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Negritude: o que aprendi criando 3 crianças negras

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Por Silvia Nascimento – Diretora de Conteúdo do Site Mundo Negro

“Nossa mamãe, esse lugar é lindo, mas não tem negros”. Essa foi a sensível constatação da minha filha Carolina, na época com 6 anos , sobre a ausência de pessoas como ela em um Resort em Florianópolis no verão de 2014. Eu observei com atenção sua voz expressão facial enquanto ela expunha sua inquietação e uma felicidade cresceu dentro de mim ao notar que ela tinha sim a sensação de pertencimento , que não se sentia “fora da caixinha” por ser, junto com suas irmãs Maria Helena (10 anos) e Julia (5 anos), as únicas crianças negras de um hotel famoso e lotado em alta temporada. As minhas três meninas circulavam onde bem entendiam, de cabeça erguida e nem percebiam alguns olhares tortos, para o seus cabelos armados e tranças.

Maria Helena, a mais velha de 10 anos já me ensinou muito, até antes de nascer. Em lojas de decoração infantil, fica difícil de achar temas que se alinhem a ideia de um quarto de uma criança negra, em meio a tantas princesas de pele alva e anjos de cachos dourados. Mas o desafio vale a pena. E hoje, apesar de ela ter largado as bonecas, todas negras, até seus aplicativos no tablet e celular tem sempre uma personagem negra.

Estaria eu criando crianças racistas por só comprar bonecas e brinquedos estampados por crianças negras? Não até porque sabemos que racismo inverso não existe. O que acontece é que em gerações anteriores, como a minha e dos meus pais a indústria de brinquedos ignoraram de forma absoluta a existência de crianças não brancas. Até bonecas de cabelo escuro eram a minoria.

Gosto e preferências são fatores construídos socialmente e como mãe negra que crê que tão importante quando uma boa educação e plano de saúde é a o carinho e atenção que garantam que a criança se ame da maneira que ela é. Vejo que elas irão aumentar sua autoestima, assistindo aos desenhos com crianças negras, brincando com bonecas que se pareçam com elas, e claro, folheando livros com personagens negros.

A minha caçula, Julia, é como dizem por aí, do tipo que samba na cara da sociedade. Ela detesta cabelo preso e ama seu “black” bem armado e “fofinho”. Faixinhas no cabelo e até turbante ela gosta. É lindo também vê-la mostrando imagens de outras crianças negras na Internet ou TV e perguntando o que eu acho do cabelo ou das roupas delas.

Amar a si mesmas e respeitar as diferenças. E essa a lição que os adultos, familiares, professores, de todas as etnias devem ensinar as crianças. Gostar do que você é, não significa detestar o outro.  E esse é isso que as minhas pequenas têm me ensinado.

O que a gente curte em casa:

 

https://www.youtube.com/watch?v=Uike1D5-PGM&list=PL_wm1zRdKo2Vf4K3YDhIYKIqw91ShxWmq

 

 

 

 

Sugestão de presentes (afro) educativos para o dia da criança

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Por Marília Gonçalves 

Dia 12 de outubro, Dia das Crianças e de Nossa Senhora aparecida, padroeira do Brasil, mãe do menino Jesus, é uma data muito esperada pelos pequenos, que ficam ansiosos pelos presentes que ganharão.

Porém, em tempos de crise e, em uma época em que as crianças, até os mais pequeninos, brincam em celulares e computadores, pensar em presenteá-las com algo que não seja eletrônico, parece ser algo fora da realidade.

Por isso, este ano, o Site Mundo Negro trouxe para seus leitores dicas de presentes nada convencionais, pouco procurados para as crianças e super econômicos. Os Livros!

Selecionamos algumas obras que retratam, de forma lúdica, crianças negras como protagonistas de histórias que trazem muita informação e, ao mesmo tempo, divertimento para os pequenos.

Confira:

Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, conta a história de um coelho branquinho que queria ter uma filha pretinha porque adorava a cor da menina do laço de fita, mas ele não sabia como a menina tinha herdado aquela cor. Como ela também não sabia, procuravam explicações, até que eles descobriram que a cor era um fator genético e, que se ele queria ter um filhote pretinho, teria de se casar com uma coelha pretinha.


O Menino Nito
, livro de Sônia Rosa, fala sobre um menino que por tudo chorava. Seu pai, achando que ele já era crescido para tanto “chororô”, dispara o seguinte discurso já tão conhecido: “Você é um rapazinho, já está na hora de parar de chorar à toa. E tem mais: homem que é homem não chora.” O menino deixou de chorar e ficou doente. O médico resolveu o seu problema: o menino precisava chorar para não voltar a adoecer.

Chuva de Manga é do californiano James Rumford. O livro traz a realidade que é a seca no país africano Chade e as ideias e sonhos de uma criança que espera, ansiosamente, pela chuva que cai no início do ano e favorece o florecer das mangueiras, que ficarão carregadas de mangas maduras alguns meses depois.

O Cabelo de Lelê, de autoria de Valéria Belém, é todo poético. Desenvolvido para ajudar as meninas pretinhas  a descobrirem o quão belos são seus cabelos e sua descendência africana.

Luana – As Sementes de Zumbi, de Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino, traz um pouco da história dos quilombos e suas lutas. Luana é “transportada” para aquela época e tem a chance de vivenciar a rotina de seus antepassados e recebe de Zumbi sementes que devem ser cultivadas para que o sonho da liberdade nunca se perca.

Preços: de R$ 18,00 a R$ 26,00

Onde encontrar: www.saraiva.com.brwww.fnac.com e                       www.livrariacultura.com.br

 

Crianças negras dão show na Internet

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 Quem se esforça para compreender o sentido da vida, com certeza não menospreza o conhecimento vindo das crianças. Sim elas são ingênuas e inocentes, mas a pureza do olhar infantil é capaz de desconstruir com mais facilidade o que para os adultos parece não ter conserto. Quando falamos do denso assunto chamado racismo, enquanto criança não temos a noção de quão perverso ele é, pelo menos a princípio. É como diz Mandela , a gente não nasce odiando o outro.  

 

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Caroline Monteiro e Kauan Alvarenga (Fotos: Arquivo Pessoal)

Por Silvia Nascimento

Siga-nos no Instagram: @sitemundonegro

Carolina Monteiro e Kauan Alvarenga são crianças fortes e inteligentes que não se intimidaram quando seus cabelos crespíssimos foram alvo de piadas e comentários maldosos e eles usaram a Internet para colocar os racistas em seu devido lugar.

Duro é a ignorância

“Meu cabelo não é duro, duro é ter que escutar gente ignorante falando que o meu cabelo é duro”. Com essa frase lapidar dita em seu terceiro vídeo no Youtube, Carolina Monteiro, de Divinópolis, Minas Gerais, conquistou o país, não só pelo conteúdo  das suas postagens, mas principalmente pela postura segura e confiante de quem sempre amou ser negra.  Um exemplo para todas as idades.

Caroline e sua mãe-musa Patrícia dos Santos
Caroline e sua mãe-musa Patrícia dos Santos

 “Somos de uma família bastante consciente em relação à negritude, então desde sempre sabemos que somos negras e o que significa isso. Não só aceitamos como amamos a nossa cor. Carolina ama ser negra. Nunca quis ser branca, mesmo com todo racismo”, explica Patrícia Santos, mãe de Caroline que a cria (muito bem) sozinha.

A garota de 8 anos que ama seu cabelo “para cima e volumoso”, está na 3ª série e além de estudar teatro, pratica capoeira. O canal da Carolina do YouTube dá espaço para outras crianças falarem sobre seus cabelos e o que é ser negro para elas. Ela ainda dá dicas de penteados, brincadeiras e até dicas literárias.

Veja abaixo ela dando dicas de como as crianças devem responder quando amiguinhos dizem que seu cabelo é duro ou feio.

 

YouTube contra o bullying 

Reclamar na escola ou recorrer as autoridades não funcionou. Então Kauan Alveranga, modelo e ator de São Paulo, de 11 anos, usou Youtube para dar voz, a dor que sofreu ao ser vítima de racismo em sala de aula por conta do cabelo. Não era apenas uma pessoa, mas um grupo que o perseguia com xingamentos e até agressões físicas.  “Acontece todo dia e a professora não faz nada”, desabafou o ator mirim em seu vídeo na época. O caso aconteceu na escola João Vieira de Almeida,  na Vila Maria, em São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=P1cALMmGHTw

Dezenas mensagens de apoio e solidariedade vieram de todo o Brasil.  Ele saiu da escola e hoje, cursa a 6ª série, onde, de acordo com o próprio Kauan, é um lugar melhor e os meninos “não mexem tanto” com o seu cabelo.  Mas ele não deixou para traz o que aconteceu e tem um advogado tratando do caso na sua escola anterior.

Kauan "Seria legal ter meu próprio canal de vídeos"
Kauan: “Seria legal ter meu próprio canal de vídeos”

O apoio da família e a solidariedade nas redes sociais empoderaram Kauan que agora quer ter seu próprio canal de vídeos no Youtube. “Seria ‘dahora’ (sic) ter meus próprios vídeos porque adoro muito ser negro”, finaliza o ator mirim que adora andar de patins e escutar Nick Minaj.

Desenho com protagonistas negros estreia dia 12 na TV Brasil

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Os irmãos Guilhermina e Candelário são risonhos e muito imaginativos. Eles são negros e vivem às margens de uma praia na casa dos avós. Passam o dia brincando, fazendo descobertas e inventando coisas.

Em suas aventuras, estão sempre criando soluções criativas para os problemas que surgem, dando asas à ilimitada engenhosidade infantil. Vivem situações bem comuns à realidade cotidiana das crianças brasileiras.

E a partir do próximo dia 12, eles vão alegrar o público com a integração à programação da Hora da Criança, na TV Brasil. Em homenagem ao Dia das Crianças, serão exibidos quatro episódios em sequência, às 9h45 e às 13h.

A partir de terça-feira, dia 13, o desenho irá ao ar de segunda a sábado, na Hora da Criança.

A série, de 20 episódios com 12 minutos, é uma coprodução do Señal Colombia com a Fosfenos Media.

Valorização da cultura negra

Os irmãos Guilhermina e Candelário compõem uma família negra, muito parecida com milhões de famílias brasileiras, atualmente pouco representadas nos meios de comunicação. A série infantil tem a maioria dos seus personagens negros e surge para preencher essa lacuna e valorizar a história e a cultura negra. É um dos primeiros desenhos do gênero com protagonistas negros a ser exibido na TV aberta brasileira.

Hora da Criança

Guilhermina e Candelário entra no ar na faixa de programação chamada Hora da Criança, transmitida na TV Brasil de segunda a sexta em dois horários, das 8h15 às 12h e das 12h30 às 17h; e sábado das 8h15 às 12h. O desenho animado colombiano será exibido ao lado de programas infantis de qualidade, como Angelina Ballerina, O Show da Luna, Peixonauta, Dango Balango, Carrapatos e Catapultas, Igarapé Mágico, Historietas Assombradas, Pandorga, Detetives do Prédio Azul , entre outros.

A TV Brasil é a emissora pública nacional e é gerida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Além de exibir conteúdos educativos de qualidade, não veicula comerciais e pode ser assistida tanto na TV aberta quanto nas TVs pagas em todo o país. Veja como sintonizar aqui.

Mais informações: tvbrasil.ebc.com.br/guilherminaecandelario

Com informações da EBC.

Concurso Cultural busca melhor projeto para estátua de Zumbi em São Paulo

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Concurso Cultural dará R$ 20 mil ao melhor projeto para a criação da estátua de Zumbi dos Palmares em São Paulo

Novembro é o mês da Consciência Negra e a prefeitura de São Paulo está promovendo um concurso para selecionar e premiar a melhor proposta artística para confecção de um monumento em homenagem à Zumbi dos Palmares. A obra deve ser figurativa, em bronze com até 2 metros de altura sem pedestal  e o candidato deverá utilizar técnicas que apresentem resistência e durabilidade em relação aos desgastes do tempo.

O artista premiado receberá RS$ 20 mil reais e a obra terá o investimento de R$ 100 mil para a realização.

As inscrições vão até o próximo dia 15 de outubro e a obra vencedora será instalada nas proximidades da Praça Antônio Prado.

Mais detalhes e ficha de inscrição no Edital do concurso no site da prefeitura de São Paulo.

 

Exposição: "Espírito da África – Os Reis Africanos",

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Em cartaz no Museu Histórico Nacional até 01 de novembro, a exposição “Espírito da África – Os Reis Africanos”, numa promoção do Museu Afro Brasil.

Com a curadoria de Emanoel Araújo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, a exposição reúne 58 fotografias a cores e em p&B do austríaco Alfred Weidinger, que retratou de reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano, além de oito obras de arte africanas que dialogam com as próprias fotos.

Entre as obras de arte, destacam-se a máscara de ritual de Camarões, feita de miçangas e búzios; coroas de reis da Nigéria, bordadas em miçangas; a roupa do Rei Ooni de Ifé (1930-1955), bordada em veludo com o retrato do Rei; recades em madeira e bronze; um pequeno trono do povo Fon em bronze, madeira e couro e um aplique com bordados de diferentes reinos do Benim, entre 1620 e 1900.

4. Fon Ndofoa Zofoa III, Rei de Babungo, Babungo, Província Noroeste, Camarões, 2012

Segundo o curador, as fotos expostas têm um grande significado para a história e a memória ancestrais africana, uma vez em que os líderes tribais registrados pela câmera de Weidinger não tem mais poder político, sendo, no entanto, em sua essência, conselheiros de suas comunidades, lembrando a memória de uma África perversamente desfeita pelas novas divisões territoriais, que uniram diferentes etnias no período colonial.

“São muitos os reinos descobertos nesta expansão dos portugueses pelas ilhas atlânticas e Continente Africano. Com uma organização política, social e religiosa, esses soberanos negociaram e trocaram correspondências com os reis portugueses e até se batizaram para receber, não só a bênção cristã, mas a proteção de suas majestades”, conta o curador.

5. Bakary Yerima Bouba Alioum, Lamido de Maroua, Maroua, Camarões, 2012

 

O fotógrafo

Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África, com foco em pessoas. Em 2012 retratou os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza africana do século XXI, intitulado “Last Kings of Africa”, “Os Últimos Reis da África”.

A composição das fotos é inspirada nas fotografias dos Reis, Chefes e Anciões africanos tiradas entre o final do século XIX e o início do século XX. Aquelas fotografias ficaram famosas em todo o mundo através de cartões postais e marcavam a curiosidade sobre a África ao mesmo tempo em que evidenciavam o início do domínio colonial europeu naquele continente, carregando o peso da subjugação da África aos poderes estrangeiros.
Hoje, as fotos de Weidinger destes monarcas funcionam, sobretudo, como registro de um passado que sobrevive sem o poder político, mas com a força da tradição.

6. Fo Djmo Kamga de Bandjoun, Bandjoun, Província Oeste, Camarões, 2012.

 Serviço:
“Espírito da África – Os Reis Africanos”
Até 01 de novembro
Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/nº
Próximo à Praça XV
www.museuhistoriconacional.com.br
mhn.comunicacao@museus.gov.br
https://www.facebook.com/MuseuHistoricoNacionalRJ
https://instagram.com/museuhistoriconacional
Telefones: 21 – 3299-0324 (recepção)

 

Exposição: “Espírito da África – Os Reis Africanos”,

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Em cartaz no Museu Histórico Nacional até 01 de novembro, a exposição “Espírito da África – Os Reis Africanos”, numa promoção do Museu Afro Brasil.

Com a curadoria de Emanoel Araújo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, a exposição reúne 58 fotografias a cores e em p&B do austríaco Alfred Weidinger, que retratou de reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano, além de oito obras de arte africanas que dialogam com as próprias fotos.

Entre as obras de arte, destacam-se a máscara de ritual de Camarões, feita de miçangas e búzios; coroas de reis da Nigéria, bordadas em miçangas; a roupa do Rei Ooni de Ifé (1930-1955), bordada em veludo com o retrato do Rei; recades em madeira e bronze; um pequeno trono do povo Fon em bronze, madeira e couro e um aplique com bordados de diferentes reinos do Benim, entre 1620 e 1900.

4. Fon Ndofoa Zofoa III, Rei de Babungo, Babungo, Província Noroeste, Camarões, 2012

Segundo o curador, as fotos expostas têm um grande significado para a história e a memória ancestrais africana, uma vez em que os líderes tribais registrados pela câmera de Weidinger não tem mais poder político, sendo, no entanto, em sua essência, conselheiros de suas comunidades, lembrando a memória de uma África perversamente desfeita pelas novas divisões territoriais, que uniram diferentes etnias no período colonial.

“São muitos os reinos descobertos nesta expansão dos portugueses pelas ilhas atlânticas e Continente Africano. Com uma organização política, social e religiosa, esses soberanos negociaram e trocaram correspondências com os reis portugueses e até se batizaram para receber, não só a bênção cristã, mas a proteção de suas majestades”, conta o curador.

5. Bakary Yerima Bouba Alioum, Lamido de Maroua, Maroua, Camarões, 2012

 

O fotógrafo

Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África, com foco em pessoas. Em 2012 retratou os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza africana do século XXI, intitulado “Last Kings of Africa”, “Os Últimos Reis da África”.

A composição das fotos é inspirada nas fotografias dos Reis, Chefes e Anciões africanos tiradas entre o final do século XIX e o início do século XX. Aquelas fotografias ficaram famosas em todo o mundo através de cartões postais e marcavam a curiosidade sobre a África ao mesmo tempo em que evidenciavam o início do domínio colonial europeu naquele continente, carregando o peso da subjugação da África aos poderes estrangeiros.
Hoje, as fotos de Weidinger destes monarcas funcionam, sobretudo, como registro de um passado que sobrevive sem o poder político, mas com a força da tradição.

6. Fo Djmo Kamga de Bandjoun, Bandjoun, Província Oeste, Camarões, 2012.

 Serviço:
“Espírito da África – Os Reis Africanos”
Até 01 de novembro
Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/nº
Próximo à Praça XV
www.museuhistoriconacional.com.br
mhn.comunicacao@museus.gov.br
https://www.facebook.com/MuseuHistoricoNacionalRJ
https://instagram.com/museuhistoriconacional
Telefones: 21 – 3299-0324 (recepção)

 

Mulher negra em novo Ministério: Nilma Lino Gomes toma posse na terça-feira

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ministra
Nilma Lino Gomes comandará três secretarias

A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (02) a reforma ministerial. De acordo com a nova composição do governo, as Secretarias de Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos serão reunidas em um novo ministério, que passa a se chamar Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

 A ministra da SEPPIR, Nilma Lino Gomes, foi indicada para dirigir a nova estrutura, que contará com 3 secretarias nacionais: Secretaria Nacional de Política para Mulheres, comandada por Eleonora Menicucci; Secretaria Nacional de Igualdade Racial, por Ronaldo Barros; e Secretaria Nacional de Direitos Humanos, por Rogério Sottili.

Durante o anúncio, a presidenta afirmou que “a medida visa fortalecer e aprimorar as políticas de gênero, combate ao racismo e direitos humanos”. Ao todo, a reforma extinguiu 8 ministérios, 30 secretarias nacionais e 3 mil cargos comissionados.

Nilma toma posse na próxima, dia 6 de Outubro.

Biografia

Natural de Belo Horizonte (MG), Nilma Lino Gomes é a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR/PR.

Pedagoga, mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Nilma Lino é docente do quadro da UFMG e pesquisadora das áreas de Educação e Diversidade Étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro.

A titular da SEPPIR foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir o cargo de reitora pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), cargo que ocupou desde abril de 2013.

Além disso, Nilma Lino Gomes integra o corpo docente da pós-graduação em educação Conhecimento e Inclusão Social – FAE/UFMG e do Mestrado Interdisciplinar em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis (UNILAB). Foi Coordenadora Geral do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG (2002 a 2013). É membro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), da qual foi presidente entre os anos 2004 e 2006. A ministra da SEPPIR também integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (gestão 2010 – 2014), onde participou da comissão técnica nacional de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.

Fonte: SEPPIR

Crianças negras: cuidados com a pele e o cabelo

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A Dra. Katleen Conceição não é somente uma dermatologista negra, especializada em pele negra que tem como clientes as divas Taís Araújo, Valéria Valenssa e Preta Gil. A médica gaúcha usa as redes sociais para difundir conceitos sobre cuidado com a pele negra, mas também ganha admiradores por suas mensagens positivas sobre negritude.

Dra. Katleen e sua filha Maria Eduarda
Dra. Katleen e sua filha Maria Eduarda (Foto/Arquivo pessoal)

Por Silvia Nascimento
Fotos: Instagram

Em casa não poderia ser diferente, pela conta da médica do Instagram dá para ver que ela tem passado seus conhecimentos para sua filha Maria Eduarda, de 9 anos, que herdou o carisma da mamãe famosa e destila fofura em um vídeo onde ela aplica protetor solar sozinha com direito a massagem facial.

Como generosidade é uma das grandes características da Dra. Katleen, ela bateu um papo com a gente para falar sobre os cuidados com a pele e cabelo das crianças negras.

Por mais que o crespo natural tenha finalmente conquistado seu espaço, (sendo a opção mais saudável) muitas mães têm dificuldades em lidar com o volume e textura dos fios, que embaraçam mais e são mais ressecados e optam em fazer uma química no cabelo da criança. “O ideal é que a química seja feita a partir dos 7 anos, com a supervisão de um dermatologista”, explica a Dra. Katleen.

Dê preferência ao cabelo natural, mas se optar por química, espere até que a criança tenha 7 anos

 

Ainda sobre o cabelo, sabemos que infelizmente ainda há poucos produtos, como shampoos, condicionadores e cremes de pentear destinados ao cabelo crespo infantil e a dermatologista afirma que à princípio, qualquer produto pode ser usado, mas deve-se atentar a necessidade específica de cada cabelo, já que alguns são mais crespos, outros vão para o cacheado, além das diferenças de volume.

 Pele negra infantil

Mesmo com pele escura a criança deve usar protetor solar diariamente (Foto/Google Images)
Mesmo com pele escura a criança deve usar protetor solar diariamente (Foto/Google Images)

 

Quando falamos de crescimento infantil não podemos ignorar a importância da vitamina D, fundamental para o fortalecimento dos ossos. Pessoas de pele negra tem maior carência dessa vitamina o que requer uma atenção especial. E a Dra. explica. “A pele negra, por ter maior quantidade de melanina, faz com que aja menor absorção da vitamina D. O ideal é realizar exames periódicos e ter acompanhamento médico”.

A pele escura não nos blinda contra os males do sol, que vão desde o ressecamento, descamação até o câncer de pele. “Crianças negra tem que usar filtro solar com o FPS 30, no mínimo. De preferência em loção, resistente a água e suor. O uso deve ser diário e a replicação feita a cada três horas”, finaliza Dra. Katleen.

A Dra. Katleen mantém um blog muito atualizado e repleto de dicas para a pele negra do homem e da mulher. Clique aqui para conferir.

Empoderando crianças negras

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Nós do Mundo Negro acreditamos que o empoderar as crianças negras pode ser não somente positivo, como revolucionário. No mês de outubro faremos algumas ações para presenteá-las. E os trabalhos já começaram com a promoção Mundo Negro Criança.

Mundo Negro Criança

E funciona assim:
1) Curta nosso perfil no Instagram @sitemundonegro

2015-09-26 03.34.27

2) Marque no seu perfil, a foto de uma criança negra que você conhece (filho, amigo, primo etc.) com as hashtags ‪#‎mundonegrocriança‪#‎sitemundonegro

3) Ao final de cada semana do mês de Outubro estaremos compartilhando nossas fotos favoritas no Instagram e Facebook.

4) As fotos que tiverem mais curtidas ganharão uma caixa de Giz de Cera PintKor, da empresa Koralle em parceria com a UNIAFRO – que possui 12 cores de tom de pele negra – e o livro “Diário de Pilar na África”, um livro de aventura que ensina as crianças sobre a história , cultura,  geografia africana e até Orixás.

Curtam as fotos, deixem comentários positivos e divertidos para nossas crianças. Vamos fazer uma corrente do bem e ajuda-las a se amarem ainda mais.

O resultado saí no dia 30 de outubro.


 Os prêmios:


“Diário de Pilar na África”
Flávia Lins e Silva
Editora Zahar

Pilar, Breno e o gato Samba embarcam na rede mágica e vão parar na África, onde conhecem Fummi, uma princesa iorubá. Juntos, eles tentarão salvar sua família e seu povo, capturados por comerciantes de escravos.

Viajando da Nigéria a Angola, Pilar e seus amigos aprendem várias coisas sobre a história da África, seus animais, e sua cultura. Os quatro aventureiros contam com a ajuda de um elefante para atravessar florestas, enfrentam o mar bravio num pequeno veleiro, galopam na perigosa savana montados em uma zebra, descem o rio Congo ao lado da poderosa rainha Jinga e enfrentam os donos dos navios negreiros.

Giz de cera Pintkor 12 cores em tons de pele
Koralle
Fabricados com ceras de alta qualidade, atóxico, não mancha as mãos.
Foram produzidos especialmente em parceria com a UNIAFRO – Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola.


 

Regulamento

  • Essa promoção é uma parceria do site Mundo Negro, Editora Zahar e Koralle.
  • – Não serão aceitas fotos enviadas por e-mail e/ou inbox no Facebook.
  • – Será válido apenas uma foto por perfil
  • – Somente fãs do Mundo Negro no Instagram poderão concorrer
  • – Participando da promoção você automaticamente concorda com a publicação da foto da criança participante nas nossas redes sociais.
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