Pela primeira vez no Brasil, os candidatos pretos e pardos são a maioria, representando 49,3% com 26.398 candidaturas registradas e 49,1% de pessoas brancas, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Entretanto, na apuração do G1 consta que esta maioria são apenas na disputa para cargo de menor peso político: deputado estadual e deputado distrital, no DF. O candidato médio segue sendo branco para os demais cargos: presidente, vice-presidente, governador, senador e deputado federal.

Os dados revelam os cargos com maior diferença entre pessoas brancas e negras nas candidaturas. Na disputa pela presidência da República, por exemplo, os brancos representam 83%. Para o senado, 66% são brancos e 31% são negros. E para o governo estadual, os brancos são 60% e negros 39%.

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Em entrevisa ao G1, o pesquisador do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Publico, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e do Núcleo de Justiça Racial e Direito da FGV Ivan Mardegan, explica a razão de negros se candidatres mais em cargos com menor relevância política: “A partir do momento que grupos minorizados passam a romper barreiras nesses níveis menores, você começa a conseguir acessar níveis maiores”, diz.

Em dezembro de 2021, o TSE aprovou resolução que estabeleceu regras de distribuição dos recursos do fundo eleitoral que determina que os partidos precisam distribuir o dinheiro para financiamento de campanha de forma proporcional para candidaturas negras e brancas, levando em consideração o número de candidatos em cada partido.

A partir deste ano, os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados serão contados em dobro na definição dos valores do fundo partidário e do fundo eleitoral distribuídos aos partidos políticos. A medida será válida até 2030.

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