A ginasta Rebeca Andrade revelou em entrevista para a revista Marie Claire que ela realiza treinos e competições sem enxergar direito. A atleta possui pelo menos 2,5 graus de miopia em um olho e 2 graus de astigmatismo no outro. Rebeca contou que já se habitou a realizar as séries com a visão turva. “Dá para errar, mas não seria por não enxergar. Mesma coisa com a trave, não enxergo a ponta, mas já sei, sinto no aparelho, então tranquilo”, diz ela, ao relatar detalhes sobre seus saltos no trampolim.

Rebeca disse ainda que dispensa o uso de lentes de contato. Para o SportTV, ela contou que tem medo que pó de magnésio, utilizado para aumentar a aderência aos aparelhos, caia nos seus olhos. “Não gosto de usar as lentes, porque fico com medo de cair magnésio nos olhos e me atrapalhar. Não enxergo (a trave, um dos aparelhos em que se destaca), vou no feeling“, disse ela.

Em ano de Olímpiada, a rotina de treinos da atleta é intensa. A primeira vez que ela reparou no problema de vista foi na Olimpíada de Tóquio, ao não conseguir ler o que estava no telão. “Na hora da competição, estou tão concentrada que não sinto nada. O medo é mais durante o treinamento, de cometer um erro, cair da trave, da paralela e se machucar. Faz tempo que isso não acontece, mas, quando sentia que me incomodava a ponto de me atrapalhar nos treinos, conversava com minha psicóloga e tentava me acalmar. Fazia exercícios de respiração, passava a série na cabeça antes. Hoje em dia tenho muito mais facilidade, respiro fundo e vou.”

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