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Courtney B. Vance substitui Lance Reddick no papel de Zeus na série ‘Percy Jackson e os Olimpianos’

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Courtney B. Vance. (Foto: Lauren Margit Jones)

Courtney B. Vance será o novo Zeus da série ‘Percy Jackson e os Olimpianos’, confirmou a Variety nesta segunda-feira (25). O ator vai substituir Lance Reddick, que deu vida ao personagem na primeira temporada, e faleceu aos 60 anos no ano passado.

Zeus, o deus grego do céu, é também o pai da semideusa Thalia Grace (recentemente anunciada como interpretada por Tamara Smart). Na primeira temporada, Zeus, vivido por Reddick, acusa Percy (Walker Scobell) de roubar seu raio mestre. Essa acusação leva Percy e seus amigos, Annabeth (Leah Sava Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri), a embarcarem em uma jornada para recuperá-lo e evitar uma guerra entre os deuses.

Lance Reddick como Zeus na série ‘Percy Jackson e os Olimpianos’ (Foto: Divulgação)

‘Percy Jackson e os Olimpianos’ adapta a saga infanto juvenil de Rick Riordan, narrando a história do jovem filho do deus grego Poseidon que passa a viver em um acampamento repleto de outros descendentes das divindades do Olimpo.

Vance é conhecido por seus papéis nas aclamadas séries ‘Lovecraft Country’, ‘O Povo Contra O.J. Simpson: American Crime Story’, e ‘Lei e Ordem: Crimes Premeditados’.

A primeira temporada de ‘Percy Jackson e os Olimpianos’ está disponível no Disney+.

Romance e admiração: Cynthia Erivo e Lena Waithe reforçam conexão no lançamento de Wicked

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Foto: Getty Images

O relacionamento entre a atriz Cynthia Erivo e a roteirista Lena Waithe voltou aos holofotes durante a temporada de estreias do filme Wicked. Enquanto Erivo brilha como Elphaba, Waithe demonstrou apoio incondicional à namorada, marcando presença nas estreias em Los Angeles, nos Estados Unidos, e Londres, capital do Reino Unido, e celebrando o filme nas redes sociais.

“Esta jornada foi longa e pavimentada com tijolos amarelos brilhantes”, escreveu Cynthia em um post no Instagram em 21 de novembro, acompanhada de fotos dos bastidores. “Nós rimos e choramos, demos as mãos e caminhamos lado a lado. […] Fomos irrevogavelmente mudados para sempre.” Lena, que também compartilhou elogios ao filme, repostou críticas positivas, incluindo uma que descrevia Wicked como “uma produção cinematográfica que está a todo vapor”.

O romance entre Cynthia e Lena tornou-se público em junho de 2022, mas a amizade entre as duas começou anos antes. Elas se conheceram no Met Gala de 2018, um encontro que Lena descreveu como marcante: “Eu a tinha visto em A Cor Púrpura duas vezes, lembro de vê-la na TV quando Oprah falou sobre isso e pensei: ‘Quem é essa pessoa pequena com sotaque britânico? Estamos curtindo desde então’”, disse a criadora de The Chi à Variety em 2020.

Na época do primeiro encontro, Lena estava noiva de Alana Mayo, com quem se casou em uma cerimônia privada em 2019. No entanto, a união terminou poucos meses depois, com rumores de infidelidade ganhando espaço na mídia. Apesar das especulações, Erivo e Waithe mantiveram discrição até confirmarem o relacionamento ao aparecerem de mãos dadas no Alvin Ailey Spirit Gala em Nova York, em junho de 2022.

Foto: Getty Images

A parceria entre o casal não se limita à vida pessoal. Waithe frequentemente destaca o talento de Erivo e a importância de suas conquistas, como no caso da estreia de Wicked. Prova desse apoio foi a escolha de Lena de usar verde na première, em homenagem à personagem de Cynthia no filme.

Além disso, Waithe registrou um momento especial em que Cynthia cantou uma música natalina durante um evento, compartilhando o vídeo nas redes sociais.

Pesquisa Datafolha revela que 60% dos pardos no Brasil não se consideram negros

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Foto: Reprodução/Freepik

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 5 e 7 de novembro de 2024, com 2.004 pessoas em 113 municípios brasileiros, revelou que a maioria dos brasileiros que se autodeclaram pardos não se identifica como negros. O estudo apontou que, enquanto 40% dos pardos se consideram negros, 60% afirmam que não se veem dessa forma. O levantamento teve margem de erro de 2 pontos percentuais para o total da amostra e de até 5 pontos para o público negro.

De acordo com a pesquisa, entre os brasileiros que se identificam como pretos, 96% se consideram negros, enquanto apenas 4% não se enxergam dessa maneira. No entanto, essa diferenciação de identidade é mais complexa entre os pardos, cuja percepção de pertencimento racial é moldada por fatores sociais e culturais variados. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil, o grupo negro é constituído por pessoas autodeclaras pretas ou pardas.

“Mas tem muito autodeclarado pardo que não é negro mesmo não. Vamos lembrar que o Caetano veloso se declara pardo. Isso não significa que exista uma parcela de pessoas desracializadas. Muitos destes são lidos socialmente como brancos, mesmo que não se vejam assim”, escreveu o mestre em antropologia social, Mauro Baracho, em seus stories ao comentar a notícia publicada originalmente pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa também reitera que 65% da população brasileira acredita que a categoria “negro” deve incluir tanto pretos quanto pardos, com esse percentual crescendo para 77% entre os próprios negros. No entanto, 67% dos pardos consideram que a soma de pretos e pardos representa a totalidade da população negra.

Socialmente, pessoas autodeclaradas negras pertencem ao grupo racial que descende de pessoas africanas e que foram sequestradas em África e trazidas para o Brasil no processo de escravização. Desde então, pessoas negras vem sofrendo com o racismo mesmo após a abolição, em que não receberam qualquer tipo de reparação pelo trabalho forçado e sem remuneração. As ações afirmativas hoje buscam reparar as consequências sofridas pelos descendentes de africanos que até hoje continuam a lidar com as consequências do racismo e da violência que a escravização gerou. Tudo isso torna fundamental que pessoas que não pertençam ao grupo negro, pretos e pardos, conforme orienta o IBGE, evitem usar esse reconhecimento que parece equívoco para se beneficiar de direitos que não são direcionados a eles.

“Você gosta de cabelo duro? Você gosta de neguinha?”: Gaviões da Fiel desliga Ana Paula Minerato após fala racista contra cantora

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A Gaviões da Fiel desligou, nesta segunda-feira (25), Ana Paula Minerato, musa da escola de samba, após o vazamento de áudios em que a influenciadora faz comentários racistas direcionados à cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca, durante uma conversa com o rapper Kt Gomez. Nos áudios, Minerato questiona Gomez de forma pejorativa: “Você gosta de cabelo duro? Você gosta de neguinha? Eu não sabia que você gostava de mina do cabelo duro. Você gosta de mina do cabelo duro, de neguinha?”. Ela ainda ridiculariza a aparência de Ananda, chamando-a de “feia” e insinuando sua ascendência africana de forma depreciativa: “Porque isso aí é neguinha, né? Alguém ali, ou o pai ou a mãe, veio da África e tá na cara, né?”.

A diretoria da Gaviões divulgou um comunicado anunciando o desligamento de Minerato. No texto, assinado pela diretoria e pela Comissão de Carnaval, a escola afirmou: “O combate ao racismo é uma luta permanente do Gaviões da Fiel, que se posiciona de forma intransigente contra qualquer atitude discriminatória. Não toleramos comportamentos que desrespeitem a igualdade e a dignidade humana, pilares fundamentais do nosso compromisso com a sociedade”.

A situação também levanta um contraste com a trajetória recente de Minerato na Gaviões. Em 2022, ela desfilou pela escola no Grupo Especial com uma fantasia estampada com a palavra “Basta”, título do samba-enredo que abordava desigualdade social e escravidão. O enredo discutia o papel dos senhores de engenho que enriqueceram por meio do trabalho de homens e mulheres escravizados.

A polêmica ocorre enquanto a Gaviões se prepara para apresentar no Carnaval 2025 seu primeiro enredo afro, “Irin Ajó Emi Ojisé”, uma homenagem às máscaras usadas em rituais do continente africano, assinado pelos carnavalescos Júlio Poloni e Rayner Pereira. A cantora Ananda, alvo dos ataques, afirmou que tomará medidas legais contra Minerato. “Não tenho medo de você, não. Agora você vai ver o que arrumou. O buraco vai ser mais embaixo. E tu vai querer aguentar. Não foi mulher para falar?”, declarou a artista, que teve seu cabelo descrito como “duro” e foi chamada de “neguinha” nos áudios que circularam na internet.

“Nossa arte se torna alvo de um ataque tão vergonhoso”: Melanina Carioca se posiciona sobre o caso
Em nota de repúdio publicada nesta segunda-feira, o grupo Melanina Carioca destacou o ataque sofrido por Ananda, classificando as falas como “absolutamente inaceitáveis” e um reflexo da “realidade cruel enfrentada por muitas pessoas negras todos os dias”. A banda também mencionou que o ocorrido coincidiu com o lançamento de sua nova música no Dia da Consciência Negra, uma celebração da luta contra o racismo. “Nesse momento de comemoração e conscientização, nossa arte se torna alvo de um ataque tão vergonhoso”, afirmou o grupo na nota. O texto também agradece o apoio recebido por Ananda após a divulgação do caso.

Estado de Alagoas confirma falecimento de criança de 4 anos, vítima de acidente na Serra da Barriga

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Foto: ASCOM/Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde do Alagoas (Sesau) confirmou, nesta segunda-feira, 25, a morte de uma criança de 4 anos, subindo para 18 o total de óbitos no grave acidente envolvendo um ônibus de turismo na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL). O acidente, que ocorreu na tarde de domingo, 24, deixou também dezenas de feridos e mobilizou uma grande operação de resgate.

Segundo informações atualizadas, 16 vítimas morreram ainda no local da tragédia, enquanto uma gestante faleceu no domingo após ser levada ao Hospital Regional da Mata (HRM). A criança de 4 anos estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, mas, infelizmente, não resistiu.

Das 28 pessoas socorridas e levadas ao HRM, 12 foram transferidas para o HGE, enquanto 16 seguem em atendimento na unidade de União dos Palmares. A Secretaria de Saúde, junto ao Samu e ao Corpo de Bombeiros, permanece monitorando o estado de saúde dos sobreviventes.

O ônibus levava cerca de 50 passageiros para o projeto cultural Pôr do Sol Cultural, no parque memorial Quilombo dos Palmares, quando o motorista perdeu o controle do veículo e caiu em uma ribanceira. A área, de difícil acesso, exigiu a mobilização de helicópteros, ambulâncias de suporte avançado e diversas equipes de resgate.

A tragédia ocorre em um mês emblemático para a memória afro-brasileira, no qual a Serra da Barriga, símbolo da resistência negra, atrai milhares de visitantes para as celebrações da Consciência Negra. Autoridades, como as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Anielle Franco (Igualdade Racial), lamentaram o ocorrido e manifestaram solidariedade às vítimas.

O governador Paulo Dantas decretou luto oficial de três dias no estado. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, enquanto o governo reforça o apoio às famílias dos mortos e feridos.

Ônibus a caminho do Quilombo dos Palmares cai em ribanceira e deixa 23 mortos

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ATUALIZAÇÃO: De acordo com informações atualizadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas na noite deste domingo, “17 pessoas perderam a vida no grave acidente envolvendo um ônibus na Serra da Barriga”.

Um ônibus de turismo caiu em uma ribanceira na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), na tarde deste domingo, 24, deixando 23 mortos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Entre as vítimas fatais estão 22 pessoas que morreram no local e uma gestante que não resistiu após ser hospitalizada.

O acidente mobilizou uma grande operação de resgate, já que a área onde ocorreu é de difícil acesso. Segundo o Corpo de Bombeiros, o ônibus subia a serra, patrimônio histórico ligado à resistência negra no Brasil, levando cerca de 50 passageiros para o projeto Pôr do Sol Cultural, que acontece aos domingos no parque memorial Quilombo dos Palmares, quando o motorista perdeu o controle e o veículo despencou.

Foram mobilizados 29 agentes e diversos recursos, incluindo duas viaturas de autorresgate, duas de autossalvamento, três unidades de suporte básico, três de suporte avançado e um helicóptero aeromédico. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 14h47 para atender à ocorrência.
A tenente-coronel Elaine Monteiro, coordenadora do programa Salva Mais, destacou a complexidade da operação em razão da topografia do local. Sobreviventes estão sendo atendidos em unidades de saúde da região, mas o estado de saúde deles ainda não foi divulgado oficialmente.

O acidente ocorreu em uma área de grande relevância cultural e histórica. A Serra da Barriga, reconhecida como símbolo da resistência negra, atrai milhares de visitantes durante o mês de novembro devido às celebrações da Consciência Negra. No sábado, 23, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, esteve na região para participar de um evento sobre a ancestralidade e a história do Quilombo dos Palmares.

Após o acidente, Margareth lamentou o ocorrido e afirmou que está acompanhando as ações de resgate. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se manifestou nas redes sociais. “Muito impactada com a notícia do trágico acidente […] Quero prestar minha total solidariedade às vítimas e seus familiares”, declarou.Anielle destacou ainda que a tragédia ocorreu em um momento emblemático para a memória afro-brasileira. “Em um mês tão importante para todo o país, da Consciência Negra, essa tragédia nos entristece ainda mais profundamente”, afirmou a ministra.

As autoridades locais ainda não divulgaram as causas do acidente nem o número exato de sobreviventes. O governo de Alagoas declarou que está prestando apoio às vítimas e seus familiares.

Elisama Santos estreia na literatura infantil e ensina lições de coragem e amizade para os pequenos

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Foto: Reprodução/Instagram

A psicanalista Elisama Santos, conhecida por best-sellers sobre educação não violenta e saúde mental, lança seu primeiro livro infantil, ‘O Primeiro Mergulho’. Com ilustrações da premiada artista Ana Cardoso, a obra chega às livrarias apresentando uma delicada narrativa sobre coragem, amizade e superação, protagonizada por um grupo de tartaruguinhas.

A trama começa com o nascimento das pequenas tartarugas marinhas em uma praia, prontas para seguir rumo ao mar. Porém, uma delas se depara com o medo, que a impede de avançar. É a partir desse conflito que o livro explora o valor das amizades e da cooperação para vencer desafios, trazendo reflexões tanto para crianças quanto para os adultos que as acompanham.

Com ‘O Primeiro Mergulho‘, a autora se aventura pela literatura infantil, trazendo sua visão sensível e acolhedora para um novo público. A obra já está disponível em livrarias e plataformas digitais.

Reconhecida por obras como Por Que Gritamos?, Conversas Corajosas e Educação Não Violenta, a autora tem sua escrita voltada para temas como a maternidade, relacionamentos e a comunicação não violenta. Na TV, apresentou o programa SAC das Emoções no GNT e, nas redes sociais, compartilha reflexões sobre a vida cotidiana com sensibilidade e humor.

Após exibições nos EUA, Antonio Pitanga apresenta o filme ‘Malês’ no Recôncavo Afro Festival

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Foto: Ellen Katarine

O filme ‘Malês’ ainda nem estreou nos cinemas, mas já está fazendo muito sucesso mundo afora! Neste mês de novembro, o diretor Antonio Pitanga e a sua filha e atriz Camila Pitanga, estiveram nos Estados Unidos para exibir o longa nas universidades de Harvard, Pensilvânia e Princeton. Na trama, Antonio interpreta Pacífico Licutan e Camila dá vida a Sabina.

Após apresentações internacionais, a obra que reconta a história sobre a Revolta dos Malês, maior levante de negros escravizados do Brasil ocorrido em 1835, também integrou a programação do Recôncavo Afro Festival. Antonio Pitanga desembarcou em Cachoeira, na Bahia, na última sexta-feira (22), para uma sessão inédita no Cine Theatro Cachoeirano. Nesta, ele estava acompanhado do seu filho e ator Rocco Pitanga, que interpreta Dassalu, Samira Carvalho, representada pela jovem guerreira Abayome.

Os artistas participaram de um bate-papo com os espectadores e endossaram a importância de produções audiovisuais que discutam a a história e o protagonismo do povo negro. A mesa foi mediada pela curadora Everlane Moraes.

Foto: Ellen Katarine

“A Bahia é o maior griô do Brasil. Temos um manancial de histórias que o país não conhece. Universidades, professores, reitores… tenho encontrado com eles nessas sessões que tenho feito e percebo que muitos não conhecem a história. No entanto, fizemos o filme na Bahia e antes de terminar a edição e montagem, fomos convidados por três universidades americanas”, disse Antonio Pitanga.

‘Malês’ estreia nos cinemas em 2025.

Vini Jr. recebe certificado oficializando origem camaronesa após teste de ancestralidade”

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Foto: Reprodução

Antes da partida da Seleção Brasileira contra o Uruguai, que aconteceu na última terça-feira, 21, na Arena Fonte Nova, em Salvador, Vinicius Junior foi o centro de uma ação promovida pela CBF para revelar as raízes africanas do atacante. Como parte da campanha “Raízes de Ouro”, Vini Jr. recebeu um certificado que oficializa sua ancestralidade camaronesa, identificada por meio de um teste genético realizado pela AfricanAncestry.com.

O documento, entregue pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e pela fundadora da empresa, Gina Paige, revelou que os antepassados do jogador pertencem aos povos Tikar, do Camarões. A cerimônia ocorreu no gramado, durante o aquecimento, com a presença do pai de Vini.

O certificado faz parte de uma iniciativa maior da entidade para valorizar as contribuições da cultura afro-brasileira e destacar a ligação histórica entre a Seleção e as raízes africanas. Segundo Gina Paige, a entrega do documento é uma forma de reparar apagamentos históricos e celebrar as histórias que moldam os afrodescendentes.

Silvio Guindane assume direção da nova temporada da série ‘Sankofa – A África que Habita o Brasil’

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Silvio Guindane (Foto: Guto Costa)

Após sucesso com ‘Mussum, O Filmis’, o cineasta Silvio Guindane retorna para dirigir a série ‘Sankofa – A África que Habita o Brasil’, que terá a segunda temporada exibida na TV e no streaming em 2025. A sequência, em etapa de filmagens, documenta os locais emblemáticos que guardam memórias de resistência da cultura afro-brasileira no território colonizado.

Essa nova continuidade está sendo formatada no gênero road-movies, levando o diretor a percorrer mais de 20 mil quilômetros, o equivalente a uma volta inteira pelo Brasil. A jornada está sendo capturada por fotografias da antropóloga e retratista Mariana Maiara, aluna da escola Januário Garcia (1943-2021), renomado fotógrafo documentarista das experiências afrodescendentes nas dimensões social, política, cultural e econômica.

Juntos, Silvio e Maiara, essa que também assume a apresentação do projeto, registram marcos históricos que simbolizam a continuidade da luta por identidade. Os destinos incluem o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, o Quilombo do Malunguinho, em Pernambuco, a Praça da Liberdade, em São Paulo, e a Pedra do Sal, no Rio de Janeiro. Além de personagens, irmandades e festividades em Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Tocantins, Bahia, Ceará e Maranhão.

Quilombo do Malunguinho (Foto: Mariana Maiara)

Para o diretor Silvio Guindane, documentar a história afro-brasileira é inédito. “Minha experiência como ator sempre esteve ligada à ficção, onde personagens canalizavam as questões raciais de forma mais lúdica ou dramática. Com Sankofa, tenho a oportunidade de encarar esse tema de uma maneira muito mais visceral. A realidade, sem filtros ou encenações, nos convida a refletir sobre o quanto as histórias de resistência são urgentes e ainda precisam ser contadas, principalmente por quem as vive de fato”, observa.

Já para Mariana Maiara, o desafio é quebrar estereótipos. “Minha formação acadêmica me impulsionou a desenvolver um olhar atento e sensível, capaz de questionar e refletir sobre os lugares que visitamos, considerando suas dimensões históricas, sociais e culturais. Em cada entrevista, encontro uma oportunidade de aprendizado e confronto entre o presente e um passado que, frequentemente, não se encontra nos livros de história, mas permanece vivo nas memórias, tradições, celebrações e nos corpos do povo afro-brasileiro”, revela.

“Sankofa – A África que Habita o Brasil” é uma produção da FBL Criação + Produção em coprodução com a RioFilme da Prefeitura do Rio de Janeiro. O roteiro é baseado pelo estudo “Inventário dos lugares de memória do tráfico atlântico de escravos e da história dos africanos escravizados no Brasil”, realizado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense em parceria com o Projeto Rota dos Escravos, da Unesco.

Quilombo do Malunguinho (Foto: Mariana Maiara)

A primeira temporada de “Sankofa – A África que Te Habita” foi exibida em 2020 nos canais brasileiros Prime Box Brazil, TV Brasil e Futura, além da RTP em Portugal e África, e na Netflix Brasil e Portugal. Essa fase inicial registrou lugares de memória em nove países africanos ao longo das rotas do tráfico transatlântico, revelando as conexões culturais com o Brasil.

A série teve uma recepção positiva do público, especialmente por educadores e pesquisadores, estabelecendo-se como um importante recurso pedagógico no contexto da Lei 10.639/2003, que determina o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

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