Na última segunda-feira, Evanston, Illinois se tornou primeira cidade dos EUA a pagar indenizações a para os moradores negros em forma de reparação histórica pelos anos de escravidão, discriminação racial e os efeitos persistentes da escravidão.
O Conselho da cidade do subúrbio de Chicago votou 8-1 para distribuir $ 400.000 (R$2.259.760,00 ) para famílias negras elegíveis. Cada família qualificada receberia $ 25.000 para reparos domésticos ou adiantamentos de propriedade.
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Segundo o NBC o projeto será financiado através de doações e receitas de um imposto de 3% sobre a venda de maconha para usos medicinais. A cidade se comprometeu a distribuir US $ 10 milhões pelos próximos 10 anos.
Para ter direito a indenização, os moradores devem ter vivido ou serem descendentes diretos de uma pessoa negra que viveu em Evanston entre 1919 e 1969 e que sofreu discriminação na moradia por causa de leis, políticas ou práticas municipais. (Durante esse período, pessoas negras não podiam ter seus próprios negócios)
“Isso é reservado para uma comunidade ferida que por acaso é negra, que foi ferida pela cidade de Evanston por causa de políticas habitacionais anti-negras”, disse Simmons.
O programa que fornece indenizações aos negros pode servir como espelho para outras centenas de comunidades e organizações em todo o país. Segundo Kamm Howard, co-presidente da Coalizão Nacional de Negros para Reparações na América, cidades que não possuem recursos para pagar a indenização podem indenizar a comunidade de outras formas como: atualização de currículos escolares, melhoramento das condições de desenvolvimento de negócios, oportunidades de habitação e pedidos de desculpa pelo racismo presente nas políticas do passado.
A vereadora Robin Rue Simmons, mulher, negra e líder da iniciativa na cidade de Evanston, enxerga as reparações como um primeiro grande passo. “Isto é sobre a nossa humanidade”, afirma, acrescentando: “Já não era sem tempo, e esse tempo é agora.”
Programas parecidos já estavam em andamento há alguns anos, mas ganharam força com as ondas de protestos que marcaram o ano de 2020 após o assassinato de George Floyd.
O presidente Joe Biden prestou o apoio à criação da comissão federal para estudar as reparações dos negros, uma proposta que está definhada há décadas no Congresso.
Informações: NBC
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