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Trainees Afrodescendentes

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Por Patrícia Santos de Jesus*

Pensar em processo seletivo para vaga de emprego representa tensão, nervosismo, ansiedade e surpresas para a maioria das pessoas, e pra quem quer concorrer a uma vaga como trainee então, este misto de sentimentos se multiplicam. Mas, acredito que o segredo é se preparar para este momento profissional que pode ser decisivo para um futuro de sucesso e principalmente, para sua carreira.

Imagine que, como afrodescendente, você já chama a atenção frente aos demais candidatos pela cor da pele (isso se você não for o único na seleção), portanto, use a exclusividade e o destaque a seu favor.

Veja algumas dicas que acredito que vão te ajudar a se destacar nesse desafio:

– Antes de ir à empresa, conheça muito bem o seu conteúdo: leia o site, informe-se sobre concorrentes, segmento de atuação e posicionamento no mercado;

– Muito cuidado com sua apresentação pessoal: combine roupas de acordo com a filosofia da empresa, a maioria é muito formal. Homens: terno e gravata, mulheres: terninho com calça. Essas opções contribuem para a escolha adequada da vestimenta. Outro cuidado imprescindível é com os cabelos, unhas e hálito! (No caso das mulheres, a maquiagem) todo esse conjunto tem que mostrar harmonia, sobriedade, cuidado e apreço! Ou seja, você tem que estar muito bem alinhado!

– Durante o processo: apresente-se de forma firme, objetiva e sucinta! Demonstre iniciativa, vontade, garra e determinação por meio de suas atitudes: seja o primeiro a ter iniciativa nas atividades propostas, a se colocar na dinâmica de grupo, o líder na execução do que for acordado em grupo e tenha um português impecável na redação escrita! Lembre-se, confiança em si mesmo é um grande diferencial!

– Esteja preparado para falar da sua vida pessoal, das suas escolhas em relação ao curso, faculdade, qualidades pessoais, características a melhorar e projetos de futuro. Procure alinhar seu discurso à cultura e objetivos da empresa a qual está se candidatando.

E tenha em mente que é possível sim, ser aprovado e fazer parte das estatísticas de sucesso no mercado de trabalho que nos discrimina, mas que nos inclui quando nossa competência e talento são aflorados por estarmos nos lugares certos com a motivação certa!

Boa sorte e sucesso!

 * Patrícia Santos de Jesus é profissional da área de Recursos Humanos desde 2000. Possui experiência em recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoas em consultorias especializadas e empresas de grande porte. É MBA em Administração, pós-graduada em Recursos Humanos pela USP e graduada em Pedagogia. É idealizadora do EmpregueAfro – Empregabilidade Para Afrodescendentes – www.empregueafro.com.br

Curso usa a temática negra para ensinar inglês

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O Ebony English é um curso de inglês muito diferente do que vemos no mercado. Como o próprio nome diz, as aulas são ministradas tendo como base a cultura negra universal.

Se você ficou interessado, eles darão uma aula gratuita no próximo sábado, dia 26,  em São Paulo das 10 as 13h, na Casa da Preta. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11-3715-0033 ou e-mail: atendimento@ebonyenglish.com.br.

Serviço:
Ebony English Open Class 
Sábado, 26 de Novembro de 2011

Hora: 10:00 até 13:00
Onde:Casa da Preta, Rua Inacio Pereira da Rocha,293, São Paulo, Brazil

Informações:
11-3715-0033
atendimento@ebonyenglish.com.br
www.ebonyenglish.com.br

Crianças negras ainda são preteridas por famílias candidatas à adoção

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Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho. A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família.

Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, diz que houve pouco avanço. “O que verificamos no dia a dia é que as família continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução.”

Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele.

“Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva”, defende Gomes. O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil “clássico” é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.

Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem 38 anos, cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um “detalhe”. Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas.

“Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus”, afirma a advogada.

Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da idéia de terem filhos biológicos. “É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz.”

Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. “O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes. No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania”, ressalta.

Cultura negra influencia cada vez mais jovens afrodescendentes

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A expressão “orgulho de ser negro” foi abolida do vocabulário de muitas pessoas por medo do preconceito. Com o passar do tempo, porém, o resgate cultural fez com que os negros assumissem a “negritude” na maneira de ser. Cada vez mais difundida entre os jovens brasileiros, a cultura afro está presente no visual, nas preferência musicais, nos estudos e na religião.

Por influência da mãe, o motoboy Calleb Augusto do Nascimento, de 22 anos, começou a se engajar no movimento negro há quatro anos. O conhecimento do mundo afro fez com que o rapaz mudasse seu estilo e assumisse suas preferências musicais, no caso, o reggae. “Fiz o rasta [penteado característico dos apreciadores do reggae] para me diferenciar, quis mostrar meu estilo black. Se você for ver, 80% dos homens negros têm cabelo rapado. Eu sou o único entre os meus amigos [que tem esse visual]”. Para ele, o negro está conseguindo conquistar o seu espaço, pois está mais “desinibido para isso”.

Cada vez mais, os jovens estão se identificando com a cultura negra. Prova disso são os dados do Censo 2010, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando que os jovens brasileiros entre 15 e 24 anos se declaram pretos e pardos mais do que os adultos. De 34 milhões de jovens nessa faixa de idade, 18,5 milhões se autodeclararam pretos e pardos. Dentre os adultos, 54 milhões dos 107 milhões dessa faixa etária (25 a 59 anos) se disseram pretos ou pardos.

De acordo com o sociólogo e professor do Decanato de Extensão Universitária da Universidade de Brasília (UnB) Ivair Augusto Alves dos Santos, o movimento de resgate cultural negro começou na década de 1950. “Em 1970, a mudança foi física, ou seja, na aparência, com o movimento Black Power. Na década de 2000, a mudança é política e envolve o debate de ações afirmativas.”

Santos atribui esse movimento impulsionado pela juventude às transformações tecnológicas, uma vez que os jovens negros de hoje têm mais possibilidades. “Se compararmos as possibilidades, vemos que são maiores. Você tem grupos de música que conseguem atingir grandes massas, tem mais informações também.”

A cabeleireira Rosemeire de Oliveira, de 32 anos, aponta uma mudança de mentalidade no país, lembrando que, antigamente, ninguém falava sobre “o que é ser negro”. Ela trabalha em um salão afro de Brasília há 12 anos. A maioria dos clientes, segundo ela, são os jovens. “Teve uma época que ser negro era moda. Agora, os negros realmente estão se assumindo e aprendendo a se gostar mais.”

A trança de raiz é o penteado mais popular no salão de Rosemeire. embora também haja procura por alisamento. “Tem gente que alisa o cabelo porque gosta, mas tem outras que o fazem porque o trabalho impõe ou para se sentirem mais iguais às outras pessoas. Essas ainda não se assumiram”, disse a cabeleireira.

Cliente de Rosemeire desde criança, a estudante Brenda Araújo Soares Alexandrino de Souza, de 14 anos,  usa tranças no cabelo desde os 3 anos. “Tinha cabelo volumoso e minha mãe fazia as tranças. Minhas amigas gostam, admiram e estão pensando em fazer.”

A adolescente, que faz aniversário hoje (20), Dia da Consciência Negra, acredita que as pessoas estão se identificando mais com a cultura. “Antigamente, não tinham coragem de se mostrar por causa do preconceito. Eu não tenho medo disso.”

O percussionista baiano Ubiratã Jesus do Nascimento, de 40 anos, conhecido como Biradjham, cresceu envolvido com a cultura negra. Há 25 anos trabalha com música e já tocou com bandas famosas da Bahia.

Adepto do candomblé, Biradjham diz que os negros têm mais liberdade atualmente. “O movimento está mais forte. A mudança cultural vem de muito tempo, mas hoje tem mais força”.
Fonte: AB

UNESCO disponibiliza Coleção História da África para download gratuito

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A Coleção História Geral da África  tem oito volumes e quase dez mil páginas. A obra foi elaborada ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, a maior parte deles de origem africana, e já havia sido editada em sua totalidade em inglês, francês e árabe.

De acordo com o Representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny, ao se disseminar no país o conhecimento sobre a África , é possível promover uma importante mudança das relações étnico-raciais. “Existe uma  preconcepção de que a história da África começa a partir da colonização e do tráfico negreiro. Mas as contribuições do continente para a humanidade são muito maiores e muito mais antigas do que o imaginado pelo senso comum. E isso precisa ser conhecido”, afirma.

O objetivo da tradução da obra é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira.

O conteúdo tem sido usado para construção de materiais pedagógicos para uso de professores e estudantes. A iniciativa é um importante passo dentro de uma política pública de valorização da diversidade e de implementação da lei que estabelece a Educação das Relações Étnico-Raciais e o  História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Salvador é agora a capital afrodescendente da Ibéro-América

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A Presidente Dilma Roussef, Chefes de Estados e autoridades de países da  América Latina, Caribe e África participaram na manhã deste sábado (19) no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico da capital baiana, do encerramento do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional do Ano dos Afrodescendentes (Afro XXI).

 No encontro foi assinado a Declaração de Salvador que é um documento com os compromissos firmados durante o Afro XXI.  . Dentre os destaques do texto estão a criação de um fundo internacional para ações de reparação aos afrodescendentes e combate ao racismo, além de instituir Salvador como a Capital Afrodescendente da Ibero-América.  A declaração também servirá como orientação da Organização das Nações Unidas para todos os países.

 

Confira a íntegra do documento:

 

 Os Chefes de Estado da República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República da Guiné, da República Oriental do Uruguai, o Vice-Presidente da República da Colômbia, a Ministra da Cultura de Angola, o Ministro da Cultura, da Alfabetização, do Artesanato e do Turismo da República do Benin, o Ministro da Cultura da República de Cuba e a Ministra da Cultura da República do Peru reuniram-se em Salvador, Bahia, Brasil, em 19 de novembro de 2011 para celebrar o Ano Internacional dos Afrodescendentes, declarado pela Assembléia Geral das Nações Unidas através da Resolução nº 64/169 de 18 de dezembro de 2009.

 

          Convocada pelo Governo da República Federativa do Brasil, Governo do Estado da Bahia e pela Secretaria Geral Iberoamericana, com o apoio da Organização das Nações Unidas, os objetivos centrais da Cúpula foram dar visibilidade às contribuições sociais, culturais, políticas e econômicas afrodescendentes para a América Latina e o Caribe para aumentar o conhecimento da situação vulnerável na qual a maioria desta população vive e recomendar estratégias nacionais, regionais e internacionais para promover a inclusão total dos afrodescendentes e superar o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata.

 

Os Chefes de Estado e Governo:

 

         Enfatizaram que a Cúpula assumiu relevância em particular, visto que a América Latina e o Caribe têm a maior população de afrodescendentes do mundo, estimada em 150 a 200 milhões de pessoas, e foi o destino primário da diáspora africana;

 

         Lembraram o décimo aniversário da Declaração e Programa de Ação da Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância correlata realizada em Durban, África do Sul, em 2001, que representa uma agenda antidiscriminação significativa em nome do desenvolvimento de estratégias nacionais e coordenaram as políticas internacionais e regionais para combater o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata em todo o mundo;

 

         Enfatizaram que a Declaração e Programa de Ação de Durban e a Declaração e Programa de Ação da Conferência Regional das Américas em Santiago, Chile, em dezembro de 2000, reconheceram expressamente o direito dos afrodescendentes à sua própria cultura e identidade, à participação igualitária na vida econômica e social, ao uso e conservação de recursos naturais em terras ancestralmente habitadas, à participação no desenvolvimento de sistemas e programas educativos e à livre prática de religiões africanas tradicionais;

 

         Baseados na Declaração e Programa de Ação de Durban e na Declaração e Programa de Ação da Conferência das Américas, comprometeram-se a implantar políticas públicas voltadas à promoção da não discriminação e da inclusão social, cultural, econômica e política dos afrodescendentes, inclusive por meio de medidas de ação afirmativa;

 

         Reconheceram que, apesar do progresso atingido em diversos países da América Latina e do Caribe para promover os direitos dos afrodescendentes, ainda há grandes desafios para assegurar a inclusão total desse segmento da população em condições igualitárias na vida social, cultural, econômica e política, considerando diferentes realidades nacionais;

 

         Inspirados pelos princípios da dignidade inerente à pessoa humana e da igualdade entre todas as pessoas consagrados nos instrumentos internacionais relacionados à promoção e proteção dos direitos humanos, comprometeram-se a combater a exclusão social e a marginalização dos afrodescendentes, identificadas como as causas básicas e fatores agravantes por trás da discriminação das quais elas são as vítimas primárias;

 

         Reafirmaram seu compromisso determinado com a eliminação completa e incondicional do racismo e de todas as formas de discriminação e intolerância;

 

         Enfatizaram que a magnitude das contribuições dos afrodescendentes para a formação social, cultural, religiosa, política e econômica dos países da região deve ser valorizada e reconhecida;

 

         Enfatizaram a necessidade de dar valor e reconhecer a contribuição social, cultural, religiosa, política e econômica dos afrodescendentes na criação dos Países da região e enfatizam que este processo de contribuição ainda está em andamento nos dias de hoje;

 

 

          Enfatizaram a importância de preservar e disseminar o rico legado da África e dos afrodescendentes para a construção e desenvolvimento dos países da América Latina e do Caribe. Enfatizaram que a construção da identidade nacional nos países da América Latina e do Caribe está intimamente vinculada em diversos graus ao conhecimento da história e culturas africanas;

 

         Enfatizaram o papel central da educação na prevenção do preconceito, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata. Para esta finalidade, expressaram seu apoio à introdução de programas em sistemas educativos para promover o desenvolvimento integral da personalidade humana, reforçar o respeito a todos os direitos humanos, valores democráticos e liberdades fundamentais, bem como aos antecedentes históricos, religiosos e necessidades culturais diversos e únicos de cada nação e fomentar o entendimento, tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais e religiosos;

 

         Enfatizaram a importância de garantir a todos os afrodescendentes os direitos fundamentais consagrados nos instrumentos internacionais para promoção e proteção de direitos humanos;

 

         Enfatizaram a importância de coletar dados estatísticos desagregados para a formulação e implantação de políticas públicas eficazes para aumentar as oportunidades iguais para os afrodescendentes em relação aos cidadãos da região como um todo e para superar sua invisibilidade sistemática em muitos países;

 

         Condenaram a violência e a intolerância contra comunidades religiosas africanas. Reconheceram que a coexistência pacífica entre religiões em sociedades multiculturais e multirraciais e países democráticos é fundada no respeito à igualdade e não discriminação entre as religiões e a separação entre as Leis do País e os preceitos religiosos;

 

         Comprometeram-se a confrontar os altos níveis de vitimização entre jovens, crianças e mulheres de afrodescendentes com base nas políticas de segurança baseadas nos direitos do cidadão e centralizada na proteção de pessoas através da adoção de medidas de prevenção à violência;

 

         Comprometeram-se a trabalhar juntos para combater a desigualdade, pobreza e exclusão social através da cooperação e troca de experiências. Para este fim, eles reafirmaram sua determinação de implantar uma agenda social rigorosa de acordo com os compromissos assumidos sob compromissos internacionais acordados, inclusive os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;

 

Reconheceram a necessidade de assegurar o progresso na integração da perspectiva de gênero nas medidas e programas adotados para enfrentar o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, visando combater o fenômeno de formas múltiplas ou agravadas de discriminação contra as mulheres;

 

         Reconheceram o papel fundamental da sociedade civil no combate ao racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, particularmente no auxílio aos governos no desenvolvimento de regulamentos e estratégias, na tomada de medidas e realização de ações contra estas formas de discriminação e através do acompanhamento da implantação;

 

         Enfatizaram a importância de combater a impunidade em manifestações e práticas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata em esportes, um fenômeno do qual os afrodescendentes frequentemente são vítimas;

 

         Deram as boas vindas à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e Jogos Olímpicos de Verão 2016 no Brasil e enfatizaram a importância de se esforçar para garantir que os dois eventos promovam o entendimento, tolerância e paz entre países, povos e nações e fortalecer os esforços para combater o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata;

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Chefes de Estado se reunirão com Dilma para aprovar a “Declaração Contra o Racismo”

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Três presidentes, um primeiro-ministro, um vice-presidente, três ministros da cultura e mais um chanceler serão recebidos pela presidente Dilma Rousseff no próximo sábado (19) na capital baiana para debater e aprovar a Declaração de Salvador. O documento sintetizará as diretrizes para o combate ao racismo e ações afirmativas de reparação para as populações afrodescendentes das nações envolvidas. Além disso, servirá como orientação da Organização das Nações Unidas para todos os países.

Os presidentes de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, do Uruguai, José Mojica, e da República da Guiné, Alpha Condé, os primeiros-ministros de São Vicente e Granadinas, Ralph Golsalves, e do Uruguai, Luis Almagro, o vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, já garantiram presença. Eles participam do encontro, às 10h de sábado (19) no Palácio Rio Branco. Ministros da Cultura de Cuba, Peru e Benin, e de Mins e Energia de Angola. Também estarão representantes de Honduras, Venezuela, Costa Rica, Nigéria, Barbados e República Dominicana.

A reunião terá início às 10h no Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, centro de Salvador. Os chefes de estado se encontrarão no Salão dos Espelhos e até o meio-dia devem encerrar o evento com a divulgação da Declaração de Salvador, documento contendo as diretrizes para a implantação de políticas públicas de combate ao racismo, às desigualdades raciais e de ações afirmativas de reparação aos afrodescendentes.

Depois do evento no Palácio Rio Branco, as autoridades seguem ao Hotel Convento do Carmo, no bairro de Santo Antônio, onde será servido um almoço. Em seguida, Gilberto Gil e a cantora e ministra da Cultura do Peru Susana Baca fazem uma apresentação musical para o grupo. Durante toda a tarde, a presidente Dilma Rousseff manterá encontros bilaterais com os chefes de Estado presentes ao encontro.

O Afro XXI é uma realização do governo brasileiro, através da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Governo do Estado da Bahia, através das secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), de Cultura (Secult), e das Relações Internacionais e da Agenda Bahia (Serinter), associados a Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib).

A parceria para a realização do Encontro inclui também a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), e a ONU, através de suas agências: Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP).

Margareth Menezes e Virgínia Rosa em Show da Consciência Negra em São Paulo

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Margareth Menezes, Virgínia Rosa, Leandro Lehart e Sandália de Prata estão entre as atrações do 5º Show da Consciência Negra,  promovido pelo Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo. O evento que acontece no dia 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi, na Praça da Luz (ao lado da Estação Luz) . Quem estiver por lá também poderá participar de oficinas e assistir as apresentações de capoeira.

Estão programadas ainda ações voltadas para o público infantil como pinturas de rosto, esculturas com bexiga, oficina de contação de histórias, apresentação de capoeira e maculelê.

Além da programação na Praça da Luz, o show estende-se até a Sala Olido (av. São João, 473, República), em uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. Lá acontecem apresentações de teatro infantil, com a peça “Pedro e o Lobo”; e dança, com o grupo Babalotim; e de música, com a cantora Rose Calixto em um tributo a Clara Nunes.

O evento irá homenagear os 8o anos de fundação da Frente Negra Brasileira, primeiro movimento político organizado voltado para as demandas da população negra brasileira. Um de seus integrantes, o escultor, ator, poeta e ativista social Abdias do Nascimento, que morreu neste ano, também será lembrado.

O Show da Consciência terá início às 9h, com a apresentação do grupo feminino de percussão Ilú Obá Demin e, dentre os destaques, estão os shows de Vanessa Jackson, às 10h45; Leandro Lehart, às 15h30; Sandália de Prata com participação de Rappin’ Hood, às 16h40; e Margareth Menezes, às 20h40. Confira abaixo, a programação completa.

Programação completa do Show da Consciência Negra – Parque da Juventude – 19/11:

14h – Quilombol de Luz – apresentação de dança afro

Programação completa do Show da Consciência Negra – Praça da Luz:

9h – Ilú Oba demin
9h35 – Grupo Cupuaçu
10h15 – Virada de Palco +MC + capoeira + maculele
10h45 – Vanessa Jackson
11h20 – Virada de palco + MC
11h40 – Filafro
12h20 – Partido Alto
13h – Virada de Palco + DJ Marajá
13h25 – Cultura Viva – Dança Afro
13h55 – virada de palco – MC + DJ Marajá
14h10 – Mano Osmir – rapper
14h35 – Filosofia do Reggae
15h15 – virada de palco – DJ Marajá
15h30 – Leandro Lehart
16h15 – Virada de palco – Teatro do Lixo
16h40 – Sandália de Prata com Partic. Rappin’Hood
18h – Virada de Palco- DJ – Marajá
18h30 – Banda Soul Connection
19h20 – Virada de Palco – DJ Marajá
19h40 – Virginia Rosa
20h40 – Margareth Menezes
22h – ENCERRAMENTO

Programação completa do Show da Consciência Negra – Galeria Olido:

14h30 – Teatro Infantil “Pedro e o Lobo”
16h30 – Babalotim
18h30 – Rose Calixto em Tributo à Clara Nunes

Show da Consciência Negra
Dia 20/11, das 9h às 22h.
Praça da Luz
Programação na Sala Olido
Dia 20, das 14h30 às 18h30
Galeria Olido – Av. São João, 473, República.

Abertura do Afro XXI destaca avanços e desafios para o combate ao racismo

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Ministra na Abertura - Fotos Manu Dias-Secom-BA

O reconhecimento dos avanços no combate ao racismo e à discriminação e a necessidade de ampliar as conquistas dos últimos dez manos foram a tônica dos discursos da solenidade de abertura oficial do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, evento que acontece até sábado (19) em Salvador. Um dia após o início dos debates, envolvendo organizações da sociedade civil, hoje (17) aconteceu a solenidade de abertura, reunindo os representantes de todas as entidades envolvidas na organização do evento.

O Teatro Yemanjá, no Centro de Convenções da Bahia recebeu um público eclético composto de autoridades, governantes, militantes, artistas e diplomatas com um único objetivo: debater novas estratégias para o avanço da igualdade no mundo e os rumos da causa antirracista. A saudação religiosa feita por Makota Valdina precedeu o ato formal de abertura. Ela fez oração em quicongo, língua do povo banto e também em iourubá. Makota pediu paz e harmonia a Oxalá, além de uma referência a Ogum, para a abertura dos caminhos e o fortalecimento da luta em prol da igualdade.

A sociedade civil foi representada por Rita Bárbara, que chamou a atenção para a fortaleza do povo negro e para a necessidade de se olhar sempre para frente. “Vamos avançar para além de Durban, mais e mais”, afirmou. Jorge Chediek, coordenador residente da ONU no Brasil, ressaltou a importância da cultura africana para a formação dos povos da Ibero-américa e do Caribe, desde a culinária, passando pelas línguas e pela musicalidade. “O objetivo desse encontro é criar mecanismos internacionais de garantia dos direitos à igualdade”, disse Chediek.

Ministra na Abertura (Fotos Manu Dias-Secom-BA)

O titular da Secretaria Geral Ibero-Americana, Enrique Iglesias, um dos idealizadores do Afro XXI, ressaltou que a escolha de Salvador para sediar o Encontro decorreu da posição destacada da Soterópolis como a maior cidade africana fora da África. A evidência dessa influência foi atestada pelo IBGE, quando identificou que mais de 50% da população brasileira se autodefine como afrodescendente. Iglesias ressaltou o avanço das questões raciais como consequência do empenho dos organismos sociais, e indicou que esta é uma batalha longa.

A embaixadora Vera Machado, representante do Ministro de Relações Exteriores, afirmou que as iniciativas do governo federal evidenciam a valorização do Brasil aos legados africanos e sua importância para a formação da nação brasileira. Para a embaixadora, o importante é identificar, nas discussões, estratégias inovadoras e eficazes para o combate ao racismo. “Precisamos entender a diversidade como fator civilizatório”, encerrou.

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