Com reconhecimento internacional e consagrada como um dos maiores eventos para comunidade negra no Brasil, a Feira Preta celebra os seus 15 anos, nesse domingo, dia 11, em São Paulo, com uma edição repleta de atividades para todos os público e claro, fazendo o black money girar.
“Teremos uma programação riquíssima no domingo. Lançamento de livros com as editoras Nandyala e Kitabu. Espaço infantil, roda de samba em homenagem ao centenário do samba. Palco musical com MC Sofia, clube do balanço contando a história do samba rock em um show musical. Fióti convida Emicida, As Bahias e A Cozinha Mineira, Mahumadi e finalizamos com o Baile Black Bom convida a Thulla Exposição de HQ e de ilustradores negros. Alem da presença de 100 afro empreendedores”, resume Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta.
O evento deste ano acontecerá no Espaço PRO-MAGNO, na Casa Verde bairro que possui a maior concentração da população negra (segundo dados divulgados pela Prefeitura de São Paulo) e consequentemente é considerada um dos grandes berços da cultura negra na cidade. A cultura predominante é a do samba, comportando mais de 20 escolas de samba, 4 delas pertencentes ao grupo especial.
As festas Don’t Touch My Hair e Wine levam suas DJs para uma discotecagem com o melhor do dancehall, rap, funk, R&B e trap.
Mais uma vez, a Feira Preta traz o lounge Pret@ Digital, que promove diálogos sobre as diferentes narrativas sobre negritude criadas nas redes ou que as usam como plataforma de fortalecimento, divulgação, etc. Abriga influenciadores digitais, blogueiros e youtubers.
A programação ainda conta com Feira de HQs, com quadrinhos e ilustradores negros, que tenham em seu trabalho a linguagem afropop.
Espaço Kids
Vai levar as crianças? Confira as opções da Feira Preta deste ano.
São Paulo, por ser uma cidade multicultural e globalizada, apesar das desigualdades sociais evidentes, proporciona a seus habitantes a possibilidade de acessos diversificados e qualitativos, inerentes ao tipo de construção social da localidade. Assim, este ambiente influenciador, seguido do processo de ascensão social, aumento do poder aquisitivo, políticas públicas direcionadas e ações afirmativas favoráveis às consideradas minorias sociais, provocou um forte investimento no capital intelectual, o que teve como um de seus desdobramentos a mudança perceptível do comportamento de uma parcela significativa da população negra em diversos campos do consumo. Esta democratização, oriunda do empoderamento de uma parcela maior de afro-brasileiros, deu início a um processo de construção de um novo perfil de consumidor.
Foto: Yegide Matthews
CONCEITO
Na consultoria ETNUS, entendemos por Afroconsumo um movimento de contracultura, que considera a influência direta ou indireta das características étnico-raciais nas experiências do consumo, consciente ou inconscientemente, protagonizando a estética e as características raciais e culturais intrínsecas aos afrodescendentes. Esta disruptura surge como expressão das demandas de sujeitos ainda invisíveis aos olhos do mercado em sua totalidade (comunicação, produção industrial etc), que passam a exigir que suas individualidades e especificidades sejam consideradas e respeitadas. Esta união de pessoas pela identidade e necessidade potencializa o surgimento de um novo nicho de consumo, colocando os afro-brasileiros no centro dos estudos.
BRASIL DO FUTURO: EUA E NIGÉRIA, MODELOS DE UM AFROCONSUMO MADURO
Semelhante ao contexto contemporâneo brasileiro, nos Estados Unidos, durante o período da segregação racial institucionalizada, quase que por uma questão de sobrevivência, criou-se uma sociedade de consumo alternativa para contemplar essa procura pulsante por representação. Moda, cinema, música e educação foram alguns dos segmentos mais marcantes na formação dessa nova produção de consumo norte-americana, iniciada no final dos anos 60. Hoje, os afro-americanos, assistidos pelas lutas sociais, políticas afirmativas e empoderamento econômico, apesar de configurarem apenas 12% da população estadunidense, atuam com força representativa relevante na sociedade de consumo americana. Conforme estudo realizado pela Nielsen Company, estima-se que atualmente os afro-americanos consumam por ano, aproximadamente, 1,1 trilhões de dólares e, até 2017, esse valor alcançará a casa dos 1,3 trilhões de dólares.
Movimento parecido acontece na Nigéria, onde o principal exemplo é o da segunda maior indústria cinematográfica do mundo, a Nollywood, surgida a partir de uma ausência de representatividade dos nigerianos, que consumiam apenas filmes de pessoas brancas sem relação étnico-racial. Além disso, uma crise financeira na década de 80 alavancou o olhar à indústria local, induzindo um processo de produção representativa da população desse país africano. Atualmente, esse consumo direcionado é responsável por uma receita de 800 milhões de dólares ao ano.
Foto: Afropop – Cine Nollywood
Ambos os movimentos de afroconsumo anteriormente citados têm em comum o surgimento por uma questão de necessidade social ou identitária – o reconhecimento estético – que acarreta uma mudança de comportamento de consumo, proveniente dos avanços das lutas sociais, empoderamento intelectual e econômico, culminando no surgimento de novos mercados direcionados, produzidos ou não pela comunidade negra. Outra marca extremamente interessante é o crescimento desse nicho de mercado, que com o passar dos anos se consolida significativamente. Nos Estados Unidos, por exemplo, projeta-se um aumento de 2 bilhões de dólares no período de 2015 a 2017.
No Brasil, a TBWA fez uma das primeiras estimativas sobre rendimento anual da classe média negra brasileira, no ano de 1998, chegando a um valor de R$ 46 bilhões ao ano. Ainda, apareceram informações importantes a respeito do comportamento de consumo dessas pessoas: 36% dos entrevistados queriam sabonetes especiais, 31%, roupas com motivos africanos, enquanto 27% reclamaram que não existiam temperos mais fortes no mercado. Naquele momento, a gerente de marketing da primeira empresa nacional a lançar uma linha exclusiva para negros, a Nazca Cosméticos, Veronica Wolff, em entrevista para a Revista Época, creditava a este público a responsabilidade por 13% de todo o faturamento da corporação.
Em outro levantamento, a pesquisa feita pelo Data Popular aponta que já em 2007 o rendimento anual dessa classe econômica específica estava em torno de R$ 337 bilhões, passando a R$ 554 bilhões em 2010, com crescimento de 38%. Atualmente, os últimos números apontam para uma movimentação rente à R$ 800 bilhões ao ano.
Fonte: ETNUS | Afroconsumo, Data Popular e TBWA.
Portanto, uma vez aceita a mudança geral no comportamento do consumidor de massa, que deixou a passividade e passou a buscar pertencimento, e colocando como coadjuvante as diferenças de classes, podemos interpretar o afroconsumo sob o viés do conceito de “cauda longa”, bem difundido por Chris Anderson em seu livro “A Cauda Longa (2006)”, que afirma que nichos/demandas personalizadas são características deste novo momento de consumo.
Parafraseando a professora norte-americana, Sonya Grier, especialista em raça e etnia no mercado “O marketing direcionado é a base de uma estratégia de marketing eficaz e é movido pelo reconhecimento de que uma abordagem “indiferenciada” não funciona mais entre consumidores diversificados e sofisticados”. Este novo consumidor anseia por uma construção de relação.
Cerca de 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados todos os anos no Brasil. São 63 por dia, um a cada 23 minutos. Os números são do Mapa Da Violência de 2014, produzido com base em números oficiais do Ministério da Saúde. Resgatar as histórias de vidas abreviadas e reduzidas em estatísticas e problematizar as diversas formas de violências que atingem a juventude negra brasileira são objetivos do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, lançado pela Revista Afirmativa.
A iniciativa premiará reportagens inéditas de jornalistas recém-formados e estudantes de jornalismo. Os três primeiros colocados serão premiados com R$ 2.000.00, R$1.200 e R$500,00, respectivamente, e terão seus textos publicados no portal da revista. Já o material selecionado em primeiro lugar também será veiculado na edição impressa, que terá 50% de sua tiragem distribuída gratuitamente em cursos pré-vestibular comunitários e articulações de jovens negros da Bahia.
Os apaixonados por séries tem a oportunidade de criar seu próprio roteiro e participar de todas as etapas de produção de uma vídeo-série, lançada no Youtube. Os proponentes das primeiras três propostas selecionadas passarão por oficinas de mídia livre, produção audiovisual e telejornalismo. A iniciativa contempla uma bolsa auxilio durante a realização do projeto.
“Na imprensa convencional temas como auto de resistência, violência obstétrica, protagonismo da mulher negra, costumam ser negligenciados. Iniciativas como este Prêmio, permitem que estes grupos ‘esquecidos’, ocupem o lugar de fala, o que inclusive é marca em nossa Revista” explica Jonas Pinheiro, um dos editores da Afirmativa.
As inscrições podem ser realizadas até o dia 15 de dezembro deste ano no site da Revista Afirmativa . O projeto é financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos e tem apoio do Odara Instituto da Mulher Negra e do coletivo de cinema negro Tela Preta. Confira os editais:
CAMPANHA – No período que antecedeu o fim da escravidão no Brasil, o jornalismo já era utilizado na luta pela abolição, através de pasquins. Este é um dos principais registros do inicio das produções de mídia negra no país.
Hoje nas TVS, rádios, revistas, jornais e plataformas digitais, o compromisso na luta pela possibilidade de acesso a um jornalismo polifônico e auto representativo continua. A frente do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, a Revista Afirmativa é um coletivo de mídia negra criado em 2013, que protagoniza ações sociais pelos direitos da juventude, direito à livre comunicação e à cultura.
“Ao longo da história, década por década, atualizamos as formas de produzir, compartilhar, noticiar. Em tempos em que o ódio racista, classista, fundamentalista cristão investe tudo contra nossa humanidade, as mídias negras e livres precisam estar cada vez mais fortalecidas”, é o que enfatiza Alane Reis, coordenadora do projeto.
A campanha de divulgação do projeto celebra a atuação de comunicadores negros. André Luís Santana, Camila de Moraes, Jamile Menezes, Juliana Dias, Luciane Neves, Maíra Azevedo, Midiãn Noelle, Mônica Santana, Monique Evelle, Naiara Oliveira, Rita Batista, Vânia Dias e Yuri Silva são os profissionais que compartilharam suas imagens, trajetórias e opiniões para fortalecer e dar vida a iniciativa.
“Todo jornalista tem o dever de combater o racismo e todas as formas de preconceito que têm matado os nossos jovens. Isso não é militância política pura e simples como já tentaram depreciar essa ação ao longo do tempo, mas o compromisso com a sua ética profissional e responsabilidade social”, afirma Cleidiana Ramos, que atua como jornalista do projeto Flor de Dendê.
Opinião semelhante compartilhada pela jornalista Midiã Noelle. “Ser jornalista é uma tarefa árdua, desafiante, que requer ética e foco para garantir que as informações sejam transmitidas de forma correta e coerente à população. E ser jornalista negro nos dá o diferencial de lutar por direitos e, contra o racismo, a partir da nossa própria percepção e sobrevivência cotidiana”, conclui.
Acompanhe a campanha pelo Facebook e Instagram @revistaafirmativa
“Se o desmatamento das florestas não pode ser visto de forma natural, a presença maciça de afro-brasileiros nos bolsões de miséria também não”, explica o professor e pesquisador Nelson Inocêncio, em seu artigo “Racismo ambiental: derivação de um problema histórico”. Esse conceito pouco discutido no Brasil explica, entre outras coisas, que as populações em áreas periféricas sem saneamento básico, portanto mais sujeitas a doenças são em sua maioria negra. Podemos somar a essa reflexão a questão da violência, cujas as vítimas também são majoritariamente de pele escura e vivem e sobrevivem, dentro de espaços abandonados pelo Estado, de forma que seria leviano analisar os agentes e vítimas da violência, sem se fazer um recorte racial do cenário.
(Tânia Rêgo/Agência Brasil)
“As pessoas que integram tais contingentes não são seres abstratos, elas possuem características fenotípicas que evidenciam seus pertencimentos a segmentos étnico-raciais, cujas identidades culturais também não devem ser subestimadas” completa Inocêncio.
Dados de 2012 da Anistia Internacional obtidos em uma ampla pesquisa sobre a cor das vítimas e homicídio, apontam que a cada duas horas, 7 jovens entre 19-25 anos, são assassinados. Dentro desse grupo 93% são homens e 77% são negros e somente 8% dessas mortes foram ou estão sendo investigadas. Não por acaso, a região Nordeste, onde há a maior concentração de afrodescendentes no Brasil é a que apresenta índices recordes de homicídios contra jovens negros sendo 10 vezes maior que a média nacional. Onde há mais negros há mais homicídios.
Ato em memória do jovem Johnatha (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Das guardas imperiais à Polícia Militar
“Nas províncias brasileiras, por toda a colônia e império, os fazendeiros, coronéis e lideranças políticas tinham guardas regionais e familiares que tinham como principal função capturar negro fugidos. O grande medo das elites quando acaba a escravidão, era a revolta dos negros. A polícia cumpre essa tarefa historicamente, ela existe para conter rebeliões e garantir a segurança de quem tem patrimônio”, explica o Editor do Blog Negro Belchior e professor da Uneafro e Douglas Belchior.
Um dia antes da ocupação das tropas federais na favela da Maré, policiais revistam carros, moradores (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
O professor ainda explica que quando o Brasil passa a ser república acontece uma revisão no sistema penal brasileiro que institui uma série de regras, normas e leis que criminalizam os negros. “Novamente a polícia entra para o cumprimento dessa lei que é racista onde há a lei da vadiagem, a que criminaliza a capoeira, o candomblé a umbanda, tem a redução da idade penal de 14 para 9 anos”, detalha Belchior.
Negros fardados contra negros sem farda
O educador da comunidade de Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, Jota Marques, também faz um paralelo entre passado e futuro ao explicar a atuação da polícia. A região está em um intenso conflito entre policias e traficantes e após da queda de um helicóptero da polícia, os ataques se intensificaram e ainda ganharam um respaldo jurídico para revistar invadir as casas dos moradores, em uma “medida” excepcional autorizada pela juíza estadual Angélica dos Santos Costa, no dia 21 de novembro. “A gente segue respirando e sentindo os reflexos dos tempos escravocratas. Quando eu olho para o Estado a forma que ele realiza a segurança pública, não posso deixar de refletir da relação dos capitães do mato com a polícia militar brasileira. Há diferenças gigantescas, mas ainda existe comportamentos ali no seio do sistema que retomam esses tempos anteriores”, reflete Marques.
(Tânia Rêgo/Agência Brasil)
O trabalho sujo feito pelos capitães do mato é também boa parte das atividades realizadas por policiais de baixo escalão, que são negros em sua maioria. “Trabalho sujo é entendido como atividades que embora sejam necessárias são desagradáveis ou tidas como menos importantes. E, consequentemente, delegadas aos sujeitos que não possuem as características que convirjam com os requisitos da ordem moral vigente”, explica Aline Maia Nascimento especialista em segurança pública em sua tese de Mestrado “Tem que ter raça”. Polícia Militar como ascensão social negra. No estudo ela ainda usa dados de relatório: “O que pensam os profissionais de segurança pública, no Brasil. Ministério da Justiça, A Secretaria Nacional de Segurança Pública”, que mostra que 58% dos praças, militares de categorias inferiores são como cabos e soldados são negros, contra 39,6% de brancos e apenas 28% dos delegados são afrodescendentes.
“Minha luta é contra o Estado e sistema que faz a gestão disso. Essa é uma guerra alimentada e criada por senhores da Casa Grande que tornam a convivência e a empatia desses homens comuns, impossível. O resultado disso é a higienização social da sociedade. Bingo para casa grande e a estrutura. Eles nos colocam em tabelas e números e calculam quantas pessoas tem que morrer e pelotão para fazer isso”, analisa Marques.
Crianças sem referências, sem educação e sem esperança
O racismo Institucional banalizou os rostos negros em cenários de pobreza e violência e nem as crianças escapam dessa maldição. Os pequenos afro-brasileiros, nascidos nas comunidades são tratados como marginais nas ruas. Dentro de casa, são criadas por pais, avós ou membros da família que vivem em situações de estresses causadas pela violência explícita a poucos metros de da porta de casa, sem contar as dificuldades econômicas e de acesso à educação. Como criar uma criança em clima de terrorismo constante? Dia, noite, no meio ou final da semana. A qualquer momento a calma pode ser interrompida por troca de tiros e corpos ensanguentados pelo chão. Como vítimas ou testemunhas, as crianças são personagens dessa triste história.
(Tânia Rêgo/Agência Brasil)
“A maioria das crianças nas comunidades nem sabe que é negra e estereotipada pela nossa sociedade. Elas ainda estão muito cruas dentro dessa opressão. Elas não recebem nenhum estímulo, nem dos pais. Essa é a realidade deles, eles não conhecem outra”, explica Juliana Luna colaborada em projetos no Morro da Providência. “Elas refletem o meio que elas vivem e não tem um comportamento típico infantil, eles são bem agressivas”, relatada Luna que acrescenta que educação vem de forma muito primária e muitas crianças das comunidades, não têm acesso a leitura. “Hoje um menino de 12 anos não conseguia ler um exercício”, exemplifica a voluntária.
O crescente número de homicídios mostra que o processo de pacificação por meio das Unidades de Polícia Pacificadora falhou. Resta a reflexão: será o que o Estado realmente tem interesse em tornar as comunidades em um ambiente pacífico? Quantas gerações ficarão à margem da sociedade, privados dos direitos mais básicos e sem perspectiva de futuro? Apesar de assalariados e com o direito de ir em vir, garantido por lei, muitos moradores das comunidades brasileiras, são a prova de que os resquícios da escravidão, como opressão, violência e territorialismo estão fortemente presentes da vida cotidiana dessas pessoas.
A propósito, daqui à aproximadamente 20 minutos, mais um jovem negro estará morto, vítima de arma de fogo.
UNEAFRO Brasil recebe inscrições para 200 bolsas-permanência voltadas para estudantes de cursinhos populares e comunitários
Pelo terceiro ano seguido, o Movimento UNEafro Brasil selecionará jovens que frequentam (ou pretendem frequentar) um cursinho pré-vestibular comunitário ou de preparação para o Enem, para receberem bolsas mensais voltadas a contribuir com o estudo, formação e amadurecimento de seu papel na sociedade.
O valor mensal do benefício é de R$ 450,00, depositado em conta pessoal do estudante, que é responsável por gerir este valor.
A arte como política. O teatro como ativismo e resistência. O espaço afro-centrado Aparelha Luzia recebe nesse final de semana a peça “Corpo_Notícia :um relato sobre amor e violência”, interpretada e criada pelos atores Clarice Santos e Marco Antonio Fera.
“Falamos de negritude a partir de nós mesmos, das nossas experiências que são comuns coletivamente, a partir de nossas lembranças, nossas famílias, construímos um espetáculo que fale das mazelas impostas por um estado que institucionaliza a violência e o racismo”, explica o ator Marco Antonio Fera.
Fotos do espetáculo Corpo Notícia (Divulgaçã)
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De acordo com ele, o público pode esperar um “encontro preto”. “Nos relacionamos com o publico, é uma contação de historias, é uma troca de experiencias, onde o publico também é participativo. Quando pensamos em corpo noticia, pensamos em receber pessoas em nosso quintal e falar de nossas questões, que nos ouçam e reflitam junto com nós, as possibilidades de melhorias do negro no Brasil”, finaliza Fera. Serviço: “Corpo_Notícia :um relato sobre amor e violência”
Onde:Aparelha Luzia. Rua: Apa, 78 Campos Elísios.
Quando: Sábado, 26.11 às 20h.
Entrada Gratuita.
Realização: Grupo Trança de Teatro
Ficha técnica:
Interpretes criadores: Clarice Santos e Marco Antonio Fera Músicos: Dj Kinder Adriano e Oziel Antunes Dramaturgia: Daiana de Moura Direção: Raphael Garcia Coreografa: Renata Rocha Preparação Corporal: Soraya Machado Preparação de ator: Sidney Santiago Preparação vocal: Zack Rodrigues Iluminação: Luiz Fernando Figurinos: Isa Santos Áudio Visual e fotografia: Rennan Castor e Julio Jota Material Gráfico: Juliana Macedo Consultor de pesquisa: Marco Pereira Produtor geral: Marco Antonio Fera
Celebridades, intelectuais, polítícos, artistas, atletas e convidados prestigiaram na noite dessa última segunda-feira, 21, o evento mais badalado do ano para comunidade negra, o Troféu Raça Negra, promovido pela ONG Afrobras.
A cerimonia repleta de protocolos dignos de Oscar, dedicou sua 14a edição à cantora Elza Soares, homenageada pelos cantores Chico César, B-Negão e Liniker. Ela também fez uma apresentação ao vivo provando ser uma das vozes mais femininas e potentes do Brasil.
Morte de jovens negros
Se o prestígio da mulher do fim do mundo é um consenso, o mesmo não se pode dizer do Governador de São Paulo Geraldo Alckim que esteve presente no evento. Logo após a performance de canção “A Carne”, feita por Chico César e B-Negão, pessoas da plateia começaram a gritar. “Geraldo assassino” e “Fim da PM”.
Um dos vários momentos emocionantes do evento foi a homenagem à Sheila Cristina Nogueira 46 anos, mãe do jovem negro Carlos Eduardo Nogueira da Silva 19 anos morto com uma bala perdida no Morro do Querosene, no Rio de Janeiro.
“Todos nós só conseguiremos nos dar a chance de ser feliz, se vivermos numa sociedade que nos dá a chance se sermos dignos”, disse Ministra Presidente do STF Dra. Carmen Lúcia durante seu discurso.
Glamour e beleza negra
Vestidos longos, penteados e muitos selfies com celebridades. O Troféu Raça Negra é um grande evento para quem quer chegar pertinho do seu ídolo. As Miss Brasil 2016 Raissa Santana, Miss Brasil 1986 Deise Nunes e Miss São Paulo 2016 São Paulo Sabrina Paiva levaram sua beleza e simpatia para o “Oscar Negro”
Os apresentadores Kenia Dia e Érico Brás além do talento, esbajanram beleza e bom humor para segurar um evento tão longo em plena segunda feira.
Confira a lista dos homenageados
Elza Soares: cantora
Carmen Lúcia: Presidente do Supremo Tribunal Federal
Arlindo Cruz: cantor
Raul Botelho: Tenente-Brigadeiro do ar, da Aeronáutica Brasileira
Papa Paul Kisolokele: religioso de Angola
Kim Cape: secretária geral do GBHEM- presidente do fundo norte-americano de investimentos do Instituto Metodista de Serviços Educacionais
Arnaldo Niskier: escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Rafaela Silva: judoca ganhadora da medalha de ouro nas olimpíadas do Rio 2016
Cláudio Lamachia: presidente do Conselho Federal da OAB
Sheila Cristina Nogueira da Silva: mãe de Carlos Eduardo (19 anos), assassinado por uma bala perdida no Rio de Janeiro
David Uip: Secretário da Saúde do Estado de São Paulo
Sabrina de Paiva: miss São Paulo 2016
Mauro Silva: Campeão da Seleção Brasileira e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol
Rodney Williams: vice-presidente da Microsoft Brasil
Raissa Santana: miss Brasil 2016
Francisco Macena: chefe de gabinete da Prefeitura de São Paulo
Walter Feldman: presidente da Federação Paulista de Futebol
Após seu disco de estreia, autorretrato , elogiado pela crítica e nomeado como um dos melhores trabalhos de 2014, o multitarefa Nego E, apresenta-nos o Oceano, renovando e reafirmando seus posicionamentos e maturidades, pessoais e musicais. Questionando ainda mais o racismo presente em nossa sociedade e buscando ocupar todos os espaços em que permeia.
‘Do morro pro asfalto, da quebrada p ro centro’, com Rincon Sapiência, navegando por águas que misturam a urbanidade com o íntimo de Nego E, como em ‘ Homem Ao Mar’, com participação de Hanifah, traz reflexões e influências diversificadas, que partem da conversa de um adulto com sua criança interior dentro da sonoridade delicada entre as cordas de um violão e sopros em gaitas em ‘ H á De Trazer’, para a mensagem de despedida recitada em ‘Âncora’ até ”Lua Negra”, que aponta as mazelas em que a sociedade afro-brasileira enfrenta, mas que traz esperança de novos tempos e mudanças de paradigmas.
Refletindo suas vivências e, o trabalho explora diferentes vertentes da música negra, reforçando desde a moderna trap music às batidas do mia mi bass e funk, como em ‘Metamorfose de Narciso’ e ‘Valsalva’, que traz Jé Santiago e Drik Barbosa mostrando novas influências até se reinventar com o beat de house de ‘Levar Pra Vila’, com as participações de Filiph Neo e DCazz.
Mantendo o tradicional boombap em suas produções, ‘ Labirinto’ demonstra diversos infinitos particulares com as participações de Helibrown, Sadiki e RT Mallone.
“Oceano é um trabalho contemplativo, uma imersão entre minhas maiores alegrias e minhas piores depressões, meu maior e melhor trabalho até agora, buscando sempre ser melhor naquilo que faço, independente do que seja. Segui a risca meu próprio conselho de’ninguém acreditar em mim até eu acreditar em mim’.”
Criando diferentes climas GROU e The Munir assinam a maioria das produções do trabalho, Saile e Robson Heloyn participaram ativamente do processo de criação e também possibilitou aos jovens Egydiio e LR Beats encontrar o experiente e multi-instrumentista Filiph Neo, com as colaborações de Nicolas Carneiro, DJ Faul, Pé Beat e DJ Nyack, todos estiveram imersos durante longas sessões de estúdio, que possibilitaram diversas opções, equilíbrio e pluralidade entre as faixas.
Entre profundos mergulhos em bravos mares e flutuantes descansos em águas cristalinas, Nego E faz um convite à imersão, a sair do raso e do que é confortável aos olhos e ouvidos, navegue, afunde, salve-se, hidrate-se, seja seu próprio Oceano.
“As crianças não brincam de brincar, elas brincam de verdade”, dizia Mario Quintana. Brincar é coisa séria e envolve formação de valores, referências e até caráter quase com a mesma intensidade do que se absorve conhecimento na escola ou da família. Você pode fazer uma branda leitura psicológica de uma criança pela maneira que ela brinca, quais seus critérios para escolher determinado brinquedo e a forma que interage com ele sozinha ou com amigos.
A historiadora e empresária Jaciane Melquiades que apesar de ganhar sua primeira boneca negra apenas na fase adulta, viu na produção de brinquedos não só um filão de negócios, mas uma maneira de ajudar crianças negras a se amarem ao se sentirem representadas. Seu filho Matias, ficou famosos nas Redes Sociais, justamente por exaltar sua felicidade ao se identificar com o boneco Finn, da última versão do Star Wars. No comando, junto com seu marido da “Era uma vez o Mundo”, empresa de brinquedos afro-centrados e personalizados, ela satisfaz seus clientes com bonecas que representam a diversidade da mulher negra, pelas cores de pele e cabelo e abusa dos tecidos afros e turbantes.
Nessa entrevista para o site Mundo Negro, Jaciane que também faz parte do coletivo Meninas Black Power, fala sobre brincadeira, maternidade, representatividade e afro-empreendedorismo.
Mundo Negro: Qual foi seu primeiro contato com bonecas negras? Teve alguma na infância?
Jaciane: A primeira boneca negra que tive foi um presente aos 22 anos. Meu namorado (que hoje é meu marido) fez uma pra mim. Parecia comigo, era de tecido, tinha tranças como as que eu usava na época. Tenho ela guardada.
Quando criança lembro que eu sonhava com a Barbie e tive uma só. Um presente da minha avó. Lembro ainda de como eu passava dias inteiros fingindo ser aquela boneca e vivia com uma toalha na cabeça.
Livro de pano, super fofo da Era uma vez no mundo
Como mãe, de que forma os brinquedos afro-centrados surgiram na sua casa e de que forma você acha que eles contribuem para auto-estima do seu filho?
Quando engravidamos aqui em casa, começamos a nos preocupar com as referências que nosso filho teria. Somos educadores e discutimos desde sempre vários aspectos da educação dele. A mudança começou por mim, pelos cabelos e interferiu até no meu trabalho, que foi todo orientado para questões raciais.
Estudo questões raciais desde a universidade e o filho fez com que essas questões fossem materializadas.Inicialmente em brinquedos para ele, e depois, ampliando para comercialização. Percebemos nessa preocupação com ele, um nicho de mercado.
Nosso filho está crescendo com uma imagem muito positiva de si mesmo pois consegue se ver em diversos espaços nas brincadeiras. Criamos até um super-herói no qual ele pudesse se reconhecer, o Super Black Power, que apresenta a história dos Orixás, do Egito e a importância de sabermos nossa história para crescermos fortes.
O Matias está tendo o privilégio de crescer cercado de pessoas negras engajadas, que ocupam lugares de poder, está cercado de espelhos positivos e tem brinquedos que o representa. Quando ele vê na TV, por exemplo, algum programa que não tem crianças negras, ele pergunta se o desenho / programa é racista, bem diferente de quando não temos referências positivas. Quando falta a referência, acabamos pensando em mudar nossos traços, nosso cabelo e tudo o que nos caracteriza. Matias sabe que é lindo e está construindo uma identidade muito forte.
Menino pode brincar de boneca sim, certo: E de que forma brincar com bonecas negras pode mudar a visão dos meninos sobre as mulheres negras?
Aqui em casa brinquedo é coisa de criança. Bonecas inclusive. Acreditamos que em nossa comunidade precisamos fortalecer todas as pessoas negras. No caso da boneca negra, com as características negras, há uma ampliação do conceito de beleza estética mesmo. Nossas bonecas são muito diferentes umas das outras: são gordas, magras, umas maiores, outras menores, repeitando essa diversidade que nos caracteriza. Esses elementos lúdicos acabam forjando nosso olhar sobre nós mesmos, mas sobre o outro também. Perceber beleza, fofura, numa boneca negra, cuidar de uma boneca negra como se fosse bebê, nos coloca no lugar de humanidade que tanto discutimos. E apresentar todos esses elementos para meninos também colabora para a formação dessa subjetividade positiva no seu olhar sobre a mulher negra.
Dandara: Boneca de turbante e vestido afro da Era uma vez um mundo
Como surgiu a Era uma vez o mundo? E quais foram os pontos altos e baixos até agora?
A “Era uma vez o mundo surgiu” em 2008, como uma forma de complementar renda quando ainda éramos estudantes universitários. Em 2013, quando me envolvi com o trabalho educativo do coletivo Meninas Black Power, direcionamos nosso empenho para materiais afrocentrados. Temos 3 anos focados na elaboração de brinquedos educativos afrocentrados: 3 livros infantis publicados, um deles, o Erê, foi distribuído para toda a rede de escolas infantis da prefeitura do Rio de Janeiro; uma exposição artística que já esteve no Rio e em São Paulo, com bonecas negras representando mulheres importantes na luta antirracista e suas biografias; um livro saindo do forno, o Ibejis, e agora a Dandara, uma boneca de pano colecionável, sustentável e que tem como lema ser toda e qualquer mulher negra e ocupar qualquer espaço em termos profissionais.
2016 foi o ano em que resolvemos nos estruturar de fato como empresa e partimos para 2017 com boas perspectivas na criação de brinquedos representativos. Os pontos baixos acredito que tenham relação somente com investimentos que possibilitam a ampliação da produção.
Porque você acha que no Brasil, ao contrário dos EUA, não tem bonecas negras e pior ainda tentam vender as morenas, como se fosse tudo igual?
No Brasil temos um movimento de apagamento de nossa História. O racismo aqui opera no apagamento de nossos símbolos. Pardo não tem história pré escravidão, mulato é forjado nesse período escravista e moreno segue nesta mesma linha de apagamento. Esses termos todos são possíveis e aceitos por conta desse apagamento de nossa história, que não é a da escravidão. Nossa História é Africana e mesmo esse resgate é muito dificultado pela forma como fomos trazidos pra cá. Se pensarmos a partir do Brasil, temos Histórias de luta e resistência que nos são negadas na escola e nos espaços de produção de saber, logo, sem heróis ou espelhos positivos desde a infância, como vender bonecas negras?
Vemos reflexo disso na produção dos brinquedos, das bonecas, na forma como a mídia pinça nossos talentos e insere os cachos e a morenice como termos mais “palatáveis e vendáveis”. E falo dessa grande mídia que tem como base estruturante o racismo. O cabelo crespo, a pele retinta, o nariz largo ainda são recusados por essa grande mídia, e ela, infelizmente, ainda informa e forja o “gosto” do Brasileiro.
Atrelado ao trabalho de confecção e venda de brinquedos / bonecas, temos que ampliar o trabalho educativo, que permite a construção de um olhar positivo sobre a negritude. Um trabalho educativo de nós para nós, de recontar nossa história.
Como você avaliar o black money dentro da comunidade negra brasileiira? Compramos dos nossos?
Ainda não estamos nesse lugar. Estamos nesse movimento de fortalecimento do afro-empreendedorismo e começando a ampliar a consciência da necessidade de fazer a riqueza circular entre nós. Eu sempre bato na tecla da educação: nós, empreendedores, precisamos trazer essa responsabilidade pra nós também, já que um cliente compra não só um produto, mas nos ouve também. Conversar com o cliente e difundir a importância dessa compra, falar sobre nossa produção que é pensada em um público específico, e alertar sobre as possíveis apropriações que venhamos a sofrer. Os grandes empresários já estão nos olhando como mercado consumidor e, com poder de produção, pinçam pessoas representativas para que vendam produtos pra nós. Precisamos estar todos atentos a este movimento. Precisamos sempre fortalecer as razões que tornam importantes a compra dos nossos produtos que são feitos pensados na nossa comunidade, precisamos nos olhar mais como colaboradores que como concorrentes também. Temos que ampliar, e muto, nosso diálogo interno.
Ainda não somos o grupo que detém a riqueza nem o poder de mídia, mas a internet vem possibilitando que criemos nossos próprios conteúdos, estamos ampliando as falas sobre o Black Money e os lugares de poder que ocupamos. Só precisamos de foco pra que seja realmente uma emancipação.
O evento MoveOut – técnicas e metodologia para inovação, criatividade e empreendedorismo é uma iniciativa inédita que tem a intenção de reunir o maior número de profissionais negros dos setores de inovação, tecnologia e empreendedorismo. No dia 26 de novembro, na incubadora de Projetos Sociais, dos 30 profissionais e pesquisadores que estarão no evento 98% são negros, os mesmos que estarão liderando workshops gratuitos para empreendedores, afroempreendedores e estudantes na mais nova iniciativa do projeto de empreendedorismo do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Zumbi dos Palmares, destinada ainda há dar visibilidade a Lei Municipal do Afroempreendedor.
A proposta de realização do MoveOut é a resposta a um post nas redes sociais publicado por um designer repudiando uma atitude de racismo sofrido por um profissional de marketing digital, em novembro de 2015. Neste mesmo post, o designer lança o desafio: que tal realizar um evento para mostrar quantos profissionais negros estão fazendo a diferença no mercado? Ao sinalizar um dos docentes do curso de Publicidade da Zumbi, o desafio foi aceito pela equipe de docentes e discentes.
O MoveOut ainda terá um canal no Youtube sobre dicas e entrevistas profissionais negros do setor de economia criativa visando o afroeemprendedor, bem como uma rede que promova as próximas versões do evento e outros com temáticas específicas de inovação e criatividade.
Hoje são poucos negros que atuam nessas áreas do setor e que a princípio esta afirmação
poderia ser verdadeira ao considerar apenas as publicações dos grandes eventos do setor em que não há negros figurando na programação. Entretanto, assim que a proposta foi feita reuni-los em um único evento, o resultado foi diferente.
Cada arena contará com quatro workshops, cada um com duas horas de duração, com foco em dinâmicas de aprendizagem sobre criatividade, invocação, comunicação, internet das coisas, bigdata e empreendedorismo sem termos em inglês, técnicos e complexos.
Segundo a curadora do evento, profª. Lina Moreira, o objetivo é aproximar os pequenos e médios afrompreendedores, assim como quem pretende empreender ou esta em busca de compreender as tendências de inovação e como aplica-la aos seus negócios. “O desafio dos profissionais que reunimos é tornar este conhecimento acessível para desmistificar que estes assuntos são possíveis apenas para grandes empresas”.
Outro diferencial da metodologia dos workshops do MoveOut é a abordagem das dinâmicas que foram elaboradas a partir de exemplos pessoais dos profissionais. “Estamos apostando na troca de experiências, às vezes é mais fácil aprender, entender o processo de criação ou planejamento de uma pessoa com características parecidas com as minhas, do que recitar modelos pensados por teóricos que nunca ouvi falar na vida. Pode ser até a mesma metodologia do cientista, mas a empatia com a história da pessoa pode favorecer o aprendizado. Praticamos isto na rotina do curso de Publicidade e hoje contamos com publicitários que elaboram negócios em conjunto coma experiência da marca e sua comunicação”, afirma Lina Moreira.
Entre os profissionais que constam na programação do MoveOut há representantes do comitê afro dos funcionários da IBM, AVANDE, coordenadores de pesquisas em inovação dos programas de Pós-graduação da Universidade Federal do Grande ABC, UNESP, diretores da Associação Brasileira de Startup e Rede de Afroempreendedores, profissionais liberais, empreendedores e colaboradores de empresas de renome nacional.
Serviço:
MoveOut – técnicas e aplicações em inovação, criatividade e empreendedorismo
Data: 26 de novembro.
Horário: 9h às 19h
Local: Incubadora de Projetos Sociais – Otto Alencar, 270, Cambuci – São Paulo
700 vagas gratuitas
Mais informações: Lina Moreira – Curadora
lina.moreira@zumbidospalmares.edu.br Produtores alunos do Moveout:
email: marketing.moveout@gmail.com