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Future in Black 2024 reúne executivos negros e líderes econômicos em São Paulo para debater crescimento

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Foto: Reprodução/Instagram

No próximo dia 3 de outubro, a cidade de São Paulo será palco do Future in Black 2024, evento voltado para líderes corporativos negros e seus aliados no Brasil. O evento, que acontece em um cenário de crescente demanda por diversidade e inclusão no ambiente empresarial, reúne gerentes, diretores, VPs, executivos de alto nível e conselheiros para discutir estratégias de ascensão executiva, inovação e networking.

Com o tema “Ascensão Estratégica: Conquistando o Futuro, Hoje”, o Future in Black 2024 promete atrair mais de 1.000 executivos e 200 corporações, representando setores fundamentais como finanças, tecnologia e infraestrutura. A conferência contará com a presença de mais de 25 palestrantes nacionais e internacionais, incluindo a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que participará da mesa de debate “Governo e iniciativa privada nos esforços em prol do empoderamento econômico da população negra”, ao lado de Natália Paiva, diretora executiva da Mover.

Douglas Vidal, CEO do Future in Black, destaca a importância do evento como uma plataforma de negócios que vai além da simples discussão sobre diversidade. “O Future in Black é um evento para quem toma decisões estratégicas que moldam o futuro de suas empresas. Estamos falando de uma agenda de negócios focada em resultados, inovação e a preparação de líderes para os próximos desafios globais”, afirma.

Ao longo do dia, diversas mesas de debates e workshops abordarão temas como a transformação das equipes por meio da tecnologia, saúde mental, inteligência emocional e o futuro da liderança. Entre os principais palestrantes confirmados estão Daniela Cachich, presidente da Beyond Beers, Ambev; Mauricio Rodrigues, presidente da Bayer na América Latina; Bibiana Leite, diretora de parcerias escaladas para as Américas no YouTube; e Rachel Maia, empresária e líder corporativa.

O evento conta com o patrocínio de instituições renomadas, incluindo Bank of America, Ambev, J.P. Morgan, Sebrae, Banco BV, Supergasbras, Fundação Lemann e Macquarie. Para mais informações sobre a programação completa, acesse o site oficial do Future in Black.

Morre o ex-jogador Denílson, conhecido como ‘Rei Zulu’, ícone do Fluminense, aos 81 anos

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Foto: Reprodução

O futebol brasileiro perdeu na terça-feira, 1, uma de suas grandes figuras. Denílson, conhecido como “Rei Zulu”, apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues, e que se destacou como capitão do Fluminense, faleceu aos 81 anos. Ele é o sétimo jogador que mais defendeu o Tricolor, com 431 partidas disputadas.

Nascido em São Paulo, Denílson começou sua carreira no Fluminense, onde se tornou um dos principais volantes da década de 1960 e 1970. Com a equipe, conquistou o Campeonato Brasileiro em 1970 e quatro títulos do Campeonato Carioca, em 1964, 1969, 1971 e 1973. Além do sucesso em seu clube, o ex-atleta também defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1966, onde teve a oportunidade de mostrar seu talento em um dos maiores palcos do futebol mundial.

Embora a causa oficial de sua morte não tenha sido divulgada, Denílson vinha lutando contra um câncer e, em agosto deste ano, venceu uma disputa judicial para ter acesso ao serviço de “home care”, que permitiu a ele receber cuidados em casa durante o tratamento.

Através de suas redes sociais, o Fluminense emitiu uma nota de pesar: “Lamentamos profundamente o falecimento de Denílson, o Rei Zulu, que por muitos anos foi capitão do Fluminense. Campeão brasileiro em 1970 e tetracampeão carioca, Denílson vestiu nossa armadura em 431 oportunidades, foi para a Copa do Mundo de 1966 e se tornou um dos grandes jogadores da história tricolor. Desejamos muita força a todos os familiares e amigos em momento tão difícil.”

Lauryn Hill se defende de acusações de Pras Michél em processo sobre turnê do The Fugees: “Alegações falsas e ataques injustificados”

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Foto Lauryn Hill: Sarah Morris/Getty Images para The Recording Academy Foto Prás Michel: Kevin Lamarque/Reuters

Na terça-feira, 1, a cantora norte-americana, Lauryn Hill, publicou nas suas redes sociais, um longo relato se defendendo das acusações de Pras Michél, após o ex-membro do icônico grupo The Fugees entrar com uma ação judicial contra sua ex-colega de banda acusando-a de fraude, violação de dever fiduciário, quebra de contrato, contabilidade e recusa em permitir uma auditoria da turnê do grupo, cancelada em agosto, entre outras alegações.

Em resposta às acusações, Lauryn Hill emitiu uma declaração detalhada, na qual destacou a necessidade de “clareza e fatos” diante das alegações de Pras. “Fiquei em silêncio e insisti porque entendi que Pras estava sob pressão por causa de suas batalhas legais e que isso talvez estivesse afetando seu julgamento, estado de espírito e caráter”, afirmou Hill.

A cantora, que ganhou notoriedade com seu álbum “The Miseducation of Lauryn Hill”, considerou o processo de Pras como “infundado”, chamando as alegações de “falsas e ataques injustificados”. Ela ressaltou que o rapper não mencionou que recebeu um pagamento adiantado pela última turnê e que falhou em reembolsar empréstimos substanciais que ela lhe concedeu como um ato de boa vontade. Hill acrescentou que a turnê foi organizada em celebração ao 25º aniversário de seu álbum de estreia e que prosseguiria independentemente da participação dos The Fugees.

Lauryn também revelou que decidiu incluir Pras na turnê para ajudá-lo financeiramente em decorrência de seus problemas legais. Segundo Hill, Pras recebeu um adiantamento de US$ 3 milhões, destinado a cobrir suas taxas legais, e que tanto ela quanto Wyclef Jean adiaram seus próprios pagamentos para garantir que ele tivesse o suporte necessário.

A cantora ressaltou ainda que assumiu a maior parte das despesas da turnê, afirmando que Pras “basicamente só teve que aparecer e se apresentar”. Hill declarou que possui recibos que corroboram suas afirmações e expressou descontentamento com a situação de Pras. “É absolutamente desanimador ver Pras nessa posição”, completou, enfatizando que, apesar da situação, ela permanecerá “compassiva” em relação a ele.

Luiza Brasil negocia parceria com Ashé Ventures, empresa de Viola Davis, para fortalecer moda afro-brasileira

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Foto: Divulgação

A Ashé Ventures, empresa brasileira voltada à valorização da diáspora africana que tem como sócios a atriz Viola Davis e seu marido Julius Tennon, está em negociações com a jornalista de moda e empreendedora Luiza Brasil para o lançamento de uma nova vertical de moda no país. Ao lado de Luiza a empresa planeja unir criatividade e impacto social para promover a moda afro-brasileira no cenário internacional.

O primeiro encontro entre Viola e Luiza aconteceu no dia 23 de setembro, durante a Semana de Moda de Paris, na capital francesa, um dos eventos mais prestigiados do setor. A reunião foi marcada por discussões sobre as oportunidades de colaboração, com foco em potencializar a visibilidade da moda afro-brasileira como uma expressão do “softpower” cultural do país. Maurício Mota, também sócio da Ashé Ventures, comentou a escolha de Luiza para o projeto: “Precisávamos nos aliar a alguém com uma voz poderosa no mercado global e que entenda o papel transformador da moda. Luiza foi recomendada por muitas pessoas que admiramos”.

Luiza Brasil, que já carrega um legado importante na promoção da pluralidade no mundo da moda, falou sobre a chance de trabalhar ao lado de Viola Davis. “Ela é uma inspiração, não só como artista, mas como uma agente de transformações sociais. Poder conectar meu conhecimento com moda, luxo e pluralidade com a visão transformadora de Viola é revolucionário”, disse Luiza.

A parceria entre Viola Davis e Luiza Brasil promete fortalecer a moda afro-brasileira e destacar sua relevância global, reafirmando o compromisso da Ashé Ventures em promover justiça social através da arte e da cultura.

John Amos, ator de “Um Príncipe em Nova York”, morre aos 84 anos

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O ator John Amos, famoso por papéis em "Um Príncipe em Nova York" e na série "Raízes", morreu aos 84 anos em Los Angeles. Foto: Divulgação
O ator John Amos, famoso por papéis em "Um Príncipe em Nova York" e na série "Raízes", morreu aos 84 anos em Los Angeles. Foto: Divulgação

O ator e roteirista John Amos, conhecido pelos papéis em “Um Príncipe em Nova York” e nas séries “Good Times” e “Raízes”, morreu aos 84 anos, em Los Angeles. A morte ocorreu no dia 21 de agosto, mas só foi divulgada nesta terça-feira (1º) por seu filho, em comunicado oficial.

“É com profunda tristeza que compartilho que meu pai fez a transição”, declarou. “Ele era um homem de coração gentil e foi amado no mundo todo. Muitos o viam como uma figura paterna na televisão. Ele viveu uma boa vida, e seu legado continuará vivo através de seu excelente trabalho no cinema e na televisão.”

Nascido em Newark, New Jersey, Amos começou a carreira como jogador de futebol americano, assinando contratos com o Denver Broncos e o Kansas City Chiefs. No entanto, uma série de lesões o afastou dos campos, e ele acabou migrando para a atuação, conquistando espaço tanto na televisão quanto no teatro.

Seu primeiro grande papel veio na série de TV “Good Times”, uma das primeiras a mostrar uma família afro-americana em um cenário urbano nos Estados Unidos. Exibida na década de 1970, a trama acompanhava uma família pobre em Chicago, onde Amos interpretava o pai. Após divergências com os produtores sobre os estereótipos racistas presentes na série, ele acabou deixando o elenco.

Amos foi indicado ao Emmy em 1977 por seu papel na minissérie “Raízes”, baseada no livro de Alex Haley. A produção, um marco na história da televisão americana, narra a trajetória de Kunta Kinte, um jovem africano capturado e escravizado nos Estados Unidos. Amos interpretou a versão mais velha do protagonista.

Apesar de sua forte presença na TV, foi no cinema que Amos alcançou fama mundial ao viver Cleo McDowell, dono da lanchonete McDowell’s, no clássico “Um Príncipe em Nova York” (1988). O personagem, com sua personalidade carismática e bem-humorada, marcou o público, consolidando Amos como um ícone cultural.

Ao longo de sua carreira, ele também integrou o elenco de séries como “The Mary Tyler Moore Show”, “Um Maluco no Pedaço” e “West Wing: Nos Bastidores do Poder”, mostrando versatilidade em papéis variados, que lhe renderam respeito tanto da indústria quanto do público.

Com mais de cinco décadas de carreira, John Amos deixa um legado importante na cultura pop e na luta por representações autênticas da comunidade afro-americana na televisão e no cinema.

Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank acompanham julgamento por racismo em Portugal

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Foto: Instagram/Divulgação

Na semana passada, os atores brasileiros Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank estiveram em Portugal para acompanhar o julgamento de Adélia Barros, acusada de racismo pela família após ter ofendido seus dois filhos, Titi e Bless, com insultos racistas em um restaurante na Costa da Caparica, em 2022. Embora a família tenha denunciado o caso como racismo, a legislação portuguesa não possui uma tipificação específica para esse tipo de crime. Por isso, os advogados da família tentaram enquadrar o ato no artigo 240 do Código Penal Português, que trata do crime de incitamento ao ódio e à violência.

No entanto, o Ministério Público de Portugal não aceitou essa primeira denúncia, argumentando que o caso não se enquadrava nos critérios do artigo 240. Diante disso, os advogados da família abriram um novo processo, que foi aceito em abril deste ano, com a acusação sendo reformulada para injúrias agravadas e difamação, que é como o caso está sendo julgado atualmente. Apesar de não haver o reconhecimento formal de racismo, a família vê o prosseguimento do caso como um avanço na busca por justiça.

Nas redes sociais, Bruno e Giovanna celebraram o fato de a acusação ter sido aceita. “Hoje, podemos comemorar porque o Ministério Público aceitou nossa acusação por difamação e injúria racial e superou uma questão teórica sobre onde enquadrar o crime perante a lei. Vencemos, mas ainda é um pequeno passo”, disse Giovanna Ewbank. Para o casal, o importante é que o processo avance e que os responsáveis pelos ataques contra seus filhos sejam punidos.

No Brasil, a família já lidou com situações semelhantes. Em 2022, a influenciadora Day McCarthy foi condenada a 9 anos de prisão por ataques racistas contra Titi nas redes sociais, um caso que se tornou emblemático na luta contra o racismo no país.

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Uma publicação compartilhada por Bruno Gagliasso (@brunogagliasso)

Outubro Rosa: Estudo do INCA revela que mortalidade por câncer de mama é 67% maior entre mulheres negras

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Foto: Reprodução/iStok

Na manhã desta terça-feira, 1, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, apresentou dados sobre o controle do câncer de mama no país. O estudo ‘Mantus: Mulheres negras e câncer de mama triplo negativo: desafios e soluções para o SUS’, desenvolvido no Instituto, que faz parte da campanha Outubro Rosa deste ano, cujo tema será: “Saúde da mulher: desafios e perspectivas para o controle do câncer” também foi apresentado, mostrando as disparidades raciais no acesso de mulheres negras a tratamentos contra o câncer de mama.

Durante o evento, transmitido pelo YouTube do INCA, a pesquisadora Sheila Coelho Soares Lima apresentou dados recentes sobre o controle do câncer de mama no país, mostrando que a taxa de mortalidade entre mulheres negras é 67% maior do que a de mulheres brancas, que possuem maior incidência da doença.

Os dados mostram que os problemas de maior incidência de morte de mulheres negras por câncer começam na falta de rastreamento da doença. “No Brasil, destaca-se a menor proporção de exames nas mulheres autodeclaradas como pardas (54,4%), seguidas das autodeclaradas pretas (56,5%). Observa-se que, com exceção da Região Sudeste, a cobertura da mamografia em menos de dois anos, em mulheres pardas de 50 a 69 anos, foi menor em todas as Regiões do Brasil”.

A proporção de mulheres da população-alvo, que têm entre 50 a 69 anos, que nunca fizeram mamografia é mais expressiva nas Regiões Norte (42,1%) e Nordeste (33,7%). O estado do Amapá é a região com maior número de mulheres que nunca fizeram mamografia (53,2).

O estudo, que está em desenvolvimento, levanta algumas hipóteses que ajudam a entender o alto índice de mortalidade de mulheres negras por câncer de mama, entre eles, fatores modificáveis como hábitos e exposições a produtos e serviços que possuem propriedades prejudiciais para a saúde, como o consumo de alimentos ultraprocessados, dificuldade de acesso a diagnóstico e tratamento, diagnóstico com doença avançada, dificuldade de completar o tratamento e tratamentos pouco eficazes.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2024. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Apenas cerca de 1% dos casos ocorre em homens.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do País. A prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade. A população deve ser informada quanto ao tema para que possa adotar medidas que protejam a sua saúde.

Ministra Anielle Franco presta depoimento à PF em investigação de assédio

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestará depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, 2, no âmbito da investigação sobre as acusações de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, de acordo com matéria publicada pela colunista do Uol, Carla Araújo. Almeida foi exonerado no início de setembro após uma série de denúncias de assédio moral e sexual que vieram a público e que também apontam a ministra como uma das vítimas.

No lugar de Almeida, o governo nomeou Macaé Evaristo para comandar o Ministério dos Direitos Humanos. A investigação corre em sigilo, após autorização do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu o andamento do inquérito.

A Polícia Federal teve acesso ao depoimento de uma testemunha que apontou indícios suficientes para que uma investigação preliminar fosse aberta de ofício, ou seja, sem a necessidade de solicitação de outro órgão. Além disso, o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho, em Brasília, e pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

As denúncias contra Almeida vieram a público inicialmente por meio de uma reportagem do site Metrópoles, que trouxe relatos anônimos e mencionou o nome de Anielle Franco como uma das vítimas. A ONG Me Too Brasil também foi uma das responsáveis por dar visibilidade às acusações.

Silvio Almeida, por sua vez, nega as acusações e, em nota divulgada após sua exoneração, afirmou que provará sua inocência. Durante sua gestão à frente do Ministério dos Direitos Humanos, o órgão enfrentou várias denúncias de assédio moral e pedidos de demissão em série.

Em resposta às denúncias, o governo Lula lançou recentemente um plano de combate ao assédio na administração pública federal. O projeto, elaborado após a repercussão do caso de Almeida, visa implementar ações coordenadas para prevenir o assédio e a discriminação em órgãos públicos. A portaria que regulamenta o plano foi assinada pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

78% dos alunos negros se sentem menos acolhidos que brancos nas escolas brasileiras, revela estudo

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Foto: Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

Mesmo com uma legislação (Lei 10.639/23) que institui o ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas, o enfrentamento ao racismo e as experiências de alunos negros nas escolas continuam negativas. Uma pesquisa inédita da Fundação Itaú e Equidade.Info aponta que 78% dos alunos negros se sentem acolhidos nas escolas, contra 84% dos alunos brancos. O levantamento, que investigou o clima escolar e o enfrentamento ao racismo em instituições de ensino públicas e privadas de todo o Brasil, revela que a sensação de pertencimento dos estudantes diminui conforme avançam nas etapas de ensino, com os alunos negros enfrentando os maiores desafios.

Além da questão do acolhimento, o estudo mostra que 54% dos professores reconhecem situações de racismo entre os estudantes, mas 21% dos professores brancos afirmam não saber lidar com o problema, contrastando com 9% dos professores negros que enfrentam a mesma dificuldade. Quando a divisão é por etapa de ensino, os números ficam ainda maiores: “entre os professores do Ensino Fundamental II, 67% reconhecem a existência de situações de racismo entre os estudantes. Há discrepância, também, nas diferenças entre professores brancos (48%) e negros (56%).  

Gráfico

As disparidades também se refletem na percepção dos alunos: enquanto 70% concordam que os alunos negros são respeitados quanto ao fenótipo, 13% dos estudantes negros discordam, índice superior ao dos alunos brancos (8%). A pesquisa reforça que, embora 75% dos professores indiquem a existência de protocolos contra o racismo, a efetividade das ações ainda é limitada pela falta de apoio mais robusto das secretarias de educação, conforme apontado por apenas 59% dos gestores.

Os dados também reforçam o pouco uso da lei Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas brasileiras. A lei altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Esses dados expõem uma desigualdade racial significativa no ambiente escolar, tanto no que diz respeito à experiência dos estudantes quanto à capacidade dos educadores de lidar com o racismo. Segundo Bruno Gomes, diretor executivo do Equidade.Info, “as respostas mostram que o enfrentamento ao racismo nas escolas brasileiras precisa de uma maior formação e suporte institucional para promover um ambiente verdadeiramente inclusivo”.

Chris Brown é tema de novo documentário sobre violência doméstica, segundo The Hollywood Reporter

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Foto: Reprodução

ALERTA DE GATILHO – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Em meio às tentativas de reconstruir sua imagem anos depois das acusações de agressão, com anúncio de shows que devem ser realizados em diferentes países, incluindo o Brasil, Chris Brown deve voltar aos holofotes com o lançamento do documentário ‘Chris Brown: Uma História de Violência’ no dia 27 de novembro, pelo canal Investigation Discovery (ID).

O lançamento do documentário marca a terceira edição da campanha anual da rede, ‘Sem Desculpa para o Abuso’, lançada em 2022, dedicada ao combate à violência doméstica e abuso. A produção revisita a trajetória de Brown desde 2009, quando foi preso por agredir sua então namorada, a cantora Rihanna. Desde então, o cantor se envolveu em uma série de polêmicas, incluindo acusações de agressão física, violência interpessoal e denúncias de abuso sexual.

“Chris Brown é um músico incrível e talentoso, mas vamos chamar uma coisa de coisa. Ele é um abusador de mulheres. Consistentemente, sem pedir desculpas”, narra uma mulher no trailer do filme, que também trará uma nova acusadora anônima, segundo o The Hollywood Reporter.

O filme aborda o impacto psicológico sobre as sobreviventes de violência, além de destacar os padrões de comportamento destrutivo que permeiam a vida pessoal do cantor. De acordo com os produtores, o documentário pretende oferecer uma “reflexão profunda sobre a experiência de cada sobrevivente”.

Como parte da campanha ‘No Excuse for Abuse’ (“Sem Desculpa para o Abuso”), a coapresentadora do The View, Sunny Hostin, comandará um debate com especialistas e defensores da causa logo após a estreia do documentário. Hostin, que tem um histórico como promotora de casos de violência doméstica, ressaltou a importância do tema: “A violência doméstica é uma questão muito próxima e pessoal para mim… Essa questão é uma epidemia prevalente que não conhece fronteiras socioeconômicas, então estou dedicada a expandir e continuar essa conversa crucial”, afirmou.

OBS.: É importante ressaltar que a violência doméstica é um crime grave e que as mulheres têm o direito de denunciar seus agressores. Se você está em situação de risco, ligue imediatamente para o 190. Para denunciar e buscar apoio, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Além disso, delegacias especializadas da mulher podem oferecer orientação e acolhimento. Lembre-se, você não está sozinha e há ajuda disponível 24 horas por dia.

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