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Obama envia mensagem de apoio a Biden após diagnóstico de câncer de próstata

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O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama reagiu no último domingo (18) ao anúncio do diagnóstico de câncer de próstata do ex-vice-presidente Joe Biden, ao publicar uma mensagem de apoio e confiança na recuperação do democrata. No X, Obama afirmou: “Michelle e eu estamos pensando em toda a família Biden”.

Na manhã de domingo, o gabinete médico do também ex-presidente norte-americano Joe Biden divulgou um comunicado dizendo que após exames realizados na semana passada detectaram um câncer de próstata “agressivo”, com escore de Gleason 9 (Grupo de Grau 5) e metástase óssea. Apesar da gravidade, a equipe médica informou que o tumor é sensível a terapia hormonal, o que pode permitir um tratamento eficaz. Biden e sua família avaliam as opções com os especialistas.

Na publicação de Barack Obama, feita na noite de domingo em solidariedade a Biden, ele afirmou também que “ninguém fez mais para encontrar tratamentos inovadores para o câncer em todas as suas formas do que Joe, e tenho certeza de que ele lutará contra esse desafio com sua determinação e elegância características”, escreveu.

O ex-presidente também mencionou o trabalho de Biden na promoção da pesquisa oncológica. Biden liderou a iniciativa Cancer Moonshot durante o governo Obama, programa que buscava acelerar avanços no tratamento e prevenção da doença. Anos depois, já como presidente, Biden relançou o projeto.

Obama encerrou sua mensagem desejando ao ex-vice uma “recuperação rápida e completa”. A notícia gerou reações de apoio de outros políticos e personalidades, que também enviaram mensagens de solidariedade ao presidente.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens nos EUA, segundo o Instituto Nacional do Câncer do país, com cerca de 288 mil casos estimados para 2023.

Torcedores espanhóis são condenados à prisão por insultos racistas contra Vinícius Júnior

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Foto: Reprodução

Cinco torcedores do Real Valladolid, da Espanha, foram condenados na última quinta-feira (15) a um ano de prisão por proferirem insultos racistas contra o atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid. O caso ocorreu durante partida do Campeonato Espanhol 2022/2023, disputada no estádio José Zorrilla, em Valladolid.

Além da pena de prisão, os acusados terão de pagar multa de 1.620 euros (cerca de R$ 10,2 mil) e estão proibidos de exercer profissões ou atividades relacionadas a educação, esporte e lazer por quatro anos. As sanções devem ser ratificadas no próximo dia 21 de maio pelo Tribunal de Valladolid. Os torcedores foram identificados pela Justiça espanhola após as ofensas e, em declaração por escrito, reconheceram os atos racistas e pediram desculpas.

O episódio aconteceu em maio de 2023, quando Vinícius foi substituído por Luka Modric aos 43 minutos do segundo tempo da partida. Pouco depois, já fora de campo, o brasileiro comemorou um gol do Real Madrid, que venceu por 2 a 0, e foi alvo dos insultos.

Na época, o jogador reagiu nas redes sociais: “Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto, e LaLiga segue sem fazer nada. Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do Madrid. No final, a culpa é minha.”

O caso reforçou o debate sobre o combate ao racismo no futebol espanhol, que já havia sido alvo de críticas após outros incidentes envolvendo Vinícius Júnior. A condenação é uma das primeiras aplicadas sob a nova legislação espanhola que prevê penas mais duras para crimes de discriminação no esporte.

Incêndio destrói histórica “mansão da escravidão” nos Estados Unidos”

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A Nottoway Plantation, considerada a maior mansão construída durante o período da escravidão nos Estados Unidos, foi completamente destruída por um incêndio na noite de 15 de maio, na cidade de White Castle, no estado da Louisiana. O imóvel de 53 mil pés quadrados foi construído em 1859 por John Hampden Randolph, um barão do açúcar que utilizava o trabalho de mais de 150 pessoas negras escravizadas.

De acordo com informações da Associated Press, o incêndio consumiu a estrutura principal da propriedade. Outras construções no terreno foram preservadas, segundo o Corpo de Bombeiros local. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas.

Nas décadas mais recentes, a mansão foi transformada em resort e local para a realização de casamentos e outros eventos. O espaço também funcionava como atração turística, oferecendo visitas guiadas pelos cômodos da casa principal, com mobiliário de época e painéis informativos. A história das pessoas escravizadas que viveram e trabalharam na propriedade era abordada de forma limitada, o que gerava críticas de estudiosos e visitantes.

O caso repercutiu nas redes sociais, com manifestações de alívio e comentários irônicos por parte de usuários negros. Vídeos e imagens que mostram reações diante do incêndio circularam amplamente nos dias seguintes ao ocorrido.

A Nottoway Plantation era um dos últimos exemplos de mansões preservadas do período escravocrata nos Estados Unidos e recebia milhares de visitantes por ano.

Unindo técnica ancestral e design autoral, marceneira negra abre caminho para mulheres em profissão masculinizada

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Foto: Lucas Pacheco

Em um setor historicamente masculino, a marceneira Luana Hazine construiu uma carreira marcada por superação e identidade. Sua trajetória começou após um episódio de burnout em 2017, quando buscou recomeçar longe do ambiente corporativo. Oito anos depois, ela se dedica integralmente à marcenaria, unindo funcionalidade, design autoral e ancestralidade em suas peças.

Natural de São Paulo, Luana descobriu o ofício ao revisitar memórias da infância, como a construção de um carrinho de rolimã. “Esse momento me fez recordar o quanto eu gostava de mexer com madeira e a alegria de usar uma peça feita por mim. A partir daí, busquei escolas e cursos e comecei na marcenaria com madeira maciça. Desde então, já são oito anos aprendendo e ensinado todos os dias”, conta. Formada no Atelier da Madeira, escola tradicional na capital paulista, ela enfrentou resistência por ser mulher em um ambiente predominantemente masculino.

Além do preconceito de gênero, Luana destaca a falta de referências de mulheres negras na área. “O desafios são vários. Tanto de ter jogo de cintura com pessoas que ainda desconfiam do trabalho por eu ser mulher, quanto o desafio de representatividade que é ainda maior. É difícil encontrar outras marceneiras negras por aí. Elas existem, eu conheço algumas, mas ainda temos poucas referências. Isso aumenta a responsabilidade de abrir portas”, afirma. Entre suas inspirações estão a britânica Helen Welch, uma das poucas marceneiras negras em destaque no exterior, e o mestre japonês Morito Ebine, especialista em técnicas tradicionais.

A reação dos clientes, segundo ela, ainda é de surpresa, mas evoluiu para admiração. “As reações são sempre de surpresa e num geral, atualmente, mais de admiração do que de desconfiança. Especialmente porque eu trabalho com peças autorais na maioria dos casos, então as pessoas já me contratam [me] conhecendo. Mas há sempre uma curiosidade sobre como me tornei marceneira, o porque e enfim”, relata. Sua criação mais famosa, a bandeja Date — que acomoda taças de vinho sem tombar —, virou carro-chefe e símbolo de sua identidade como artesã.

Marcenaria com raízes afrocentradas

Foto: Lucas Pacheco

Além da funcionalidade, Luana incorpora elementos de sua ancestralidade em peças que mesclam técnicas tradicionais e design contemporâneo. “Quero trazer uma luz sobre esse fato. Minhas peças carregam não apenas funcionalidade, mas também uma conexão profunda com minha identidade e minhas raízes”, explica. Desde 2022, ela oferece mentorias para mulheres interessadas em marcenaria, incentivando a ocupação de espaços não tradicionais.

Após anos conciliando a profissão com o marketing, decidiu se dedicar exclusivamente à madeira em 2025 e oferece mentoria para outras mulheres que querem desbravar o trabalho na marcenaria. Seu conselho para outras mulheres é direto: “O grande desafio é começar, porque depois que começa a gente não para mais. Então meu conselho é, comece! O primeiro passo é o essencial para essa nova porta de possibilidades”.

Vítimas negras do nazismo: a luta contra o apagamento na memória alemã

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Mandenga e Emilie Diek, com filhas Erika und Dorothea: família perdeu tudo devido a perseguição nazista | Foto: Privatbesitz Reiprich

Enquanto os crimes do regime nazista contra judeus, integrantes da etnia sinti, roma e outras minorias são amplamente documentados, a perseguição sofrida pela população negra na Alemanha entre os anos 1933 e 1945 ainda enfrenta dificuldades para ser reconhecida, conforme aponta reportagem do DW. Historiadores destacam a falta de pesquisas e a relutância da sociedade alemã em aceitar que negros fazem parte do país desde o século 19.

“Estamos falando de um período em que os próprios nazistas destruíram documentos, então é difícil encontrar informações. Muitos historiadores negligenciam esse ponto”, afirma Robbie Aitken, pesquisador da Universidade Sheffield Hallam (Inglaterra), que estuda comunidades negras na Alemanha há 20 anos. A presença negra no país remonta ao período colonial, quando o Império Alemão dominava territórios no continente africano, como Camarões, Togo, Tanzânia e Namíbia. Após a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a Alemanha perdeu suas colônias, mas muitos africanos e afrodescendentes já viviam no país. Outro grupo surgiu da ocupação francesa na Renânia, onde soldados coloniais se relacionaram com mulheres alemãs.

Com a ascensão dos nazistas em 1933, a minoria negra – já marginalizada pela crise econômica de 1929 – passou a sofrer perseguição aberta. “Quem quisesse ser racista podia maltratar os outros física e verbalmente. Eles tinham rédea solta”, relata Aitken. Negros foram expulsos de suas casas, perderem negócios e enfrentaram restrições sociais e econômicas. Um caso emblemático foi o do comerciante camaronense Mandenga Diek, que teve sua empresa confiscada e foi declarado apátrida. Sua família quase foi submetida à esterilização forçada – prática aplicada a crianças birraciais na Renânia por ordem da Gestapo.

“Essas medidas mostram uma intenção genocida”, afirma Aitken. “Não foram todos os negros esterilizados, mas havia uma política clara de eliminação”, conta.

Resistência e invisibilidade histórica

A historiadora Katharina Oguntoye, coautora do livro Farbe bekennen (1986), pioneiro em dar voz a mulheres afro-alemãs, ressalta a falta de reconhecimento da contribuição negra no país. “Poucos pesquisam pessoas negras no período nazista. É uma história que ainda precisa ser contada”, diz.

Alguns nomes, como o do ator Theodor Wonja Michael e da compositora Fasia Jansen, começam a ganhar visibilidade. Em Colônia, uma biblioteca leva o nome de Michael, autor de uma autobiografia sobre sua vida na Alemanha do século 20. Mas, para Oguntoye, é preciso mais: “Biografias e histórias de vida deveriam estar nos currículos escolares. É a forma mais fácil de lembrar dessas pessoas.”

Desafios atuais e luta por representação

Apesar dos avanços, organizações como a Rede Acadêmica Afrodiaspórica (Adan) alertam para o crescimento da extrema direita na Alemanha. Sophie Osen Akhibi, da Adan, defende que a comunidade negra busque espaços de poder. “Não adianta ficar no papel de vítima. Precisamos ocupar posições de decisão ou construir nossas próprias estruturas”, afirma.

Enquanto isso, iniciativas como placas memoriais em Berlim e a valorização de figuras históricas, como o filósofo Anton Wilhelm Amo, tentam preencher as lacunas deixadas pelo apagamento histórico. Mas, como lembra Oguntoye, 12 anos de nazismo foram suficientes para marcar profundamente uma sociedade – e seu legado ainda precisa ser enfrentado.

Com informações da Deutsche Welle

Zileide Silva e Dulcineia Novaes celebram Glória Maria em último episódio: ‘Era uma desbravadora que nos puxava para dentro’

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Foto: Divulgação/Globo

O último episódio da série documental “Glória”, que a TV Globo exibe neste domingo (18), reforça o legado deixado por Glória Maria para o jornalismo e seu papel como pioneira na televisão brasileira. Intitulado “Filha dos Ventos”, o capítulo destaca como a jornalista acreditou no poder da profissão e abriu caminhos para outras mulheres, especialmente negras, como as jornalistas Dulcineia Novaes e Zileide Silva.

A trajetória de Glória é relembrada por colegas que tiveram suas carreiras inspiradas por ela. Dulcineia Novaes, repórter da RPC (afiliada da Globo em Curitiba), conta como a imagem da jornalista foi fundamental em sua formação. “Eu lembro que ainda estava no curso de Jornalismo e já ficava admirada de ter uma repórter de cabelo curtinho, negra, e pensava como ela chegou até ali”, relata. Novaes também recorda um encontro com Glória Maria na redação da TV Globo: “Quando a vi no corredor e ela me reconheceu, foi muito especial”. A repórter ainda guarda um recado que recebeu: “Sempre que vier aqui no Rio, faz o favor de me visitar. É muito importante que a meninas tenham uma referência preta”

Zileide Silva, repórter e âncora da Globo e primeira vencedora do Prêmio Glória Maria – criado pela Câmara dos Deputados para homenagear profissionais de destaque –, define a colega como “desbravadora”. “Ela abria a porta, te recebia do lado de dentro, te dava a mão e falava ‘vem’”, afirma.

Silva ainda reflete sobre os desafios enfrentados por Glória: “Imagino a dificuldade que foi segurar um microfone pela primeira vez. Ser jornalista é uma responsabilidade tremenda. E no caso de uma repórter negra na TV, isso começou com ela”.

O episódio traz ainda depoimentos de familiares, amigos e colegas que acompanharam a trajetória da jornalista, além de homenagens feitas após sua morte, em fevereiro de 2023. “Glória” vai ao ar após o Fantástico deste domingo (18). Todos os episódios estão disponíveis no Globoplay.

“Torto Arado – O Musical” estreia no Rio com elenco premiado e temática social

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Foto: Reprodução

Com sessões de estreia esgotadas em Salvador e São Paulo, Torto Arado – O Musical desembarca no Rio de Janeiro neste sábado (17), no Teatro Riachuelo, no Centro da capital carioca, onde fica em cartaz até 15 de junho. Com 22 apresentações, a montagem é uma adaptação livre do romance de Itamar Vieira Junior, vencedor do Prêmio Leya e um dos livros mais aclamados da literatura brasileira recente.

O espetáculo mergulha na história das irmãs Bibiana e Belonísia, interpretadas por Larissa Luz e Bárbara Sut, respectivamente, marcadas por um acidente na infância e submetidas a condições análogas à escravidão em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina (BA). A narrativa aborda temas como racismo, resistência e religiosidade, além de introduzir uma nova personagem em relação ao livro: a avó Donana.

Com direção geral de Elísio Lopes Júnior, o musical reúne 22 profissionais em cena, incluindo seis músicos e 16 atores. Lilian Valeska vive Donana, matriarca da família. A direção de movimento, comandada pelo coreógrafo Zebrinha, incorpora elementos do Jarê, religião de matriz africana presente no romance. “Busquei tornar contemporânea a estética desses rituais”, explica.

A trilha sonora, composta por Jarbas Bittencourt, traz ritmos nordestinos e canções autorais que dão voz aos personagens. “Fazer música para um personagem é abrir um espaço em você e se deixar ser outro”, afirma Bittencourt, que também assina a direção musical.

Após duas temporadas bem-sucedidas na Bahia e em São Paulo, a peça chega ao Rio com cenografia de Renata Mota e figurinos de Bettine Silveira. “Queremos mostrar um pouco mais do Brasil para o Brasil”, diz Elísio Lopes Júnior, que divide a dramaturgia com Aldri Anunciação e Fábio Espírito Santo.

Serviço
Torto Arado – O Musical
Local: Teatro Riachuelo (Rua do Passeio, 38/40 – Centro, Rio)
Temporada: 17 de maio a 15 de junho
Horários: Quintas e sextas, às 20h; sábados, às 16h e 20h; domingos, às 16h
Ingressos: R$ 40 (vendas no ingresso.com e na bilheteria)
Classificação: 14 anos

Em Vale Tudo, restaurante de Raquel valoriza a comida brasileira com afeto e sem gourmetização

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Cap27 - Bastidores - Retrato de Raquel (Taís Araujo).

Na nova versão da novela Vale Tudo, exibida pela TV Globo, a gastronomia ganha espaço como expressão de identidade, afeto e superação. A personagem Raquel Accioli, vivida por Taís Araújo, transforma a cozinha em um caminho de autonomia ao lado de Poliana, interpretado por Matheus Nachtergaele, dono de um botequim em Vila Isabel que se torna seu grande parceiro na construção de um novo futuro.

Sem formação clássica, Raquel aprendeu a cozinhar cuidando do pai e da filha. Sua experiência, aliada à vivência popular de Poliana, dá origem a um restaurante com um cardápio que reflete simplicidade, sabor e memória afetiva. “A Raquel não é uma chef de formação clássica, mas sim da escola da vida. Sua comida é feita com amor e dedicação”, explica Carolina Pierazzo, produtora de arte da novela.

O cardápio foi desenvolvido com apoio da chef Eliane Meireles e da equipe do Merenda Carioca, liderada pela chef Renata Romeiro, que participaram da criação e da execução visual dos pratos nas gravações. A proposta sempre foi clara: valorizar a comida que o brasileiro reconhece, aprecia e se conecta, sem transformá-la em algo distante ou excessivamente gourmetizado.

Entre os pratos principais estão carne de panela, picadinho com ovo frito, frango com quiabo e polenta, galinhada, feijoada e caldos. Nas entradas e acompanhamentos, o cardápio oferece milho na espiga, bolinhos de feijoada, dadinhos de tapioca, pastel de camarão e aipim frito. Para fechar, sobremesas que mantêm o sabor da tradição com apresentação cuidadosa: pudim, cocada, mousse de maracujá, brigadeiro de colher, broinha com sorvete e calda de goiabada com queijo artesanal.

“A ideia sempre foi equilibrar simplicidade e qualidade, sem gourmetizar demais”, reforça Carolina. Mais do que um recurso de cena, o restaurante de Raquel e Poliana funciona como espelho de uma história coletiva: de quem empreende com afeto, talento e resistência, usando a comida como ponte entre memória e possibilidade.

“A gente merece ser amada”: Michelle Buteau fala sobre cenas sensuais e corpos diversos em Sobrevivendo em Grande Estilo

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A atriz, comediante e roteirista Michelle Buteau, criadora e protagonista da série Sobrevivendo em Grande Estilo, destacou em entrevista recente ao The Daily Show a importância de ver corpos diversos em cenas de afeto e sensualidade. “A segunda temporada está bem quente nas cenas de sexo”, disse ela, com humor e firmeza. E sim, a decisão foi dela. “Claro que foi. Como deveria ser”, completou.

Na conversa, Michelle reforça o impacto simbólico dessas cenas. “Esse é um programa com positividade corporal. Eu sou positiva. Todo mundo tem um corpo. Foi muito importante para mim mostrar o meu corpo e outros corpos sendo amados. A gente merece ser amada em qualquer tamanho ou forma.” Ela repete a frase com força: “A gente merece ser amada. A gente merece ser amada. A gente merece ser amada”.

A série da Netflix, baseada em seu livro de memórias, acompanha a vida de Mavis Beaumont, uma estilista negra e plus size que busca reconstruir sua vida afetiva e profissional após um término. Entre cenas de humor, romance e recomeços, Michelle vem utilizando a trama para desafiar os padrões tradicionais de beleza e desejo. “Queria mostrar, especialmente para meninas mais novas, que merecemos amor”, afirmou.

Michelle também celebrou o ambiente nos bastidores da série. “70% do nosso departamento de cabelo e maquiagem é composto por mulheres. Isso é importante, porque a gente merece ser iluminada da forma certa”, disse, arrancando risos da plateia ao mencionar, com afeto, o cuidado técnico com “os biscoitos”.

Sobrevivendo em Grande Estilo teve sua terceira temporada confirmada esta semana pela Netflix. Será a última da série, que encerrará a trajetória de Mavis celebrando a autoestima, os amores reais e a liberdade de corpos que quase nunca tiveram espaço no centro das histórias românticas.

Moda, história e ancestralidade: brasileiros vivem imersão na Semana de Moda da África do Sul

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Um mergulho na história, na estética e na potência criativa africana. Foi assim que um grupo de brasileiros viveu a Semana de Moda da África do Sul, realizada em abril de 2025, entre Joanesburgo e Cidade do Cabo. Mais do que acompanhar os desfiles, a experiência foi pensada para proporcionar uma conexão direta com a cultura, a moda e os territórios ancestrais.

A jornada, organizada pela plataforma de formação em moda NEIT em parceria com a agência Brafrika Viagens, foi construída para além das passarelas. O roteiro começou com uma visita ao Museu do Apartheid, em Soweto. Um espaço que não apenas narra a história da segregação no país, mas também provoca reflexões profundas sobre identidade, ancestralidade e os atravessamentos da diáspora negra.

Os dias seguintes foram dedicados a encontros com profissionais que fazem da moda sul-africana uma referência global em criatividade e identidade. O grupo visitou o ateliê do estilista Thebe Magugu, vencedor do LVMH Prize e um dos nomes mais influentes da cena internacional, além de participar de uma aula exclusiva com a designer Phumzilie, que compartilhou saberes e processos de criação profundamente enraizados na cultura local.

O roteiro também incluiu uma visita a uma vinícola comandada por um empreendedor negro, um exemplo claro de resistência e ocupação de espaços em setores historicamente dominados por descendentes europeus.

A experiência foi além das passarelas. Uma aula imersiva sobre arte e cultura sul-africana proporcionou reflexões sobre a potência criativa do continente. Outro ponto alto foi o safari em um parque situado na cratera de um vulcão ancestral com mais de 1,2 bilhão de anos, que revelou não só a fauna africana, mas também um reencontro simbólico com a história da humanidade.

A gastronomia sul-africana, marcada pela influência de povos árabes e suas especiarias, completou a experiência, trazendo aos participantes uma imersão sensorial que reforça a conexão entre cultura, história e pertencimento.

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