Tati Quebra Barraco usou seu Twitter nesta quarta-feira (24) para relembrar o início de sua carreira. A funkeira reforçou a questão feminista em suas letras, quando não era comum mulheres cantarem sobre seus desejos sexuais. Tati ainda relembrou que antes de virar cantora era cozinheira.
“Da cozinha para os palcos, a thread. Nascida e criada na Cidade De Deus. Com 13 anos eu era mãe e trabalhava de cozinheira pra uma creche na CDD. Não existia sonho de ser MC e nem tanto em virar artista. Vivia a realidade, com o pé no chão”, começou.
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“Em 1998 fiquei três meses sem quebrar o barraco (se é que vocês me entendem). Nessa época, os homens no funk faziam e aconteciam. Desbocada e nascida no berço do funk, em uma roda de amigos fiz umas rimas e aproveitei para divulgar que estava na seca. Então nascem os lendários versos ‘eu fiquei três meses sem quebrar o barraco, sou feia mas tô na moda'”, detalha.
“E deu certo, eu saí da seca, mas tomou uma proporção muito grande, onde uma mulher cantando seus desejos sexuais era novidade. Não sabia de feminismo. A questão era, se os homens podem, eu posso também e até mais. Gravei CD, DVD, recebi prêmios, viajei o mundo. O fato é: às vezes a vida te dá coisas ruins e cabe a você tirar o melhor daquilo. Claro que houve desafios,mas tentei ser breve. Hoje sou casada e tenho mais de 20 anos de carreira. E hoje vejo que abri o local de fala pra muitas. Mas não estou aqui pra me gabar, só entreter vocês na quarentena. Se der certo faço mais sobre outros assuntos”, conclui.
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