“Simbora que vai ter mulher preta, trabalhadora doméstica e sem teto na Assembleia Legislativa de São Paulo!”, escreveu Ediane Maria (PSOL), 38, celebrando a vitória da eleição no último domingo (2). Com 175.617 votos, São Paulo elegeu a primeira trabalhadora doméstica a deputada estadual.
Moradora do Sítio dos Vianas, periferia de Santo André, no Grande ABC, ela também é coordenadora estadual do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e uma das fundadoras do movimento negro Raiz da Liberdade. Também sempre ressalta que é mãe solo de quatro filhos, nordestina e LGBT.
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Ediane se mudou para São Paulo há duas décadas, quando tinha 18 anos. Segundo ela, “foi neste momento que me tornei mais uma vítima do quarto de empregada”.
Há cerca de cinco anos, a deputada eleita integrou a ocupação Povo Sem Medo de São Bernardo do Campo, que reuniu mais de 12 mil famílias.
Em entrevista ao G1, a Ediane afirma que o direito à moradia, à cidade e a luta antirracista serão suas pautas prioritárias. “Eu não vou ocupar a Alesp sozinha. Serei representante de milhares e milhões de trabalhadores sem direitos, dos trabalhadores sem teto, dos negros e negras deste país”.
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