O Banco Mundial anunciou que suspenderá qualquer novo empréstimo para Uganda, em resposta à nova lei anti-homossexualidade que impõe prisão perpétua para atos homossexuais. A lei foi promulgada em maio deste ano, atraindo críticas de organizações de direitos humanos e instâncias internacionais.
Antes da promulgação da nova legislação, atos homossexuais já eram considerados ilegais em Uganda. No entanto, a pena agora foi agravada, podendo levar à prisão perpétua, incluindo casos que envolvam menores de idade ou a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. A lei também prevê a pena de morte em situações específicas.
Notícias Relacionadas
Museu das Favelas recebe 3ª edição do 'Vou Assim Fashion Show', maior evento de pessoas trans na moda
Leci Brandão abre evento gratuito dedicado à cultura negra e LGBTQIAPN+
O Banco Mundial, que tem como objetivo ajudar as nações a saírem da pobreza e melhorarem a qualidade de vida de seus cidadãos, anunciou sua decisão em um comunicado divulgado na última terça-feira, 8 de agosto. A instituição expressou preocupações com relação aos valores fundamentais que a nova lei contradiz e afirmou que sua visão abrange a inclusão de todos, independentemente de raça, gênero ou sexualidade. Segundo a instituição, a lei ugandense: “contradiz fundamentalmente os valores do Grupo Banco Mundial”.
Em resposta à suspensão do financiamento público, o governo de Uganda rejeitou as ações do Banco Mundial, chamando-as de injustas e hipócritas. O embaixador de Uganda nas Nações Unidas, Adonia Ayebare, classificou a medida como “draconiana” e instou a revisão dos métodos de trabalho e decisões da instituição.
A nova lei foi alvo de condenação por grupos de defesa dos direitos humanos em Uganda, que entraram com uma ação judicial para contestar a sua legalidade, alegando discriminação e violação dos direitos das pessoas LGBTQ+. No entanto, ainda não há uma data definida para o início das audiências.
O Banco Mundial agora se junta aos Estados Unidos ao impor sanções contra Uganda devido à nova lei anti-homossexualidade. Enquanto o debate sobre a eficácia e justiça da legislação continua, a atenção global permanece voltada para a situação dos direitos humanos e a luta pelos direitos LGBTQ+ em Uganda.
Notícias Recentes
Vini Jr. recebe certificado oficializando origem camaronesa após teste de ancestralidade"
Silvio Guindane assume direção da nova temporada da série 'Sankofa - A África que Habita o Brasil'