Globo e a Antifa Filmes decidiram escalar diretores e roteiristas negros para a série que está sendo produzida sobre a vida de Marielle Franco

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Globo e a Antifa Filmes decidiram escalar diretores e roteiristas negros para a série que está sendo produzida sobre a vida de Marielle Franco

Após críticas e acusações de racismo, a Globo e a Antifa Filmes decidiram escalar diretores e roteiristas negros para a série que está sendo produzida sobre a vida de Marielle Franco, um dos maiores investimentos de sua plataforma de streaming Globoplay para 2021. “Marielle – O Documentário” será exibida dia 12 de março na Globo, após o bbb20. A estréia no Globoplay é no dia seguinte, com todos os seis episódios disponíveis.

A história de Marielle Franco também será tema de seriado dirigido por José Padilha com previsão de estreia para 2021. Após o anúncio, ativistas e profissionais negros do áudio escreveram coletivamente uma Nota de Repúdio em relação ao projeto da série. Um dos motivos é a ausência de pessoas negras, sobretudo mulheres negras na parte executiva do projeto. Marielle era mulher negra e feminista.

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“Homem que deu e dá ferramentas simbólicas para a construção do fascismo e genocídio da juventude negra no país”, nota do movimento negro, sobre José Padilha como diretor da serie.

Para justificar a escolha de Padilha, Antonia Pellegrino, autora de série sobre a vereadora, lamentou não ter “um Spike Lee” no Brasil. Pelo Twitter, ela ainda reforçou a tese, o que gerou indignação nas redes.

“Existe um racismo estrutural no Brasil q impediu, até hj, a formação de um spike lee brasileiro. Não é supremacia branca. É denúncia”, escreveu.

A produtora cultural e ativista Andreza Delgado rebateu a declaração. “Na real você ainda consegue ser mais racista, chamando por um Spikee Lee brasileiro e desqualifica toda uma gama de profissionais negros, como se existisse um jeito só de fazer cinema e áudio visual. Nós negros somos diversos e de aliada você não tem é nada”, tuitou.

O portal Uol divulgou que a série terá pelo menos um cineasta negro, como Jeferson De (Brother, 2011), que deve dirigir alguns episódios. A liderança do projeto, no entanto, continuará nas mãos de José Padilha, que é sócio do projeto e na empresa Antifa Filmes, mas deve crescer com novos roteiristas e diretores. A série terá duas temporadas de oito episódios cada.

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