Aula sobre intolerância religiosa antecede exposição de acervo de arte sacra iorubá

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Aula sobre intolerância religiosa antecede exposição de acervo de arte sacra iorubá
O babalorixá e professor Sidnei Nogueira, vai conduzir a aula nesta quainta-feira. Foto: Divulgação

A intolerância religiosa estará em foco na masterclass desta semana no projeto Tesouros do Nossos Ancestrais. Ministrada pelo professor e Babalorixá Sidnei Nogueira de Xangô, Intolerância Religiosa e as religiões de matrizes africanas, acontece nesta quinta (20), às 20h, e traz à cena um tema que tem sido recorrente nos principais meios de comunicação, e que abrange a relação intrínseca entre a fé, africanidades e religiões com matriz civilizatória africana. Totalmente gratuita, a inscrição para a aula pode ser feita através do link https://linktr.ee/casaheranca.

Sidnei é especialista em epistemologia de terreiro. Babalorixá da CCRIAS – Comunidade da Compreensão e da Restauração Ilê Axé Xangô, professor de linguística e africanidades, mestre e doutor em Semiótica e Linguística Geral pela USP, além de coordenador do Instituto Livre de Estudos Avançados em Religiões Afro-brasileiras – ILÊ ARÁ. Também é autor dos livros “Coisas do Povo do Santo” (2011) e “Intolerância Religiosa” (2020) pela coleção Feminismos Plurais.

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O projeto Tesouros de Nossos Ancestrais faz parte da programação que antecede a exposição de peças do acervo particular do rei OOni de Ifé, na Nigéria, Ojaja II. A coleção imperial de arte iorubá, composta por obras milenares e contemporâneas que chegaram a ser extraviadas do continente africano durante o processo de colonização dos séculos XIX e XX, conta a história de Oduduwa, o ancestral maior do povo Iorubá, e seus descendentes através de esculturas produzidas na vasta terra iorubá, por artistas de diferentes povos locais.

Projeto idealizado pelo rei de Ile Ifé, Ojaja II, vai expor obras de arte sagrada do povo iorubá. Foto: Divulgação.

Agora recuperado, este verdadeiro tesouro histórico, religioso e cultural, será exibido pela primeira vez ao público a partir de junho, como forma de aproximar as culturas, auxiliando o povo brasileiro a conhecer melhor suas origens, heranças, histórias e até feições, possibilitando este intercâmbio cultural entre povos irmãos, trabalho que vem sendo feito de forma intensa pela Casa Herança de Ododuwa, através de palestras e cursos oferecidos, atualmente de forma virtual.

“Não existe caminho possível para o futuro da humanidade sem olhar para o continente africano e compreender o legado que nossos ancestrais nos deixaram. Sem dúvida, é essa herança que irá auxiliar a construirmos juntos um mundo melhor para todos. Nossos ancestrais deixaram conhecimentos vitais para os problemas da humanidade e tenho certeza de que o futuro é ancestral”, conta Ooni de Ifé.

A programação completa do evento entre outros conteúdos culturais poderão ser acessados no perfil oficial da Casa Herança Oduduwa no Instagram.

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