A 5ª Edição do “Brincando e Aprendendo“, evento realizado pelo Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, será realizada dia 1° de setembro, a partir das 14h30, no Centro de Cultura Negras do Jabaquara – Mãe Sylvia de Oxalá, na Rua Arsênio Tavoleri, nº 45, Jabaquara, São Paulo. A tarde terá a apresentação do grupo Luderê e em seguida, aula de dança com Koteban.
“Eventos como Brincando e Aprendendo são importantes para valorização da cultura afro e para que as crianças e adultos conheçam a sua história e sua ancestralidade. É muito importante, também, valorizarmos grupos culturais que disseminam a nossa cultura. O objetivo do Grupo Mulheres do Brasil, através do comitê de igualdade racial é conscientizar sobre a diversidade étnico-racial, trazer cultura e empoderar nossas crianças. A meta do comitê é realizar um evento a cada dois meses nas mais diversas regiões de São Paulo“, diz a organização.
O intuito do evento é conscientizar pais e responsáveis, além de narrar para crianças histórias afro infantis que geram conexão com sua identidade, pertencimento e representatividade. É necessário reconhecer e respeitar as diferenças, valorizando as diversas culturas.
Lançado em 2016, o Comitê de Igualdade Racial tem a iniciativa de: Luana Genot, Lisiane Lemos, Jessica Sandin, Fernanda Ribeiro, Elisabete Leite,, Eliane, Viviane Elias Morais.
Com entrada gratuita e exibição em salas de cinemas espalhadas pela cidade, o 30º Festival Internacional de Curtas de São Paulo começa hoje, 22 de agosto, na capital paulistana.
Ao todo serão 324 filmes e a presença negra entre os selecionados, aumentou na edição desse ano.
Abaixo alguns dos trabalhos realizados por cineastas e produtores negros. A programação completa e sinopse dos curtas estão no site do evento https://2019.kinoforum.org/
Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta, descobre que pode voar. Diretor: Renata Cilene Martins Roteiro: Renata Martins Produtor: Giovana Carolina Ferrari Produção Executiva: Issis Valenzuela Diretor de Fotografia: Mariana Nunes “Nuna”, Thaís Nardi Direção de Arte: Luana Castilho , Fernando Timba Trilha Sonora: Melvin Santana , Luedji Luna, Vinicius Calvitti Direção de Som: Andressa Clain Efeitos Especiais: Estevan Natolo Edição: Cristina Amaral Edição de Som: Guile Martins Elenco: Grace Passô, Kaik Pereira, Melvin SanthanaΩEntre melanina e planetas longínquos, o curta propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora. Diretor: Diego Paulino Roteiro: Diego Paulino Produtor: Victor Casé Direção de Produção: Claudia Alves Diretor de Fotografia: Leandro Caproni Direção de Arte: Maiara Del Pino Trilha Sonora: Jhonatta Vicente Som Direto: Diana Ragnole Direção de Som: Diana Ragnole Animação: Martin Namikawa Efeitos Especiais: Martin Namikawa Edição: Amanda Beça Edição de Som: Diana Ragnole, Diana Ragnole Elenco: Eric Oliveira, Félix Pimenta, Euvira , Aretha Sadick Produtora: Reptilia Produções TransmídiaMais um dia de silêncio entre Júnior e seu pai. O não dito que carrega desejos, afetos e memórias. Mas a noite chega, uma notícia também. O corpo represado de Júnior se irrompe. Diretor: Andrei Carvalho Roteiro: Andrei Carvalho Produtor: Amanda Soprani Direção de Produção: Vanessa Leal Diretor de Fotografia: Lucas Carrera Direção de Arte: José Lucas Alves Direção de Som: Matheus Borges, Caio Cavalheiro Edição: Luiz Mira Edição de Som: Roberto Carrera Elenco: Matheus Moura, Kayo Francisco, Sol do Rosário, Ronnald PinheiroDiante da dor, da solidão e do desespero, um homem negro assopra um cartucho de Super Nintendo em uma encruzilhada. Diretor: Leon Reis Roteiro: Leon Reis Produtor: Samara Cabral, Elvio Franklin Produção Executiva: Samara Cabral, Elvio Franklin Direção de Produção: Samara Cabral Diretor de Fotografia: Darwin Marinho, Rodrigo Ferreira Direção de Arte: Lídia dos Anjos, Paolla Martins Trilha Sonora: Gustavo Carvalho, Íron Cavalcante, Diego Fidelis, Mike Dutra Direção de Som: Marcelo Júnior, Tatiana Ferreira Animação: Ana Francelino Efeitos Especiais: Ana Francelino Edição: Clébson Oscar Edição de Som: Gustavo Carvalho, Mike Dutra Elenco: Polly Di, Felipe Oliveira, Lucas Limeira Produtora: Ateliê CasamataCecil prepara um chá de filmes clássicos e contemporâneos, e em cada copo o líquido apresenta uma cor diferente do sistema de cores aditivas, o RGB, levando rumo, tomando trajetos, e indo para um caminho certo. Diretor: Lico Cardoso, Thabata Vecchio Roteiro: Lico Cardoso, Douglas Barros, Thabata Vecchio Produtor: Edih Moreira, Roberto Maty Produção Executiva: Lico Cardoso Diretor de Fotografia: Douglas Barros Edição: Lico Cardoso Edição de Som: Lico Cardoso Elenco: Juno Araújo Produtora: Lentes Periféricas Agente Comercial: Lico CardosoA clássica história de amor na qual uma jovem encontra um jovem, com a exceção de que eles são negros e vivem numa cidade cheia de memórias embranquecidas. Diretor: Ana Julia Travia Roteiro: Ana Julia Travia Produtor: Beatriz Natalia, Fernando Esposito Diretor de Fotografia: Mariane Nunes Direção de Arte: Vinícius Ferreira Som Direto: Vanessa Silva Direção de Som: Vanessa Silva Edição: Piera Portasio Edição de Som: Mariana Vieira Elenco: Érica Ribeiro, Jorge Guerreiro, Fabiana Pimenta, Alice Marcone, Suzi CastroUma investigação sobre o homem negro a partir de Rômulo, um homem de 40 anos, morador da periferia de Salvador, estudante de História na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Diretor: David Aynan Roteiro: David Aynan Produtor: VINICIUS SILVA Produção Executiva: VINICIUS SILVA Direção de Produção: José Carlos Ferreira Diretor de Fotografia: EDVALDO JUNIOR Som Direto: David Aynan Edição: David Aynan, VINICIUS SILVA Elenco: Rômulo Carvalho, Samyr Uruhu, Luan Carvalho, Bureco Produtora: Palenque Filmes Agente Comercial: David AynanProvíncia de São Paulo, 1870. Amadi, um homem igbo escravizado, foge à procura de um suposto quilombo. Em seu encalço, dois capitães-do-mato com ordens de capturá-lo a todo custo. Mas a mata abriga mistérios que podem cercá-los em uma letal armadilha. Diretor: Elton de Almeida Roteiro: Elton de Almeida Produtor: Viviane Ferreira Produção Executiva: Viviane Ferreira Direção de Produção: Bruna dos Anjos Diretor de Fotografia: Luiz Augusto Moura Direção de Arte: Micaela Cyrino Trilha Sonora: Henrique Chiurciu, Sérgio Abdalla Direção de Som: Andressa Claim, Evelynn Santos Edição: Ana Julia Travia Edição de Som: Henrique Chiurciu, Sérgio Abdalla Elenco: Riggo Oliveira, Júlio Silvério, Antonio Salvador Produtora: Odun Filmes Agente Comercial: Elton de Almeida
Você já deve estar cansado de ouvir a expressão “representatividade importa”, mas reforço isso mais uma vez porque se ver no outro pode ser algo fundamental para exercitar a autoestima e o amor próprio.
A rapper Preta Rara participou do programa SuperBonita do GNT, apresentado por Camila Pitanga, no episódio que falava sobre beleza e corpos sem medidas. A rapper falou sobre muitas coisas, entre elas como uma capa de um álbum da Alcione foi um recurso usado por sua mãe para que Preta, quando era criança, valorizasse a sua beleza.
“Uma vez aconteceu algo bem difícil na escola. Eu cheguei chorando e minha mãe pegou um vinilzão da Alcione onde ela está de turbante, maravilhosa e minha mãe me disse ‘Olha você pode ser essa mulher aqui. Ela passou pelas mesmas coisas que você passou na escola. Olha como ela está bonita”. Preta Rara elogia a mãe, que apesar de pouco estudo, já sabia a importância das referências. “Minha mãe já fazia essas coisas antes da gente saber o nome”, detalha a rapper.
Capa do disco de Alcione “Nosso Nome: Resistência”de 1987
Camila Pitanga pergunta sofre as referências de beleza negra da artista que menciona Zezé Motta e Elza Soares.
Preta Rara certamente já é referência para muitas meninas e mulheres.
Confira a integra do programa abaixo que é uma injeção de autoestima para mulheres fora do padrão.
Recém-chegada do Festival de Cannes, onde esteve com o filme vencedor “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, Shirley Cruz comemora papel de destaque na trama das 19h na Rede Globo, a novela Bom Sucesso. Shirley interpreta Glaúcia e contraria os estereótipos relacionados a mulher negra na TV. Gláucia é uma personagem bem sucedida, lésbica, diretora comercial da editora fictícia Prado Monteiro e dona de si.
Segundo a atriz, a personagem não é de mandar recados e fala o que pensa para quem for. “O que ela tem de mais especial é seu espírito livre! É leve sem perder o pulso e, além de ser uma mulher de energia forte, é extremamente leal à família Prado Monteiro, o tipo de profissional que quer ver o bem da empresa. Gosto da naturalidade com que o tema da homossexualidade é tratado na trama, porque é assim que tem que ser. Ela não esconde o que e quem quer”.
Muitas atrizes negras são vistas em papeis estereotipados. Solange Couto, por exemplo, que fez parte da campanha “Senti na Pele”, criada pelo ator e jornalista, Ernesto Xavier e que denuncia o racismo vivido por atores negros nos papeis os quais eles interpretam, contou que de 37 personagens, 25 foram empregadas ou escravas, sendo que do total, apenas sete não foram personagens carregadas de estereótipos racistas.
”A televisão te coloca numa vitrine muito potente. Gláucia, minha personagem na novela Bom Sucesso, é uma mulher direta, segura, inteligente, bem sucedida e com um bom humor acima da média. Ela parece reunir todos os ingredientes para gerar a tal empatia que está escassa entre nós. Tenho consciência do tamanho da responsabilidade. Acho que minha presença traz esperança e orgulho, algo muito parecido com o que eu sentia quando via a Glória Maria, a Zezé Motta, Ruth de Souza e Lea Garcia. Tanto é que aqui estou eu. Para os racistas, a oportunidade de ver que somos tão capazes quanto eles e de uma certa forma, uma chance de conviver e desenvolver respeito”, comenta Shirley
Enquanto aguarda o lançamento de duas séries e dois filmes já gravados, a atriz, que tem 19 anos de carreiras e mais de 50 trabalhos no audiovisual, comenta a importância de fazer um papel na TV durante horário nobre e que vai contra esses aspectos.
Apesar de ter participações em outras novelas, para ela, a sensação é de estreia. “Desta vez poderei desenvolver uma personagem para contar uma história inteira, do início ao fim”, comemora a carioca residente em São Paulo, que recebeu da diretora Joana Clark a indicação para o papel. Em breve, será vista em “Jungle Pilot”, série com estreia prevista para setembro, no Universal Channel, onde interpreta Dalva, esposa do protagonista vivido por Demick Lopes. E também em “A Revolta dos Malês”, com direção de Jeferson De e Belisário Franca, onde interpreta Guilhermina, sua primeira protagonista.
Com mais de 30 filmes no currículo, em breve a atriz poderá ser vista também no longa-metragem “Pacified”, de Paxton Winters com produção da 20th Century Fox, ainda sem data para estreia. Além disso, é presença constante em séries da Fox, Universal Channel, Netflix, TV Globo, Canal Brasil e TV Record, e foi pré-selecionada à indicação do EmmyAwards (2011) pelo seu papel em “Filhos do Carnaval”, da HBO – onde, em paralelo à carreira de atriz, apresentou um programa sobre a série.
Shirley estreou como jornalista num projeto coordenado por Nizan Guanaes e dirigido por Luiz Gonzaga Mineiro, seu diretor também na equipe de jornalismo do SBT, na função de apresentadora e repórter, sob a coordenação de Ana Paula Padrão. É ainda a idealizadora da Cia. Contemporânea Mulher de Palavra, onde atua, produz e escreve, e que durante as olimpíadas estreou o espetáculo “Mulheres no Pódio“, falando da trajetória da mulher no esporte olímpico e paralímpico. Dentre os orgulhos inesquecíveis está a participação no projeto “Negro olhar”, com Milton Gonçalves e Ruth de Souza.
“Um defeito de Cor”, um clássico premiado da literatura negra será adaptado para uma “supersérie” (também conhecida como novela das 23h) que entrará na grade da Rede Globo em 2021.
A obra de Ana Maria Gonçalvesconta por meio da narração da protagonista Kehinde, detalhes de inúmeras tragédias pessoais durante o período de escravidão no Brasil, um dos mais longos da História.
Kehinde até os oito anos de idade vivia em Savalu, África. Após a morte da mãe e do irmão, ela, junto da avó e de Taiwo, sua irmã gêmea, viajam sem rumo e chegam a Uidá. Nessa cidade, as três são capturadas e jogadas em um navio negreiro com destino ao Brasil. Ao fim da viagem, Kehinde é a única sobrevivente da família.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Carlos Henrique Schoreder , diretor Geral da Globo, disse que o livro será uma das maiores séries da emissora. “Estamos trabalhando num grande épico, uma coisa bem complexa, que o Ricardo Waddington (diretor) tá quebrando a cabeça para resolver”.
Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus”, que recebeu o prêmio de melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2005, (pelo filme “Quase dois irmãos” ) está na equipe de adaptação que é supervisionada pelo sambista e escritor especializado em cultura africanas Nei Lopes.
O rapper Thiago Elniño apresenta mais uma música inédita do próximo disco “Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos“, a música “Pretos Novos“, um rap que fica entre um trap com texturas orgânicas e o boombap, música agressiva e direta ao ponto, inspirando-se em nomes como Dead Prez, N.W.A., EarthGang, Marcus Garvey e Malcolm X. O videoclipe tem direção de Lincoln Pires.
“Em algum momento, o rap brasileiro da década de 90, que trazia um discurso cru e forte contra o racismo, passou a ser apontado por uma nova geração como algo superado, liricamente empobrecido, repetitivo, careta e até inocente em sua fé de que alguma coisa pudesse realmente mudar. Só que foi justamente esse rap que não só nos inspirou como também deu esperança e motivou a começar e continuar produzindo. Por isso, respeitosamente tentamos manter viva aquela energia”, explica Thiago.
Nas primeiras imagens, um jovem preto é mostrado sendo velado dentro de casa, dando a impressão de que aquela é uma realidade comum. E, de fato, é. Isso porque, de acordo com o Atlas da Violência 2019, 75,5% das pessoas assassinadas no Brasil são negras. A mensagem que fica, nas entrelinhas e fora delas, é um grito de basta.
Na letra, as rimas debochadas do artista o colocam no papel de um personagem mais velho, além de zombeteiro, tal qual um Exú, encontrando eco com o papo reto de Vibox, Anarka, D’Ogum e DenVin, todos integrantes do grupo Projeto Preto, junto DJ Gabs, membros da nova escola no rap paulista.
“Nesse som, estou dizendo que por mais que esteja difícil, a gente vai morrer lutando, cantando e acreditando que o dia dos pretos vai chegar. Aliás, morrer lutando é um traço de dignidade e respeito ancestral para nós”, finaliza a o artista.
Vários cantinhos do continente africano podem ser encontrados aqui no Brasil. No entanto, qual é a cor das pessoas que faturam com o turismo afro que atrai pessoas até de fora do país? E como essas pessoas que detém o poder econômico faturando em cima cultura negra, tratam a nós, os afrodescendentes?
Dentro desse cenário é algo a ser festejado o fato que a Diáspora Black, startup com foco no turismo afrocentrado, conseguiu em apenas duas semanas arrecadar R$ 600 mil em uma campanha de financiamento promovida pela Vox Capital, empresa com que investe em projetos de impacto social. Ao todo, foram 86 investidores que entraram com, no mínimo, R$ 1 mil cada um.
A Diáspora Black organiza visitas a Quilombos, passeios para conhecer a história negra em Salvador em São Paulo entre outras ações, mas sua principal atividade é conectar viajantes à anfitriões que querem alugar seu imóvel para turistas.
Jéssica Silva, gestora da área de Impacto Social da Vox Capital explica o sucesso da campanha e dá dicas para quem quiser buscar esse tipo de apoio para o seu próprio projeto.
Como se explica a rapidez e o sucesso nessa campanha da Diáspora Black?
Teve várias “primeiras vezes” envolvidas nesse processo. Foi a primeira vez que fizemos um investimento coletivo, então não sabíamos qual seria o timing. Tivemos feedbacks positivos dos investidores e foi uma novidade para gente falar com o público no varejo. Falar com essas pessoas que puderam fazer investimentos com tickets menores foi muito positivo.
O nível de engajamento dos investidores foi bem legal. O investidor sempre tem grandes preocupações, mas de maneira geral, a reação foi positiva. Era um grande desejo que eu tinha de ampliar o espectro da Vox, principalmente olhando para todas as desigualdades raciais.
Qual é a importância desses investimentos para negócios de empreendedores negros?
É importante olhar a comunidade negra como protagonista da história e não somente como beneficiária de produtos e serviços. Isso tem para mim um poder de transformação e geração de riqueza enormes. Por isso tenho muito interesse em ver outros empreendedores negros com startups entrando nesse mercado de Venture Capital, nesse mundo de inovação. Estamos de portas abertas, estamos procurando produtos e serviços que tenham um componente de tecnologia para resolver problemas sociais e diminuir as desigualdades. Olhamos para o setor Saúde, Educação e Educação Financeira.
Jéssica Silva da Vox Capital (Foto: Reprodução Linkedin)
O que o empreendedor que quiser fazer uma parceria com a Vox para capitar investimentos deve fazer?
Para gente é importante que ele tenha um produto ou serviço existente e validado. Tem que ter um histórico de venda, o track record, que a gente chama. No caso da Diáspora, eles já tinham números, já estavam operando.
O musical “Dona Ivone Lara” estreia a temporada paulista no dia 29, no Teatro Sérgio Cardoso, após grande sucesso no Rio de Janeiro. Escrito e dirigido por Elísio Lopes Jr, tendo boa parte do processo auxiliado pela própria Dona Ivone, o espetáculo traz a atriz angolana, Heloísa Jorge, que interpreta “Gilda“, em “A Dona do Pedaço“, novela exibida às 21h na Rede Globo, ao lado de Dandara Mariana e Fernanda Jacob, em fases diferentes da sambista.
A cantora é mostrada em sua fase menina (Dandara Mariana), adulta (Heloísa Jorge) e madura (Fernanda Jacob). Elísio também dirige outros projetos na TV e cinema. Assina todos os programas estrelados por Lázaro Ramos e também é roteirista de “Medida Provisória”, filme de estreia de Lázaro como diretor. Além disso, ele também dirige “Tia Má Com a Língua Solta”, primeiro stand up estrelado por uma mulher negra e um sucesso nacional.
Já Heloísa, recentemente apresentou o “Prêmio Sim à Igualdade Racial“, cantando e dançando, além de apresentar a festa da representatividade. A atriz, que reside no Brasil desde os 10 anos, também está no badalado projeto infantil “Viagens da Caixa Mágica”, com Lázaro Ramos e Jarbas Bittencourt.
O espetáculo “Dona Ivone Lara” retrata a vida e a obra da cantora e compositora brasileira Yvonne Lara da Costa, mais conhecida como Dona Ivone Lara, e carinhosamente chamada de A Rainha do Samba. Tem samba no pé, poesia na garganta e a história de uma heroína brasileira. Uma mulher que foi no “miudinho” e encontrou o seu espaço na música popular brasileira.
O espetáculo “Oboró – Masculinidades Negras”, retrata a realidade do homem negro, que vive à margem de uma sociedade onde está longe de ser prioridade e busca ganhar a vida na sombra cruel em que habita, mesmo diante das dificuldades, desafios e lutas. A estreia será hoje e a temporada vai até dia 1° de setembro, de quinta a sábado, às 19h e domingo, às 18h, no Teatro Sesi, na Avenida Graça Aranha, n° 1, Centro (RJ).
Em Yorubá, o termo “Oboró” é utilizado para designar Orixás do sexo masculino. A peça tem direção de Rodrigo França e elenco formado pelos atores Cridemar Aquino, Danrley Ferreira, Draysson Menezzes, Ernesto Xavier, Jonathan Fontella, Luciano Vidigal, Marcelo Dias, Orlando Caldeira, Reinaldo Júnior e Sidney Santiago Kuanza. Escrita por Adalberto Neto, apresenta os conflitos de vida dos homens que eles interpretam. Cada personagem apresenta características de um, entre os Orixás: Exu, Ogum, Oxóssi, Omolu, Xangô, Oxumaré, Osanyin, Logun Edé e Oxalá.
A hipersexualização do corpo negro, a busca pela perfeição em troca de um lugar ao sol e os riscos de habitar uma pele preta, são alguns dos temas abordados. São nove situações que traçam um paralelo da realidade desses homens da sociedade, permeadas por muita música e dança.
Os ingressos custam R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia, faixa etária 14 anos. Para comprar, acesse: http://www.ingressorapido.com.
O espetáculo “Defeito’s de Família”, após sucesso de público na última temporada, volta à cena de 29 de agosto até 1º de setembro, sendo quinta e sexta às 19 horas, e sábado e domingo às 18 horas, no Teatro Gregório de Mattos, localizado na Praça Castro Alves, em Salvador. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). No feriado da Independência do Brasil, o grupo pega a estrada. Nos dias 7 e 8 de setembro, a equipe fará a peça no Cine Theatro Cachoeirano, em Cachoeira, Bahia.
A direção é de Maurício Pedreira, e apresenta uma atualização do clássico de 1870, do autor França Júnior, ao deslocar a história da família Novais para Salvador em pleno século XXI, e propõe a reflexão sobre questões da previdência social, desmatamento para construção do BRT, “jeitinho brasileiro”, entre outros temas. Com banda ao vivo em cena e gargalhadas garantidas, o espetáculo se desenvolve através de um segredo que envolve um “defeito” de Josefina (Jéssica Marques). Tal problema direciona as ações e comportamentos do enredo.
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Na história, Matias (Alan Luís) é um capitão de cavalaria que espera a visita de Arthur de Miranda (Vinicius Caires), um jovem baiano de Feira de Santana, filho de um rico fazendeiro, com quem pretende unir sua filha Josefina por meio dos laços da Santa Madre Igreja. Porém, a jovem esconde as visitas de André Barata (Júnior Moreira Bordalo) e este segredo que compartilha apenas com sua mãe, Dona Gertudres (Lailane Dórea). O atrapalhado criado estrangeiro, Ronald (Kaio Douglas), xodó de Senhor Matias, descobre as visitas secretas e, julgando erradamente, resolve dar fim a esta “pouca vergonha” tramando um plano para desmascarar as mulheres da casa. Finalmente, depois de inúmeros e divertidos eventos será descoberto qual é o defeito que tanto constrange o núcleo familiar.
Segundo o diretor, a motivação de revisitar o texto surgiu da vontade de entender quais eram os seus defeitos e quais “defeitos” que foram impostos pela sociedade em sua família. “A inquietação seguiu ao estudar a obra de França Júnior e perceber a luta do autor ao denunciar em seus trabalhos os benefícios que os estrangeiros, primeiro-mundistas, tinham no Brasil colonial em contraste aos próprios brasileiros que aqui viviam e também as lambanças que a família real portuguesa aprontava nestas terras tropicais. Logo percebi um link direto de 1870 com os tempos atuais. Os anos passaram e a nossa evolução ainda é pequena referente aos costumes que tínhamos. Essa obra vem para friccionar estes conceitos e quem sabe buscarmos a evolução social a partir do teatro com o rompimento dos rígidos alicerces que foram construídos pelo colonialismo conservador”, desejou.