Home Blog Page 114

Ruanda oficialmente na corrida pela Fórmula 1

0
Foto: Centric Hotel

Ruanda, um país que há décadas vem superando expectativas e desafiando estereótipos comumente associados a países africanos, está prestes a dar mais um passo ousado: sediar uma etapa da Fórmula 1. Isso não só poderá mudar o mapa da F1, como também ser uma grande vitrine para as conquistas de Ruanda nos pilares de ESG (sigla em inglês para as áreas ambiental, social e governança), já que o país tem se destacado globalmente como um exemplo de transformação. 

Em 2017, 23 anos após o genocídio que foi retratado no filme Hotel Ruanda, foi reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial como um dos 10 países mais seguros do mundo. Esse nível de segurança é um reflexo direto de sua política de governança sólida e seu compromisso em criar um ambiente estável para residentes e visitantes.

Outro aspecto marcante é a limpeza do país. Em Ruanda, o uso de sacolas plásticas é proibido desde 2008, uma medida pioneira que tornou suas cidades, especialmente a capital, Kigali, um modelo de sustentabilidade ambiental. Imagine assistir a um Grande Prêmio da Fórmula 1 em um cenário limpo, organizado e alinhado com os objetivos globais de sustentabilidade!

Paul Kagame, presidente do país desde 2000, é conhecido por priorizar a reconciliação nacional, reduzir tensões étnicas e capacitar as mulheres, destacando-se como um defensor do empoderamento feminino. Ruanda, sob sua liderança, foi o primeiro país do mundo a ter um parlamento com maioria feminina, em 2003. Essa ênfase na igualdade de gênero coloca Ruanda como uma referência em governança moderna e impacta diretamente o desenvolvimento social.

O heptacampeão da F1, Lewis Hamilton é um dos grandes defensores do retorno do esporte ao continente africano, afirmou ser este o momento certo. Em entrevista à BBC News, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, expressou seu entusiasmo com a oficialização da candidatura: “Estamos muito felizes em anunciar que Ruanda está concorrendo para trazer a emoção das corridas de volta à África, sediando um Grande Prêmio de Fórmula 1.”

Não seria a primeira vez de uma F1 em solo africano, visto que Marrocos e África do Sul já sediaram, mas a última competição no continente aconteceu em 1993, quando a nação de Mandela ainda sofria com resquícios do apartheid, o que gerou boicotes e pressões para que a Fórmula 1 deixasse de correr no país.

Se concretizada, essa parceria entre Ruanda e a F1 representará muito mais do que corridas emocionantes, pois trará discussões importantes sobre como eventos globais podem colaborar para o desenvolvimento sustentável de países emergentes, mostrará ao mundo a beleza e a diversidade do continente africano, estará dando um importante passo para promover a diversidade e a inclusão no esporte, além de causar um impacto positivo na economia local, gerando empregos e atraindo turistas. Será um exemplo de como esporte, inovação e sustentabilidade podem caminhar juntos, enquanto Ruanda mostra ao mundo que a África é potência e merece estar no centro do palco global.

Câmara de Salvador aprova projeto para adaptar capelos de formatura a cabelos afro

0
Foto: Divulgação/Agência Gut//Vult

A Câmara Municipal de Salvador aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei que estabelece que as escolas da rede municipal de ensino da capital baiana utilizem capelos adaptados para cabelos afro, cacheados, crespos e volumosos durante as cerimônias de formatura.

“A aprovação do projeto por unanimidade demonstra que esta Casa compreende a importância da inclusão, sobretudo no campo da educação. Esperamos que o prefeito tenha a sensibilidade de sancionar essa lei”, afirmou a vereadora responsável pela apresentação do Projeto de Lei nº 80/2024, Marta Rodrigues (PT).

A parlamentar destacou que a proposta visa combater o racismo estrutural, promover a inclusão e garantir que estudantes com cabelos afro sintam-se representados em eventos marcantes, como formaturas. “Os capelos têm um forte simbolismo para os estudantes e fazem parte de um rito de passagem. É constrangedor que muitos precisem segurá-los na mão em um momento tão importante porque o modelo não foi pensado para eles”, justificou.

A proposta também busca inspirar mudanças na esfera estadual e federal. “Os espaços de poder e produção de conhecimento precisam ser transformados para não reproduzir o racismo estrutural. Apesar da política de cotas ter ampliado o acesso de pessoas negras às universidades, esses espaços ainda valorizam a padronização estética eurocêntrica. A identidade e a estética do povo negro continuam sendo invisibilizadas. Espero que todas as instituições de ensino, incluindo as universidades, se adequem a essa nova realidade”, declarou Marta.

O projeto foi inspirado na campanha #RespeitaMeuCapelo, desenvolvida pela agência GUT São Paulo e pela marca de beleza Vult, em parceria com a grife baiana Dendezeiro. Salvador, com 83,2% da população autodeclarada preta ou parda, segundo o IBGE de 2022, é a cidade com maior população negra fora do continente africano.

Dicas de desapego e decoração ancestral para o fim de ano com a personal organizer Cora Fernandes

0
Foto: Divulgação

Você tem o costume de fazer desapegos no fim de ano? Tirar roupas e calçados que estão parados no guarda-roupa ou jogar fora itens quebrados que estão acumulando em casa? Segundo a personal organizer Cora Fernandes, “o interessante é ter coisas úteis dentro da nossa casa, que nos atende quando precisamos”, diz em entrevista ao Mundo Negro

Para a personal organizer, essa prática é muito importante para fazer a energia circular, especialmente no fim do ano. “Não faz bem fazermos da nossa casa um museu sem significado. Fazer uma limpeza geral na casa de itens desnecessários e até mesmo pensar em um lugar especial para cada um deles, é abrir espaço para que o novo entre”, destaca. 

Leia a entrevista completa abaixo com dicas de como organizar e decorar a casa nas últimas semanas do ano:

Cora Fernandes (Foto: Reprodução/Instagram)

1- O final do ano é um período de muitos compromissos e expectativas. Quais são as primeiras ações que você sugere para começar a organização nessa época?

Como em toda época do ano, sugiro que comece pelo descarte. É através dele que também conseguimos detectar o que precisa de atenção, pois pegamos item a item para observar. Quando se fala em descarte já se pensa em jogar fora, mas também tiramos o que vai ser doado (doe o que é usável, e esteja em boas condições), observamos o que precisa de reparo como: costura, uma troca de bateria. Porque o interessante é ter coisas úteis dentro da nossa casa, que nos atende quando precisamos.

2- Por que desapegar de objetos é tão importante, especialmente no final do ano?

Meu lema é abrir espaço para o que realmente importa. Se você tiver tudo o que importa e usa dentro da sua casa, está tudo bem. Mas na maioria das vezes, não é isso que acontece. A casa é um lugar onde se constrói afeto, intimidade, vínculos, bem estar, porém  algumas são depósitos de coisas velhas, sem utilidade. Tem quem não acredite, mas eu sou daquelas que acredita que a energia tem que circular. Não faz bem fazermos da nossa casa um museu sem significado. Fazer uma limpeza geral na casa de itens desnecessários e até mesmo pensar em um lugar especial para cada um deles, é abrir espaço para que o novo entre.

Cora Fernandes (Foto: Reprodução/Instagram)

3- Você percebe alguma resistência das pessoas em relação ao desapego? Como lidar com isso?

O desapego é a parte mais temida, mas tem quem leva numa boa. A organização em si é uma movimentação para trazer bem estar e significados dentro da casa. Desapegar é um processo muito importante, e em muitos casos passar por ele é imprescindível, até mesmo porque o espaço não surge do nada, brinco que ainda não faço mágica. Organizar não é só comprar organizadores, dobrar, e sim uma administração de espaço, um processo que traz qualidade de vida e tempo.

4- Como incorporar elementos da ancestralidade ou da cultura negra para organizar um espaço?

Toda casa carrega uma identidade. Eu como uma pessoa preta, fiz parceria com uma artista para fazer uma pintura no corredor da minha casa, e pedi que nesse desenho tivesse elementos africanos. Esculturas, quadros, livros, porta-retratos, objetos que contém histórias e remetem à ancestralidade. Colocar organizadores de madeira, que é o material mais utilizado por povos africanos, para organizar alimentos na despensa, servir de cesta para toalhas que ficam no banheiro.

Sueli Carneiro se torna a primeira brasileira reconhecida como cidadã beninense

0
Foto: @onawale__

A filósofa e militante brasileira Sueli Carneiro, uma das principais vozes do feminismo negro no Brasil, recebeu oficialmente o título de cidadã beninense na última terça-feira, 17, em uma cerimônia realizada na cidade de Cotonou, capital econômica do Benim. O evento contou com a presença de autoridades do governo local, como Olushegun Adjadi Bakari, Ministro das Relações Exteriores, e Yvon Detchenou, Ministro da Justiça e Legislação, além de representantes do ativismo e da cultura, incluindo Luanda Carneiro Jacoel, filha de Sueli, e a diretora do documentário “Mulheres Negras em Rotas de Liberdade”, Urânia Munzanzu.

Sueli é a primeira brasileira a ser agraciada com a cidadania beninense, concedida como parte de uma política de reparação histórica do governo local voltada para a comunidade afrodiáspora. O reconhecimento reflete um gesto simbólico que busca reparar as feridas deixadas pela escravização e reconectar descendentes africanos espalhados pelo mundo às suas origens no continente.

“A outorga contraria o vaticínio da porta do não retorno. As mulheres negras que estão fazendo essa travessia voltam para dizer que não esqueceram as suas raízes, o seu pertencimento e a sua ancestralidade”, afirmou Sueli durante a cerimônia.

A medida é embasada em uma legislação recente do governo do Benim, que busca promover a reconciliação histórica entre o continente africano e os descendentes das vítimas do tráfico transatlântico de escravizados. A ação foi destacada pelo presidente do Benim, Patrice Talon, durante sua visita ao Brasil em maio deste ano, como um compromisso de estreitar os laços entre África e a diáspora.

O momento histórico foi registrado pelas lentes do documentário “Mulheres Negras em Rotas de Liberdade”, que acompanha figuras como Sueli Carneiro, Conceição Evaristo e Erica Malunguinho em uma jornada pela África Ocidental — incluindo Senegal, Benim e Nigéria. O filme revisita rotas de tráfico de pessoas escravizadas e reflete sobre os conceitos de liberdade e ancestralidade por meio da perspectiva de mulheres negras brasileiras.

Para Sueli, que carrega décadas de ativismo pela equidade racial e de gênero, a cidadania beninense transcende o reconhecimento individual e reforça a importância de um diálogo entre Brasil e África. “Voltam também para reivindicar: não aceitamos que vocês nos esqueçam!”, concluiu.

A iniciativa abre precedentes para que outros países africanos sigam o exemplo do Benim, sinalizando um novo capítulo nas relações políticas e culturais entre os dois lados do Atlântico.

Com informações de Geledés

Iza anuncia lançamento de música e clipe em homenagem à sua filha, Nala

0
Foto: Tom Barreto

A cantora Iza compartilhou com seus seguidores a novidade de que lançará, nesta quarta-feira (18), às 21h, uma nova música acompanhada de clipe, em homenagem à sua filha, Nala, nascida em outubro deste ano. Em suas redes sociais, a artista divulgou imagens com a bebê, embora ainda sem revelar o rosto da menina. A cantora escreveu na legenda da publicação: “Como posso amar assim? 21h música e clipe”.

Apesar de manter a imagem de Nala preservada, Iza já havia mostrado anteriormente registros com a filha, incluindo um reels publicado na última segunda-feira (16), onde aparece cantarolando a canção com a bebê no colo. Outros artistas, como Jeniffer Nascimento, Tia Má e Sheron Menezzes, também se juntaram à celebração da nova música, compartilhando momentos ao lado de seus filhos e cantando a canção.

Em entrevista à revista Quem, Iza contou que o apoio familiar tem sido essencial para conciliar a maternidade com sua retomada à vida profissional. “Tenho uma família muito incrível e que é muito participativa. A Nala foi muito esperada pela minha família. Além do pai, com quem divido as responsabilidades, tem os avós, tios… Todo mundo acaba e revezando. A Nala é uma criança muito amada. Esse apoio todo é fundamental para retomar os compromissos profissionais”, afirmou a artista.

Iza deu a luz à Nala, sua filha com o jogador de futebol Yuri Lima, no dia 13 de outubro deste ano, no Rio de Janeiro. Em um comunicado enviado à imprensa, a assessoria da cantora afirmou: “No dia 13/10/24, às 7:52, nasceu Nala, no Hospital Perinatal da Glória, no Rio de Janeiro, sob os cuidados do médico Dr. Bruno Wunder de Alencar. O parto foi cesariana e tanto a mãe quanto a bebê estão bem”.

Pele negra utilizada como prova para condenação criminal. E a assustadora explicação do Judiciário (Parte I)

0
Jovens grafiteiros do DF criam um painel com o tema Juventude Negra e a PazArquivo/José Cruz/Agência Brasil

Texto: Hédio Silva Jr.

Ao longo das décadas o racismo tem impactado decisões judiciais e práticas policiais no Brasil. Desde a condenação injusta de Tiago Afonso dos Santos em 1992, baseada unicamente na cor da pele, até a perpetuação de estereótipos que associam criminalidade a pessoas negras, o histórico expõe desigualdades que persistem.

Em decisões que utilizam a pele negra como prova para condenação criminal, afirmações como esta não envergonhavam o judiciário brasileiro: “A afirmação da vítima de não encontrar condições para reconhecer os agentes não conflita com a afirmação de ser um deles de cor negra e reconhece-lo já que o reconhecimento se dá pela segura memorização visual de diversos traços característicos de uma pessoa, ou de somente um, a cor”.

Casos recentes, como o julgamento sobre perfilamento racial no STF, mostram como jovens negros continuam sendo tratados de forma desproporcional em abordagens policiais e decisões judiciais. Entretanto, 2024 trouxe avanços com a aprovação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um marco que atende antigas demandas do Movimento Negro e propõe mudanças no olhar do Judiciário.

Confira os detalhes:

1. “A afirmação da vítima de não encontrar condições para reconhecer os agentes não conflita com a afirmação de ser um deles de cor negra e reconhece-lo já que o reconhecimento se dá pela segura memorização visual de diversos traços característicos de uma pessoa, ou de somente um, a cor”. 

2. Era 1992 quando o antigo Tribunal de Alçada Criminal, atual Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou Tiago Afonso dos Santos, sem antecedentes criminais, a quase seis anos de prisão pelo fato único de ser negro.

3. Repare que a vítima não reconheceu o acusado; não sabia indicar altura aproximada, peso, idade, compleição física, formato do rosto, cabelo; nada! Lembrava apenas que era preto. É preto, logo, é bandido: tá condenado.

4. Anos depois, em 2019, uma Juíza Criminal de Campinas confirmou, digamos assim, a existência de um estereótipo de bandido no Brasil. Segundo ela, “Vale anotar que o réu não possui estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido”. Resumo da ópera: a pele é branca, não deve ser bandido!!!

5. No ano seguinte, em 2020, o reconhecimento de pessoas voltou a baila num julgamento histórico do Superior Tribunal de Justiça – STJ. A Corte passou a decidir que condenação criminal não pode basear-se exclusivamente em reconhecimento fotográfico. 

6. Desde 1941 já havia lei nesse sentido mas passaram-se 80 anos até que fosse levada a sério pelo Judiciário. Por que? Segundo o próprio STJ, a grande maioria das pessoas condenadas com base em fotografias é negra, preta, não é branca enfim. 

7. Daí a origem dos famosos e sinistros “Álbuns de Suspeitos”, utilizados em Delegacias de Polícia de todo o país. No Ceará, por acaso, um desses álbuns exibia a foto do empresário e estrela negra do basquete mundial, Michael Jordan, norte-americano, “fichado” como suspeito de crimes… Seria cômico se não fosse trágico.

8. Já em 2024 o tema do “estereótipo de bandido” foi amplamente debatido no STF tanto no julgamento do porte de drogas para consumo pessoal quanto no perfilamento racial. 

9. Para o STF, um jovem negro abordado com pequena quantidade de maconha rapidamente é considerado traficante. Um branco transportando volume muito maior é tratado como inofensivo usuário. 

10. O STF também reconhece que o problema não se resume à intenção do policial; envolve obviamente validações conscientes de Delegados de Polícia (esse sim autoridade policial), Ministério Público e Judiciário. 

11. Mas o ano que se encerra também trouxe ventos de mudança: no último dia 19 de novembro o Conselho Nacional de Justiça – CNJ aprovou o “Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial”, uma espécie de guia de orientações para que juízas e juízes atentem para o impacto nefasto do racismo no sistema de Justiça. 

12. Lembremos que a aprovação do “Protocolo” atende antigas reivindicações de intelectuais e líderes como Abdias Nascimento e Lélia Gonzales e da própria agenda do Movimento Negro. Um dos estopins para o surgimento do MNU, aliás, foi exatamente a morte brutal do jovem negro Robson Silveira da Luz, torturado e morto numa Delegacia de Polícia paulista. 

13. Devemos reconhecer também o trabalho obstinado de juízas e juízes negras(os) assessores do CNJ, entre eles a Dra. Adriana Alves dos Santos Cruz, Dra. Karen Luise Vilanova Batista de Souza e Dr. Edinaldo César Santos Júnior, responsáveis pela elaboração do “Protocolo”. 

14. Qual sua opinião? Semana que vem voltaremos a esse tema.

Texto: Hédio Silva Jr., Advogado, Doutor em Direito, fundador do Jusracial e Coordenador do curso “Prática Jurídica em casos de Discriminação Racial e Religiosa”

Após declaração de Denzel Washington, executivos da Marvel Studios confirmam Pantera Negra 3

0
Foto: Reprodução

A Marvel Studios confirmou oficialmente que Pantera Negra 3 está em desenvolvimento, encerrando os rumores que ganharam força após uma declaração de Denzel Washington. O ator revelou que Ryan Coogler, diretor dos dois primeiros filmes da franquia, estaria desenvolvendo um papel para ele na nova sequência. Após a repercussão, Denzel contou, em entrevista à revista Variety, que ligou para Coogler para se desculpar: “Liguei para ele e pedi desculpas por ter falado sobre o filme”, afirmou.

Kevin Feige e Louis D’Esposito, executivos do estúdio, confirmaram que o terceiro capítulo da saga de Wakanda faz parte dos projetos do produtor Nate Moore, veterano da Marvel Studios e responsável pelos dois primeiros filmes de Pantera Negra. Em entrevista ao portal Deadline, Moore também celebrou o retorno ao universo de Wakanda: “Não poderia estar mais empolgado para aplicar minha experiência e paixão pelo cinema em projetos de todos os gêneros, incluindo meu retorno ao mundo de Wakanda para Pantera Negra 3”, declarou.

O anúncio vem após o sucesso de Pantera Negra: Wakanda Forever (2022), que, apesar do desafio de se despedir de T’Challa e homenagear Chadwick Boseman, conquistou uma bilheteria expressiva e recebeu elogios da crítica. A saída de Nate Moore da Marvel Studios está prevista para março de 2025, após a estreia de Capitão América: Brave New World, que ele também está produzindo. Contudo, Moore continuará envolvido na produção de Pantera Negra 3 como parceiro do estúdio.

Desde 2010 na Marvel Studios, Nate Moore se destacou por integrar questões culturais e narrativas inovadoras ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Pantera Negra (2018), produzido por ele, arrecadou mais de US$ 1,3 bilhão em bilheteria global, recebeu sete indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, e venceu três estatuetas.

Embora os detalhes do enredo de Pantera Negra 3 ainda não tenham sido revelados, as expectativas são altas para que a franquia continue explorando o legado de Wakanda e amplie as narrativas do universo Marvel.

Chocolatier fala sobre sua coleção natalina de bombons pintados à mão: “Os melhores ingredientes do nosso país”

0
Fotos: Divulgação

Inspirada pela técnica e beleza dos chocolates em um restaurante renomado, Saliza Martins Ferreira, resolveu trocar a confeitaria tradicional pela chocolataria artística. Ela começou a estudar e produzir bombons em casa, equilibrando a rotina intensa das cozinhas profissionais com sua crescente curiosidade pela arte do cacau.

Hoje, sua marca, Saliza Chocolates, que atua no Rio de Janeiro, combina ingredientes de alta qualidade com um toque de brasilidade e ancestralidade. Durante as festividades de fim de ano, a chocolatier vende uma coleção de bombons com temática natalina, disponíveis para encomenda online.

“Nossos bombons são pintados à mão e feito com uma fina casquinha de chocolate bean to bar combinado aos melhores ingredientes do nosso país. O resultado traz um contraste perfeito de cores, sabores e texturas!”, conta Saliza em entrevista ao Guia Black Chefs e Mundo Negro.

Saliza também comenta como decide os ingredientes que usa na sua cozinha. “Escolher ingredientes que respeitam a terra e as pessoas é minha maneira de honrar minha ancestralidade e de apoiar outras comunidades que, assim como eu, buscam espaço e reconhecimento. Trabalhar com produtores que respeitam o meio ambiente e rejeitam práticas de exploração é uma forma de honrar essa história e transformar minhas criações em uma expressão de pertencimento”, afirma.

Leia a entrevista completa abaixo:

  1. Como começou sua jornada na gastronomia e o que a levou a se especializar em chocolates?

Em 2017 me mudei para o RJ, aqui comecei a trabalhar e estudar na área de Gastronomia, onde passei por algumas cozinhas profissionais trabalhando como confeiteira.

Meu primeiro contato com os chocolates artísticos foi através de um restaurante que admiro muito. Fiquei encantada com a técnica e pensei: “Será que consigo fazer isso?” A curiosidade me levou a estudar e, aos poucos, juntar dinheiro para investir nos equipamentos necessários enquanto conciliava os testes em casa com a rotina intensa de uma cozinha profissional.

Minha primeira encomenda veio de forma especial. Uma moça entrou em contato dizendo que sua mãe tinha visto fotos dos meus bombons e ficado encantada. No dia da entrega, foi a mãe quem me recebeu. Ao ver a caixinha, ela começou a chorar. Naquele momento percebi que além de estar fazendo o que amo, poderia levar afeto para outras pessoas em forma de chocolates.

  1. Qual é a principal diferença entre trabalhar com chocolate e confeitaria tradicional?

A principal diferença entre trabalhar com a chocolate e a confeitaria tradicional está no foco técnico e criativo de cada área. A chocolataria é especializada no trabalho com o chocolate como “ingrediente” principal, onde ele já é uma receita, o que exige o conhecimento sobre suas propriedades, como temperagem, cristalização e comportamento em diferentes condições. O chocolatier cria desde bombons até esculturas de chocolate, valorizando tanto a técnica quanto a apresentação estética.

Já a confeitaria tradicional envolve a preparação de uma variedade de doces e sobremesas. Apesar de o chocolate ser utilizado, ele é um dos ingredientes na criação de receitas, enquanto na chocolataria ele é o protagonista.

Além disso, a chocolataria requer uma atenção ainda mais cuidadosa ao controle de temperatura e umidade, pois o chocolate é muito sensível e se não for manipulado corretamente você pode perder todo o processo de produção.

  1. O Natal é uma época de grande demanda. Quais produtos especiais você preparou para este ano e como seus clientes podem fazer os pedidos?

Nossa coleção de bombons artísticos com temática natalina estão lindíssimos! Nossos bombons são pintados à mão e feito com uma fina casquinha de chocolate bean to bar combinado aos melhores ingredientes do nosso país. O resultado traz um contraste perfeito de cores, sabores e texturas!

Os pedidos podem ser feitos diretamente pelo site salizachocolates.com.br ou pelo WhatsApp 21 97181-3726.

  1. Como ser uma mulher negra empreendedora influencia sua trajetória e suas criações? Há uma conexão com ancestralidade ou cultura afro-brasileira no seu trabalho?

Minha trajetória como mulher negra empreendedora está diretamente ligada à minha identidade e às minhas raízes. Isso influencia não apenas as escolhas que faço como chocolatier, mas o propósito do meu trabalho. Escolher ingredientes que respeitam a terra e as pessoas é minha maneira de honrar minha ancestralidade e de apoiar outras comunidades que, assim como eu, buscam espaço e reconhecimento. Trabalhar com produtores que respeitam o meio ambiente e rejeitam práticas de exploração é uma forma de honrar essa história e transformar minhas criações em uma expressão de pertencimento.

  1. O que te inspira na criação dos chocolates e como você vê o futuro da Saliza Chocolates?

Minha maior inspiração vem da possibilidade de transformar o chocolate em uma experiência que encante o olhar e o paladar com muita brasilidade. No futuro quero alcançar ainda mais pessoas, levando o sabor e a riqueza do Brasil, continuando a valorizar nossos ingredientes e mostrando que é possível fazer chocolates de alta qualidade sem abrir mão de princípios éticos.

Com 40 juízas negras nomeadas, governo Biden quebra recorde histórico no judiciário dos EUA

0
Ketanji Brown Jackson, nomeada à Suprema Corte em 2022 - Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encerra seu mandato com um recorde inédito, a nomeação de 40 mulheres negras para cargos vitalícios de juíza federal, mais do que qualquer outro presidente na história do país. O marco, confirmado pela Leadership Conference on Civil and Human Rights, mostra que houve algum esforço para diversificar o judiciário norte-americano.

A mais recente confirmação, da juíza Tiffany Johnson para o Distrito Norte da Geórgia, destaca o impacto das escolhas do atual governo norte-americano em um sistema historicamente criticado por sua falta de representatividade. No total, ele nomeou 62 juízes negros em um único mandato, um feito sem precedentes que inclui estreias históricas, como Tiffany Cunningham, primeira juíza negra no Tribunal de Apelações do Circuito Federal, e Dana Douglas, primeira mulher negra no Tribunal de Apelações do Quinto Circuito.

Cerca de 40% dos juízes negros indicados por Biden vêm de origens profissionais variadas, incluindo defensores públicos e advogados de direitos civis. “Isso não é apenas uma questão de justiça, mas de melhor tomada de decisões e de restauração da confiança pública”, afirmou Lena Zwarensteyn, diretora do programa de tribunais justos na Leadership Conference, em entrevista à NBC News.

A nomeação de Ketanji Brown Jackson à Suprema Corte, em 2022, foi outro feito histórico da administração Biden. Jackson tornou-se a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na mais alta instância do país, simbolizando o compromisso da Casa Branca com um judiciário mais inclusivo.

Essas escolhas ganham ainda mais relevância diante de um Congresso dividido e da possibilidade de um segundo mandato de Donald Trump, que prometeu mudanças que podem impactar os direitos civis e comunidades marginalizadas. As indicações de Biden, nesse contexto, representam um contrapeso estratégico para assegurar a manutenção de políticas inclusivas.

Zwarensteyn destacou que a presença de juízes com perspectivas diversas melhora a qualidade das decisões e reforça a legitimidade das instituições. “A pesquisa mostra que isso aumenta a confiança nas instituições judiciais. Garantir juízes imparciais em todos os níveis é essencial”, afirmou.

Beyoncé supera recorde histórico e é a artista feminina mais premiada pela RIAA

0
Foto: Reprodução

A cantora Beyoncé tornou-se a artista feminina com o maior número de títulos certificados pela Recording Industry Association of America (RIAA), atingindo a marca de 103 certificações ao longo de sua carreira. O anúncio foi feito pela organização nesta terça-feira, 17.

Entre as novas certificações, destacam-se o single “Texas Hold ’Em”, que atingiu o nível 2x-Platinum, e o álbum Cowboy Carter, certificado como Platina. Outros títulos incluem “16 Carriages”, lançado em 2024, que foi Ouro, e os clássicos “Drunk in Love” e “Crazy in Love”, ambos com 8x-Platinum. O álbum Renaissance (2022) também recebeu nova certificação, alcançando o status 2x-Platinum.

“Estamos muito animados em reconhecer o talento incrível, o trabalho duro e o espírito criativo refletidos em diversos gêneros”, declarou Michele Ballantyne, presidente da RIAA. “Parabéns por essa conquista incrível, Beyoncé, Parkwood Entertainment, Columbia Records — e sabemos que vocês estão aí, BeyHive, ouvindo sem parar!”.

Além do recorde na RIAA, Beyoncé prepara-se para uma performance no intervalo do jogo Houston Texans x Baltimore Ravens, no Dia de Natal, como atração principal do NFL Halftime Show. Será sua primeira apresentação de “Break My Soul” desde o lançamento de Cowboy Carter em março. O evento também contará com Mariah Carey na abertura.

O feito da cantora coroa um ano de sucessos. Beyoncé recebeu 11 indicações ao Grammy, tornando-se a artista mais indicada da próxima edição, foi incluída na lista da Forbes como uma das mulheres mais poderosas e consolidou-se como a maior estrela pop do século XXI, segundo a Billboard.

O perfil oficial da Parkwood Entertainment, empresa de Beyoncé, celebrou o marco nas redes sociais: “Beyoncé ganhou o maior número de títulos certificados para uma artista feminina de TODOS OS TEMPOS, anunciado pela @RIAA 🏆🏆🏆🏆 103 na carreira e contando, parabéns!”.

O recorde confirma a posição de Beyoncé como um dos maiores ícones da música e da cultura pop global.

error: Content is protected !!