A revista People divulgou os candidatos ao título de “Sexiest Man Alive” de 2024, e entre os 15 nomes indicados, três homens negros aparecem na lista: Ismael Cruz Córdova, Ernie Hudson e Jalen Hurts. A lista anual inclui personalidades de diferentes áreas, destacadas por sua visibilidade no cenário público e pela relevância de suas carreiras.
Ismael Cruz Córdova, ator porto-riquenho, ganhou notoriedade mundial com sua participação em grandes produções como “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder“, da Amazon Prime Video, e “The Mandalorian“, da Disney+. Córdova se consolidou como um dos grandes talentos latinos em Hollywood, ocupando papéis de destaque em produções internacionais e reforçando a diversidade na indústria do entretenimento.
Ernie Hudson, um dos atores mais icônicos de sua geração, é mais conhecido por seu papel como Winston Zeddemore em “Os Caça-Fantasmas“. Aos 78 anos, Hudson continua ativo na indústria do entretenimento, com uma carreira que atravessa décadas e inclui cinema e televisão. Sua inclusão na lista reflete o reconhecimento de sua carreira e a permanência de seu nome como referência no cinema.
Jalen Hurts, quarterback do Philadelphia Eagles, é um dos principais nomes da NFL, tendo liderado sua equipe ao Super Bowl em 2023. Além de seu desempenho esportivo, Hurts tem se destacado como um modelo de liderança, sendo uma voz ativa em questões sociais e na luta pela igualdade racial. Sua presença na lista da People reforça o impacto que ele exerce dentro e fora dos campos.
A revista People deve anunciar o vencedor do título de “Sexiest Man Alive” nas próximas semanas. A escolha é sempre aguardada com grande expectativa, movimentando o público e a mídia com especulações sobre quem levará o título deste ano.
Na manhã desta quinta-feira, 24 de outubro, faleceu José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, aos 66 anos. Um dos maiores nomes do boxe no Brasil, ele lutava há quase duas décadas contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), doença degenerativa causada por golpes repetidos na cabeça durante sua carreira.
A morte foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista ao programa “Balanço Geral”, da Record TV. “Tivemos momentos bons e ruins, mas Deus sempre esteve conosco”, disse Irani.Maguila estava internado em uma casa de repouso no interior de São Paulo, recebendo cuidados específicos devido ao avanço da ETC. A condição, irreversível, compromete o sistema neurológico e é comum em atletas que sofrem impactos constantes na cabeça.
Com uma carreira marcada por conquistas importantes, como os títulos de campeão brasileiro e sul-americano dos pesos pesados, Maguila foi um dos grandes representantes do boxe nas décadas de 80 e 90. Seu estilo combativo e carisma conquistaram o público, e ele enfrentou grandes nomes do boxe mundial, deixando sua marca na história do esporte brasileiro.
No mês de novembro, o Bloco Afro Ilú Obá de Min celebra seus 20 anos com dois eventos especiais, nos dias 9 e 14. O primeiro acontece no dia 9 de novembro, na Casa Natura Musical (São Paulo), com um grande espetáculo dirigido por Beth Beli e Mafalda Pequenino. A celebração destaca a importância das mulheres negras na trajetória do bloco e na cultura brasileira, com performances que resgatam ritmos e tradições afro-diaspóricas, além de uma apresentação especial de Nega Duda, que abrirá a noite com o show “Samba de Roda Nega Duda”. A programação inicia às 21h.
Já no dia 14 de novembro, o Ilú Obá de Min promove a atividade educativa “Ilú na Mesa”, com foco na saúde da população negra. O evento, que faz parte das comemorações dos 20 anos, será realizado na Ação Educativa, às 19h, com entrada gratuita. A proposta é criar um espaço de diálogo sobre as vivências da população negra, fortalecendo o ecossistema cultural e promovendo novas perspectivas para o futuro.
Beth Beli, uma das fundadoras do bloco, reflete sobre os 20 anos do Ilú Obá de Min, destacando o papel do grupo na valorização das narrativas negras e na resistência cultural. Ela ressalta a importância de revisitar as histórias das ancestrais para construir novas trajetórias. O bloco, composto por cerca de 400 mulheres negras, une arte, cultura e educação em sua missão de promover a valorização das tradições afro-brasileiras.
Em preparação para o Carnaval de 2025, o bloco traz o enredo “Girlei Luiza Miranda – Tambores Sempre Tambores”, em homenagem à cantora e percussionista Girlei Miranda, uma das fundadoras do Ilú Obá de Min. O desfile, programado para os dias 28 de fevereiro e 2 de março, celebra a cultura do samba e denuncia o genocídio da população negra, reafirmando a valorização das matrizes africanas e a resistência dos corpos negros, frequentemente invisibilizados pela sociedade.
Há 19 anos, o Ilú Obá de Min abre o carnaval de rua de São Paulo, reunindo um coletivo de bateria e corpo de dança que reforça a relevância das mulheres negras na cultura brasileira.
Serviço:
Show Ilú 20 anos Data: Sábado (09), às 21h Ingressos: De R$25 a R$150 Local: Casa Natura Musical Endereço: Rua Artur de Azevedo, 2134 – Pinheiros
Ilú na Mesa – Grátis
Data: Quinta (14), às 19h Ingressos – Grátis Local: Ação Educativa Endereço: Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque
Raul Santiago, ativista e empreendedor social, foi nomeado embaixador da Agro Mil Experience, da associação Adial Goiás, após participar do 2º Agro-Mill Experience, uma imersão promovida pela organização que visa aproximar influenciadores e formadores de opinião da realidade do agronegócio goiano. Em suas redes sociais, Raul compartilhou suas impressões sobre o evento e o impacto de sua nova posição.
“Na semana passada tive a honra de participar do #AgroMillExperience, realizado pela Adial Goiás e agora como embaixador dessa imersão, que teve como objetivo mostrar a potência, diferença e mudanças que estão sendo radical e tecnologicamente aplicadas nas agroindústrias de Goiás”, declarou Raul.
O Agro-Mill Experience percorreu diversas cidades de Goiás, visitando indústrias, fazendas e áreas de preservação ambiental, proporcionando aos participantes uma visão aprofundada das inovações climáticas, ambientais e humanas aplicadas ao setor. Raul ressaltou a importância dessa troca de olhares entre diferentes realidades, apontando o impacto positivo que ela pode gerar. “Obviamente ainda há muito a ser feito, porém conectar esse conjunto de olhares das pessoas convidadas que são comprometidas com seus lugares, crenças e lutas, para verem por dentro da estrutura de forma direta, é um passo central para gerar impactos positivos e reais nessas três realidades.”
Raul, que vem das favelas do Rio de Janeiro e é apaixonado por agronomia, destacou o valor de conhecer de perto o cotidiano do agronegócio no interior de Goiás. “Enquanto cria dos becos e vielas de uma favela do Rio de Janeiro e apaixonado por agronomia, poder mergulhar na realidade dos crias do centro-oeste, em especial no interior, pelas estradas de chão que cruzam a roça do cerrado, tem me trazido grandes aprendizados, sinceramente.”
Ele também expressou sua empolgação em poder pautar questões que precisam de mudanças no setor, ao mesmo tempo em que se surpreendeu com as soluções já existentes que podem servir de exemplo para áreas mais complexas. “Estou empolgado em poder estar pautando de perto situações que precisam ser mudadas, porém ainda mais empolgado com o tanto de soluções já existentes, que podem inclusive ser espelho de uma área tão complexa.”
A nomeação de Raul como embaixador da Agro Mil Experience reflete o compromisso da associação em promover diversidade e inclusão em suas iniciativas, além de encurtar as distâncias entre diferentes realidades. Ele reconheceu o trabalho feito por Edneusa Pereira Lins (@neusinhapereiranp) e Edwal Portilho (@edwalportilho) para fazer essa imersão acontecer. “O que a @neusinhapereiranp tem provocado ao construir essa ideia, junto com o @edwalportilho que tem feito acontecer, é um marco histórico no encurtamento de distância entre diferentes realidades, para que neste encontro se veja onde é possível seguir fazendo mudanças.”
A experiência de Raul Santiago no Agro-Mill Experience como embaixador representa um passo significativo na transformação do agronegócio brasileiro, mostrando como o diálogo entre diferentes setores da sociedade pode gerar mudanças positivas.
O Papel do ESG no Agronegócio e a Inclusão de Novas Lideranças
Com a crescente relevância das pautas de ESG (Ambiental, Social e Governança) no cenário global, o agronegócio brasileiro está no centro de discussões sobre a necessidade de adaptação a novos padrões de sustentabilidade e responsabilidade social. O setor, que é um dos pilares da economia do país, respondendo por mais de 26% do PIB nacional e gerando milhões de empregos diretos e indiretos, está sendo pressionado a incorporar práticas que vão além da produção e lucro, integrando compromissos ambientais e sociais em suas operações.
A entrada de Edneusa Pereira Lins no conselho da Adial Goiás como a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira dedicada ao ESG é um reflexo dessa transformação necessária. A Adial, que representa 85% do PIB industrial de Goiás, é uma força central na articulação de políticas que integram a indústria e o agronegócio. Agora, com Edneusa à frente dessas discussões, o foco em ESG no agronegócio ganha mais relevância, trazendo à tona questões como equidade racial, de gênero e preservação ambiental.
Edneusa, que também idealizou e co-produziu o 2º Agro-Mill Experience — um evento que aproximou influenciadores e formadores de opinião da realidade do campo —, entende a importância de promover a inclusão e a inovação no desenvolvimento do setor. Durante o evento, as inovações tecnológicas e soluções sustentáveis no agronegócio foram apresentadas como formas de impulsionar a competitividade, mas também como parte de um compromisso ético com o meio ambiente e com as comunidades que dependem diretamente do setor.
Edneusa reforça a importância de levar a pauta ESG para discussões globais, especialmente com sua participação no Pacto Global da ONU. “Vou com a comitiva para assinar a adesão ao pacto em Genebra”, contou, referindo-se ao compromisso da Adial com as metas globais de desenvolvimento sustentável, que buscam alinhar o agronegócio brasileiro às melhores práticas internacionais.
O Desafio da Representatividade no Setor
A presença de lideranças negras e femininas em posições estratégicas no agronegócio não apenas contribui para diversificar o setor, mas também gera novas narrativas sobre o papel do Brasil como potência agroindustrial. Apesar de sua importância econômica, o agronegócio brasileiro ainda enfrenta desafios significativos no que diz respeito à inclusão de grupos historicamente marginalizados, tanto nas suas operações quanto na governança. A falta de representatividade nas esferas de poder dentro do setor pode levar à perpetuação de uma visão limitada, que não reflete a diversidade e a complexidade do país.
“A presença do agronegócio em nosso cotidiano é inegável, mas é essencial que o setor se transforme e reflita a diversidade de nossa sociedade”, destaca Edneusa, apontando que a transformação deve incluir não só inovações tecnológicas e melhorias produtivas, mas também uma mudança estrutural que abra espaço para mais mulheres, negros e grupos sub-representados.
ESG Além do Ambiental: A Inclusão Social no Agro
A pauta ESG no agronegócio não pode ser restrita apenas à gestão ambiental; ela precisa incorporar práticas sociais que promovam equidade racial e de gênero, garantindo que as populações mais vulneráveis — frequentemente esquecidas nas cadeias de valor — sejam incluídas e beneficiadas. Além disso, a governança responsável e transparente é fundamental para assegurar que as metas sociais e ambientais sejam cumpridas.
A transformação do agronegócio brasileiro, com a adoção de práticas ESG, passa pela valorização da diversidade em todos os níveis, desde a produção no campo até as decisões estratégicas nas corporações. O envolvimento de lideranças como Edneusa Pereira Lins é um passo importante nessa direção, pois coloca a inclusão social no centro das discussões sobre o futuro do setor.
A participação de mais lideranças como Edneusa no agronegócio brasileiro indica um futuro mais inclusivo e comprometido com a sustentabilidade, garantindo que o setor esteja preparado para os desafios do século XXI. A sustentabilidade no agronegócio não se trata apenas de preservar o meio ambiente, mas de garantir que as comunidades locais, trabalhadores e a sociedade em geral possam prosperar junto com o crescimento econômico do setor.
A Polícia Nacional da Espanha prendeu nesta quinta-feira, 24, quatro pessoas suspeitas de chefiar uma campanha de ódio contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid. Os detidos teriam incentivado torcedores do Atlético de Madrid a irem ao estádio com máscaras de Covid-19 para proferir insultos racistas contra o atleta durante o clássico entre as equipes, realizado em 29 de setembro.
De acordo com o comunicado da polícia, a ação foi coordenada nas redes sociais com o objetivo de dificultar a identificação dos torcedores que participariam das ofensas. “Detidos os quatro principais responsáveis por uma campanha de ódio contra um jogador de futebol. Eles incitavam os torcedores através das redes sociais para que comparecessem ao estádio e proferissem insultos com conotações racistas”, informou a corporação.
A investigação foi iniciada após três denúncias apresentadas pela LaLiga, organizadora do campeonato espanhol. O caso recente soma-se a uma série de episódios racistas envolvendo Vinicius Júnior. Em junho deste ano, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão por ofensas racistas contra o atacante durante uma partida em 2023.
Este não é o primeiro incidente envolvendo o Atlético de Madrid e o jogador brasileiro. Na temporada 2022/23, um boneco com a camisa de Vinicius foi encontrado pendurado em uma ponte próxima ao centro de treinamento do Real Madrid, em um episódio que gerou grande repercussão.
As ações policiais e as condenações recentes marcam um avanço na luta contra o racismo no futebol espanhol, tema que tem ganhado visibilidade nos últimos anos, especialmente devido aos frequentes ataques sofridos por Vinicius Júnior.
O ator britânico Idris Elba revelou à BBC que pretende mudar-se para a África nos próximos dez anos como parte de seus esforços para apoiar o desenvolvimento da indústria cinematográfica no continente. Conhecido por seu trabalho em séries como The Wire e por interpretar Nelson Mandela no filme Long Walk to Freedom (2013), Elba tem se dedicado a projetos para construir estúdios de cinema em Zanzibar, na Tanzânia, e em Accra, capital de Gana.
Elba, que nasceu em Londres e tem pais de Gana e Serra Leoa, afirmou em entrevista que sua conexão com o continente é profunda, e que vê como crucial a participação dos africanos na produção e controle de suas próprias narrativas. “Acho que vou me mudar [para a África] nos próximos cinco, 10 anos, se Deus quiser. Estou aqui para impulsionar a indústria cinematográfica – esse é um processo de 10 anos – e não poderei fazer isso do exterior. Preciso estar no continente”, disse o ator durante uma reunião do setor em Accra.
Seu plano de apoiar o cinema africano inclui viver em diferentes cidades do continente. “Vou morar em Accra, vou morar em Freetown, vou morar em Zanzibar. Vou aonde as histórias estão sendo contadas – isso é muito importante”, destacou Elba, reforçando sua visão pan-africanista.
Elba acredita que o fortalecimento da indústria cinematográfica africana pode ajudar a mudar a percepção global sobre o continente. “Quando você assiste a filmes sobre a África, tudo o que vê é trauma – escravidão, colonização, guerra. Mas quando você vem à África, percebe que isso não é verdade”, afirmou. Segundo ele, é fundamental que os africanos controlem suas próprias histórias e mostrem ao mundo a diversidade cultural, linguística e histórica do continente.
Apoiado por um relatório de 2022 da Unesco, que apontou a necessidade de mais infraestrutura, treinamento e combate à pirataria na indústria cinematográfica africana, Elba acredita que, com o suporte adequado de governos e investimentos, o cinema no continente pode alcançar um novo patamar.
“Temos que investir na nossa narrativa porque, quando você me vê, vê uma pequena versão de si mesmo, e isso nos encoraja”, concluiu o ator.
Aldis Hodge, estrela do filme ‘Uma Noite em Miami‘, será protagonista e produtor da nova série do Amazon Prime Video, ‘Detetive Alex Cross‘, baseada na franquia de livros do autor James Patterson. O suspense estreia no dia 14 de novembro.
Nesta quarta-feira (23), o astro saiu na capa da nova edição da revista afro-americana Essence. Segundo a reportagem, Hodge “traz uma presença poderosa ao papel, capturando a complexidade de um homem dividido entre seus deveres como pai e sua busca por justiça”. Segundo a sinopse, Alex Cross é um detetive e psicólogo forense, capaz de investigar a mente dos assassinos e de suas vítimas, comprometido com a sua família, mas também consumido por seu trabalho.
Em entrevista à revista, o ator refletiu sobre como o seu novo personagem é centrado na paternidade, uma individualidade que reflete seu próprio caminho, por ser pai de uma menina. Segundo Hodge, sua filha é seu “Alfa, ômega — meu tudo”. E completa: “Qualquer trabalho que eu faça, ele tem que apoiar ou suplementar o futuro que estou tentando construir para ela”, afirma.
Foto: Elliott Jerome Brown Jr.
“É um impacto diferente para mim estar lá o máximo possível, deixando minha filha saber que estou aqui porque não é só por ela, é realmente por mim também. É o que me alimenta. É o que me motiva. É o que me acorda de manhã. É realmente a coisa que me faz dizer: ‘Ok, a vida vale a pena ser vivida’. É o que redefine o amor”, conta o Hodge. “Você pode me dar 15 Oscars agora e me perguntar qual é o meu momento de maior orgulho e felicidade — sempre será sobre minha filha”, declara.
O elenco da série ‘Detetive Alex Cross’ também conta com Isaiah Mustafa, Juanita Jennings, Alona Tal, Samantha Walkes, Caleb Elijah, Melody Hurd, Jennifer Wigmore, Eloise Mumford e Ryan Eggold. Ben Watkins será o showrunner e produtor executivo.
“Eu sabia que o agronegócio precisava de novas vozes, novas perspectivas. Estamos aqui para transformar não apenas o setor, mas as histórias que contamos sobre ele.” Essas são as palavras de Edneusa Pereira Lins, conhecida como Neuzinha, empresária e Relações Públicas, que se destacou no 2º Agro-Mill Experience, evento organizado pela Adial — a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás, responsável por representar e impulsionar o setor industrial, que responde por 85% do PIB do estado. O evento, realizado entre os dias 16 e 20 de outubro, teve como objetivo aproximar influenciadores e formadores de opinião do agronegócio goiano, mostrando o impacto e a importância do setor para a economia brasileira
O Agro Mill Experience: conectando o campo à cidade
O Agro-Mill Experience, organizado pela Adial, reuniu influenciadores e formadores de opinião para uma imersão no agronegócio de Goiás, promovendo a conexão entre o campo e os grandes centros urbanos. Neuzinha, que idealizou e co-produziu o evento, enxerga essa troca como um momento de transformação social. “O agronegócio está presente em tudo, desde o amaciante de roupas até o doce que você saboreia no fim do dia. Mostrar essa realidade e desconstruir mitos sobre o setor é fundamental para criarmos novas narrativas”, afirmou.
Foto: Divulgação Adial
A convite da Adial, nossa editora-chefe, Silvia Nascimento, participou do evento, conhecendo de perto o impacto do agronegócio goiano em diferentes áreas, desde a sustentabilidade até a inovação tecnológica.
A iniciativa permitiu que os participantes conhecessem fazendas e indústrias que utilizam práticas sustentáveis, reforçando a importância do setor para a economia e o meio ambiente. Neuzinha destacou a importância de trazer influenciadores para o campo: “Essas vivências são essenciais. Quando você conhece o cheiro do campo e vê como os alimentos são produzidos, começa a enxergar o agro de uma forma completamente diferente.”
Primeira mulher negra no conselho da Adial
Além de seu trabalho no Agro-Mill, Neuzinha está prestes a fazer história ao se tornar a primeira mulher negra a compor o conselho da Adial, onde assumirá uma cadeira dedicada ao ESG (Environmental, Social, and Governance). Para ela, essa conquista representa não apenas um marco pessoal, mas uma mudança estrutural no agronegócio. “Me alegra muito ser a primeira mulher negra a ocupar esse espaço, mas o que mais me inspira é garantir que muitos outros de nós também tenham acesso a essas oportunidades”, afirmou.
Com quase 30 anos de história, a Adial finalmente terá uma representação negra feminina em seu conselho, uma vitória significativa para a diversidade e inclusão no setor. Neuzinha, com sua experiência e visão, trará novas perspectivas sobre sustentabilidade e responsabilidade social, áreas cada vez mais relevantes no cenário empresarial.
O futuro do ESG no agronegócio
Edneusa Pereira Lins terá um papel central na implementação de práticas ESG entre as empresas associadas à Adial. Recentemente, a associação promoveu um meeting sobre o Pacto Global da ONU, discutindo formas de acelerar a adoção de práticas sustentáveis.
“Vou com a comitiva para assinar a adesão ao pacto em Genebra”, contou Edneusa, referindo-se ao Pacto Global da ONU, uma ação que reforça ainda mais seu comprometimento com a sustentabilidade e a governança.
Neuzinha vê essa pauta como essencial para o futuro do agronegócio e das indústrias em Goiás.
“O ESG não é uma tendência passageira; é o caminho para um futuro mais justo e sustentável, e estou comprometida em garantir que o agronegócio em Goiás esteja na vanguarda dessa transformação.”
Às vésperas do Mês da Consciência Negra, a exposição inédita “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil” será inaugurada na próxima terça-feira, 29 de outubro, no MAB FAAP, em São Paulo, com entrada gratuita. A mostra convida à uma reflexão profunda sobre as conexões entre esses dois países sob a ótica da diáspora africana, da escravidão e do colonialismo.
Sob a direção artística de Marcello Dantas, e com curadoria compartilhada entre a artista norte-americana Lauren Haynes e a brasileira Ana Beatriz Almeida, “Ancestral” reúne o trabalho de 73 artistas afrodescendentes. Esta será a maior exposição de artistas afrodescendentes do Brasil e Estados Unidos já realizada no país.
Serão apresentadas 132 obras de artistas brasileiros e norte-americanos, celebrando não apenas aqueles que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, mas também promovendo um diálogo sobre a relevância das raízes africanas ancestrais na formação cultural desses países.
Foto de Lita Cerqueira – Homens com abadas e panos nas costas
“Ancestral” é uma realização da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, com o apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil. O evento conta com diversos patrocínios, entre eles o Bank of America, que cedeu 52 obras de sua coleção para a mostra. O Museu Afro Brasil também contribuiu com peças de seu acervo. A exposição estará em cartaz até 26 de janeiro de 2025.
A mostra homenageará pioneiros na arte afro-brasileira:
Abdias Nascimento (1914-2011), poeta, dramaturgo, artista plástico e ativista panafricano, foi deputado federal, senador da República e Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York (EUA). Como parlamentar, ele foi autor das primeiras propostas ao Estado brasileiro de políticas públicas de combate ao racismo (1983). É autor do conceito político-cultural de Quilombismo. Fundou o Teatro Experimental do Negro em 1944. Organizou em 1950 o 1o Congresso do Negro Brasileiro, que propôs a criação de um Museu de Arte Negra. Curador do projeto de 1950 até 1968, quando realizou sua exposição inaugural, ele continuou o trabalho no exílio (1968-1981), onde desenvolveu sua própria pintura e exibiu em museus, galerias e universidades dos Estados Unidos. Na volta ao Brasil, fundou o Ipeafro, que hoje tem a missão de preservar, gerir, articular e difundir em múltiplas linguagens o acervo e o legado dele e das organizações que ele criou.
Deoscóredes M. dos Santos nasceu em Salvador em 1917. Além de escultor e escritor, Mestre Didi foi um importante pesquisador e líder religioso, e realizou trabalhos de grande relevância para os estudos sobre a arte sacra ligada às religiões Afro-Brasileiras. Toda a sua obra está ligada ao universo Nagô, povo de origem Iorubana. Suas esculturas, feitas predominantemente com materiais orgânicos, palha, madeira, metal, bambu, búzios e contas, são herdeiras da arte tradicional do povo Iorubá e dos objetos litúrgicos, bem como das representações simbólicas de entidades do culto aos ancestrais. Elementos da cultura visual iorubá, como pássaros, cobras, lanças e chamas são retrabalhados pelo autor em peças que evocam a ancestralidade, as entidades e as narrativas da religião deste povo africano.
Heloisa Hariadne – A força que é me alimentar de você enquanto estou comigo, 2021_131 x 192 x 4,3 cm Foto: Filipe Berndt
Isa do Rosário (1966) realiza contações de histórias e outras atividades, como palestras e exposições voltadas para a divulgação e preservação da cultura afro-brasileira há mais de 15 anos, tanto na cidade natal de Batatais (SP) como em algumas cidades da região. Entre 2011 e 2012, realizou estágio no Museu Histórico e Pedagógico Dr. Washington Luís de Batatais, onde desenvolveu inúmeras atividades voltadas para monitoria de exposições e ações educativas. Seu trabalho já foi exposto nas escolas e espaços culturais de Batatais, Franca, Brodowski e outras cidades da região.
Heitor dos Prazeres (1898-1966) foi um multiartista carioca, conhecido por sua atuação no samba e nas artes visuais. Iniciou sua carreira musical na década de 1920, participando da criação de escolas de samba como Mangueira e Portela. Em 1937, aos 40 anos, começou a pintar de forma autodidata, retratando a vida cotidiana da população negra do Rio de Janeiro. Sua obra caracteriza-se pelo ritmo e movimento, refletindo sua conexão com a música. Foi premiado na 1ª Bienal de São Paulo (1951) e participou da Bienal de Veneza (1952). Em 2023, o CCBB RJ realizou uma retrospectiva reunindo mais de 200 trabalhos seus. Suas obras estão em diversas coleções públicas, como Museu Afro Brasil (São Paulo), Museu de Arte de São Paulo – MASP, Museum of Modern Art – MoMA (Nova York), entre outros.
Arthur Bispo do Rosario (Japaratuba, Sergipe, 19111 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1989) destaca-se por ter desenvolvido, com objetos cotidianos das instituições em que viveu internado após o diagnóstico como esquizofrênico-paranoico, uma produção em artes visuais reconhecida nacional e internacionalmente. Os trabalhos de Bispo variam entre justaposições de objetos e bordados. Nas obras do primeiro tipo, geralmente usa itens de seu cotidiano, como canecas de alumínio, botões, colheres, madeira de caixas de fruta, garrafas de plástico, calçados e materiais comprados por ele ou pessoas amigas. Para os bordados, usa tecidos disponíveis, como lençóis ou roupas, e obtém os fios ao desfiar o uniforme azul de interno. Além de ter se tornado uma das referências para as gerações de artistas brasileiros dos anos 1980 e 1990, a obra de Bispo lega ao Brasil um fazer artístico que retrata e ressignifica, com uma estética e temática particulares, os objetos e experiências do mundo e da vida cotidiana.
Boa Morte, 2022 – Escultura Divulgação
Serviço:
Exposição “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil”
Período: de 29 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025
Local: MAB – FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas-feiras.
Entrada gratuita. Mais informações: (11) 3662.7198
A falta de acesso à tecnologia nas escolas, desde o ensino básico até o ensino superior, aprofunda as desigualdades educacionais entre estudantes negros e brancos, revelando um impacto que se estende ao mercado de trabalho. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa conduzida pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper (Neri) em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, publicada pelo jornal O Globo.
De acordo com o levantamento, em 2023, 57% dos alunos brancos tinham acesso a tecnologias nas escolas. Entre os estudantes pretos e pardos, os percentuais foram de 50% e 49%, respectivamente. Esses números refletem uma diferença significativa no uso de ferramentas tecnológicas que, segundo especialistas, têm se tornado essenciais para o aprendizado e desenvolvimento das habilidades demandadas pelo mercado de trabalho contemporâneo.
A pesquisa também analisou o impacto dessas desigualdades no ensino superior. Embora pessoas negras constituam 56,1% da população brasileira, elas ocupam apenas 48,3% das vagas universitárias. Em cursos considerados mais prestigiados, como os de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), a representatividade cai ainda mais: estudantes negros são 42% do total de matriculados, enquanto brancos chegam a 55,7%.
Em áreas menos concentradas em tecnologia, como humanidades e ciências sociais, a diferença é menor, mas ainda presente: pretos e pardos representam 47% dos matriculados, contra 50,9% de brancos. Os dados foram obtidos a partir do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados pelo Inep.
A pesquisa chama atenção para a necessidade de políticas públicas que democratizem o acesso à tecnologia e incentivem uma maior inserção de estudantes negros em áreas que oferecem melhores oportunidades no mercado de trabalho, especialmente nas disciplinas STEM.