Dopada pelo anestesista, paciente negra não conseguiu pegar um dos gêmeos que faleceu no pós-parto

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Dopada pelo anestesista, paciente negra não conseguiu pegar um dos gêmeos que faleceu no pós-parto
Foto: Reprodução

No dia 5 de julho, uma vendedora negra de 23 anos, foi dar luz a gêmeos no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Vilar dos Teles (RJ). No primeiro dia, nasceu o primeiro gêmeo em parto normal, e no dia seguinte, ela precisou fazer uma cesariana para o nascimento do segundo filho. Dopada com a anestesia do médico Giovanni Quintella Bezerra, 31, ela não conseguiu assistir ao parto do filho e nem conheceu o bebê, que morreu um dia depois.

Após repercussão do vídeo que as enfermeiras gravaram do médico abusando sexualmente da uma mulher durante o pós parto, ontem (11), a jovem registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti contra o médico. Quando ela saiu da sala de parto, a família afirma que ela estava com o rosto branco e agora eles acreditam que podem ser restos de sêmen.

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“Eu estava grávida de gêmeos. Entrei em trabalho de parto por volta das 17h. Lá eles me disseram que eu estava em trabalho de parto e não viria mais embora. Como os bebês eram prematuros, me deram um remédio. Às 23h, o médico viu que o bebê estava coroando. O meu primeiro filho nasceu normal e foi bem tranquilo. Quando era para o segundo bebê nascer, eles disseram que não tinha condições de ele nascer de parto normal e teria que ser cesária. Eles disseram que a gente corria risco de vida”, relata.

“Fui levada para uma outra sala, e os funcionários ficaram desesperados. Pelo tempo de demora, eles ligaram para o anestesista, esse monstro, para que ele viesse me dar a anestesia. Isso já era mais de 1h do dia 6. Eu fiquei sentido dor e eles disseram que o bebê não nasceria. Ele veio, me deu uma RAC na coluna e um remédio no braço. Em seguida, comecei a sentir muito sono. Ele sempre atrás da minha cabeça, com o pano, e eles tentando achar a criança. Ninguém achava a criança. Eles me cortaram de todas as formas”, desabafa a paciente.

Durante o procedimento, a vendedora relatou ao anestesista que sentia muito sono e ele disse que era normal. “Eu não queria dormir. Queria ver o meu bebê nascer. Queria saber se ele nasceria vivo ou morto. Mas ele disse que eu poderia dormir, ficar calma que era assim mesmo e que eu poderia ficar tranquila. Eu não queria dormir. Infelizmente, eu vi meu filho sair da barriga e não cheguei a pegá-lo no colo. Eu não pude pegar meu filho no colo antes de ele falecer. Só acordei horas depois sem saber o que tinha acontecido. Não tive o privilégio de pegar o meu bebê antes de ele falecer. Eu não sei o rosto do meu filho. Só conheço o meu filho por foto. Eu estava dopada por esse mostro”, conta em prantos.

Neste caso, o médico também impedu que o marido da paciente, saísse do centro cirúrgico. O empreiteiro de 39 anos, diz que saiu por achar que era normal. “Eu fui para uma sala colocar uma roupa. Entrei na metade da cesariana. Fiquei apenas dois minutos. O anestesista me mandou sair. Ele não alegou nada. Só consegui ver meu filho na sala de incubadora. Não sabia o que estava acontecendo. Não briguei porque achei que era um procedimento normal. Eles estavam muito nervosos porque não achavam a criança. Mas horas depois soube que a minha esposa estava com alguma coisa branca no rosto”.

A mãe da vítima, cabelereira de 45 anos, que viu a sujeira no rosto da filha. “Perguntei para minha outra filha o que era e se ela estava suja. Até pensei que fosse um medicamento que eles tinham colocado no rosto dela. A minha filha estava toda mole, sonolenta. A irmã a limpou. Eu estava focada nas crianças. A minha filha estava tão dopada que, no dia seguinte, não podia comer. Esse cara disse que era tudo normal. Ele é um criminoso”.

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