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OMS mantém status de emergência global para mpox

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Foto: REUTERS/Jean Bizimana

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta sexta-feira (22) que a mpox segue figurando como emergência em saúde pública de importância internacional. Em seu perfil na rede social X, ele destacou que a decisão foi tomada após reunião do comitê de emergência convocada para esta sexta-feira (22).

“Minha decisão baseia-se no número crescente e na contínua dispersão geográfica dos casos, nos desafios operacionais e na necessidade de montar e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros”, escreveu.

“Apelo aos países afetados para que intensifiquem suas respostas e para que a solidariedade da comunidade internacional nos ajude a acabar com os surtos”, concluiu Tedros.

Entenda

Em agosto, a OMS decretou que o cenário de mpox no continente africano constituía emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.

Em coletiva de imprensa em Genebra à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que surtos de mpox vêm sendo reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e que as infecções têm aumentado ao longo dos últimos anos.

Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência global para a mpox em razão do surto da doença em diversos países.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil*

Prefeitura de São Paulo cria ferramenta de atendimento on-line para denúncias contra homofobia e combate ao racismo

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A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), a Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads) e a Coordenação dos Assuntos da População Negra (CONE), em parceria com a Coordenadoria de Inclusão Digital (CID) disponibilizam a partir do dia 08 de novembro uma ferramenta de serviço à sociedade para o registro on-line de denúncias de combate à homofobia e crimes de racismo.

Como denúncias deverão ser feitos através do preenchimento do formulário disponível no site da SMPP (www.prefeitura.sp.gov.br/smpp). O acesso a essa ferramenta pode ser feito em todas as unidades de Telecentros de São Paulo.

A nova ferramenta visa facilitar o atendimento a esse público, para que assim o Poder Público possa agir coibindo atos discriminatórios contra a população negra e a população LGBT e também elaborar políticas públicas de proteção a esses grupos.

Ao fazer a denúncia, é preciso que especifique detalhes dos fatos ocorridos como: local, horário, pessoas envolvidas, o tipo de discriminação que ausidade e outras informações que julgaram relevantes. Todas as informações encaminhadas são sigilosas, nos termos da lei.

Atualmente, a SMPP disponibiliza esses serviços no Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia, localizado no Pateo do Colégio, 5 – 1º andar e no Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate ao Racismo, também, localizado no Pateo do Colégio, 5 – 2º andar.

Para a utilização dos Telecentros é necessário agendar um horário via telefone ou pessoalmente. Acesse o site do Telecentro e escolha uma unidade mais próxima de você.

Feliz Dia das Crianças: Para quais crianças?

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Foto: Reprodução

“Eles não têm videogame, às vezes nem televisão”  Racionais MC’s

Os adultos negros que vieram de uma infância pobre reconhecem que o Dia das Crianças não era diferente dos outros dias do ano. A não ser pelo constrangimento de não ter os brinquedos novos para mostrarem na escola, como as crianças brancas. Os nossos pais estavam preocupados em juntar os trocados que garantissem a comida na mesa. Mesmo decorridos muitos anos, nada mudou para as novas gerações. A desigualdade racial continua presente por toda a sociedade. Tempos atrás, uma professora do ensino fundamental me contava sobre a dificuldade de concentração das crianças que iam para a escola esfomeadas, ansiosas pelo horário da merenda.

Essa falsa atmosfera de alegria relacionada ao 12 de outubro, apenas beneficia o comércio para aumentarem as vendas de produtos infantis. O cuidado que deveria garantir a dignidade humana é apenas uma discussão simbólica. Portanto, é fundamental quebrar as fantasias e denunciar as dores que envolvem as crianças negras. 

Caso você não saiba, no Brasil, a população de 5 a 17 anos submetida a trabalho infantil é preta e parda! Ela representa 66% do total de crianças e adolescentes nessa condição. O encarceramento e assassinato de negros também atinge as crianças; muitas são filhas e filhos dessas pessoas.

E no meio das mazelas, diariamente testemunhamos famílias negras morando em condições desumanas. Ao redor, as crianças brincam e correm sem a exata noção dos motivos de viverem daquela maneira. Isso quando não estão maltrapilhas nos semáforos, nos centros urbanos, trens e metrôs pedindo alguma coisa para comer e dinheiro. Diante dessas questões, a pergunta continua: Feliz Dia das Crianças. Para quais crianças?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA BRASIL. Trabalho infantil no país cai 21,4% em oito anos, mostra IBGE. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2025-09/trabalho-infantil-no-pais-cai-214-em-oito-anos-mostra-ibge.>  Acesso em: 9 out. 2025.

“Doudou Challenge”: curta francês disponível no Youtube reflete sobre o impacto da tecnologia na vida das crianças

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No cenário contemporâneo, onde a tela do celular muitas vezes se torna uma extensão de nossas mãos, o curta-metragem de animação francês “Doudou Challenge” (2023), produzido pela renomada Rubika School, emerge como uma obra pertinente e provocadora. A narrativa, que acompanha a jovem Olivia, de 10 anos, mergulhada no universo das redes sociais, oferece uma lente para examinarmos a relação da nova geração com a tecnologia e a importância de se reconectar com o mundo real.

Olivia, uma criança como muitas de sua idade, encontra-se em uma viagem de férias com a família, mas sua atenção está cativa ao brilho do smartphone. O enredo toma um rumo inesperado quando, em um descuido dos pais, ela é deixada para trás em uma área de serviço na estrada. Sozinha, tendo como única companhia seu bicho de pelúcia, Olivia é forçada a confrontar a ausência de sua conexão digital e a redescobrir formas de interação e brincadeira que transcendem o virtual.

O “Doudou Challenge” não é apenas uma história sobre uma menina e seu celular; é um espelho das discussões atuais sobre o impacto da tecnologia na infância e na adolescência. A obra convida à reflexão sobre a necessidade de equilibrar o mundo digital com as experiências offline, o desenvolvimento da imaginação e a construção de laços afetivos genuínos. A maneira como Olivia lida com a situação, inicialmente com frustração e depois com uma crescente curiosidade e resiliência, ressoa com a jornada de autodescoberta que muitos jovens enfrentam ao tentar se desvencilhar da constante demanda por atenção das plataformas digitais.

Embora o curta não aborde explicitamente questões raciais, sua temática universal sobre a infância, a tecnologia e a busca por identidade pode dialogar com o público do Mundo Negro ao promover uma discussão mais ampla sobre o bem-estar e o desenvolvimento de crianças e adolescentes em diversas comunidades, incluindo a negra. A representação de narrativas que estimulam o pensamento crítico e a valorização de experiências humanas autênticas é sempre relevante.

Para assistir ao curta-metragem “Doudou Challenge” e mergulhar nesta instigante reflexão.

Ficha Técnica:

•Título Original: Doudou Challenge

•Ano de Produção: 2023

•País: França

•Escola de Produção: Rubika School

•Direção: Julie Majcher, Marine Benabdallah, Léo Campagne, Chloé Giraud, Laura Giraud, Maïwenn Le Bihan, Théo Lecomte, Anaïs Lelièvre, Antoine Marchand, Camille Marchand, Anaïs Pignot, Antoine Pirot, Anaïs Riff, Julie Roussel, Maïwenn Simon, Léa Souchon, Manon Varenne (equipe de 5º ano)

•Gênero: Animação, Curta-metragem

•Temas: Vício em redes sociais, infância, desconexão digital, autodescoberta.

Enquanto o racismo educa em silêncio, a Bahia grita por transformação

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Apresentação do Projeto Minha Vila Tem o Mundo - Continente Africano (Foto: Divulgação/Villa Criar)

Por: Priscilla Arantes

Educação infantil baiana protagoniza experiências pioneiras de reparação e pertencimento

Chegamos ao mês da criança, e confesso: este ano carrega um significado especial pra mim. Sou mãe de uma menina negra de seis anos, e juntas, encerramos um ciclo fundamental da vida dela: a primeira infância. Um ciclo que, para muitas famílias, é sinônimo de descobertas, alegrias e aprendizados; mas que, para famílias negras, também é atravessado pela urgência da proteção.

Porque sim, a infância negra ainda precisa ser protegida.

E não falo de proteção física apenas, mas da proteção simbólica, emocional, daquelas que moldam o que uma criança vai acreditar sobre si. De acordo com uma pesquisa Datafolha encomendada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (2025), uma em cada seis crianças de até seis anos no Brasil já foi vítima de racismo. O levantamento mostra que 10% dos cuidadores de crianças até 3 anos afirmam que elas sofreram discriminação racial, e esse número sobe para 21% entre crianças de 4 a 6 anos. Esses números não são apenas dados, são feridas abertas. E elas começam cedo.

O racismo na primeira infância não chega com gritos ou agressões. Ele se infiltra de forma sutil: nos elogios enviesados, nos silêncios, nas ausências, nas narrativas que ainda romantizam o padrão eurocêntrico de beleza e comportamento. Ele aparece quando a boneca preferida nunca tem o cabelo crespo, quando o livro da escola traz apenas uma cor de pele como protagonista, ou quando a criança aprende — mesmo sem palavras — que o bonito é sempre o outro.

A infância negra sob vigilância

Na minha casa, a vigilância é constante. Os brinquedos são escolhidos com cuidado, as referências negras estão espalhadas por todos os cômodos. Poderia dizer que vivemos em um pequeno quilombo de bonecas e livros. Na TV, evito conteúdos que reforcem padrões coloniais de beleza, preferindo animações neutras, onde ao menos a ausência de estereótipos já é um respiro. Os livros são as minhas maiores aliadas. É ali, entre histórias e ilustrações, que consigo ativar a imaginação e proteger o que considero o bem mais precioso da minha filha: a autoestima.

Mas, como toda mãe, há um momento em que o meu olhar não alcança: o tempo que ela passa na escola. E foi exatamente aí que encontrei um dos capítulos mais bonitos e transformadores da nossa jornada.

Quando a escola decide se transformar

Durante muito tempo, acreditei que o compromisso racial seria uma luta solitária, travada dentro de casa, entre conversas e reforços diários de identidade. Até perceber que não, educar para a equidade é um dever coletivo, e a escola precisa ser parte ativa desse processo.

Foi com esse espírito que encontrei a Escola Villa Criar, localizada em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, a cidade mais negra do Brasil, onde 79,7% da população se autodeclara negra, segundo o Censo de 2022. A Villa Criar é uma instituição construtivista, que segue a abordagem Reggio Emilia, valorizando a escuta, a autonomia e o protagonismo da criança. Um perfil comum para famílias de classe média branca. Mas o que realmente me surpreendeu foi algo mais profundo: a intencionalidade com que a escola decidiu se transformar.

Quando levei minhas inquietações, encontrei uma equipe que já havia desenhado um projeto antirracista robusto. A coordenadora pedagógica, Brisa Marcelino, me disse uma frase que se tornou norteadora:

“Esse é o maior legado que podemos oferecer para as crianças de hoje, que serão os adultos de amanhã. O reconhecimento das raízes africanas presentes na nossa história e o sentimento de pertencimento de quem faz parte direta dela.”

Essa fala resume o que a escola vem colocando em prática: o antirracismo como princípio educativo, não como pauta eventual. Hoje, o projeto da Villa Criar é uma carta de compromisso com a sociedade. A instituição cumpre integralmente as exigências da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e as leis federais 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, e 11.645/2008, que incluiu também a cultura indígena no currículo escolar.

Os educadores passam por formações contínuas, recebem materiais atualizados e participam de trocas com profissionais de referência em educação antirracista. As crianças aprendem sobre o continente africano com a mesma naturalidade com que aprendem sobre Portugal,  entendendo o Brasil não como uma “descoberta”, mas como o encontro de povos.

As saídas pedagógicas também são intencionais: a última delas foi uma visita ao Museu Casa do Benin, no Pelourinho, com as turmas de 5 e 6 anos, um mergulho real na ancestralidade e na história viva da nossa cidade.

Quando o antirracismo é o centro e não o tema

Mas se a Villa Criar representa uma escola que se reconstrói com intencionalidade, há em Salvador uma instituição que nasceu com o antirracismo no DNA: a Escola de Educação Infantil Maria Felipa.

Idealizada pela escritora e pesquisadora Dra. Bárbara Carine e pela educadora Maju Passos, ambas especialistas em equidade racial e de gênero, a Maria Felipa é pioneira no Brasil em educação 100% afrocentrada.

Seu nome homenageia uma mulher negra marisqueira, estrategista e guerreira do Recôncavo Baiano, símbolo de resistência e liderança feminina.

Lá, cada detalhe do cotidiano escolar, da escolha dos brinquedos ao cardápio, das cores das paredes às metodologias pedagógicas, é pensado a partir da perspectiva afrocentrada.

A Maria Felipa não apenas ensina sobre o continente africano, ela parte dele. É uma escola que propõe uma revolução epistemológica: romper com a ideia de que o conhecimento válido é apenas o produzido sob lentes eurocêntricas. Em vez de adaptar o currículo às pautas raciais, ela faz da cultura afro-brasileira o centro estruturante do aprendizado.

Esse movimento, liderado por educadoras baianas, mostra o poder de transformação que a educação pode exercer quando decide ser agente ativo de mudança e não espectadora do racismo estrutural.

A Bahia ensina

Essas duas experiências, Villa Criar e Maria Felipa, se encontram em pontos diferentes da mesma estrada: a da transformação. Uma representa a coragem da reconstrução intencional dentro de uma estrutura tradicional de ensino. A outra, a ousadia de recriar o mundo a partir das nossas raízes.

E o que ambas provam é que a Bahia não é apenas um território de resistência, é um laboratório vivo de uma nova educação, onde o antirracismo não é conceito, é prática.

A educação é, por essência, um caminho sem volta. E quando uma criança negra cresce em um ambiente onde é valorizada, onde se vê representada e respeitada, não há retorno possível para o apagamento. Ela carrega em si o espelho da mudança que o país precisa ver.

A infância é o alicerce da sociedade que desejamos construir. E se o racismo começa cedo, a revolução também precisa começar cedo, nas escolas, nos livros, nos currículos e nas consciências.

Porque, no fim das contas, educar antirracista não é um favor: é uma responsabilidade civilizatória.

Exclusivo| Neusa Borges celebra reencontro com Silvio Guindane em ‘Clube Spelunca’ após o sucesso de ‘Mussum, o Filmis’

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Bastidores de 'Clube Spelunca' (Foto: Giro Filmes)

Após o sucesso de ‘Mussum, o Filmis’ (2023), longa dirigido por Silvio Guindane que rendeu a Neusa Borges o primeiro troféu Kikito de sua carreira, a atriz volta a trabalhar sob o comando do diretor na série ‘Clube Spelunca’, que estreia dia 17 de outubro na HBO Max e TNT. Nesta comédia, Neusa interpreta a matriarca de uma família negra decidida a reerguer um clube cultural da Zona Leste de São Paulo.

Com fotos e entrevista exclusiva para o Mundo Negro, Neusa fala sobre a alegria da nova parceria com o Silvio, o seu “filho de coração”, pois se conhecem desde que ele ainda uma criança. Quando ele a convidou para interpretar Malvina, a mãe do Mussum, no filme biográfico, ela não conteve a empolgação de ser dirigida pelo filho e posteriormente, uma surpresa no Festival de Cinema de Gramado de 2023. “E de repente, eu ganho o Kikito de ouro. Ele me dá isso de presente. Eu com já 68 anos de carreira. Ser dirigida por ele, para mim foi uma loucura. Quer dizer, esse amor continua e eu sei que a cada trabalho, se ele puder me colocar, ele vai me chamar”, conta.

A relação entre Neusa e Silvio começou durante na produção do filme ‘Como Nascem os Anjos’ (1996). Na época, Neusa foi convidada para o elenco, mas não teve como aceitar e indicou outra atriz, a mãe do Silvio. O menino a acompanhou nos testes e acabou sendo descoberto pelo diretor Murilo Salles, conquistando o papel principal do longa, que lhe rendeu diversos prêmios, incluindo um Kikito. “Eu me lembro do olhinho dele. Na época, ele superou todos profissionais mais velhos. Uma criancinha, sem dublê, sem nada. Sempre agradeceu. E eu fiquei amiga da família. Ele sempre me teve como quase uma segunda mãe”, recorda.

Silvio Guindane e Neusa Borges no lançamento de ‘Mussum, o Filmis’ (Foto: Arquivo pessoal)

Agora, ela está prestes a estrear ‘Clube da Spelunca’, com uma nova personagem que promete conquistar o público. “Ele falou que era uma coisa simples, mas que ele fazia questão de eu estar e de repente, a direção dele foi tão grande, que eu quase virei uma protagonista da série. É lindo Spelunca, série linda que amei fazer e amei ser dirigida por ele novamente.”

“Todos os meus trabalhos, eu dou a sorte de ser um diferente do outro. Os meus personagens, cada um é cada um. Eu faço questão disso porque eu não quero nunca que as pessoas vem dizer ‘a Neusa só faz aquilo’. E eu tenho um processo inclusive para decorar. Se eu não entrar dentro do personagem ou o personagem entrar dentro de mim, eu prefiro não fazer. E eu fico muito feliz de conseguir, porque, eu acho que são poucos atores e atrizes que conseguem isso. Então eu agradeço a Deus todos os dias de ser uma uma velha atriz”, afirma.

Bastidores de ‘Clube Spelunca’ (Foto: Giro Filmes)

De acordo com a sinopse oficial, “a trama gira em torno de uma família liderada por uma avó (Neusa Borges), proprietária do Clube Spelunca, tradicional espaço cultural da Zona Leste de São Paulo em decadência. Após uma série de fracassos e dívidas acumuladas com negócios na região da Faria Lima, Digão (Eddy Jr.) retorna para casa e assume a gerência do clube, decidido a recuperar o prestígio do local. O sucesso inesperado na noite de reabertura leva a matriarca a convocar todos os familiares para trabalhar no empreendimento, enquanto o protagonista aposta em planos ousados para atrair o público e garantir a sobrevivência do espaço.”

Além de Neusa e Eddy Jr., o elenco de ‘Clube Spelunca’ inclui Antônio Pitanga, Leilah Moreno, Larissa Nunes, Paulo Américo, Thayna Rodrigues e Agyei Augusto.

“Quisemos mostrar a periferia de forma real e divertida, dando voz e protagonismo a histórias que muitas vezes não chegam às telas. A representatividade é fundamental para que todos se sintam refletidos e inspirados”, afirma o diretor Silvio Guindane.

Lewis Hamilton ganha retrato de Roscoe feito de LEGO

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Foto: reprodução

O piloto britânico Lewis Hamilton compartilhou nesta quinta-feira (10) um presente que emocionou seus seguidores: um retrato de seu cachorro Roscoe feito inteiramente de peças de LEGO. A obra foi criada por Karen e Ilona e reúne elementos que representam diferentes momentos da carreira e da vida pessoal do heptacampeão da Fórmula 1.

Roscoe, que acompanhava Hamilton em viagens, eventos e corridas, faleceu no final de setembro em decorrência de complicações causadas por pneumonia. Desde então, o piloto tem recebido uma onda de mensagens de apoio de fãs e colegas. “Ainda é muito doloroso — e sempre será —, mas todo esse apoio tem me ajudado enormemente a passar por isso”, escreveu Hamilton em sua publicação.

O retrato feito de LEGO inclui símbolos ligados à trajetória do piloto, como as bandeiras do Brasil, Reino Unido e Itália, além da pista de Fiorano, da Ferrari. A obra também faz referência a momentos culturais marcantes, como o look usado por Hamilton no Met Gala deste ano e personagens do filme Um Príncipe em Nova York. Há ainda menções à marca de bebidas zero álcool criada por ele, a Almave, representada por duas garrafas.

Com o presente, os artistas buscaram unir memória e reconhecimento, destacando a importância de Roscoe na rotina do piloto e sua relação com causas ligadas ao bem-estar animal. O gesto também reflete a dimensão afetiva e simbólica que Roscoe representava na vida de Hamilton, um companheiro constante em sua trajetória dentro e fora das pistas.

Educação social na primeira infância: o início da construção da diversidade

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Foto: Freepik

Por: Rachel Maia

As datas são importantes porque nos convidam a olhar para o que está diante de nós, mas que, muitas vezes, passa despercebido no cotidiano. No mês de outubro, duas delas se destacam por nos fazer refletir sobre quem fomos, quem somos e o que estamos construindo.

Na semana do Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, as redes sociais se enchem de fotos da infância e de reflexões sobre os conselhos que daríamos hoje a nós mesmos quando éramos crianças — as respostas quase sempre remetem ao aprendizado. Muitas dessas lembranças revelam as inseguranças e os medos que adquirimos justamente em uma fase da vida em que deveríamos sentir apenas acolhimento e segurança para validar nossa existência. É nesse ponto que os professores e o ambiente escolar se tornam fundamentais.

Coincidentemente, poucos dias depois, em 15 de outubro, celebramos o Dia dos Professores, uma data que reforça a importância de quem nos ensina. Um vínculo que começa cada vez mais cedo, à medida que as famílias, especialmente as mulheres, ampliam sua presença no mercado de trabalho, e a educação infantil se torna um espaço que deveria ser a extensão de cuidado, aprendizado e socialização.

Se pensarmos que a primeira infância é o alicerce da convivência — e que o modo como uma criança é acolhida, reconhecida e representada nessa fase impacta diretamente como ela enxergará a si mesma e ao outro no futuro — investiríamos todo o nosso discurso e ferramentas para que todas as crianças tenham uma experiência que corresponda ao adulto que queremos encontrar no futuro.

É nesse início de jornada que a educação social se torna fundamental. Não é apenas sobre ensinar conteúdos, mas sobre formar cidadãos empáticos, conscientes e respeitosos com as diferenças — um desafio necessário e valioso se quisermos construir oportunidades de desenvolvimento múltiplas e de acesso a todos.

Uma infância diversa para um futuro plural

Uma em cada seis crianças de até seis anos já foi vítima de racismo no Brasil — e muitas dessas situações acontecem justamente em espaços escolares. Espaços que, entre 2013 e 2024, segundo o portal Diversa, tiveram um aumento de 500% no número de crianças com algum tipo de deficiência, mas que ainda enfrentam barreiras como falta de estrutura, formação docente e recursos adequados para garantir uma inclusão de fato.

Esses números reforçam algo em que acredito profundamente: a diversidade começa na infância. É ali que se plantam as sementes da empatia, da escuta e do respeito. Promover uma educação social que valorize a pluralidade racial, cultural, de gênero e de habilidades não é uma pauta futura — é uma urgência do presente.

Por isso, quando penso no Dia das Crianças e no Dia dos Professores, penso também no nosso papel coletivo: o de garantir que toda criança tenha acesso a um ambiente escolar diverso, seguro e acolhedor; que os professores recebam apoio e formação para lidar com a pluralidade que existe em sala de aula; e que as famílias encontrem na escola uma parceira na construção de um futuro mais justo e representativo.

Toda criança tem o direito de experimentar o novo sem o peso do racismo e do preconceito. Esse desejo é também um apelo para que elas passem pela primeira infância com leveza e possam explorar, com curiosidade e encantamento, o mundo que se revela.

Segunda temporada de ‘Detetive Alex Cross’ chega ao Prime Video em 2026

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Foto: Amazon MGM Studios

A segunda temporada da série ‘Detetive Alex Cross’, protagonizada e produzida por Aldis Hodge, finalmente teve a data de estreia divulgada pelo Prime Video, durante a New York Comic Con. Os novos episódios chegam ao streaming em 11 de fevereiro, com três capítulos liberados na estreia e os demais lançados semanalmente até 18 de março.

Inspirada nos livros best-sellers de James Patterson, a série acompanha o detetive e psicólogo forense Alex Cross, um investigador brilhante que mergulha na mente de assassinos e vítimas para solucionar crimes complexos. Nesta nova fase, o personagem enfrenta um justiceiro que tem como alvo bilionários corruptos.

A segunda temporada retorna com o elenco Isaiah Mustafa, Alona Tal, Samantha Walkes, Juanita Jennings, Caleb Elijah, Melody Hurd e Johnny Ray Gill, além de trazer novos nomes como Matthew Lillard, Jeanine Mason e Wes Chatham.

Criada por Ben Watkins, que atua como showrunner e produtor-executivo ao lado de Aldis Hodge, a produção é uma parceria entre o Amazon MGM Studios e a Paramount Television Studios.

“Falta diversidade de gênero e raça no Supremo”, diz Flávia Oliveira sobre cotados de Lula para substituir Barroso

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Foto: Fellipe Sampaio/STF

A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso reacendeu o debate sobre a falta de diversidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso, que está na Corte há 12 anos e foi indicado pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), anunciou nesta quinta-feira (9) que deixará o cargo após concluir seu mandato na presidência do tribunal, encerrado em setembro.

Com a saída, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o novo nome para ocupar a vaga — será a terceira escolha do atual mandato, após as nomeações de Cristiano Zanin e Flávio Dino. Entre os nomes mais cotados nos bastidores estão Bruno Dantas, Jorge Messias, Rodrigo Pacheco e Vinicius de Carvalho, todos homens brancos, considerados figuras de confiança de Lula.

Durante o programa #EmPauta, da GloboNews, a jornalista Flávia Oliveira destacou o que considera um problema estrutural na composição do Supremo: a falta de diversidade. Atualmente, dos 11 ministros, apenas Cármen Lúcia representa o gênero feminino, e nenhuma pessoa negra.

Embora Barroso tenha declarado o desejo de que uma mulher o suceda, Flávia ponderou que o padrão das indicações permanece o mesmo. “A questão é, efetivamente, o presidente se convencer de que falta diversidade de gênero e raça no Supremo e tomar essa decisão, mas a esperança é mínima”, afirmou.

Poucas horas após o anúncio da aposentadoria, personalidades negras usaram as redes sociais para cobrar mais representatividade negra nas indicações ao STF. Uma carta aberta divulgada pelas organizações Fórum de Justiça, Plataforma Justa e Themis – Gênero e Justiça também reforçou o apelo e apresentou alguns nomes de mulheres qualificadas para a vaga de Barroso, entre elas Edilene Lôbo (TSE), Sheila de Carvalho (Secretaria Nacional de Acesso à Justiça) e Vera Lúcia Araújo (ministra substituta do TSE).

Casa de Vinicius Jr. em Madrid pega fogo por falha elétrica

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Foto: reprodução

Na manhã desta quinta-feira (9), a residência do atacante Vinícius Júnior, localizada na área residencial de La Moraleja, em Alcobendas, Madrid, sofreu um incêndio de origem elétrica. O fogo teve início na sauna do subsolo da mansão, afetando os dois andares do imóvel. A sauna foi completamente destruída, enquanto o restante da casa sofreu danos devido à propagação de fumaça.

Os bombeiros foram acionados por volta das 11h no horário local (6h em Brasília) e conseguiram controlar o incêndio rapidamente. Não houve feridos. De acordo com relatos, ainda uma hora após o incidente era possível sentir cheiro de fumaça na rua.

Vinícius Júnior não estava em casa no momento do incêndio, pois se encontra concentrado com a Seleção Brasileira para os próximos compromissos. A causa do incêndio foi identificada como uma falha elétrica na sauna.

“Ser dona do meu apartamento na Zona Sul do RJ é tão luxuoso” Bella Campos rebate críticas sobre seu novo imóvel no Rio

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Foto: reprodução

Após a divulgação de fotos e vídeos de seu novo apartamento na Zona Sul do Rio, Bella Campos recebeu comentários de seguidores dizendo que a decoração era “simples” para uma atriz global. A atriz usou suas redes sociais para responder e contextualizar a conquista.

De férias após o fim das gravações de “Vale Tudo”, Bella relembrou os desafios financeiros que enfrentou no início da carreira no Rio. “Ainda não caiu a minha ficha de que já posso descansar e acordar na hora que quiser. Mas comecei a falar isso porque, quando terminei a minha primeira novela [Pantanal], que foi o meu primeiro trabalho aqui no Rio, ficava pensando: ‘Nossa, será que já vou conseguir outro trabalho para poder continuar morando no Rio?’ Não tinha como pagar um aluguel aqui. Morava em um flat que a Globo me colocou durante Pantanal e fiquei em outro flat durante Vai na Fé. Quando Vai na Fé acabou, fiquei muito feliz porque tinha dinheiro para alugar um apartamento por conta própria. E, quando comecei Vale Tudo, tinha dinheiro para comprar meu apartamento no Rio de Janeiro. Para mim, isso foi uma grande conquista”, contou Bella.

Sobre os comentários sobre a decoração, Bella disse: “Vi uns [vídeos de] reacts da minha casa e a galera falando que tem uma decoração simples, que talvez, para uma atriz global, fosse esperado algo mais luxuoso… mas gente, ser dona do meu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro já é tão luxuoso. Isso, até pouquíssimo tempo, era uma realidade distante para mim.”

Com as declarações, Bella encerra a resposta aos comentários destacando sua trajetória e mostrando que a conquista do apartamento é, antes de tudo, uma realização pessoal e profissional.

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