para ambiente de trabalho informal ou “casual day” usado nas sextas-feiras para sair um pouco da rotina de terno e gravata, feito com a mistura de peças simples e social.
Pode usar jeans acompanhado de blazer, camisa e um sapato social / calça e camisa social sem gravata  /calça social e camisa pólo.
4. Modioso Casual: ideal para homens jovens entre 18 a 30 anos, profissional e estudante que gosta de mostrar as últimas tendências de moda e usa tudo que é de marca. É um homem que mostra confiança, inteligência e sociabilidade. As peças usadas são: jeans descoladas, rasgadas, polos, camisetas, camisas, malas de mensageiro, cachecóis, relógios, anéis de prata, etc.



5. Casual Elevado: para homens acima de 35 anos profissionais que impressionam com roupa formal. É um homem confiante e culto e mesmo em ocasiões de lazer raramente usa jeans. As peças são: pólos, calças de tecido, camisas, malha e blazers, cachecol, relógios de prata e de ouro, óculos de sol.
6. Estilo Clássico: este estilo independente da idade está ligado à valores tradicionais, personalidade e atividade de trabalho. Este homem quer ser reconhecido e fazer parte de um grupo seleto.
As elegantes peças de alfaiataria regem seu visual. Há quem misture essas peças criando uma nova forma de se vestir formando um clássico moderno.

7. Estilo Moderno: estilo para homens jovens e ousados que frequentam ambientes alternativos e não se prendem à paradigmas da moda, compõe seu visual com muita ousadia. As peças usadas são: jeans descolado, bermuda de tecido, camisa, pólo, blusa de malha, calçados como mocassins, dock side(variação de mocassim) e driver (tem solado em gomos).
 




Agora que você já conhece alguns estilos, que tal criar mais na sua produção?

Qualquer dúvida entrem em contato marcela@vestilonegro.com.br e visitem a página no facebook https://www.facebook.com/VestirComEstiloNegro

* Marcela Lemos
Consultora de Moda e Estilo
(11) 9 6245-8827

– See more at: https://mundonegro.inf.br/mundonegro/projeto-mn/2013/09/moda-masculina-saia-do-convencional/#sthash.Tzn8VSP4.dpuf

MEC investe em ações de combate ao racismo e valorização da cultura afro

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Edição: Silvia Nascimento

Valorização da cultura afro nas escolas e intercâmbio para negros e indígenas estão entre as ações anunciadas pelo Ministério da Educação na última semana para combater o racismo e aumentar a diversidade nos bancos acadêmicos.

O Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, de intercâmbio voltado para negros e indígenas, será desenvolvido em parceria com Universidades e Instituições Comunitárias de Ensino Superior Historicamente Negras nos Estados Unidos. Parte das bolsas de estudo será oferecida pelo Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e parte será destinada aos cursos de humanas.

As Universidades Historicamente Negras foram criadas na década de 60 com a missão de educar negros, sendo abertas, no entanto, a indivíduos de todas as etnias. Para aderir ao programa, as universidades devem ter comprovada excelência. São mais de 100 instituições com essas características nos Estados Unidos.

Segundo Mercadante, 18 reitores estão no Brasil para detalhar o programa Abdias Nascimento, cujo nome é uma homenagem ao político e ativista social brasileiro defensor da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil. Eles deverão definir quantas vagas serão ofertadas aos estudantes brasileiros negros e indígenas.

As bolsas ofertadas pelo CsF serão para as áreas prioritárias do programa, que são ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e ciências da saúde. Mercadante disse que serão oferecidas vagas também para a área de humanidades, para a formação de professores, “o que faz sentido, pela especificidade [do novo programa]”, explica.

O coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Paulino Cardoso, diz que o programa é uma ação muito importante para que os pesquisadores negros deem um salto na educação brasileira. “Hoje o Brasil, e principalmente aqueles que fazem parte de um grupo dirigente, dividem-se entre aqueles que têm e aqueles que não têm uma experiência internacional, sejam eles estudantes de graduação, sejam professores. O programa vai permitir a intensificação do intercâmbio entre esses estudantes e da língua inglesa no país”.

Cultura afro e combate ao racismo

Uma portaria criada na última sexta-feira, pelo MEC,  decidiu criar uma política de combate ao racismo e de valorização da cultura afro-brasileira na educação. De acordo com o documento os materiais didáticos e paradidáticos e os eixos fundamentais da educação deverão contemplar temas ligados a questões étnico-raciais, ensino de história e cultura africana e promoção da igualdade racial.

O quesito raça e cor também passará a ser incluído nos questionários do censo escolar aplicado pelo governo. As instituições federais vinculadas ao MEC e as secretarias terão prazo de 90 dias para propor medidas necessárias para incorporar os requisitos definidos na portaria.

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) coordenará a organização das propostas. Ainda de acordo com a portaria, poderão ser convidados para a formulação das propostas representantes de órgãos e entidades públicas e privadas, bem como especialistas sobre a temática étnico-racial.

 Com informações da Agência Brasil e Todos pela Educação

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