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OMS mantém status de emergência global para mpox

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Foto: REUTERS/Jean Bizimana

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta sexta-feira (22) que a mpox segue figurando como emergência em saúde pública de importância internacional. Em seu perfil na rede social X, ele destacou que a decisão foi tomada após reunião do comitê de emergência convocada para esta sexta-feira (22).

“Minha decisão baseia-se no número crescente e na contínua dispersão geográfica dos casos, nos desafios operacionais e na necessidade de montar e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros”, escreveu.

“Apelo aos países afetados para que intensifiquem suas respostas e para que a solidariedade da comunidade internacional nos ajude a acabar com os surtos”, concluiu Tedros.

Entenda

Em agosto, a OMS decretou que o cenário de mpox no continente africano constituía emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.

Em coletiva de imprensa em Genebra à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que surtos de mpox vêm sendo reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e que as infecções têm aumentado ao longo dos últimos anos.

Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência global para a mpox em razão do surto da doença em diversos países.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil*

Prefeitura de São Paulo cria ferramenta de atendimento on-line para denúncias contra homofobia e combate ao racismo

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A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), a Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads) e a Coordenação dos Assuntos da População Negra (CONE), em parceria com a Coordenadoria de Inclusão Digital (CID) disponibilizam a partir do dia 08 de novembro uma ferramenta de serviço à sociedade para o registro on-line de denúncias de combate à homofobia e crimes de racismo.

Como denúncias deverão ser feitos através do preenchimento do formulário disponível no site da SMPP (www.prefeitura.sp.gov.br/smpp). O acesso a essa ferramenta pode ser feito em todas as unidades de Telecentros de São Paulo.

A nova ferramenta visa facilitar o atendimento a esse público, para que assim o Poder Público possa agir coibindo atos discriminatórios contra a população negra e a população LGBT e também elaborar políticas públicas de proteção a esses grupos.

Ao fazer a denúncia, é preciso que especifique detalhes dos fatos ocorridos como: local, horário, pessoas envolvidas, o tipo de discriminação que ausidade e outras informações que julgaram relevantes. Todas as informações encaminhadas são sigilosas, nos termos da lei.

Atualmente, a SMPP disponibiliza esses serviços no Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia, localizado no Pateo do Colégio, 5 – 1º andar e no Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate ao Racismo, também, localizado no Pateo do Colégio, 5 – 2º andar.

Para a utilização dos Telecentros é necessário agendar um horário via telefone ou pessoalmente. Acesse o site do Telecentro e escolha uma unidade mais próxima de você.

Material exclusivo da turnê de Beyoncé é furtado de carro de bailarino da turnê Cowboy Carter nos EUA

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Foto: Julian Dakdouk/PictureGroup/Shutterstock

Materiais inéditos de Beyoncé, incluindo músicas não lançadas, gravações de ensaios e playlists de futuros shows, foram furtados de um veículo alugado por membros de sua equipe em Atlanta, nos EUA. O ocorrido foi registrado pela polícia local na noite de domingo (13), horas antes da abertura de uma série de apresentações da cantora na cidade como parte da turnê Cowboy Carter.

De acordo com o boletim de ocorrência, o coreógrafo Christopher Grant e a dançarina Diandre Blue estacionaram um Jeep Wagoneer em um estacionamento no Krog Street Market por volta das 20h09. Ao retornarem, encontraram o vidro traseiro quebrado e duas malas desaparecidas. Entre os itens levados estavam discos rígidos e pendrives com conteúdos exclusivos da artista, além de roupas, laptops e fones de ouvido.

Grant afirmou à polícia que os arquivos roubados continham “informações confidenciais” relacionadas à turnê, incluindo versões marcadas de músicas inéditas, repertórios planejados para shows futuros e registros de apresentações passadas. A polícia rastreou parte dos objetos usando o serviço de localização dos fones de ouvido Apple, mas não divulgou detalhes sobre possíveis suspeitos.

A assessoria de Beyoncé não se manifestou sobre o caso. A cantora segue com a agenda de shows em Atlanta, onde se apresenta até esta segunda-feira (14), antes de encerrar a turnê em Las Vegas no dia 26.

Lançado em 2024, o álbum Cowboy Carter rendeu à artista um Grammy e foi aclamado por misturar influências do country com outros gêneros. A turnê homônima, iniciada em abril, tem sido elogiada pela crítica por sua produção elaborada e repertório dinâmico.

Jovem quilombola cria sorvete vegano à base de mandioca para preservar cultura alimentar

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Foto: Reprodução/ Secult CE

Um sorvete feito à base de mandioca, sem conservantes ou ingredientes industrializados une tradição quilombola e inovação gastronômica. Criado por Joélho Caetano, morador do quilombo de Conceição dos Caetanos, no município de Tururu localizado a 107 km de Fortaleza, no Ceará, o “Sorvete Farinhada” leva uma cobertura de farofa doce com coco, rapadura e manteiga de garrafa, ingredientes típicos da cultura local.

Ao criar a sobremesa, o gastrólogo também buscou valorizar as práticas alimentares características de sua comunidade. A inspiração veio das casas de farinha do quilombo, onde a mandioca é processada artesanalmente para virar farinha, goma para tapioca e outros derivados. Joélho cresceu vendo a mãe, Medina Caetano, e a avó, Maria Caetano de Oliveira, trabalharem nesses espaços e se inspirou nas duas para se aprofundar na área de gastronomia. A ideia de fazer sorvetes surgiu aos 15 anos, após sua primeira visita a uma sorveteria em Fortaleza. “Fiquei encantado e quis levar essa experiência para o quilombo”, conta.

Com a mãe, ele abriu a Caetanos Sabores, uma pequena sorveteria caseira que, aos poucos, ganhou clientes, mas com o tempo, sentiu que precisava fazer algo além dos sabores tradicionais. A oportunidade veio quando Joélho ingressou na Escola de Gastronomia Social, onde desenvolveu o projeto com mentoria do gastrólogo Bruno Modolo e apoio da Bellucci Gelateria, de Fortaleza. O desafio foi criar um sorvete que usasse a mandioca como base, substituindo aditivos industrializados: “Usamos as fibras da mandioca no lugar de emulsificantes, deixando o sorvete mais natural”, explica. Para dar sabor, acrescentou a farofa doce, feita com ingredientes tradicionais. “É uma combinação que remete à infância, à farinha com rapadura que a gente comia”, diz.

Estrelada por Ícaro Silva, minissérie sobre a luta contra a AIDS no Brasil ganha data de estreia na HBO Max

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Foto: Divulgação/HBO

Com Ícaro Silva no elenco, a aguardada minissérie baseada em histórias reais, ‘Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente’, finalmente ganhou data de estreia. A produção chega à plataforma HBO Max no dia 31 de agosto.

Com cinco episódios, a minissérie retrata a epidemia de AIDS no Brasil durante os anos 1980 e 1990, e acompanha a história de comissários de voo que, diante da falta de acesso ao único medicamento disponível contra a doença na época, o AZT, decidem contrabandear o remédio para salvar vidas.

A trama gira em torno de Fernando (Johnny Massaro), um comissário de bordo que, ao testar positivo para HIV em estágio avançado, inicia uma rede clandestina para trazer o AZT do exterior para uso próprio. Rapidamente, ele percebe que precisa ampliar essa iniciativa e ajudar outras pessoas afetadas pela epidemia. Para isso, conta com o apoio de Leia (Bruna Linzmeyer), outra comissária de bordo, e Raul (Ícaro Silva), seu amigo e segurança em uma boate que acolhe vítimas da doença.

Ícaro Silva (Amigos Sem Compromisso) um dos protagonistas, conta ainda com grandes nomes no elenco, como Johnny Massaro (Verdades Secretas 2), Bruna Linzmeyer (Baby), Eli Ferreira (Cidade de Deus: A Luta Não Para), Kika Sena (Paloma), Igor Fernandez (Sob Pressão), Hermila Guedes (Homem com H), Andréia Horta (Elis), Carla Ribas (Marighella) e Duda Matte (Ela Disse, Ele Disse).

Sob direção geral de Marcelo Gomes e codireção de Carol Minêm, a minissérie já é aclamada internacionalmente. A produção venceu, recentemente, o prêmio de Melhor Série no 40º Festival de Valência, na Espanha, além de conquistar o troféu de Melhor Série do Júri Jovem e duas menções honrosas: Melhor Roteiro e Melhor Mixagem de Som e Trilha Sonora.

MC Poze do Rodo tem turnê no Brasil e na Europa cancelada por decisão da Justiça

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Foto: Reprodução/Instagram

O cantor MC Poze do Rodo teve todos os shows programados para o mês de julho cancelados por determinação judicial. A informação foi confirmada pela gravadora Mainstreet Records, responsável pelo gerenciamento da carreira do artista.

Em nota divulgada nas redes sociais, a empresa afirmou que a turnê foi suspensa por motivo de força maior, para cumprir a ordem judicial. “Lamentamos profundamente o ocorrido e pedimos desculpas ao público e aos contratantes, que não têm qualquer relação com os motivos do cancelamento”, diz o comunicado compartilhado nas redes sociais do artista.

“Pronto, agora acabou o roubo, acabou o crime”, criticou o cantor em outra publicação compartilhada, que também alega perseguição e classifica o estado como “covarde”. Marlon Brendon Coelho, nome de batismo do funkeiro, tinha apresentações previstas em festivais em Juiz de Fora (MG) e João Pessoa (PB), além de uma série de shows na Europa. Todos os compromissos foram oficialmente desmarcados.

A decisão ocorre semanas após o cantor ter sido preso e permanecer detido por cinco dias, em junho. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Poze é investigado por supostas ligações com o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país.

Até o momento, nem o cantor nem a gravadora detalharam os motivos da nova ordem judicial que motivou o cancelamento da agenda.

Edi Gathegi brilha em Superman como Sr. Incrível, após sucesso em Crepúsculo e X-Men

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Foto: © Warner Bros.

Você pode até não reconhecê-lo de imediato, mas com certeza já assistiu ao talento de Edi Gathegi em diversas produções de sucesso. O ator queniano-americano, que agora dá vida ao herói Sr. Incrível no novo filmeSuperman(2025), tem sido aclamado por sua atuação e lembrado por outros trabalhos marcantes.

Lançado nos cinemas na semana passada, o novo reboot dirigido por James Gunn traz Gathegi como Sr. Incrível, um dos homens mais inteligentes do Universo DC, conhecido por sua genialidade tecnológica e preparo físico. Ao lado de David Corenswet (Superman) e Rachel Brosnahan (Lois Lane), ele promete oferecer um novo olhar para os filmes de super-herói.

Com o sucesso de crítica e bilheteria que o filme já vem alcançando, James Gunn declarou que já considera desenvolver um spin-off focado no Sr. Incrível, embora o projeto ainda não tenha saído do papel.

Enquanto isso, relembre outros papéis que marcaram a trajetória de Edi Gathegi no cinema e na televisão:

Laurent – Saga Crepúsculo

Gathegi ficou conhecido mundialmente como o vampiro Laurent, da saga Crepúsculo. Inicialmente aliado da vilã Victoria, Laurent é um personagem misterioso, que depois tenta se afastar do grupo de vampiros violentos e seguir um caminho mais pacífico. Sua presença imponente fizeram dele um dos vilões mais intrigantes da franquia. Disponível no Prime Video e Telecine.

Foto: Reprodução/ Paris Filmes

Darwin – X-Men: Primeira Classe

Antes de entrar no mundo da DC, Gathegi esteve no universo Marvel e interpretou o mutante Armando Muñoz, mais conhecido como Darwin. Seu poder é a adaptação evolutiva instantânea — ou seja, o corpo dele se ajusta automaticamente para sobreviver a qualquer ameaça. Apesar de ter um dos dons mais interessantes da trama, o personagem foi eliminado precocemente. Disponível no Disney+.

Foto: Divulgação

Matias Solomon – Lista Negra

Em um dos papéis mais sombrios de sua carreira, Edi viveu Matias Solomon, um agente disfarçado e altamente perigoso da Cabal, organização secreta antagonista da série. Solomon é frio, calculista e implacável, mas também extremamente inteligente e carismático. Ele fez tanto sucesso que foi chamado para o spin-off Lista Negra: Redenção, ampliando ainda mais seu alcance entre os fãs de suspense e ação. Disponível na Netflix.

Foto: Divulgação

Dev Ayesa – For All Mankind

Na série da Apple TV+, Gathegi interpreta Dev Ayesa, um empresário visionário que representa uma nova geração de liderança no setor aeroespacial. Ele desafia tanto o governo quanto as corporações tradicionais, propondo um futuro mais inclusivo e ousado para a exploração espacial. O personagem é ambicioso, idealista e, ao mesmo tempo, profundamente humano.

Foto: Apple TV+

Entre cúpulas e conspirações: a força da representatividade negra na diplomacia em “O Diplomata”

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Em um cenário onde a diplomacia internacional é tão tensa quanto imprevisível, “O Diplomata”, série da Netflix lançada em 2023, destaca-se por ir além dos jogos de poder tradicionais e mostrar personagens negros em posições centrais de decisão. Estrelada por Keri Russell no papel da embaixadora Kate Wyler, a produção acompanha negociações delicadas entre Estados Unidos e Reino Unido, escândalos políticos e ameaças globais que podem redefinir o futuro das relações entre as potências.

Mas o ponto mais inspirador é ver figuras negras que não estão apenas presentes, mas são fundamentais na condução dos rumos diplomáticos.

Um dos exemplos mais expressivos é David Gyasi, que interpreta Austin Dennison, o Secretário de Relações Exteriores britânico. Austin é responsável por equilibrar os interesses do Reino Unido em meio a crises e articulações de bastidores, tornando-se um aliado estratégico da embaixadora americana. Ao longo da trama, ele exibe inteligência política e liderança, enfrentando dilemas morais enquanto tenta conter seu primeiro-ministro impulsivo. Gyasi, que já atuou em produções como “Interstellar” e “Troy: Fall of a City”, entrega uma performance marcante, conferindo humanidade e autoridade ao personagem.

Nos bastidores da embaixada americana, quem exerce influência decisiva é Stuart Hayford, vivido por Ato Essandoh. Stuart é o chefe de gabinete de Kate Wyler e sua figura de confiança, responsável por articular estratégias que podem selar acordos ou iniciar conflitos. Com competência e pragmatismo, ele circula por reuniões sensíveis, sempre ciente das consequências de cada decisão. Ato Essandoh traz ao papel uma presença firme que sublinha a importância de homens negros ocupando espaços de liderança no centro do poder internacional.

Completando esse trio de representatividade, Nana Mensah interpreta Billie Appiah, a porta-voz da Casa Branca. Inteligente, articulada e incansável, Billie enfrenta a pressão de comunicar crises e decisões controversas ao mundo. Sua atuação reforça que mulheres negras podem e devem estar no epicentro das narrativas políticas, como vozes oficiais de governos e agentes de transformação.

Ao colocar esses personagens no centro da trama, “O Diplomata” não apenas amplia a diversidade do elenco, mas apresenta um retrato mais contemporâneo e necessário de quem de fato constrói acordos e influencia a diplomacia global. Eles não são figurantes simbólicos: são líderes que tomam decisões capazes de mudar o curso da história.

Para quem se envolveu com os bastidores intensos da série, vale comemorar. A Netflix já confirmou uma nova temporada, prometendo expandir ainda mais essas histórias e seguir mostrando que a representatividade negra não é um detalhe, mas parte essencial das narrativas de poder.

Dia Mundial do Rock: artistas negros que marcaram a história do Rock and Roll

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Foto: Associated Press

É impossível falar sobre Dia Mundial do Rock sem lembrar as origens negras do estilo musical e celebrar grandes artistas negros que colocaram o rock and roll em um novo patamar, com vozes, performances e muito talento. Na data, celebrada neste 13 de julho, exaltamos as vozes que abriram caminho para o gênero e relembramos que o ritmo nasce do blues, do gospel, do R&B, sendo mais uma das criações incríveis da diáspora africana.

A própria expressão “rock and roll” tem ligação direta com essas raízes. O termo ganhou visibilidade na década de 1940, quando o colunista Maurie Orodenker passou a usá-lo na Billboard para descrever faixas animadas de Sister Rosetta Tharpe, como “Rock Me”. Mas sua origem negra é ainda mais profunda: palavras como “rocking” já eram comuns nas igrejas negras do sul dos Estados Unidos, associadas ao fervor e à intensidade espiritual das músicas gospel — uma base poderosa para o nascimento do rock.

Para celebrar essa data tão especial, lembramos artistas negros que marcaram a história do rock com seu talento que influenciou gerações de músicos.

Sister Rosetta Tharpe

Foto: Getty Images

Sister Rosetta Tharpe, nascida em 1915 no Arkansas (EUA), é considerada a verdadeira criadora do rock’n’roll. Filha de colhedores de algodão e criada em uma comunidade religiosa, ela revelou desde cedo seu talento musical, tocando e cantando com naturalidade nos cultos da igreja. Começou sua carreira no gospel e, em 1944, emplacou “Strange Things Happening Every Day” no top 10 da Billboard — feito inédito para o gênero.

Foi a primeira artista a ter sua música descrita como “rock and roll” na Billboard. Com uma mistura única de guitarra elétrica e espiritualidade, influenciou nomes como Elvis Presley, Chuck Berry e Bob Dylan. Ainda na década de 1940, desafiou o racismo ao se apresentar com músicos brancos e teve um relacionamento com a cantora gospel Marie Knight, sua companheira de palco e estrada.

Apesar de seu pioneirismo, perdeu espaço para homens brancos que dominaram o mercado musical. Morreu em 1973 após um derrame, pouco lembrada e com um túmulo sem identificação. Somente décadas depois passou a ser reconhecida como figura fundamental na história do rock.

Chuck Berry

Chuck Berry foi um dos grandes pioneiros do rock, conhecido por integrar o blues ao country com letras voltadas para o cotidiano jovem, riffs marcantes de guitarra e uma presença de palco inovadora. Dono de clássicos como “Johnny B. Goode”, “Roll Over Beethoven” e “You Never Can Tell”, influenciou diretamente artistas como Beatles e Rolling Stones.

Nascido em 1926, em Saint Louis (EUA), Berry começou a tocar guitarra na adolescência e despontou nos anos 1950, após conhecer o produtor Leonard Chess e o bluesman Muddy Waters. Seu som combinava ritmo contagiante e narrativas acessíveis, ajudando a moldar a identidade do rock’n’roll.

Além de músico, era também performer: sua famosa “duck walk” — em que tocava a guitarra agachado e pulando em uma perna — virou marca registrada. Entrou para o Hall da Fama do Rock em 1986, apresentado por Keith Richards. Mesmo com passagens polêmicas pela justiça, Berry se manteve uma referência musical. Lançou seu último álbum, “Chuck”, em 2017, ano de sua morte, aos 90 anos, deixando um legado essencial para a história da música.

Jimi Hendrix

Nascido em 1942 em Seattle, Jimi Hendrix começou a tocar violão na adolescência e rapidamente se envolveu com bandas de rhythm and blues, acompanhando nomes como Little Richard e os Isley Brothers. Após sair do Exército, passou anos tocando em clubes pelos Estados Unidos até ser descoberto pelo baixista Chas Chandler, que o levou à Inglaterra em 1966. Lá, formou o The Jimi Hendrix Experience, com Noel Redding e Mitch Mitchell, e alcançou sucesso imediato com o álbum Are You Experienced?, que incluía faixas icônicas como “Purple Haze” e “Foxy Lady”.

Com um estilo inovador na guitarra, Hendrix ficou conhecido por seu domínio das distorções, uso expressivo do feedback e performances ao vivo explosivas. Sua apresentação no Monterey Pop Festival, em 1967, quando incendiou a guitarra no palco, marcou sua consagração nos Estados Unidos. O sucesso se repetiu em Woodstock (1969), onde sua versão do hino nacional americano se tornou um símbolo da contracultura. Ainda assim, Hendrix buscava novos caminhos musicais, misturando blues, rock psicodélico e sons experimentais.

Apesar da fama, enfrentou conflitos criativos, desgaste físico e desilusões com a indústria. Tentou se reinventar com a Band of Gypsys, mas retornou à formação original da Experience pouco antes de morrer. Jimi Hendrix faleceu em 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, deixando um legado imenso em apenas quatro anos de carreira solo. É lembrado como um gênio da guitarra elétrica e uma das figuras mais influentes da história da música.

Tina Turner

Tina Turner se destacou como uma das maiores artistas da música ao unir potência vocal, energia no palco e resiliência fora dele. Começou sua carreira nos anos 1960 ao lado de Ike Turner, com quem gravou clássicos como Proud Mary e River Deep, Mountain High. Após romper com o parceiro e superar uma relação abusiva, ela se reinventou como artista solo e alcançou ainda mais sucesso na década de 1980.

Seu renascimento veio com o álbum Private Dancer (1984), que trouxe hits como What’s Love Got to Do With It, vencedor do Grammy, e Better Be Good to Me. Na mesma época, consolidou sua presença como estrela global com turnês lotadas e trilhas de filmes como We Don’t Need Another Hero (de Mad Max) e GoldenEye, tema de James Bond.

Ao longo da carreira, Tina vendeu milhões de discos, ganhou 8 Grammys e foi celebrada no Hall da Fama do Rock & Roll. Seu timbre rouco e inconfundível, combinado à sua história de superação, a transformaram em um ícone da música e uma referência para artistas de diferentes gerações.

Filmes para ver em família nas férias de julho: clássicos com representatividade negra 

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Crédito: Disney/Pixar

Julho no Brasil é o mês das férias escolares, uma excelente oportunidade para desacelerar a rotina e criar momentos de afeto com quem a gente ama. Entre passeios e brincadeiras, assistir a filmes em família é um jeito simples de fortalecer vínculos, abrir conversas importantes e inspirar as crianças com histórias que celebram a diversidade.

Selecionamos cinco produções que unem emoção, aprendizado e protagonismo negro. São narrativas que atravessam gerações e continuam atuais, seja por suas mensagens de coragem e pertencimento, seja pelo impacto cultural que provocaram.

Soul (2020) é uma animação da Pixar sobre propósito e ancestralidade. Joe Gardner, um músico negro apaixonado pelo jazz, vive uma jornada entre a vida e o “Seminário Você” ao descobrir que cada existência tem valor único. Premiado com dois Oscars, o filme é uma reflexão sensível sobre o que faz a vida valer a pena.

Crédito: Disney/Pixar

Rainha de Katwe (2016) retrata a história real de Phiona Mutesi, garota de Uganda que, com a orientação do professor Robert Katende, se torna campeã de xadrez internacional. Com Lupita Nyong’o no elenco, a trama mostra como a educação pode transformar destinos e inspira crianças a acreditarem no próprio talento.

Crédito: Reprodução

A Princesa e o Sapo (2009) foi o primeiro filme da Disney a apresentar uma princesa negra. Tiana é uma jovem sonhadora e determinada, que luta para abrir seu restaurante em Nova Orleans. Além de lindas músicas, o filme aborda temas como identidade cultural, trabalho duro e autoestima.

Crédito: Reprodução / Walt Disney Pictures

Uma dobra no tempo (2018) é uma aventura épica baseada no livro de Madeleine L’Engle, dirigida por Ava DuVernay. A história acompanha Meg Murry, interpretada por Storm Reid, em uma jornada por diferentes dimensões em busca do pai desaparecido. É uma produção que fala de coragem, autoaceitação e do poder das mulheres.

Crédito: Divulgação

Pantera Negra (2018) tornou-se um fenômeno mundial e um marco cultural. Ambientado no reino de Wakanda, acompanha T’Challa, herdeiro do trono e do manto do Pantera, enquanto enfrenta desafios internos e externos. Com elenco histórico liderado por Chadwick Boseman, o filme celebra a conexão ancestral, a tecnologia africana e o orgulho negro.

Crédito: Divulgação

Esses filmes reúnem tudo que importa em boas histórias: são clássicos que resistem ao tempo, lançados entre 2009 e 2020, com narrativas emocionantes, visuais impressionantes e lições que permanecem depois que a sessão termina. São produções que tocam temas universais e ao mesmo tempo reafirmam que crianças negras merecem se ver no centro da tela com dignidade e grandeza.

Para tornar essa maratona ainda mais especial, vale preparar atividades que aproximem todo mundo. Pode ser uma playlist com as trilhas sonoras dos filmes, jogos de tabuleiro inspirados em Rainha de Katwe, receitas de Nova Orleans em homenagem a Tiana ou uma roda de conversa sobre pertencimento e sonhos. Assim, cada sessão se transforma em aprendizado, diversão e memória afetiva.

Reúna a família, prepare a pipoca e aproveite essas histórias que emocionam, ensinam e reafirmam a importância de ter diversidade e representatividade ocupando todos os espaços. Boas férias e boas sessões!

Gilberto Gil mostra seu refúgio criativo no Rio de Janeiro

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Foto: André Nazareth / Editora Globo

Móveis de madeira de demolição e concreto aparente compõem apartamento à beira mar do cantor Gilberto Gil e de sua esposa, Flora Gil. Em entrevista à revista Casa e Jardim, o músico e sua esposa abriram as portas de seu apartamento no Edifício Chopin, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde vivem há um ano e meio. O casal deixou para trás uma residência de mais de 600 m² em São Conrado, após 35 anos, em busca de um espaço mais compacto e funcional.

A busca por um novo lar durou dois anos e meio, até encontrarem o atual apartamento de 344 m², próximo ao Copacabana Palace, com vista para o mar e ventilação privilegiada. Parte dos móveis da antiga casa foi reaproveitada, como a mesa de jantar de mais de 25 anos, feita em madeira de demolição.Peças novas, como a cadeira de balanço e a mesa Saarinen, foram incorporadas para facilitar os encontros com amigos e familiares.

A arquiteta Marcia Müller, responsável pelo projeto do imóvel anterior, foi convidada para reformular o espaço. “Queríamos algo integrado e prático, que refletisse nossa vida hoje”, explicou Flora. O apartamento ganhou ambientes conectados, como a cozinha aberta para a sala de jantar e a sala de TV integrada à área de estar. Os quatro quartos originais foram transformados em duas suítes amplas — uma para o casal e outra para hóspedes e netos.

A suíte principal foi inspirada no Hotel Emiliano, onde Gilberto Gil costumava se hospedar. “Ele adorava a cama de lá, e o dono do hotel acabou presenteando-nos com uma igual”, revelou Flora. O espaço ainda conta com um escritório isolado por painéis de palha, onde o artista compõe à noite sem perturbar o descanso da esposa.

Para abrigar a vasta coleção de livros, fotos e obras de arte do casal, a arquiteta criou prateleiras de concreto aparente ao redor da sala. “Optamos por uma estante mais leve, tropicalizada, que não sobrecarregasse o ambiente”, explicou Marcia.

A mudança trouxe mais praticidade ao cotidiano do casal. “Aqui, tudo é perto. Vou à feira a pé, corto o cabelo no bairro, e Gil adora caminhar no calçadão até o Leme no fim da tarde”, contou Flora. Para ela, o novo apartamento representa uma fase mais serena. “A vida flui de maneira suave, e isso nos faz bem.”

A arquiteta resumiu o projeto como um reflexo da personalidade do casal: “Eles são despojados, leves, e isso se traduz no espaço. Tudo aqui tem história, mas nada é pesado. É uma casa que respira a essência deles”.

Taís Araujo leva sonhos, poesia e referência de mulher negra para televisão brasileira

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Por Ivair Augusto Alves dos Santos

Na teledramaturgia brasileira, a novela Vale Tudo tem lugar de destaque por ser uma das de maior audiência na televisão e por trazer discussões sobre a alma do ser brasileiro.

As mulheres interpretam as cenas mais brilhantes, pois tocam em assuntos sensíveis e delicados de relações amorosas, autonomia e independência, relações homoafetivas, relações inter-geracionais, o papel da mulher negra, relações inter-raciais e a sedução pelo poder e a riqueza.

Em uma novela com tantas situações complexas, a figura de Taís Araujo, como Raquel, e Bella Campos, como Maria de Fátima, representam um elenco de situações que são exemplos de opções para encararmos a vida em busca do sucesso. As duas têm uma qualidade: sabem manter o foco.

Com estratégias diferentes, ambas trabalham diariamente e estão concentradas em apenas uma única coisa, cada uma com uma visão. A personagem de Taís Araujo é exemplo de milhões de brasileiras que acreditam em seus talentos de cozinheiras. Já Maria de Fátima, de Bella Campos, exemplo de sedução da beleza que acredita que um casamento com um bilionário a levará ao sucesso.

O que é necessário destacar é como cada uma delas tem se construído sequencialmente. Uma única coisa por vez. Não estou mencionando nenhum aspecto de moral ou de ética. Cada uma dessas duas mulheres acredita que está fazendo o certo para atingir os seus objetivos.

Bella Campos, no papel de Maria de Fátima, age, se articula e pensa como um diretor de uma corporação de forma amoral; segue à risca as regras no mundo competitivo das grandes corporações e das famílias que enriqueceram no Brasil. Não há tempo a ser desperdiçado, e age de forma maquiavélica com um único objetivo que é preciso ser buscado incansavelmente: casar com um bilionário.

A protagonista Raquel aprendeu a viver e a acreditar nas virtudes do trabalho duro, honestidade, no seu talento de cozinhar, na solidariedade dos amigos, no amor sincero, na disposição infinita de ter esperança na superação das dificuldades do livro quotidiano, como um empresário a vencer os atropelos da vida. Nada a abala. Ela sempre sonha e trabalha, trabalha muito para o dia seguinte. Ela pensa numa coisa. Persegue essa coisa que escolheu.

As duas mulheres negras são exemplos de vida, de forma exagerada que o drama de uma novela nos leva a nos tornar admiradores e apaixonados.

A trama tem belos diálogos, interpretações majestosas e nos leva a ver com um olhar mais crítico a dura a realidade de uma sociedade tão desigual.

Como é gostoso ver as vitórias de Raquel no trabalho, ver a sua resiliência em relação à vida. Cada vitória e descoberta da verdade tornam a nossa vida mais alegre, para sonhar e dizer para nossos filhos e netos: “Acreditem no trabalho, vejam, é possível! Mantenham o foco”.

Do outro lado está a liberdade da sedução de uma mulher negra linda, talentosa, determinada. Maria de Fátima não é o modelo de filha, mas é uma batalhadora amoral, com habilidade política e uma inteligência emocional surpreendente.

Viva a teledramaturgia brasileira, que nos faz fantasiar e ser mais críticos e sonhadores em relação à vida.

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