Muito além de se posicionar nas redes sociais ou fazer publicidades incluindo mais diversidade, as marcas têm um papel fundamental no combate ao racismo, apoiando a luta antirracista a se disseminar entre todas as camadas da sociedade e colaborando para criar um mundo mais justo e igualitário. Contratar, desenvolver e promover pessoas pretas, criar um ambiente de trabalho inclusivo, atender às necessidades específicas de clientes negros sem discriminação, entre outras ações, deveriam fazer parte da essência de cada empresa – que historicamente foram ampliadoras desse fosso de desigualdades e têm obrigação de atuar para reverter essa situação.
Aportes financeiros são essenciais, mas dar visibilidade, respaldo e incentivo a ações afirmativas de maneira contundente e engajada também é obrigatório por parte das empresas, juntando suas forças e estruturas a grupos que desde sempre lutaram contra o racismo e pela mudança da realidade da comunidade negra. Enxergar as oportunidades e investir na pauta negra deveria fazer parte de um posicionamento embutido nos pilares das empresas, expandindo ações para além do ambiente corporativo e movimentando a cadeia produtiva – como, por exemplo, incluindo e priorizando empresas de empreendedores da população preta entre seus fornecedores.
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O Movimento Black Money desde seu início trabalha para criar suas próprias soluções, arraigadas no que deveria ser uma constante em qualquer que seja a esfera – com diversas frentes que promovem o empreendedorismo negro na era digital, e a transformação desse ecossistema, sempre reforçando o próprio conceito de black money e a necessidade de incentivar o networking e a manutenção do dinheiro produzido por essa comunidade dentro dela. Com parcerias com empresas, ampliam-se as possibilidades de disseminar espaços de poder e de fala, de dar visibilidade e compartilhar conhecimento, experiência e oportunidades – usando as desigualdades para gerar oportunidades para uma comunidade que sempre foi discriminada e agora está no centro do debate e das discussões.
Em conjunto com Credicard, o MBM lançou recentemente um cartão de crédito que terá parte de seu lucro e custos de emissão voltados para apoiar o movimento nos projetos que já são desenvolvidos em prol da comunidade negra, além de fomentar outros tantos, com destaque para as áreas de educação e empreendedorismo. Em um movimento especialmente desenhado para a parceria, Credicard tem adotado um olhar mais flexível em relação à concessão de crédito, reavaliando as propostas preenchidas para o cartão com o MBM em uma tentativa de furar a barreira dos modelos de crédito atuais.
Além disso, a parceria com a marca – que tem um posicionamento de democratizar o acesso ao crédito – visa desencadear uma onda de informação e fortalecimento para evidenciar o trabalho do MBM para novos públicos. A questão racial é uma responsabilidade de todos, e é preciso que pessoas e empresas deixem sua posição usual de auxílio e atuem e se posicionem como agentes transformadores. Um movimento para que os holofotes se voltem para o empreendedorismo negro, estimulando o apoio para além da comunidade. Atrair novos mercados e expandir a visibilidade no apoio à causa antirracista permite que a adesão ao cartão e o consumo dos produtos desse mercado empreendedor seja uma importante ferramenta de transformação, tirando a comunidade negra da posição de vulnerabilidade para assumir o lugar de destaque.
Para saber mais sobre as iniciativas do MBM – o Hub de inovação da comunidade Negra – fique atento às redes sociais do movimento.
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